Difícil como uma tal DEPRESSÃO trata a gente mal!
As vezes me perguntava porque meu pai escondeu da gente antes de entrar num processo que o levou meses depois. Agora compreendo.
Principalmente nesses dias.
Recuperando uma crise de 15 dias imposta pelo nervo ciático, envolvido em meio a "rebolados" para a falta de pagamento dos família mais perto e tentando resolver o seguro do carro roubado em fevereiro, com idas e vindas a delegacia distante 40 km... Não sei. Fragilizei e foi me acontecendo a sensação de um mundo contra mim.
Sozinho, meus pensamentos me tornam refém de algumas atitudes para mim normais mas que podem ter atingido a pessoa da minha nora, creio. Vizinha de porta, não admite falarem de sua família... Falei.
Pois bem.
Se não tenho direito a expressar minhas ideias, opiniões. Se sou errado em meus medos e meu modo de ver a vida, não me faço social, então não devo servir para mais nada.
A vontade de ir para longe de todos já é manifesta desde há tempos... Longe, quem sabe, pudessem me importar menos. Não saberia de tanto como sei. Quem sabe me respeitassem mais a forma que escolhi para esse tempo que me resta?
A rotina de abrir os olhos pela manhã e saber que vou inventar meu dia e esperar a noite para deitar e lutar para dormir outra vez.
O compromisso com diversos remédios durante o dia todo.
A ciência que deveria comer nada do que como e de que deveria caminhar, assim meu médico receitou há uns anos.
A certeza de que uma hora pode acontecer e já não tenho a quem recorrer, não sei onde ir, são medos iguais ao que tenho do verão que já vem por aí, trazendo suas tempestades que me estremecem e fazem meu coração pular quase do peito. Cada dia uma surpresa. Cada dia um bombardeio de raios e trovões.