Na sexta-feira perdemos um cunhado para o infarto (nota de rodapé) que foi rápido e cruel principalmente para quem aqui fica.
Meu querido Gílson e suas marca personalizada em sorriso.
Quando pequenos, eles (Lia, minha cunhada) ficavam deitados aos pés do casal a mando de meu sogro, para vigiar o namoro com a Leila.
Gílson nunca mudou. Sempre moleque, sempre sorrindo. O mundo caía e ele sorria...
Os sobrinhos cresceram e ele não era tio e sim outro moleque, junto com eles.
Não vou escrever mais sobre ele. Não saberia mais o que contar a não ser acrescentar o detalhe de que morreu trabalhando.
Mas o pior desse post, se você ainda quiser ler, preciso registrar.
Tão perto e tão distante, faziam mais de 30 anos que não via um colega de Botafogo, quando convivemos entre 12 e 16 anos, no sonho de ser jogador profissional de futebol.
Fui o primeiro a chegar na capela onde estava o corpo de meu cunhado e, ao lado, uma família velava outro Ser. Era a mãe desse meu colega.
Ali, naquela hora de dor, revi ele e seus irmãos, seus filhos, primos...
Uma alegria numa hora ingrata.
Palavra de boleiro, meus filhos o chamaram de "marrento", que sempre foi, é verdade.
Mas é um cara bom, alegre e joga muito.
Trinta ou mais anos...
Seus irmãos Beto e Luiz, seus primos Carlinhos (que jogou conosco naqueles tempos também e agora é cantor de samba), João e Paulinho... Aí vem mais notícia ruim.
Fernandinho, irmão desses últimos, e isso eu sabia, está restrito pelo Alzheimer.
Este era colega de Vestibular e, entre outras histórias, formamos um grupo de estudo que foi batizado como Máfia. Fernandinho é este com a letra F na camisa na foto abaixo...
Fato que me chocou mais foi saber que, ao indagar sobre seus pais, João e Paulinho disseram "Enterramos os dois há 3 anos. Morreram juntos. Minha mãe foi a visita no hospital e meu pai morreu em seus braços. Ela foi junto com ele..."
Me chocou muito isso, essa história de um casal que conheci com seus filhos.
Mas ainda não acabou.
Na página de meu filho no FACE, uma de suas amigas de trabalho me chamou a atenção.
Helinalva Maria Ramos.
Ainda no tempo de colégio, Helicleide - que aparece na foto acima e fazia parte do grupo - nos mostrou sua família. Helieda, Helineide, ela e Helinalva, que chamavam Nanal.
Com saudades de Kekeu (Helicleide), quis saber de minha amiga linda e integrada em meio a homens, o que era meio que criticado naqueles tempos.
Eu já sabia que a Helineide havia morrido precoce, com 30 anos ou mais um pouquinho e, as palavras de Nanal me fizeram chocar de novo agora pela manhã: "Infelizmente perdemos a Kekeu muito cedo também, logo depois de Helineide".
Ah, Kekeu!!! Você não podia fazer isso com a gente, não.
Adílson "No Have", Valdemiro (Miro) e J. Augusto eu não sei onde estão.
Ronaldo, que namorou Nanal, foi mais precoce que Helineide ainda... Era o goleiro, na foto.
Agora, fico eu olhando a foto e com medo de saber deles notícias, com saudades e dolorido demais.
Teclei com meu irmão agora de manhã e ele lembrou o dia das bruxas.
Falei que parece mês das bruxas... OUTUBRO FUNESTO.
Tudo muito junto, as notícias e fatos chocaram esse meu coração.
Mas era preciso registrar esse fim de semana diferente que tive.
Eram preciso coincidências para me levar ao passado, me trazer pessoas e me levarem outras.
Queridas, que marcaram este coração aqui, dolorido.
(Existem três formas corretas: "enfarte", "enfarto" e “infarto”. A melhor, dizem os médicos e a gramática, é "infarto". - See more at: http://www.portuguesnarede.com/2008/09/enfarte-ou-infarto.html#sthash.8OOZg4hr.dpuf)