Já de há muito tempo não considero mais essas datas.
Estou falando sobre aniversários, não sobre Carnaval.
Quando tinha 20, não sei se pensava em quando chegasse até aqui, mas creio que seja "o mesmo mistério" vivido hoje.
Não quero avaliar o que hoje se apresenta para mim, nem saber de tudo o que sinto, tudo que vivi, que perdi ou deixei para trás, das pessoas, dos amores, das guerrinhas, das lutas incomuns, enfim, de tudo aquilo vivido, passado para chegar até agora.
Não desejo comentários como nunca gostei do famoso "parabéns pra você" com direito a bolinho e vela para assoprar...
Considero tudo normal. Mudanças? a barriguinha é mais proeminente, a ranzinzisse começa a ser mais frequente, os medos aparecem mais e te deixam mais acomodados, a importância em ajudar e cuidar do que é seu (filhos, por exemplo), a expectativa de ver netos, as dores (ah, essa PVC!!!!!) começam a incomodar, as saudades. Essas últimas são e serão sempre as piores.
O telefone sempre toca. Meu pai, meus irmãos, pessoas mais frequentes... mas tem aquele em que nada dizem. Simplesmente escutam o "alô", dão um tempinho e desligam.
Esses aconteceram sempre que "estive longe" daquela que mais me fez sofrer.
Esses, por incrível que possa parecer, foi hoje meu presente de aniversário.
Foi só uma vez e me fez com que a saudade de coisas boas voltasse a cheirar em minha volta.
Saudade de coisas boas, presente de aniversário marcante para meus 50 anos.
Um beijo para mim em meu coração sofrido e ainda vivinho e com vontade de amar, sofrer, se apaixonar, viver...