ERA RASCUNHO... AGORA É A DE NÚMERO 700.
Boa tarde!!!
Eu deveria saber exatamente por onde começar mas... Como falar sobre alguém? Definir alguém?
Todo o movimento humano, evolução, fenômenos e transformações que chamamos comumente de vida... Então vejo a minha e me surpreendo para o bem e para o mal.
Das incógnitas e apreciadas nuances entre passado e presente, meu futuro de incertezas em meio a desejos, talvez sonhos.
Tempo... Dias, meses e anos parecem irem embora tão mais rápido do que se percebe ou possa contar.
Ontem mesmo eu morava longe daqui, tinha emprego, meu pai, amigos no futebol, dois netos e um coração marcado.
Hoje estou construindo uma casa desde a compra do terreno sabe-se lá como, aposentado depois de muita luta, perdi meu pai e alguns amigos que parecem que ainda estão por aí de tanto que faziam parte de minha vida. São quatro os netos e tantas outras coisas... Só não mudou o coração marcado, apesar do infarto sofrido há quase quatro anos. Putz!!! Quatro anos!!!????
Vamos falar dos outros então.
Amigas que estiveram próximas apesar de estarem longe.
Nos primórdios de meu primeiro computador, através desse blogger, a madrinha desse blog e uma amiga depois para minha alegria e orgulho.
De quando a conheci, de seus conselhos e ombro amigo, suas histórias, sua vida que só uma pessoa especial, um Ser de luz poderia ter vivenciado até outra fase onde eu já não devia mais aparecer. Assim feito mas sem esquecer, tenho sempre alguma coisa onde a encontro como exemplo e a cito em beleza, coragem, inteligência e luz.
Vivi |
Uma das primeiras foi essa dominicana de nome Yudelka.
Apesar das dificuldades de contatos, conheci um pouco de sua vida, suas filhas moças, seu trabalho, seu país... Seu país foi atingido por um desses fenômenos naturais. Varrido por um furacão que me tirou a bela companhia de algumas noites, por poucos minutos no Hangoust que me faziam bem.
Nunca mais tive notícias de minha querida Yudel, sua família, sua bonita Santo Domingo que tanto a orgulhava.
Uma goianinha linda e maravilhosa, com tudo de bom mas com um passado marcante demais para um Ser tão jovem, tão bem sucedida... Seria um castigo? Será que merecia?
Ficamos amigos, brincamos muito, juntamos mais amigos em nosso convívio diário de letras e fotografias, GIF's e sorrisos, discussões polêmicas e outras coisas.
Um dia, palavras tristes, textos enormes de um legado de dor que me deixaram atônito a princípio.
Uma confissão de estar doente, de pouca esperança, de coragem e desespero ao mesmo tempo... Seguiram-se textos cada vez maiores, de relatos em sonhos acordados de encontros com seus amores (irmão e marido) que haviam partido dessa vida precocemente em acidente... Sem forças, sem saber o que fazer, perdi a batalha de tentar vê-la enfrentar um problema que eu confesso não ter. Saí do G+.
Nesse período, conheci uma mineirinha arretada de boa, trabalhadora e que gostava de conversar comigo. Ela sabia da situação da goianinha linda.
Fizemos contatos pelo hangoust por algum tempo, depois ela sumiu.
Uma amizade longa ainda é a minha amiga Rosangela, de Vitória, no Espírito Santo. Do G+ para o Zap, sempre me contando seus babados, seus casos, sem frescuras, sem faltar respeito, como adultos sem preconceitos. Suas fotos preconizavam isso no velho G+...
Minha querida Ro!!!
Indagada por mim, certa vez, foi simples e direta ao falar sobre suas fotos gostosas em trajes pequenos mostrando sua beleza:"eu gosto."
Há pouco tempo fui surpreendido por uma das ex integrantes G+ com quem pude conversar pouco no tempo ativo do site. Ela me parecia confusa e não foram muitas conversas naquele tempo.
Meu Hangoust a trouxe por esses dias.
Muitas conversas, histórias, desabonos e surpresas, parte de duas vidas descobertas em elogios e virtudes. Sentia sua falta. Ficava quase o dia todo com ela. Dormia e acordava apesar de tão longe, tão perto.
Era bom ter alguém para conversar, contar sonhos e desejos, passados, conselhos, cuidados.
Porém, mesmo estando longe, havia ainda um quê de mente confusa, de um alguém dividido entre a vida, seus desejos, pecados, proibições, tabus e preconceitos, apesar de natural, de vida e de gostar.
Não sou de mentiras. Não sei mentir... Já sou velhinho.
Vou sentir a falta daqueles olhinhos puxados, daquele sorriso grande e dos bons tempos de assuntos diversos em momentos lúcidos de uma mulher e sua natureza.
Não quero ser motivo de dúvidas se deve ou não ter amizade com um homem como eu, sem futuro para alguém como ela.
O Ser estranhamente Ser.
O Ser... Somente Ser.
Sinto falta de meus tempos bons que se foram rápidos.
Sinto ainda a presença de pessoas que me foram caras, marcaram a vida.
Momentos gostosos. Por vezes inacreditáveis momentos que sei não mais ter oportunidade de viver outra vez. Aliás, espero pouco de minha vida, do que resta dela, de meu tempo cada vez mais curto.
O tempo, implacável, passa rápido.
Leva com ele tudo que temos, que queremos muito.
Sabe o que fica?
O coração marcado.