É bom saber que tem gente que gosta da gente.
É alento para seguir em frente, motivo que empurra a alma para aceitar a vida e tocar o barco mesmo em marés contrárias.
Aqui neste cantinho escrevo as minhas sensações da vida, as minhas preocupações e as visões do cotidiano.
Lá de longe, mesmo sem nunca ter me visto de perto, alguém me acompanha e passa seu carinho, me acalenta e me acalma a alma.
O que se sente é amor puro, sem preconceitos e ilusões. É o amor ao SER.
Longe, mas bem ligados, com vidas e tempos diferentes, temos algo bonito a partilhar, a conquistar.
Não somos nada iguais, não temos muito em comum.
Somos dois SERES que se respeitam e se teem em palavras escritas.
Somos dois seres que se preocupam um com outro e se visitam (ou seria se veem?) pela rede, para saber como vamos, como estamos.
Tentamos adivinhar o que se passa.
Tentamos imaginar o que se quer.
Tentamos. Isso basta.
A vida dá tantas voltas...
Já deu mais para mim do que para ela, mas mesmo assim, se compararmos bem, as delas podem ser muito maiores e abundantes do que as minhas.
Esse é o mistério que nos cerca. A todos, sem excessão.
Essa semana não pude estar por aqui para escrever. Afogar minhas mágoas, depurar a realidade, sentir saudades. Mesmo assim ganhei seu carinho.
Escrevi e guardei sobre uns momentos que não queremos para ninguém.
Ainda vou postar.
Nele faço um termo final. Um encontro com a verdade que, queira ou não, todos nós teremos um dia que passar.
Momentos de vida.
Bem a gente não se dá conta e o tempo passou.
Tudo aquilo que se vê ao longo da vida e que não se quer, um dia pode chegar a você.
Faz parte.
Eu tive meu tempo de bailes (Hi-Fi em casa de conhecidos, para ser mais exato), tive meu tempo de casado, tive meu tempo de separado (e como vivi inetensamente meus melhores dias) e tenho meu tempo de hoje.
Eu era feio (sempre fui) e muito complexado por isso também. Baixinho, beiçudo, fortinho, etc.
Mas em algum dia daquele tempo me senti bem comigo mesmo.
Forte? Bonito? Não sei explicar.
Nunca dancei bem e não levo jeito. Naqueles Hi-Fi 's desenvolvi uma técnica própria a meu conceito de menina e coloquei em prática. Deu certo. Dava certo.
Claro que dançar ao som de músicas lentas do anos 70 era muito fácil: bastava se atracar o máximo que nos era permitido e quase não sair do lugar. Uma mão na altura da cintura e outra quase no pescoço.
Eram anos diferentes de tudo que vocês, aqueles que vieram muito depois, não imaginam.
Posso dizer que a sensibilidade e a imaginação falavam mais alto.
Num tempo que não ser virgem era raridade, estar juntinho, sentir os detalhes dos corpos, nem que pelo tempo de uma música, era o máximo.
Chamavam de "famoso méla-cueca" mas vi muitas calcinhas no mesmo estado.
(Será daí a minha tara?)
Voltando então ao assunto principal, queria entender mais a essência de cada SER.
O homem, em geral, não evolui para melhor como é da natureza da mulher.
Garanto que muitos que rejeitaram alguma "coisinha de Jesus" em algum tempo, por acharem magrela, orelhuda e cegueta, nunca a imaginariam num futuro tão próximo com tantas qualidades que eles nem sabem existir em uma mulher. E que qualidades.
Os caminhos são diversos.
Os ensinamentos são os mesmos.
O dom e a luz é de cada um.
Eu experimentei muito pouco mas vivi até mesmo os mais lúdicos sonhos que a mente suja de um homem simples pode imaginar. Aquelas ditas "exclusivas" que não me atrevo a contar por temer maus entendidos e até mesmo descrença, mentira.
E estamos falando de experiências sexuais.
Foram poucas mas bem marcantes.
Escrevo sobre isso em outro blog, que ainda não abri e talvez... Vou pensar. Tenho muito que trabalhar nele ainda.
E a menina magrela, sem bunda (aliás, coisa de paulista, não é não?) , cegueta e orelhuda, pode ter se transformado em muitas e ter sentido e experimentado o que poucos de sorte nesse mundão sentiu.
O tempo, inimigo de alguns e benfeitor de outros, pode mostrar sempre.
E digo isso de cadeira. Não em bailes, porque nada danço, mas em outras etapas.
Putz! Como elas crescem rápido!
Fora o que não se consegue saber de seus sentimentos, seus tesões, suas vontades, seu mundo íntimo e liberal.
Mistérios que tornam a mulher esse SER essencial e perfeito como ela só.
O prazer da vida e seus mistérios.
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À tempo: morreu um dos caras que aprendi a gostar em minha juventude, o Zé Rodrix.
Sua Casa no Campo e outras como a que fala de morar uma baleia azul marcaram minha memória.