Eu ganhei o nome de Altair, zagueiro do Fluminense.
Essa semana o Altair partiu, como dizem por aí, para seu descanso eterno... Seja luz!!!!
Papai certamente estaria lamentando a perda.
Também não imaginava que seu filho mais novo seria torcedor do Fluminense, numa família de vascaínos. Mas não foi por causa do Altair de quem ganhei um retratinho dado por sua mãe, conhecida de meu avô que era mascate... É outra história.
Sabem, um dia, conversando com meu pai sobre perdas, ouvi dele a constatação que eu tinha sobre ele já ter perdido tanto que já não mais lhe doer como antes.
Não sei bem explicar esse caminhar dos tempos, do meu tempo.
Tenho visto tantas perdas, que me sinto transitando entre o incrédulo e o real. Tenho sentido meu tempo parecer menor a medida que meu mundo, aquele que conheci, vivi, se esvai.
Me parece tão mais ligeiro do que eu possa esperar.
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