Luto

Não posso dizer que previ.
Ontem estranhei quando do nada me peguei pensando em meu tio que não anda muito bem de saúde.

Agora há pouco, falando com meu pai, soube da morte de minha prima.
Meu pai já não sente mais nada quando recebe essas notícias. Ele passa assim como se a novidade do dia.
Falando sobre ela, me contou há algum tempo que Betinha ficava isolada em seu sítio lá pelos lados da serra e seu marido Juca e sua filha na zona Sul do Rio.
Como gosto de sossego, pensei e até chamei o meu pai para ir até ela.
Imaginava como deve ser bom estar retirado dessa vida de cidade, dessa luta sem fim, desse círculo vicioso dos dias de hoje no caos urbano.

Eu tenho uma foto de meus três primos pequenos.
E tenho também da prima Betinha em sua primeira comunhão.
As mudanças do "boot" que dei incluíram a perda dessas fotos escaneadas para aqui poder ilustrar.

Minha prima, apesar de viver afastada de nós, sempre nos dedicou carinho e atenção. Era como minha tia Luiza, sua mãe. Classe, consideração, carinho herdados.

Ainda não sei o que a levou embora. Disseram que "sofria muito e descansou".
Que pena!!!!!
Não vi, como queria, minha prima em seu cantinho que gostaria de ter e viver como ela estava fazendo.
Não vi mais a minha prima.

Assim como foi Elzinha, a Betinha saiu de nossas vidas sem que as visse por perto.
Tenho lembranças. Poucas, mas sempre estarão comigo.
Um bem é ter a imagem delas vivas, bonitas, sorrindo. Isso compensa a perda, creio.

DEUS É POR NÓS!!!!

Mais 1...

*Lá se vão algumas décadas, mas, a lembrança que trago da nossa mãe, quando
viu essa foto, continua na minha lembrança.*
*Numa singela carta ela me perguntava, devia estar assustada:"Meu filho,

você sabe usar essa "espingarda? Que perigo, meu Deus do céu!" Ela, que se
pusesse uma arma de brinquedo em cima do fogão não saia o almoço, devia
estar apavorada. Ainda lembro, que quando nos falamos pelo rádio, que tinha
um "delay" de quase 2 minutos, pedia-me para não usar a arma. Magina, ri
muito e mais ainda, quando o Og, ao meu lado falando com a mãe dele, pedia
autorização para fumar, pqp, a quase 5.000kms. e o marmanjão pedindo a mãe,
autorização para fumar. Enfim, mano véio mais novo, ou
caçulinha.....kkkkk....esse foi um dos comentários da nossa mãe, dentre
outros que me recordo com saudades. Até daquele,"putaria, só do portão para

fora"*
*Beijos em todos e principalmente para o Davi, não porque, mas, todo avô,

fica com cara de babaca quando está perto ou falando dos netos, sou 4 vezes

cara de babaca, até breve, do mano véio, Sidy.*

Essa foi uma mensagem do mano mais véio por mail para mim essa semana.

Hoje ele conta mais um ano de sua história e me inspirou postar por seu aniversário.

Não recebi a foto que ele comenta mas tenho essa que é da mesma época, na República Dominicana, e lembro da mesma.
Mamãe era isso tudo aí e mais um pouco, mano.
Lembro dela querendo passar a corda de isolamento na Base Aérea quando viu os primeiros "tiros" e as labaredas que saiam dos motores dos aviões onde você ia embarcar gritando "Meu filho não vai nessa merda, não!!!"""""

O tempo anda muito rápido ultimamente... De qualquer forma, FELIZ ANIVERSÁRIO e juízo tá!!!

Um beijo e sua bênção.

Meus Caros Leitores Assíduos.

Já não é de hoje que noto ter somente três leitores dessas mal traçadas... Rrsrsrsr
Meu irmão, porque me cobra vez ou outra, e... Quem mais seria?

Revelem-se. Eu espero.

Por enquanto, vou deixar aqui o filmezinho que fiz do Davi para completar. Já postei no Face e no You Tube.
Ele tentando conversar com as tias depois do jogo do nosso Flu contra a Ponte e todo sofrimento do avô, do tio e do pai dele...kkkkkkkk

Esse molequinho!!!!! Hã.
O pai diz que é talismã tricolor porque nos últimos jogos, coincidentemente, ele acordou e o time conseguiu um gol, uma virada, uma vitória.
Beijos, meu neto!!!!
Tem cara de zagueiro e deve seguir o pai e o bisavô.

Sylvia "Emmanuelle" Kristell

Ontem, aos sessenta anos, morreu a Sylvia Kristell.

Emmanuelle, foi uma pequena revolução nas telonas dos anos 70 e a Sylvia brilhou intensamente nos desejos de muita gente.



Não podia deixar de anotar essa passagem por aqui. Afinal, ainda proibido de entrar no cinema naquele tempo, só vi o filme bem mais tarde mas, como muitos garotos da época, pude vivenciar os belos momentos de um filme "avançado" e sexual.

Encantadora em seus momentos Emmanuelle, Sylvia inspirou muitas coisas novas nas fitas e cabeças desde aquele tempo.

 

Bate Coração

Êh, bateu saudades...
Saudades de um tempo bom, de boas lembranças.
A cabeça boa aceitando as partes que a vida proporcionava e seguindo confiante.
De bem com o trabalho, de bem comigo mesmo, saía do trabalho pela manhã e, só me dava conta do que me esperava naqueles dias quando cochilava no ônibus de volta pra casa... E que dias!!!

Começava por volta das 8h da manhã, com uma vista maravilhosa emoldurada nas janelas e a gostosa companhia de momentos que duravam até a noite quando então era acordado para começar de novo a jornada de trabalho.

Pouco dormia mas me sentia tão leve, tão bem. Ego lá em cima, esperava por outros dias que seriam tão bons como aquele que acabava.

E pegar a "cotia no ninho" também era uma prática normal... A cotia era especial e não dispensava nada nem com sono. É para dar saudade ou não?
Foi especial aquele pedaço de vida.
Foram especiais os sabores da vida em pequenos momentos rodeados de bastante "insegurança", muita paixão e uma pitada de quero mais sempre.
Nada provei igual. Nunca imaginava ter tudo aquilo.

Êh, saudade!!!

Esquecendo-me do preço alto com juros e correção que pago, volto no tempo.
No tempo bom, de boas lembranças... Eh, coração!!!!

Eu Ainda Sou Assim

Nesse sábado e domingo presenciei duas cenas que literalmente me chocaram.

Ao sair da padaria, por volta de 6 da manhã quando chegava do trabalho, fui abordado por um rapaz subitamente. A maneira pela qual ele chegou até a mim, creio, é típica de assalto. Aquele instante certo do "bote", da surpresa. Me vi encurralado e sem ação.

Roupas novas (estilo que não gosto, juro) boné cobrindo metade do rosto, ele chegou rápido quando em aproximei do carro.

Enfim, com alguns trocados na mão, que apareceram tão rápido quanto poderia ser uma arma, me pediu alguma coisa como grunhindo por R$1,00. A minha reação foi perceber mais pessoas passando pelo local e a menina que o acompanhava, parada mais adiante.

Tirei do bolso uns trocados e ele se foi. Tão rápido quanto chegou.

 

Nesse instante, a minha atenção foi para a menina.

Muito linda, num vestido branco (sujo talvez pela noitada) e descalça. Suas sandálias estavam com o rapaz.

E a outra reação me surgiu como misto de sentimentos que não sei informar: "Linda!!!" - balbuciei olhando bem para ela.

O que quis dizer realmente era "O que ela fazia ali, naquela companhia?".

Não devia ter 17 anos... E era linda mesmo.

 

Domingo, bebia com amigos quando chegaram três criaturas em nossa mesa.

O colega as conhecia e elas já chegaram como se donas do pedaço, lhe dando ordens, exigindo dele.

Meu colega é mais velho que eu, detalhe. E também sei que acontece em determinados dias por ali "uma infestação" de meninas que se vendem, digamos.

 

A proximidade de "morros" ou bairros onde impera o tráfico e a pobreza se mistura com a vida errada, em minha opinião, é o que gera isso por ali.

Mas eu nunca tinha visto. Isso porque no domingo não é "dia delas".

O comportamento das meninas me chamava a atenção. Desleixo, naturalidade, infantilidade e um alto grau de confiança se misturavam com a maneira malandra daqueles que convivem em meios como o que descrevi. Drogas, funk, vícios, perdição e sabe lá Deus o que mais.

 

Maior espanto foi saber as idades... A mais velha dizia ter 18, a outra maior 11 e a pequenina só 9 aninhos.

Estarrecido diante daquilo, naturalmente acabei por querer saber um pouco mais e mostrei a minha preocupação quando a menor de todas pegou o copo de cerveja para beber e eu pedi que não o fizesse. Me dirigi a mais velha e a ordem dela, a pequena não bebeu.

A garota de 11 anos, vestida como se mais tivesse, chamando a atenção por seu corpinho bem feito, falava sem parar de suas bravatas e suas "ligações amorosas" sempre no linguajar do funk.

Perguntei desde quando e ela falou desde os 9 anos...

Ouvi o comentário das duas maiores sobre a de 9 anos e pasmei mais ainda ao saber que era "danada", perigosa...

Foto do site Cidadania Brasil contra a pedofilia.

Saber que a mais velha tem um filhinho de 6 meses e se diz vivida, mesmo com a jovialidade de uma menina que não tem muita coisa na cabeça ainda e o fato de ser mãe, ter um namorado de 15 anos e "dar uns chegas" pela área dos velhos, o fato maior ela contou depois da minha pergunta a de 11 anos, afirmando que havia começado com 7 anos, com um primo que já estava morto...

E foi assim como se a coisa mais normal do mundo.

 

Sete anos!!!!!????

Que realidade é essa??? Vivemos ao lado dela e não sabemos. Ou sabemos porém não acreditamos até vivenciar????

Estou ainda consternado, chocado, dolorido. Quantas meninas???

Bonitas e diriam minhas tias, minha mãe e minha avó, "largadas"!!!!

 

"Sete anos". Com um sorriso largo no rosto... Tudo muito natural.

 

Esse é o País que está "escondido" por uma política podre, uma justiça de mentirinha e uma corja maior que se aproveita desse nosso povo bonito, deixando a mercê de bandidos ou sei lá o quê para serem consumidas como se uma bala de açúcar.

 

 

Saí dali tão rápido quanto pude depois que outro colega se juntou ao nosso grupo e pensei numa só palavra no caminho para casa: FUTURO.

 

E me questionava como agora que escrevo: Onde estou? Onde estive? Para onde vou???

Será que sou de outro planeta?

O que que eu fiz????

Me perdoem aqueles que me contrariam a opinião.

Me perdoem aqueles que sabem e convivem com essa realidade para mim chocante.

Me perdoem por me sentir frágil e impotente diante desse mundo.

Por fim, perdoe-me Senhor e guarda aos meus como sempre o fez, AMÉM!!!!

 

Muito Orgulho & Gente

Não haverá mais Fla x Flu esse ano... E, no Brasileiro, não perdemos pra eles.
O meu ano no futebol foi ótimo. Não há coisa mais gostosa do que não perder pra cambada, ter que aturrá-los.
Com muita sorte, pela incompetência deles, sei lá. Mas não perdemos.
É melhor que ser campeão. Se o título vier é puro lucro.

O Fred foi algoz nos dois jogos... Ele não marcava contra o contrário (que é como gosto de chamar o Urubu).

Mas. como desportista e tricolor educado (não é à toa que somos a ELITE), devo admitir que os caras mereceram um melhor resultado. Sobretudo o Cléber Santana.

Sua história é digna de registro.
Em poucos dias uma mudança de clubes, de colegas, de vida.
Chegou, vestiu uma das mais difíceis camisas do País e tomou conta. Mudou tudo.
Ontem, eu pedia que alguém pudesse marcá-lo e o cara contunuava liso, solto, aparecendo em todas as jogadas com muita classe, visão e garra.
Uma pena (para eles, claro) ele ter perdido aquele gol. Seria sua consagração ontem e coroaria a sua atuação.
O cara não teve sorte. Nós sim, para minha alegria.

Fico muito alegre em não perder pra cambada.
Vejo todos os programas esportivos no outro dia...Rsrrsrsrr
Mas não ouvi ontem e nem vi hoje alguém que destacasse ao Cléber pela partida.
Se o carinha tivesse feito o gol que perdeu...

Alguém pode ter "visto outro jogo". Eu que me considero crítico, vi ontem o Cléber Santana jogar como há muito não vejo alguém.
Uma menina no jogo do São Paulo quase apanhou da torcida do Coritiba porque ganhou a camisa do Lucas. Ela só tem 13 anos.
Ontem, tricolor com muito orgulho, "inimigo" fiel do contrário, receberia a camisa do camarada e a teria como um troféu de uma história com final feliz... Parabéns Cléber!!!!