Certa vez fui indagado sobre a pequenina que fez parte de uma época de minha vida, que cito de vez em quando por aqui.
Fruto de uma paixão louca que não posso negar e em meio a uma situação mais louca ainda que a moça fazia, eu não consegui nutrir por ela a mesma paixão que sentia pela mãe.
Por causa das mentiras da mãe, cheguei no limite de sanidade do cara apaixonado, a cometer erros. Muitos erros.
Ao descobrir a verdadeira face do relacionamento que tinha em sua casa e, pelas descobertas que a idade proporciona e suas questões, as questões comuns de uma criança que começava a confundir o que tinha e queria saber porque, decidi pedir a moça que não mais a trouxesse até a mim.
Nessa altura, já era sabedor do pai que a pequenina tinha e da paixão desse pai por ela.
Eu devo confessar que não havia intenção de minha parte "ser o pai" e sim ter a mãe. E tudo era muito confuso para quem gosta das coisas nos seus devidos lugares.
Também nessa altura, sofrendo e sofrido por aquela aventura, entendia o moço que sempre respeitei, mesmo de longe, mesmo tendo informações errôneas sobre ele.
A pequenina é uma parte da paixão vivida em minha vida e tenho por ela somente o mesmo carinho de sempre, desejando que ela seja feliz e não siga os caminhos da mãe, os pensamentos da mãe.
Não sei delas há bons 5 anos. Também nunca tive certeza da paternidade a mim reputada.
Me afastei de todos e de tudo que pudesse lembrar ou saber alguma coisa. Isto inclui alguns parentes.
Ela faz parte de um pedaço de minha vida e não há desejo ou intenção alguma de sequer chegar perto dela.
O que peço a Deus sempre é por sua saúde e felicidade, assim como a de todos que ela convive ou venha conviver. Que seus caminhos sejam sempre de paz e felicidade.
Para isso, entendi quando ela tinha ainda 3 aninhos, eu devia ficar fora da sua vida e asim procurei fazer.
Um dia, mesmo sem coragem para isso, gostaria de pedir perdão ao seu pai - que ela reconhece assim e que sei que o é - por atos que nunca deviam ter acontecido, por ter deixado me influenciar e ser levado sempre pela paixão e suas mentiras.
Todos os meus erros começaram quando me aproximei daquela moça.
Não há como reparar o que passou mas penso que posso reconhecer que errei, respeitar as pessoas e as suas vidas, seguir a minha procurando o melhor para todos.
Essa é uma verdade que, creiam, tento dizer e já não tenho sequer uma pessoa amiga para escutar.
Um desabafo, uma confissão, uma resposta a quem quiz saber?
Não importa o que seja, é verdadeiro.