O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

segunda-feira, outubro 21, 2013

OUTUBRO FUNESTO

A palavra ainda é chocado.
Na sexta-feira perdemos um cunhado para o infarto (nota de rodapé) que foi rápido e cruel principalmente para quem aqui fica.
Meu querido Gílson e suas marca personalizada em sorriso.
Quando pequenos, eles (Lia, minha cunhada) ficavam deitados aos pés do casal a mando de meu sogro, para vigiar o namoro com a Leila.
Gílson nunca mudou. Sempre moleque, sempre sorrindo. O mundo caía e ele sorria...
Os sobrinhos cresceram e ele não era tio e sim outro moleque, junto com eles.
Não vou escrever mais sobre ele. Não saberia mais o que contar a não ser acrescentar o detalhe de que morreu trabalhando.

Mas o pior desse post, se você ainda quiser ler, preciso registrar.

Tão perto e tão distante, faziam mais de 30 anos que não via um colega de Botafogo, quando convivemos entre 12 e 16 anos, no sonho de ser jogador profissional de futebol.

Fui o primeiro a chegar na capela onde estava o corpo de meu cunhado e, ao lado, uma família velava outro Ser. Era a mãe desse meu colega.
Ali, naquela hora de dor, revi ele e seus irmãos, seus filhos, primos...
Uma alegria numa hora ingrata.
 
Aí, entre meus filhos, Jorge Luiz (Índio) escondendo a careca por um boné.
Palavra de boleiro, meus filhos o chamaram de "marrento", que sempre foi, é verdade.
Mas é um cara bom, alegre e joga muito.
Trinta ou mais anos...
Seus irmãos Beto e Luiz, seus primos Carlinhos (que jogou conosco naqueles tempos também e agora é cantor de samba), João e Paulinho... Aí vem mais notícia ruim.
Fernandinho, irmão desses últimos, e isso eu sabia, está restrito pelo Alzheimer.
Este era colega de Vestibular e, entre outras histórias, formamos um grupo de estudo que foi batizado como Máfia. Fernandinho é este com a letra F na camisa na foto abaixo...



Fato que me chocou mais foi saber que, ao indagar sobre seus pais, João e Paulinho disseram "Enterramos os dois há 3 anos. Morreram juntos. Minha mãe foi a visita no hospital e meu pai morreu em seus braços. Ela foi junto com ele..."
Me chocou muito isso, essa história de um casal que conheci com seus filhos.

Mas ainda não acabou.
Na página de meu filho no FACE, uma de suas amigas de trabalho me chamou a atenção.
Helinalva Maria Ramos.
Ainda no tempo de colégio, Helicleide - que aparece na foto acima e fazia parte do grupo - nos mostrou sua família. Helieda, Helineide, ela e Helinalva, que chamavam Nanal.
Com saudades de Kekeu (Helicleide), quis saber de minha amiga linda e integrada em meio a homens, o que era meio que criticado naqueles tempos.
Eu já sabia que a Helineide havia morrido precoce, com 30 anos ou mais um pouquinho e, as palavras de Nanal me fizeram chocar de novo agora pela manhã: "Infelizmente perdemos a Kekeu muito cedo também, logo depois de Helineide".

Ah, Kekeu!!! Você não podia fazer isso com a gente, não.
Adílson "No Have", Valdemiro (Miro) e J. Augusto eu não sei onde estão.
Ronaldo, que namorou Nanal, foi mais precoce que Helineide ainda... Era o goleiro, na foto.
Agora, fico eu olhando a foto e com medo de saber deles notícias, com saudades e dolorido demais.

Teclei com meu irmão agora de manhã e ele lembrou o dia das bruxas.
Falei que parece mês das bruxas... OUTUBRO FUNESTO.
Tudo muito junto, as notícias e fatos chocaram esse meu coração.
Mas era preciso registrar esse fim de semana diferente que tive.
Eram preciso coincidências para me levar ao passado, me trazer pessoas e me levarem outras.
Queridas, que marcaram este coração aqui, dolorido.



(Existem três formas corretas: "enfarte", "enfarto" e “infarto”. A melhor, dizem os médicos e a gramática, é "infarto". - See more at: http://www.portuguesnarede.com/2008/09/enfarte-ou-infarto.html#sthash.8OOZg4hr.dpuf)

terça-feira, outubro 15, 2013

Lamento e Perdão

Senhor, não há o que reclamar!!!!
Mas, se assim me permite, quero lamentar.
O meu lamento pode ser, assim mal comparando, como os desperdícios de alimento mundo afora, em perdas e desleixo, quando sabemos de tantos irmãos que nunca sequer provaram de tantas coisas e delícias que vão para o lixo.

A idade chegou para mim sem que eu me dê por vencido e lá no fundo o desejo ainda me tortura ao ver que me sinto excluído de tantas coisas boas a desfrutar.
É natural mas não convence o egoísmo que toma conta desse Ser que ainda espera viver momentos gostosos dos quais experimentou e saber que estes o levavam a seguir em frente, dava ânimo, incentivava e fazia crer no futuro ou mesmo nem pensar nele próprio.
A paixão.
Deleite da alma, do corpo e do coração que as vezes determina a mente seguir caminhos errôneos...

A saudade bate forte com mais frequência e traz a lembrança, aviva a certeza de pouco tempo que resta e aflige o peito em desespero e vontade do "enquanto ainda posso".
As derrotas nos deixam mais atentos e diz a você que se cuide porque seu tempo já passou. E então a revolta e o medo se apegam no tormento de meus dias e noites.
Já não mais sou eu. Somos sete com expectativas de oito.
Ainda sou e me sinto responsável por eles e faço o meu melhor, penso, mesmo sabendo de meus erros no passado.



Talvez a pessoa de meu pai, a sua vida atual mergulhada em lembranças e sua luta contra o tempo - que ele não aceita em sua consciência - me faça refletir.
Seu tormento é muito maior, imagino.
E vejo o meu que se soma a uma impotência de ter que aceitar aquilo que nunca sequer gostei de pensar.
Talvez as coisas que me foram "jogadas" na cara por uma mulher, as quais passei por cima até que parei para ver que me afetavam, me afetaram.
E ainda vejo no dia a dia o exemplo maior dessa realidade nos olhos de cada menina ou mulher que me vê, compreendendo que já não sou mais eu. O eu que ficou ali atrás num tempo não muito distante.

Volto aos lamentos... Das coisas que não fiz o arrependimento. E das que fiz também.
Sou daqueles que nunca deixa o passado, que a ele dá valor mesmo nada aprendendo.
Dizer que ele não existe??? Não dá.
Passou. Mas marcou também bons e maus momentos, pessoas, delírios, paixões, virtudes, lágrimas de felicidade e tristeza, dores, triunfos e derrotas... A busca incessante de sempre mais e melhor.
As perdas ao longo da vida que seguiu com o tempo, esse incólume e malvado que maltrata e não para por nada.

Lamento por estar escrevendo assim, azedo, triste. Não devia. Eu tenho tanto...
Ainda assim, coração na frente, me diz que desabafando eu melhoro meu ânimo e amenizo a tristeza que ora transforma tudo em minha volta.

Obrigado, Senhor, por tudo que tenho, que fui, que tive o privilégio em sua graça de poder ter vivido até aqui.
Perdoa, se assim for possível, esses lamentos da alma. O Ser e suas dúvidas nesse mundão tão lindo teu.





terça-feira, outubro 08, 2013

Voando Longe Em Sentidos & Sentimentos

O que nos dá sentido a vida?
Sonhos?
Realizações?
Paixão?

Que força move o Ser ao longo dos dias, horas, espaço?
A fé controla e dá esperança. Oramos em agradecimento e seguimos.

Saber que tudo passou tão rápido...
Não quero desanimar otimistas nem influenciar com meu momento a alegria de quem, por ventura, chega por aqui para me fazer companhia.
Estamos na luta diária e sabemos que nada é para sempre, mas o inconformismo que nos ameaça é presente e traz conceitos e questões que, pessoalmente falando, me confunde e entristece.
Tenho medo do futuro, do amanhã, ao ver que muito já passou de meu tempo na Terra e que caminho em direção ao fim tentando diminuir a velocidade e tamanho dos meus passos. Mas é em vão.
O tempo não para e carrega junto parte de nós a cada minuto.


Não disponho de palavras para dizer o que atormenta.
O passado tão distante fica tão próximo em lembranças e deixa doer a saudade.
A realidade nos faz tremer em impotência e, quando muito, conformismo.
Não tenho tudo que quero mas amo tudo que tenho.
E descubro mais isso quando me sinto assim, como nesses dias.
Amo meu passado em partes bonitas e gostosas, agradeço o meu presente por poder escrever como faço agora. Meu futuro? O que dizer?

A solidão que divido comigo mesmo ajuda a estar assim.
Poucos fazem parte de minha vida cotidiana. Alguns deles nem sabem quem sou.
As dores que sinto no corpo e na alma.
Os temores, a incompreensão, a descrença e o cansaço que chega.

Hoje, 7 de outubro, eu devia estar feliz.
Hoje devia fazer parte de um desses momentos que te levam a vida, que trazem esperança, inebria a alma e te faz seguir.
Sinto falta de outros tempos onde tomava a dianteira desses sentimentos, enganava-os e me enchia de ânimo e esperança.



Velhos e bons motivos que movem a humanidade.
Realidade dolorida que frustra e deixa triste.
E pensar que, depois de esforços, resignações e renúncias para chegar até aqui, ainda assim sentiria falta de mim em outros tempos.

Amém Senhor, por todos os meus dias!!!!!



(NR: viajei nessa nave ontem, 7 de outubro, em meio a turbulentas e vigorosas nuvens de saudade, solidão e medo do futuro até que a net caiu...)



Sonho Sonhado

  " Esse sonho vem com o intuito de conselho, para deixar de lado toda amargura e tristeza que você sente por conta de diversas situaçõ...