1982
A história conta 1982 como uma página triste para o futebol, para os amantes do futebol arte, puro e encantador... Ainda sobre essa que foi uma das marcantes na história das Copas.
Esse mês completaram-se 40 anos dessa fatídica página para o torcedor como eu.
Num programa de TV, com Júnior, um dos maiores que vi jogar participando, notei um certo constrangimento quando passaram aquele jogo contra a Itália... As jogadas dos gols de Paolo Rossi foram todas "em cima" do grande lateral, hoje comentarista.
Nunca havia percebido isso e sempre culpei ao mestre Telê, por seu comando sem energia e por sua teimosia em escalar Valdir Peres, Leandro e Luizinho que eram visivelmente "amarelos" como a camisa (ou com a camisa) que vestiam. Qualquer goleiro convocado estava em melhor forma que o Valdir, Leandro parecia sem sangue, não era o mesmo do Flamengo e Edinho não podia ser reserva do Luizinho até por sua capacidade de liderança que com certeza, não deixaria o time se abater e iria dar umas no time da Itália pra parar o ímpeto deles.
De qualquer forma, revelações foram ao ar nesse programa como a surpresa mesmo dos italianos que já haviam fechado a conta do hotel ao saírem para o jogo com o Brasil. Ali eles foram campeões.
1986
Com a Argentina e os gols do Maradona e de la mano de Dios, não é de me espantar que minha memória tenha falhado um pouco em lembrar detalhes desse mundial.
Um time com Casagrande e Alemão não podia mesmo ir longe... Ficamos no meio do caminho, parados pela França do Platini nos penaltys.
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A dor ainda era da Copa anterior...
A Alemanha campeã pela terceira vez na história e uma Copa das defesas, das retrancas modernas.
O Brasil, sem brilho e poucos jogadores de maior valor, além de um técnico que não era o que se esperava para uma seleção como a nossa, ficou no meio do caminho para a Argentina de Maradona e Caniggia. Confesso que só lembro desse fato.
O Brasil de Lazaroni.
1994
Uma Copa do Mundo atípica, decidida nos pênaltis e com somente o valor do TETRA do Brasil.
Sem dúvida foi a Copa de Romário e Bebeto e da sorte também.
O gol de Branco quase no fim do jogo com a Holanda e as penalidades perdidas pelos jogadores italianos nos deram o título.
Com jogos em horários de temperaturas altíssimas mesmo sendo nos EUA, o time "comandado" por Dunga (para desespero da torcida) chegou a final e venceu em penalidades depois de prorrogação.
Para mim, pessoalmente falando, o que marcou foi a história de um dos maiores zagueiros que vi atuar em minha vida: Franco Baresi.
Baresi precisou de uma artroscopia no início da Copa e voltou para jogar a grande final contra o Brasil, com Romário e Bebeto para marcar... Não andaram.
Baresi foi a marca dessa Copa em minha opinião.
1998
A grande Copa de Zizu.
Era para ser brasileiro esse título. Tínhamos time e elenco para isso, vencemos bem as fases até a grande final... Aí a história se encarregou de mudar os rumos de tudo.
Zinédine Zidane, esse foi o personagem maior de um jogo final, de uma França preparada para o futebol do Brasil. Ele foi maestro de seu time, esbanjou categoria e quase humilhou os colegas brasileiros de time, o Real Madrid, na época.
O episódio que levou ao início da catástrofe começou com Ronaldo Fenômeno - em grande fase - que teve uma crise convulsiva na noite véspera da partida final e foi parar no hospital onde nada foi detectado e, por sua insistência e risco, entrou em campo nitidamente atordoado e deixou seus companheiros desse mesmo jeito.
A França foi campeã mundial com méritos de um jogo perfeito naquela final.
Era um belo time!
Quis a história que não fosse dessa vez... E aí a França de novo em nosso caminho.
2002
PENTA CAMPEÃO INÈDITO!!!!
Para contar a história dessa Copa, primeiro tem que contar a história de um homem, um jogador e um herói chamado Ronaldo Nazário, também conhecido como Fenômeno.
De "responsável" pela derrota em 1998, passando por graves lesões e cirurgias que o deixaram fora de combate quase por dois anos ao grande herói do título maior do futebol mundial.
Sem dúvida a SUPERAÇÃO foi a marca dessa Copa, desse jogador, desse homem fenomenal.
"A temporada 1998–99 começou com a sua convulsão pouco antes da final da Copa do Mundo de 1998 ainda rendendo comentários. A Inter fez um campeonato ruim e viu o outro rival, o Milan, ganhar o título. Usando finalmente o número 9 (Zamorano ficou com a camisa 1+8), Ronaldo pouco jogaria pelos nerazzurri, por diversos fatores: ora tendinite, ora compromissos com patrocinadores (Brahma, Parmalat, Pirelli e Nike[7]), ora a Seleção Brasileira. 1999–00 seria de menos partidas ainda: em jogo contra o Lecce, estourou o joelho e teria de esperar cinco meses para voltar aos gramados.[47]
Ronaldo voltou no dia 12 de abril de 2000, uma semana após o nascimento de seu filho Ronald, em jogo válido pelas decisões da Copa da Itália, contra a Lazio. Mal entrou em campo, seu joelho direito cedeu no primeiro drible, saindo do lugar. No dia seguinte, iniciou nova recuperação, desta vez bem mais lenta: oito meses foram inicialmente previstos, que depois resultariam em quinze. 2001 veio e Ronaldo continuou sua volta gradual e cuidadosamente. Voltou a jogar oficialmente em partida da Copa da UEFA, contra o Brașov, da Romênia. Pequenas contraturas e estiramentos, entretanto, impediram-no de jogar normalmente naquele ano.[24]
A temporada 2001–02 prosseguiu com ele sendo utilizado ocasionalmente.[7] A Inter liderava o campeonato e poderia finalmente quebrar o jejum, que se arrastava já havia doze anos. Na última rodada, a adversária seria a mesma Lazio que trazia más recordações ao atacante. Acaso ou não, a Internazionale perdeu por 2–4 e a taça parou na rival Juventus. Substituído no decorrer do jogo, Ronaldo chorou para as câmeras.[48]
Tempos de mudança vieram após a surpreendente Copa do Mundo de 2002."
Wikipédia
Ele foi especial e marcou um time que teve sua presença em todos os jogos, com gols decisivos como os da final quando a anfitriã Alemanha, favorita foi batida pelo encanto de Rivaldo e Ronaldo no placar que fez o Brasil Penta.
PENTA DA SUPERAÇÂO
A história dessa Copa foi escrita com um capítulo especial.
2006
Tínhamos tudo para ser felizes...
Com elenco de jogadores contando com celebridades e sucessos mundiais em seus clubes, carimbados com o último título de campeão mundial e reunidos para ser favorito, o Brasil foi derrotado mais uma vez pela França e provou da soberba, que esbanjava bajulações e uma verdadeira "festa" que era a concentração da equipe.
Zidane acabou com o jogo, distribuindo lençol e dribles espetaculares...
E a Itália foi Tetra, numa final que marcou a Copa pela cabeçada e expulsão do melhor jogador da França que já havia dado um título ao seu país, Zinédine Zidane.
A cabeçada de Zidane no zagueiro italiano foi o que marcou a Copa...
2010
A primeira Copa em continente Africano...
As seleções da Sérvia e da Eslováquia faziam sua primeira participação na competição como países independentes
A grande campeã desta Copa foi a Espanha que vivia o auge do futebol vistoso de toques envolventes e posse de bola e tinha no elenco Casillas, Villa, Xavi e Iniesta, entre outros.
No caminho até a final, a Espanha eliminou Portugal, Paraguai e Alemanha nas fases finais.E foi sobre a Holanda o título.
O Brasil fez uma campanha pífia que terminou na fase eliminatória contra a Holanda, vice campeã.
O time de Dunga...
2014
Nem sei por onde começar... Pela corrupção que levou do país bilhões de um governo descarado e ladrão ou pela vergonha maior de uma goleada nunca na história do Brasil.
Desse time aí, Sérgio Cabral ainda está preso e o maior ladrão da história desse país foi solto e ainda irá ter direito de disputar as próximas eleições... Além da Copa e das Olimpíadas o rombo da Petrobrás se tornou o maior escândalo de corrupção do mundo.
Algumas dessas chamadas "ARENAS" padrão Fifa viraram elefantes brancos coloridos e estão abandonados. Muito dinheiro público que poderiam ter trazido escolas e hospitais a um povo sofrido e lutador.
Saudades do Gal Figueiredo !!!
O que foi mais doloroso???
Marcante foi a escalada da Alemanha e seu planejamento de anos que culminaram com concentração no interior da Bahia, perto de praias e com toda infraestrutura para os atletas e comissão técnica.
O Brasil por sede, badalado estava no embalo de Neymar, que não chega perto de grandes e verdadeiros craques, ídolos do passado...
Esses jogadores levarão para sempre a marca da segunda maior decepção do futebol brasileiro. A primeira foi na outra Copa, em 1950, quando o Maracanã se calou com mais de 200 mil pessoas diante da derrota para o Uruguai.
A grande campeã mereceu o título da organização e humildade em trabalhar pela conquista.
2018
Pouco para se escrever... Um time que não tinha o que se esperava para chegar longe.
Tite evoluiu para tentar de novo agora em 2022, esperamos.
O Brasil caiu para a Bélgica de De Bruine... Craque do City e mundialmente reconhecido.
A França de Mbape conquistou com facilidade de um futebol moderno, versátil e poderoso em velocidade e físico.
Então...
A questão é se estarei aqui para ver em novembro a próxima Copa... A vida pode ou não me dar mais essa alegria.Rezando por muitas outras ainda, peço a Deus e agradeço pela minha história e as que conto como essas que vivenciei e guardo na memória.