O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

segunda-feira, setembro 21, 2009

VERGONHA NA CARA TRICOLOR

Perdoe-me minha única e exclusiva leitora, mas preciso desabafar.
Algumas conjecturas e fatos:
1 - O que acontece com os jogadores que chegam ao clube? Alguns deles como os 3 que foram para o Vitória e estão se destacando poderiam falar. O Roger é artilheiro do Brasileiro, o Leandro Domingues peça importante e o Leandro titular. Só no Fluminense não sabiam o que era bola e não tinham sangue?
2 - Se uma pessoa é portadora de TUBERCULOSE ela não deveria ficar isolada, ter licença do trabalho e tudo mais? Como pode o Diguinho continuar no grupo e ainda ser titular em monte de jogos? A CBF deveria proibir o jogador de atuar assim. Faria um favor a nossa torcida.
3 - O Branco foi execrado e tirado do clube há poucos meses por motivos de dívidas trabalhistas e outras coisas que não acompanhei. Eis que surge o Branco de novo na direção do clube.
4 - A troca de técnico (ou rodízio?), está mais do que provado, não resolve o problema do time. Se pudessem entrar entrar em campo, Renato e Cuca jogariam mais que essa corja que não quer jogar no clube. Bando de mercenários.
5 - Não é coisa normal um trabalho onde alguns recebem e outros não. Fica clara a divisão da equipe, do grupo, dos homens e, com toda certeza, do trabalho e da vontade de cada um.
O que seria meu Fluminense? Um bando de mercenários da UNIMED e o restante do clube?
Como funciona isso, meus caros? NÃO PODE DAR CERTO... A UNIÃO PRECISA ESTAR PRESENTE EM UM TRABALHO DE EQUIPE.
6 - Certas atitudes dos jogadores em campo me deixam pasmo, como por exemplo: O Luiz Alberto perdendo jogos e tratando os adversários com carinho e cuidados demasiosos. No jogo com o Flamengo - Carioca deste ano - e agora contra o Grêmio; os jogadores do meu clube não ganham uma dividida, vivem caindo e não acompanham o adversário que corre sempre mais que eles; e a marcação adversária sempre funciona a nossa NÃO EXISTE.
7 - Porque somos a equipe que mais sofreu faltas neste campeonato?
A UNIMED CONSEGUIU A HEGEMONIA EM PLANOS DE SAÚDE E ATENDIMENTO MÉDICO NO PAÍS EM 10 ANOS DE FLUMINENSE.
E O FLUMINENSE? A VERGONHA QUE PASSAMOS TODO ESSE TEMPO?
TRICOLOR COMO EU, DR. CELSO BARROS DEVERIA TER PATROCINADO O NOSSO ARQUI-RIVAL FLAMENGO. QUERIA VER ESSES PENTA-TRIS E TUDO MAIS COM UMA ADMINISTRAÇÃO DESSE TIPO QUE IMPLANTOU NO MEU CLUBE DE CORAÇÃO.
ALIÁS, NADA ME FAZ DEIXAR DE CRER QUE O QUE EXISTE É LAVAGEM DE DINHEIRO. TREZENTOS E VINTE MIL AO MÊS POR UM FRED? DUZENTOS E SETENTA PELOS 6 HORRÍVEIS MESES DO EX TIAGO NEVES? RATINHO, LEANDRO AMARAL E OUTROS QUE NEM LEMBRO OU SOU SABEDOR?
CONVENHAMOS, É UMA VERDADEIRA FARRA DE ADMINISTRAÇÃO PARALELA EM UM CLUBE QUE APRENDI A AMAR E AINDA PASSEI A MEUS FILHOS ESSE INGRATO AMOR.
SOMOS DAQUELES QUE CHORAM, QUE SOFREM E TEM ORGULHO.
NÃO DÁ PARA VER O FLUMINENSE NESSA SITUAÇÃO.
PREFERÍVEL ESTAR NO MEIO DA TABELA, JOGANDO COM AQUELES MENINOS QUE QUEREM DESPONTAR NA PROFISSÃO. ESSES TERIAM VONTADE PELO MENOS.
ME MOSTRE UMA GRANDE CONTRATAÇÃO DE MEU TIME NESSES DEZ ANOS?
FAÇAM-ME UM FAVOR: DESAPAREÇAM DO MEU CLUBE. XÔ!!!!!
FORA UNIMED - LIMPEZA TOTAL DA CASA BANINDO ESSES QUE USARAM O MEU CLUBE E SUA TRADIÇÃO.




ALÉM DAS OUTRAS COISAS QUE ANDO SENTINDO CADA VEZ QUE ESSE BANDO ENTRA EM CAMPO, A VERGONHA É ALGO MAIOR.

domingo, setembro 20, 2009

Agora tem

À minha musa inspiradora.

Depois de ler o comentário único de uma grande e boa amiga, me inspirei e consegui colocar aqui no meu cantinho de escritas, uma música que me faz chorar toda vez que, por acaso nas rádios que ouço, toca.

Sei lá porque... Da última vez, Ponte Rio-Niterói, 21:30h, indo para o trabalho.

O menino canta direitinho.


Aproveitei e adicionei também a Barbra.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Caminhos Noturnos

A água é a fonte da vida.
O rio parece a vida que passa.


Me considero um perdedor.
Tudo ou quase tudo na vida que dei início, lutei ou desejei ter, terminaram de forma que não me foram agradável.
Muitas dessas coisas me chegam a memória noite afora enquanto em meu trabalho solitário.
São lembranças de coisas que nem me importavam mais. Cenas que voltam e que me trazem a memória de fatos e acontecimentos que agora até me chocam.

Perdas. Muitas perdas.
Perdas de amizades, de empregos, de amores.
Imcompreensão, arrependimento, vergonha... Parece que foi ontem.
E começam sempre por boas lembranças.
Ou me fazem vir à tona simplesmente do nada, em meio aos afazeres.

Um dia desses mesmo, telefonei a uma pessoa que sinto muita falta.
Ouvi dela, sem nenhum rancor, que sou bem vindo em sua casa e que sou seu amigo. Que ela em sua nova fase de vida (agora é cristã) me receberá a qualquer hora.
Ficou claro para mim: mais nada.
Há pouco tempo tínhamos outro relacionamento.
"Mas já se vão anos, Altair" - insisto comigo mesmo.

Fui dormir abatido, triste.
Levantei sem ânimo, tendo que sobreviver.
Apesar de tanto tempo afastados, sonhava que poderia ainda acontecer como outras vezes.
Ela foi a causa para que um dia eu encontrasse a pior e melhor de minhas paixões.

Era um relacionamento impossível, inusitado, e já durava muito tempo. Eu precisava e tive que arranjar uma forma de aquilo terminar. Já não me fazia bem.
Mesmo ferida ela estava sempre perto de mim. E eu sempre a procurava quando sentia falta.
Isso durou mais alguns anos.
Ela amadureceu, a vida deu voltas e então a perdi de vez.


Quando as lembranças são de meu trabalho, daquilo que gostava de fazer, das pessoas que tive a meu lado, eu só lamento ter sido um burro.
Ignorei a situação febril no ambiente da fábrica e, egoísticamente, estive voltado somente para um problema pessoal. Perdi 21 anos de conquistas em 15 dias.
Fui um tolo egocêntrico e, de orgulho ferido, joguei fora a minha redenção depois da perda do primeiro emprego, quando tomei uma decisão errada e deixei o grande emprego de minha vida.
Que burro!!!!! Se arrependimento matasse... Mas acredito que mata. Bem devagarinho vou morrendo.

Meu casamento foi fracassado. Não vi ou esperei algo mais que não me foi a contento. Falhei.
Criei meus dois pupilos com saúde. Mas não fui bom pai. Tive pouca paciência, participei pouco.
Não foi nada do que planejei ou sonhei. Não fui.

Perdi amigos e família (primos) por tão pouco.
Ignorância, carência, orgulho e desespero se juntaram para isso.

Passei em meu primeiro vestibular. Engenharia Agronômica, UFRRJ.
Nem sabia o que era vestibular. A Universidade me postou diante das primeiras reprovações.
Me formei 10 anos mais tarde, depois de passar por mais duas instituições e com uma pequena ajuda do "ou vai ou racha" em meu emprego.


Aos 12 anos estava jogando futebol no Botafogo, no Rio. Orgulhoso, meu pai se aproximou mais. Ele era separado de minha mãe e só me via uma vez por mês.
Aos 16 anos, por não ser mais aproveitado e depois de insistir muito ainda, deixei aquele sonho.
Enfim, se forçar mais um pouco a memória sai mais derrotas.
Duro é quando ela vem e traz consigo a dor das perdas, das decepções, das ilusões.
Em pequenas doses está se fazendo presente nesses dias (noites, vai) e maltratando esse pobre coração dolorido.

As lembranças me saem do nada mas me afetam em tudo.
Mesmo assim, insisto em meus sonhos.
Eles, só eles me armam o espirito de esperança.
Só eles me fazem combater a realidade.

quarta-feira, setembro 09, 2009

A Saga da Vida em Onze Minutos (III)

continuação

São Paulo, Aeroporto de Congonhas, anos 90.

Eu precisava cumprir uma determinação de serviço em Alphaville e retornar ainda naquele dia para o Rio.
Em meus objetos havia porém um convite para participar de um evento ligado a minha área que ocorria naquela semana no Anhembi.
A minha preocupação era com meu equipamento que havia entrado em pane já há um bom tempo e não se conseguia chegar a um consenso para recuperar a boa performance.

Às 14h eu já havia me liberado do compromisso e, no táxi de volta pedi ao motorista para ir ao Anhembi.

Às 20h eu não conseguia que os meus amigos me liberassem para voltar ao Rio.
Às 22h, já ciente que não haveria mais vôo na Ponte, ouvi um dos amigos num orelhão:
"_ Benheê, vou ter que jantar com um cliente.... Sabe como é, vou chegar tarde de novo..."
Desligou e me disse:
"_ Sua vez agora."
E assim foi minha primeira vez em uma boate.

Cercado por todos os carinhas daquela firma que me oferecia aquele desfrute, eu não sabia o que fazer.
A primeira coisa que me deixa à vontade em um local é me sentir seguro.
Com tudo por conta e cercado de bons camaradas, eu não sabia para qual das meninas olhar. Eram 6 no palco, de hora em hora, fazendo um strip.

Um deles me falou: "_ É só escolher."
E depois de algum tempo: " _ E então carioca? Já escolheu a sua?
Eu disse que sim, mas não sabia que precisava combinar com ela. Juro.

Às 2h da manhã, paulistada toda cansada, querendo ir embora, me jogaram na parede: " _ Oh meu!!! Você não se resolveu ainda? "
Aí me explicaram como era para fazer e, enquanto me falavam, passava uma garota atraz de mim que parei, sem deixar de dar atenção a meu camarada. Ele me falava e eu repetia para ela.
Ele dizia: "_ Você tem que chegar e perguntar quanto ela quer..."
E eu repassava para ela que me respondia, o que eu voltava para o amigo.
Assim conheci a Debbie.

Morena, de cabelos encaracolados não muito longos e corpo bem torneado, a escolha foi aprovada pelo meu amigo Toninho, que era meu cicerone. Em meu bolso ele colocou toda a grana que era necessária e explicou como seria a coisa. Mas, dois comissários da VARIG que acompanhavam o nosso grupo seriam minha carona até ao Hotel.

No caminho, insistiam que eu deveria ir com eles ao apartamento deles, que era perto do Aeroporto, etc. E davam voltas e eu dizia educadamente que não, segurando firme na mão de Debbie que, mostrava-se calma, segura. Para ela seria mais um programa, nada demais, creio. Eu pensava em protegê-la, primeiramente e depois, a mim mesmo. Comissários de bordo não são franzinos, bêbados ainda por cima...
Depois de algumas voltas sem rumo e o carona apagar, o motorista cansou de me abordar e me deixou no Hotel.

Ao sairmos do carro as feições da menina mudaram para de alívio e ela, me pegando a mão, conduziu-me ao Hotel me dizendo para pedir um quarto simples, não aceitar o que eles "tentariam empurrar".

Então, já no quarto, iniciamos uma longa e boa conversa onde ela ficou sabendo um pouco sobre mim, sobre o que estava acontecendo, sobre minhas idéias. Expliquei-lhe que não se preocupasse com mais nada além de me fazer companhia até que pudesse sair e pegar a primeira Ponte Aérea.

Ela me disse que já tinha deixado o "trabalho" mesmo naquela noite e não tinha pressa.
Sem tirar a roupa, trocamos carinhos enquanto sabíamos um pouco de cada um.
Ela tinha um filhinho de 2 ou 4 anos, já não recordo. Me mostrou sua foto.
Falou do pai do menino e de sua mãe, que tinha boa condição de vida.
Convidou-me para ir até o litoral qualquer dia, passar um tempo na casa de sua mãe.

Em dado momento, a Debbie começou a remexer sua bolsa e eu pressenti algo novo para mim.
Ela me disse então: " _ Eu vou fazer uma coisa mas você vai ver que não é nada demais."
Mostrei-me apreensivo e ela me disse então: " _ Mas se você quiser eu não faço."
Eu disse que "tudo bem" e ela iniciou a preparação daquele pó.
Aproveitei para ir ao banheiro tirar minhas lentes contatos lhe dizendo que "não queria nem ver e seria como se nada soubesse".
Quando voltei ela estava terminando de guardar as coisinhas e me disse: "Pronto. Mudei alguma coisa?"

Carinhos e sedução se seguiram até que se consumou um sexo simples e gostoso.
Ao sairmos do quarto, tirei o dinheiro que me deram e ela disse não, que não queria.
Insisti dizendo-lhe que me deram para ela e só assim aceitou.
Depois, já fora do Hotel, entrou junto comigo no táxi e me levou até Congonhas.

Às 6h da manhã, no saguão do Aeroporto, chamava atenção a menina ao meu lado. Estava frio e ela se vestia normalmente, sem nada que pudesse ser chamativo.
Pela primeira vez então dormi num avião.
Naquele mesmo dia, ao fim da tarde, havia resolvido o problema de meu equipamento com as dicas que consegui com os camaradas no evento.

Por telefone, na primeira oportunidade, o Toninho me disse "a menina gostou de você, carioca".
Voltei a ver a Debbie e depois nos perdemos.

Em uma das vezes que fui a São Paulo, anos depois disso, sozinho eu meu quarto de hotel, lembrei da sua "premonição" de não chegar aos 21 anos. Ela já deveria ter uns 23 anos.
Chorei então por nada poder fazer a não ser rezar para que ela estivesse bem.



continua

terça-feira, setembro 08, 2009

A Saga da Vida em 11 Minutos (II)

continuação...


"Durante toda minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre."

A visão de Maria para o amor e a liberdade me lembra a moça por quem admito toda minha paixão.
As vezes eu a indagava, incrédulo em tudo que se passava entre nós, sobretudo na cama, e a resposta era sempre a mesma: "_ Só faço com amor. Te amo muito."
Ela se entregava realmente de corpo e alma aos prazeres que sentia e fazia sentir.
Era doutorada em sexo livre, sem preconceitos, sem pudor.
O prazer que o sexo lhe proporcionava era tudo na vida.
Ali, naquele momento, nada podia existir, nada iria atrapalhar. Não havia lugar nem mesmo hora.
O sexo é seu alimento do corpo e da alma e ela sabe como fazer.
Ela é livre, portanto. E aquele amor não seria só para mim.
Apaixonado, não queria ver isso e a perdi.

Ela estava sempre pensando e vivendo sexo.
Em geral, sempre excitada. Confessava por telefone vez por outra, estar toda molhada só de lembrar algum momento ou planejá-lo entre nós.
Levava minha mão até suas coxas, molhada muito antes de tirar a sua roupa, para mostrar como era o seu tesão. Gozava como ninguém.
Ela me amou como ninguém.

"Mas que bobagem estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso."

"Se você não vai subir com ela então eu vou, héin?!"
Assim o Jão me convenceu a ter a minha primeira vez na Solarium.
O Jão estava muito bêbado e a menina então me arrastou para fora da boate, em direção aos quartos. A Bruna finalmente completava sua estratégia.
Há alguns momentos atrás estávamos no bar e anunciaram mais um strip que rolava no centro da boate, com todos em volta.
Naquela de se ajeitar para ver, a Bruna esbarrou em meu copo de água tônica (eu estava dirigindo e já havia bebido o suficiente) e, ao molhar o roupão que vestia, se desculpou e prontificou a pegar outro para mim. "Não foi nada" - respondi.
Então apagaram-se as luzes e a menina se ajeitou na minha frente.
Em poucos minutos ela se enroscava em mim, depois de roçar aquela bundinha torneada e bem durinha em meu corpo. Confesso que não vi o strip.
Na porta do quarto, depois de acertar o mettier com a pessoa que tomava conta dessa parte, ela me abraçou e disse, diante de minha relutância ainda, que agora quem queria era ela.
Mignon e toda durinha, típico de meninas bem novinhas, ela era só carinho comigo.
Ao final, sussurou em meu ouvido: "_ Quanta carência!!!!".

A Bruna havia me contado seus planos.
Teria que "dar um tempo". Já havia conseguido algum conforto para seu pai como uma tv e outras coisas. Ela morava com seu pai e cuidava dele e de um irmão em um município da Baixada.
Ficou marcado para mim sua maneira de chegar, sua atenção e carinho e por ter sido ela mesma, não a profissional, na hora que estávamos juntos.

Quando voltamos à JB tempos depois, ela já não estava mais.
Foi a única naquela casa.


"Sou eu quem deveria ter vergonha por não conseguir excitar um homem. Mas, na verdade, são eles que têm."

continua

segunda-feira, setembro 07, 2009

A Saga da Vida em 11 Minutos (I)

"Durante a noite? Ora, Maria, você está exagerando. Na verdade, são 45 minutos, e mesmo assim, se descontarmos tirar a roupa, ensaiar algum falso carinho, conversar alguma coisa óbvia, vestir a roupa, reduziremos este tempo para 11 minutos de sexo propriamente dito."
"Onze minutos. O mundo girava em torno de algo que demorava apenas 11 minutos."

Quem leu o livro de Paulo Coelho sabe bem que as palavras acima descrevem uma realidade na vida.
Se bem que, em algum momento vivido, todos nós (ou alguns) pode ter feito com que estes minutos tenham sido mais duradouros e reais, mesmo nas circunstãncias da personagem do livro. Mas, creio, nem sempre.
A paixão já me levou a "feitos" que nem eu mesmo acreditei, creiam.
Um amigo chamava de "tirar leite de pedra".

Quando li Onze Minutos, fiquei extasiado, comovido e pensativo com a realidade das cenas descritas e o pensamento de Maria, assim chamada a moça que saiu do interior, veio ao Rio e foi parar na Suíça, já então prostituta.
Como muitas outras moças que não tiveram suas histórias registradas e que dariam centenas, milhares de best sellers, a Maria do Paulo Coelho é real. A história do livro, como conta o autor, foi misturada a fatos fictícios para não "copiar" o diário em que se baseou.

O lado pessoal de cada menina dessas é o que mais me fascina. Suas histórias de vida, suas origens, seus dramas ou tudo mais que a levam a "vender" seu corpo, sua intimidade e até mesmo seu carinho e atenção.
Essa coragem real e verdadeira de vida, me traz (e sempre foi assim) a ter por elas um respeito muito grande. Uma admiração por sua beleza, coragem e liberdade.
Uma vez perguntei a uma menina no meio do salão de uma termas:
_ Se fosse eu um ganhador da Mega-Sena você aceitaria sair daqui comigo?
Pensativa e com a carinha mais intrigante que vi, sem para de dançar a música que tocava, ela demorou e disse-me que não.
Depois emendou: "_ Eu sou Ariana. Sou como uma cabritinha e gosto de viver solta."

A maior das virtudes num ser humano pode ser, para mim, a franqueza. E uma grande maioria das meninas que conversei até hoje são assim.
São atrizes também, é claro. Mas não é um dom?

A maioria das mulheres que não pertencem a classe (ou julgam-se assim) não conseguem isso. Se bem que, minha visão atual das mulheres num geral, é que elas descobriram uma forma de ser parecida com as meninas da vida. Desenvolvem uma técnica que torna seu comportamento cada vez mais perto daquelas que "discriminam-se".

O sexo é realmente o que move o mundo.
Tudo termina em sexo.
A gente se esforça para tudo e por tudo nessa vida e, lá no objetivo final, está uma mulher incluída. Ou várias, em bacanais ou conquistas aleatórias. Sexo.
A mulher, mais fundamentada em princípios e valores, sonha com independência e liberdade, mas o amor é algo que a atinge sublime em seu ego. A mulher já nasce com o dom de amar para ser mãe. E mãe é uma só, de amor maior pelo que é seu, gerado e gerador as vezes.
Ela transcende de muitas gerações. Vem desde a submissão aos dias de hoje que, com seu poder, se transforma onça feroz e insaciável quando quer aquele macho. Ela vai a caça.
No fim das contas: sexo.

"Do diário de Maria, em um dia em que estava menstruada e não podia trabalhar:
Se eu tivesse que contar a minha hoje para alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que iriam me achar uma mulher independente, corajosa e feliz. Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante que os 11 minutos - amor."
















Em outra das minhas experiências, ouvi o relato de uma menina sobre os motivos que a fizeram chegar até ali.

"_ Eu tive de tudo. Minha casa não faltava nada do bom e melhor.
Meu marido trabalha na Petrobrás, tenho 3 filhas uma de 8, uma de 6 e a mais nova com 4 e até cristã eu era.
Um dia descobri que o avô paterno abusava de minha filha mais velha e fiz um escândalo.
Meu marido preferiu ficar ao lado de seu pai e não acreditar em mim. Então, depois de me separar, resolvi largar tudo e me virar. Cortei e pintei meu cabelo, fiz duas tatuagens e hoje sou puta."

Essa menina chegou a levar para minha casa uma camisola, na época que morava sozinho. Fazia amor como uma mulher normal, com alguns pudores que as meninas não apresentam mais.
O seu comportamento e os pensamentos pareciam misturados. Agia em determinadas situações como a mulher dedicada e em outras parecia perturbada com todos os seus eventos recentes e talvez com tudo que ouvia ou via em relação a homens.
Eu até gostaria de poder tê-la ajudado mais...

Os motivos podem ser diferentes.
Os caminhos que nos levam e trazem pela vida os são também.
A coragem dessa mãe e a determinação dessa mulher pode ser contestada?
Suas atitudes e caminhos se misturaram. Para não enlouquecer com tantas perdas mudou seus destinos, abandonou suas crenças e saiu a vida.
Ela não bebia, não fumava e muito menos chegava perto de drogas.
Mudou sua vida e sua aparência talvez até mesmo para "vingar seu ego" ferido de mulher e mãe.

continua

domingo, setembro 06, 2009

Imagens


Algumas coisas nem precisam de palavras.




Esta foto apresentaram como "Deus derramou as latas de tinta".



Amedronta, mas a foto...









Alceu


Domingo.
Enquanto espero pelo almoço, bebo minha cerveja, vejo as coisas na net, escrevo em meu blog e vou ao You Tube.

Semana passada no programa da madrugada da Globo, onde a homenagem foi ao Alceu Valença, sozinho em meu trabalho, deu para observar melhor as letras do camarada de quem nunca fui muito fã.

São belas como Solidão que ele canta.

Agora aqui, na minha frente, estou acompanhando a uma bela apresentação do Alceu.
Vejam aí no You Tube : A Primeira Manhã/Solidão - Alceu Valença.

REGISTRO HISTÓRICO

Faça-se o registro.

É histórico vencer a Argentina.

Na situação atual, como tricolor frustrado e com muita vergonha de meu time, não deveria falar sobre futebol. Mas a vitória esplêndida dos comandados do Dunga merece e deve ser registrada.

Ao contrário de meu Fluminense, o time do Dunga não tem estrelismos e tem na força do conjunto e na união do grupo sua maior arma. É mortal quando se entende individualmente.


Há que se curvar perante o Dunga todos os que não o aceitaram ou as suas convocações estranhas.

O anão da Branca de Neve tem uma estrela grande e um grupo forte a seu lado e passou para eles a sua maior virtude quando jogador: a garra e a entrega na hora de vencer.
Precisa somente de um professor de Português ainda... Não dá para aguentar os seus "com nós" e etc, nas entrevistas.

Méritos a parte, exalto a atuação do André Santos ontem. Foi seguro e se destacou. Como se estivesse jogando um clássico pelo Curingão no Pacaembú lotado. Personalidade pura e muito bom futebol.

No todo, mesmo sem um futebol brilhante que estamos acostumados mas com uma defesa seguríssima, batemos nosso maior rival, dentro do seu alçapão e com tudo contra.


Eu sou fã do futebol argentino mas nunca fui do Maradona.

Admiro desse time atual os já veteranos Veron e Zanetti. O Ayala, que já deixou a seleção desde a última derrota para nós, é para mim um dos últimos grandes zagueiros do futebol mundial.

Sem contar Kempes, Ardiles, Babyngton e o grande Gabriel Batistuta além de muitos outros de futebol primoroso e muita garra.

As provocações usuais do hermanos ficaram na expressão do Maradona e também do Dunga e sua resposta ao ídolo argentino.

Destaco também o comportamento do torcedor argentino. Digno de aplausos antes e durante a peleja, apesar das vaias ao nosso hino que acabo de ler em um site esportivo. Eles se renderam.

Até isso esse Brasil do Dunga conseguiu: RESPEITO.

O time do Dunga não se intimida, tal e qual seu comandante.



Para coroar a atuação da equipe, Kaká e Luiz Fabuloso nos brindaram com um belíssimo gol que serviu também para jogar água gelada na fervura dos hermanos.


O fato é que, ganhar deles é muito bom.

É como se fosse um título. Ainda mais com todo esse circo armado e com as consequências que se seguem: Brasil classificado e a Argentina penando com seu orgulho e tudo mais para conseguir uma vaga para a próxima Copa.

Registre-se então esse capítulo grandioso na história do futebol.

Longa Noite

Feriadão, todo mundo se movimentando para sair, viajar e eu no caminho contrário.
Aproveitei a boa fase de serviço - recebemos boa carga de amostras essa semana - e resolvi "pagar" as hora que devia por ter faltado 1 dia semana passada.
Foram 16 horas "de pau dentro", como antigamente se dizia.
Não deu para descansar, ficar no computador jogando paciência, etc. A relação que deixaram de serviço precisava ser cumprida e tomou todo o meu tempo.

Estive, no entanto, pensando em algumas coisas boas de meu passado e cheguei até as minhas incursões pelo mundo da putaria. Aquelas farras que se faz junto com colegas e acaba sempre num puteiro.
Foram poucas mas foram boas.
São hilárias algumas passagens como a do gordo JJ apaixonado por uma "neguinha" que fez voltarmos aquela termas e levou até um relógio de presente.
Não sei como ele encontrou em meio a tanta loura aquela menina de cor. É sua tara.
Lá chegando a encontrou nos braços de um velhinho e, quando lhe deu atenção, recebeu o presente e lhe disse que iria para a França, deixando-o no meio do salão e voltando para os braços do velho.
Pobre gordo. Eu sei o que é isso.

Na vez anterior o pessoal da casa nos pedia para tirarmos ele de lá. Com a menina no colo, a casa já vazia, ele namorava como adolescente e queriam fechar.
Em outra ocasião, já estávamos de saída descendo uma escada de acesso a boate, eu, o JJ e por último o Bira, que havia arranjado um namoro também, quando ele virou-se e falou para menina:
"_Eu que vc se foda!!!!"
Entre nós descia um outro camarada que, talvez por estar muito puto com alguma coisa ou alguém, descontou ali sua ira, voltando-se para o topo da escada e gritando, dedos em riste:
"_De verde e amarelo!!!!"
A menina e o Bira não se contiveram em risos e nós nada entendemos até que o Bira nos contasse que aquela era uma forma de desejar boa sorte entre o pessoal que deseja ser artista.

Em umas poucas vezes consumei o fato. Ou melhor, fiz o que mais se faz quando se vai a esses lugares. Pelo menos para os caras "normais".
Não me considero assim.
Até gostaria de entrar já de "pica em riste", babando só de ver e não sabendo quem tocar.
Como dizia o Bira, "se me der pauduressência..." Ele não gostava de ir sem poder pagar uma brincadeirinha de 30 minutos que fosse.

Eu gostava mesmo era do ambiente, da liberdade que exalava tudo aquilo e de conhecer as meninas. Conversar com elas era prioridade antes de qualquer outra ação.
Creio que já era de mim mesmo, da forma que encaro sexo, do respeito até a segurança.
Eu fui jovem onde a nudez era proibida, o sexo era cheio de tabús e "se comesse tinha que casar".
As poucas mulheres que "davam" e o povo sabia eram tachadas como "piranhas" talvez porque puta era palavrão.
Mas aquele universo que as cercavam me chamava a atenção. Eu as admirava com olhos cheios de curiosidades e tesão.

Quando chegou a minha vez as coisas já estavam mudadas. O mundo evoluíra a nossa volta e cabaço passou a ser raridade de uma hora para outra.
Mas voltando a termas e as boas lembranças da Solarium (que apelidei de JB por ficar no Jardim Botânico aqui no Rio).
A casa já tinha uma liberdade maior: as sextas eram dias de casais.


Diferencial para a época, a casa transformou-se rapidamente em clube de swing.

Em uma passagem, estávamos sentados aproveitando a sauna seca. Jorginho, um neguinho baixinho e franzino mas muito bem dotado, estava também. O Bira sempre dizia que "a cada ereção do neguinho era um desmaio". Aquilo é uma aberração.
O Nego Bom - assim o chamávamos - estava de pé conversando sobre algo interessante quando a porta da sauna se abriu e uma mulher ia entrar. Com ela estava um camarada.

Ao deparar com Nego Bom e sua arma pendurada ela voltou.

O papo seguiu com muito suor para tirar a cerveja até ali consumida, por mais alguns minutos.

A porta voltou a se abrir e a mulher de novo fustigou ao ver todos nós.
Nego Bom então, parando de falar sobre o que vinha declinando, foi até a porta, olhou pelo pequeno visor embaçado e voltou dizendo: "Qual é a dessa mulher? Eu morro seco e torrado mas aqui ela não entra."
A dama foi então, logo depois, parar na sauna a vapor.



Mas tudo que queria dizer sobre as meninas da difícil vida fácil e minha visão a seu respeito ainda não foi dessa vez.
Vou voltar ao assunto e talvez até contar algumas das poucas experiências.


sexta-feira, setembro 04, 2009

Foi rápido.

"Nesses meus dias que começam à noite, começo a desgostar de fazer companhia a mim mesmo"

Semana passou rápido.

Segunda, 31 de agosto, meu pai fez 89 aninhos e "arranjou" uma forma de ir em sua casa.
Tirei algumas fotos mas o celular não é aceito por esse computador que ora uso.

Dia 02 de setembro foia vez de minha cunhada.
Quando conheceu meu irmão era minha professora primária.
Não sei se fui culpado ou cupido.

Naveguei por um desses "próximos blog" acima na página do blogspot e encontrei um que só osta fotos. Não escreve lhufas e por isso não sei de onde é.
Acho que pode ser europeu.
Copiei algumas fotos de um show do U2.



Que palco é esse!!!!!




Bono e The Edge.



Aproveitando a frase acima que abri o post:

"A solidão é fera

A solidão devora

É amiga das horas

Prima-irmã do tempo

E faz nossos relógios caminharem lentos

Marcando o descompasso do meu coração... "

(Alceu Valença)

terça-feira, setembro 01, 2009

DOALCEI BUENO DE CAMARGO



O velho Dodô nos deixa com saudades.


Foi juntar-se a Ruy Porto, João Saldanha, Jorge Cury e tantos outros que fazem falta ao rádio esportivo desse País.


Desde menino ouço rádio e principalmente aos programas esportivos.

Acho que herdei de meu pai e de uns tempos que não havia nem mesmo TV.

Em minha juventude, aprendi a gostar de ouvir a Rádio Tupi em transmissões e programas esportivos onde se podia ouvir a voz marcante e inconfundível do querido Doalcei Benedito Bueno de Camargo. Quem gostava de apresentá-lo assim era o então repórter de campo Ronaldo Castro que fazia dupla com o Kléber Leite.

O time de comentaristas dispensava elogios.

Em uma copa do mundo se foi o Ruy Porto. Em outra o João Sem Medo.

Já não recordo se o Jorge Cury foi antes deles dois.

Vivi a emoção do também saudoso José Cabral, apresentando o programa de todas as noites, no dia da morte súbita do colega que veio a dar o nome a cabine da rádio no Maracanã.

Choramos junto com ele, eu e meu primo que morava em minha casa naquela época, ao final do programa. Era como se fizéssemos parte daquela família e eles fossem parte em minha casa através do radinho de pilha.


Narradores esportivos e clubes são também uma escolha e preferência marcantes.

Para mim, o Doalcei era o fino da locução, da educação e da segurança em comentários. Era meu ídolo.

Sem ao menos fazer idéia da figura, ele nos passava uma forma carinhosa em sua narrações e sua voz, meiga e firme, dava a plena convicção de suas opiniões em lisura, retidão e carisma.

Hoje parece que o rádio ficou mais órfão para mim.
Hoje, que já não vejo mais nenhum comentarista ou narrador de preferência para ouvir.

Poucos ainda fazem de uma forma íntegra e que goste de ouvir, entre eles o Washington Rodrigues da Tupi Rio e o Osvaldo Pascoal, Globo SP.

Doalcei Benedito Bueno de Camargo vai formar no timaço que qualquer rádio desse mundo gostaria de ter em sua audiência.

Um beijo carinhoso desse seu fã.

Esteja na paz eterna do Senhor.

Sonho Sonhado

  " Esse sonho vem com o intuito de conselho, para deixar de lado toda amargura e tristeza que você sente por conta de diversas situaçõ...