Eu comecei o sábado indo ao mercado e, depois do almoço, coloquei no dvd o filme que meu filho trouxe esses dias para casa.
Já escrevi aqui sobre a profecia Maia, já externei meu sentimento de pavor sobre as forças da natureza e também já disse o quanto sou emotivo, daqueles que choram vendo filmes qualquer que seja.
A comoção tomou conta do País e do mundo, creio, com a situação de calamidade pelas regiões atingidas pela chuva e as catástrofes causadas por elas.
Em Angra, mas precisamente Ilha Grande, a imagem do deslizamento mostrado na TV atinge em cheio o meu horror ao ver toda a clareira deixada naquele rastro de destruição.
A dor das pessoas e muitas histórias a serem contadas dos poucos que de lá saíram.
O Vini, meu filho mais novo e sua esposa, chegaram a cogitarem um passeio até aquele lugar e a pousada Sankay na net.
A cidade de São Luiz do Paraitinga, que conheci com meu irmão Sidy num passeio que havia começado pela manhã até Campos do Jordão, passa por cenas absolutamente terríveis.
Confesso que sentimos mais frio lá do que em Campos e lembro das faces de meu mais velho vermelhinhas de chamar atenção.
Lá haviam pessoas amigas de meu irmão, que já morava em S.J. do Campos há alguns anos.
É difícil não se comover com tanta destruição.
É difícil acreditar, como as pessoas que lá estão, que tudo isso esteja acontecendo.
Voltando então ao filme...
2012 me fez parar e pensar se devia assistir ou não.
Ligado e temeroso, podia aumentar a minha carga de apreensão.
Mas eu tinha que ver a coisa.
No final de muita ação e coisas de cinema, acredito que ainda não pude definir muito bem o que senti em relação a tudo. Confesso que esperava mais sobre a civilização Maia.
O filme retrata a catástrofe baseada em conhecimentos e, com certeza, a saga de um herói como em todo filme americano.
Emociona, impressiona mas sobretudo me passou um breve alívio, confiança e o conformismo de sermos humanos... Vamos morrer mesmo um dia e tal e coisa...
Se bem que ainda sou temeroso das forças que mostram o filme, que vivemos hoje e do futuro.
Impotente como simples seres, em nada posso me agarrar que não seja a fé.
E esperar que a consciência de seres iguais a mim, normais e simples, seja tocada por tanta coisa ruim e mudanças tão claras em nosso ambiente, nosso mundo.
Em meu íntimo, acredito que esse processo não vai parar mais. Mas acredito também que podemos amenizar um pouco os sofrimentos, nos proteger e ganhar um pouco mais de tempo por aqui cuidando naquilo que nos for possível.
Volto a dizer que quando vejo imagens de destruição de grandes áreas por queimadas feitas pelo homem fico tão apavorado que mudo de canal.
O desperdício de água e energia me traz revolta.
Entendo que agora o verbo PRESERVAR tem um novo sentido que não aquele que cresci vendo, lendo e ouvindo. Antes era pela beleza e a ameaça de extinção. Agora creio ser pela SOBREVIVÊNCIA.
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À minha amiga Vi que voltou a escrever em seu blog (e a D.Onça?):
Feliz por você, por ser seu amigo, fazer parte de sua lista.
Um 2010 de PAZ e REALIZAÇÕES.
Um beijão graaaaaaaaande!