O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, agosto 28, 2009

FAZ PARTE.

Como diz uma linda menina: "Aaafffff...!!!!!"
Depois de uma semana de obra nesse apartamento que moro, afinal volto a normalizar meus dias.
O piso da sala e corredor precisou ser trocado.
Minha rotina de trabalho e vida virou um caos em meio a poeira (muita poeira, vixi...) e a bagunça normal de obra em ambiente pequeno.
Durmi 2 ou 3 horas por dia e, para finalizar, acabei me aborrecendo com os dois que por aqui obravam, uma vez que queria ver tudo de novo lugar e os dois estavam ensebando muito o que faziam.
No domingo às 22h, conseguimos colocar as coisas mais ou menos no lugar e dormir em ambiente limpo, pelo menos.
Ainda estou dando por aqui minhas cacetadas na parte elétrica, com trocas de tomadas e etc.

sábado, agosto 08, 2009

Carta para a Senhora.

Querida mamãe,
Há muito tempo não conversamos, então resolvi escrever para a senhora.
Desde que a senhora se foi, muitas coisas aconteceram.
Seuas netos estão bem e sua nora, depois que arranjei seu primeiro emprego, é hoje quem mais trabalha e mais tem valor lá em casa. Ela paga as contas e seu compromisso com o trabalho chega a provocar comentários, tal dedicação.
O Victor está noivo e o Vinicius casado, apesar de não ser oficial. Mas por enquanto, eu continuo aguardando um neto e nada ainda.
A senhora já é bisavó há um bom tempo e são cinco: duas da Dani, Duas do Neo e um japinha da Dia.
São lindos, muito inteligentes e com saúde.
A do Neo se chama Maria e não sei se ele lembrou da senhora quando batizou assim. É minha paixão, por enquanto.
Meu sobrinho e eu ficamos muito próximos ultimamente, apesar de estarmos longe um do outro.
O Mimica mudou sua forma de tratar a nós irmãos que nos deixa até sem jeito, vez por outra.
Ele agora sente falta da gente, se preocupa, liga sempre e até briga por não ligarmos.
Mas sempre foi querido, a senhora sabe disso.
Ele e seu jeitão caipira que nos dá alegria e nos faz rir muito.
Como sempre, tem sua vida tão regradinha, cuida das netas, da casa e dos filhos que para ir a Silva Jardim precisa programar com antecedência.
Ele e o Sidy estão aposentados. Mas ainda é o papai que não nos deixa faltar nada.
Ele sempre foi assim, não é minha mãe?
Aliás, sofreu muito quando perdeu a D. Holanda logo após a senhora, fez a burrice de se casar com a sobrinha dela e passar pelo maior pedaço difícil de sua vida e, agora, Graças a Deus minha mãe, está com a D. Enedir. Acho que a senhora conheceu. Era dos tempos de sua juventude em Silva Jardim.
Não podia ter nada igual para meu pai agora. Com toda sua saúde aos 89 anos, ele já sente um pouco a perda da vitalidade, o ânimo para sair, viajar como fazia antes e Enedir é muito boa companhia. Muito simples, para ela está tudo bom.
Meu pai faz dela gato e sapato com suas brincadeiras, precisa ver.
Seu filho aqui é que não toma jeito: continua fumando e sofrendo pelo passado.
Lembro que quando a senhora se foi, eu resolvi viver um pouco mais. Passei a ser egoísta, a cuidar mais de mim, a curtir o que queria. Minhas noitadas, cervejas, amigos e gandaia.
A Leila aceitava tudo, mas eu tinha que voltar para casa como sempre. Sem hora para chegar, mas em casa.
Um dia atravessei na vida de uma mulher, mãe... Então, posso dizer, conheci o que paixão. Vi o inferno e o céu, vivi os dois intensamente e até hoje pago por aquela passagem de minha vida.
Ah, ia esquecendo: no meio desse romance nasceu uma linda pequenina que não esqueço mas não posso dizer que seja sua bisneta. A coisa foi e é muito complicada para contar nesta carta mas, saiba que só quero o bem para ela. Peço a Deus sempre que cuide para que ela seja feliz e não tenha o mesmo pensamento da mãe.
Nestes caminhos, quando a senhora ficou doente, eu comecei a conseguir melhoras em meu trabalho e consequentemente na vida pessoal.
Naquele tempo vivi muita coisa boa que não esperava, experimentei as boas coisas de ser e estar vivo. Os prazeres, as luxúrias e os pecados.
Tudo muito bom de se viver mas, há que se pagar um preço por tudo isso. Afinal, deixei para trás muita gente, magoei, destratei, estive errado.
Talvez por isso, ma~ezinha, hoje padeço com as lembranças boas e más.
Talvez por isso tenha perdido a razão, meus empregos e com eles tudo de paz que tinha naquele tempo.
A idade chegou e só me apercebi dela quando as portas de fechavam para mim.
Ninguém contrata "velho" para trabalhar mais, sabia?
Mas eu corria 90 minutos no meu futebol, tenho boa saúde (Graças...) e fazia minhas graças na cama com aquelas meninas... Não me considerava o que faziam de mim.
Isso já tem 10 anos, mais ou menos.
Venho lutando daqui e dali, sempre contando com meu velho amigo e pai, esperando por dias melhores.
Escrevo daqui desse meu trabalho atual que ora encontrei e que, acho mesmo minha mãe, não existe outra firma com a concepção dessa aqui. Pelo menos no que diz respeito a idade.
Ganho pouco, trabalho somente a noite e não faço o que sempre gostei mas ainda assim, não quero perder. Sem contar que tem um morro dos mais antigos do Rio tão violento, bem aqui em frente.
Sonho que vou ganhar na Mega Sena, mãe, e não é para esbanjar, esnobar ou outra coisa assim. Sonho somente em ter um cantinho e tranquilidade para não precisar trabalhar e pagar minhas contas. Só isso basta. Me satisfaz.
Tenho vivido recluso há bastante tempo. Tudo por causa desse passado recente.
Tive que voltar para Leila (ficamos separados por oito anos) e ela, amiga, me aceitou para podermos ir frente com as coisas dos garotos, com a casa, etc.
Desde então, minha vida é dentro de casa. Não bebo uma cerveja na esquina.
Meus "amigos", os poucos que sobraram, deram as costas, me abandonaram, me aboliram e me afastaram.
Nem meu sagrado futebol jogo mais.
Tomei essa decisão a partir do momento que vi que onde estava atraia confusão.
Mãe, a senhora sabe que não gosto de injustiças... E minhas forças foram sendo minadas até que desistisse do pouco que me restava.
estou recluso, nada vivo a não ser minha casa, dividida, e o trabalho que pude arranjar.
As coisas aqui no trabalho estão difíceis. Já mandaram um monte embora e espero a minha vez. Rezo para não acontecer, mas...
Mãe, o Sidy também só faz merda.
Largou a Jórida e voltou para Fernanda depois de vinte anos. Trocou a Fernanda por uma mulher pela internet e já está com outra agora. Tudo isso em menos de três anos.
Essa agora é quase prima de meu pai. Aqueles parentescos de terceira, quinta, sei lá.
Tanta coisa para contar.
Tanta saudade da senhora.
Tanta falta que me faz.
Não posso te pedir nada, brigar com a senhora como fazia, te fazer carinho, te ver...
Eu sei que nunca deixou a todos nós esse tempo.
Que está do nosso lado nos protegendo, mas sinto falta da senhora aqui.
Chorei muito por ter perdido tanta coisa nesse tempo sem a senhora e esqueci de chorar sua falta.
Choro agora que escrevo e lembro que sua partida foi depois de muito sofrer. Um alívio, creio.
Foi asim que nos conformamos.
Mas aos 52 anos, seu fllho mais novo, seu temporão, está muito sofrido e se sentindo só.
Não foi ontem que a via por perto e não me imaginava nesse momento agora.
"Velho esclerosado" é o que sou. Pelo menos me acham assim, me chamam assim.
Mãe, os Beatles de minha época te incomodavam ouvir?
A senhora tem que agora o tal de funk e os meninos e meninas que curtem isso.
As drogas andavam longe naqueles tempos que se preocupava comigo.
Hoje está em qualquer casa, qualquer esquina, qualquer idade. Sem preconceitos.
A senhora me ensinou a respeitar os mais velhos, as damas e os direitos alheios.
A senhora me mostrou como ser gentil, cavalheiro e educado.
Aprendi a ser romântico vendo a senhora, já sem meu pai, curtir uma música que lhe falava de amor, de perdas, de solidão.
Fui lá fora agora para fumar um cigarro e vi a lua. Está linda e, a essa hora da madrugada, dá para ver seus detalhes de cheia (ou de nova?).
Lembrei da letra de uma música que diz: "Faça um pedido ao silêncio, se alguma vez me encontrar..."
Os tempos com a senhora por perto eram mais seguros.
Os tempos que se vive hoje parecem ter um fim marcado. E é logo alí.
Tenho medo.
Temo por tudo e por todos.
Temo as pessoas que me cercam, que não conheço.
Temo os lugares que vou ou passo, iluminados ou não.
Já não tenho medo de ficar sozinho. Aprendi a gostar de estar assim.
tenho e nunca deixei de ter, medo da morte. Me sinto tão vivo... Mas não vivo nada mais que posso.
Tenho medo de meu passado também. Um dia ele foi futuro desse presente que vivo hoje.
Mãe, se ver por aí meus primos Rubinho, Elzinha e Edélio, diga que os amo, que me perdoem alguma falta.
Quero te escrever mais outra hora.
Por agora vou parar e te agradecer por tudo, te dar um beijo na alma e pedir-te paz.
Teu perdão terei sempre.
Seu filho, Altair.

Sonho Sonhado

  " Esse sonho vem com o intuito de conselho, para deixar de lado toda amargura e tristeza que você sente por conta de diversas situaçõ...