Dia do Papai

Não há muito que dizer.

Ontem, fui ver o meu velho pai e fazer o que tinha em mente.

Ele tirou do armário todos os ternos que possui e fomos reprovando um a um para ele ir ao casamento do neto, em setembro.

Então, depois de algum tempo de conversa, saímos juntos e fomos caminhando até o Centro de Niterói, eu e ele. Eu e ele e muita conversa, andando bem devagar e mostrando para mim os perigos que agora ele faz questão de evitar como pequenos buracos em calçadas, desníveis em asfaltos, degrau em calçadas, fluxos do trânsito... Aproveitou para dar uma espiada na casa onde agora mora um primo, que fica no caminho.

O pior eu havia conseguido: levá-lo à rua para comprar alguma coisa.

Depois de alguns minutos peregrinando lojas e preços, encontrei um terno e uma loja adequada ao estilo "seu Ademar": bom, bonito e barato.

Mas, quem conhece sabe, a maior alegria dele estava em ter alguém e algo novo em sua rotina.

Caminhar juntinho, braços dados, conversas, lembranças... Acho que foi um bom presente.

O terno era só complemento. 

Hoje, serão os netos que se vão apoderar dele. 

Já fiz aqui escala: um vai cuidar de trazer e levar em casa e outro vai mostrar a obra que fez no apartamento onde irá morar. Ainda almoça com meu sogro, que não vê há algum tempo.

Esses são os melhores presentes que gosta de receber.

A sua simplicidade e seus 90 anos são a afirmação do que escrevo.

Aqui deixo uma simples lembrança para o dia reservado aos pais, na figura doce e singela de meu pai e na presença de meu irmão mais velho, que esteve próximo para cuidar e educar a seu mano caçula.

FELIZ DIA AOS PAIS!!!!!!!