O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

domingo, abril 26, 2009

Delírios dominicais

Tenho estado em uma faixa tênue de vida, entre a saudade e a vontade de viver.
Lembranças de dias que já não acontecem há muito tempo.
Incertezas, valores e as marcas que trago no peito se traduzem no espelho.
O tempo é também implacável companheiro.
A solidão em meus dias e noites é a maneira que encontro para fugir. Ficar comigo mesmo, pensar, remeter a erros cometidos, como se avaliasse a razão e a culpa.
A solidão, as lembranças e o espelho se reunem e me trazem a saudade.
Nas minhas noites de trabalho, concentrado no que preciso fazer, me pego lembrando momentos desagradáveis como se tivesse acontecido ontem ou há uma semana.
O trabalho flui automático, os fatos me veem mais fortes à lembrança e então brigo comigo mesmo: "Porque pensa nisso? Já foi, cara."
Não há uma razão. Não encontro os personagens e deles não sei notícias mas, aqueles momentos guardados na memória me chegam fortes, de repente e inusitadamente.
Não são bons momentos.
Não foram bons momentos.
Escrevo sobre isso agora nem sei bem porque.
Talvez queira analisar a semana que passou, os dias, as noites, as esperanças... Viver de que? É preciso sonhar.
Certo é que meu mundo ficou pequenino, restrito mais a solidão.
Eu gosto de ficar só. Acredito que no princípio era como se me punisse por tanta vergonha e perdas. Tristeza e saudade em minhas lembranças.
Acostumei a isso e a vida seguiu.
Hoje, passo meus dias tentando dormir enquanto todos trabalham.
Tenho meu companheiro que registra tudo que escrevo aqui, que me mostra o mundo se eu quiser, que traz notícias daqueles poucos que ainda aparecem.
Quando todos dormem eu trabalho. Tenho como companheiros um cãozinho que fica do lado de fora a espera de um pouco de carinho e do pão com leite que levo para ele toda noite e um rádio.
As mazelas da vida cotidiana eu presencio pela TV, no caminho que faço de ida e volta e na pele, quando a tal crise afeta e ameaça o emprego que custei tanto a conseguir.
Onde haverá outra firma que não se importe com a idade, cor, beleza ou moradia de quem emprega?
Acho que é rara e talvez a única neste nosso País.
Mas... Eu escrevia sobre o que mesmo?

quinta-feira, abril 23, 2009

São Jorge e seu devoto

SÃO JORGE .

No dia que é consagrado ao Santo Guerreiro, lembrei-me de meu avô por parte de mãe.
Devoto, em todo dia 23 de abril, se arrumava e às 6 horas da tarde, após rezar diante de uma imagem e acender um pacote de velas (que prendia em uma táboa cheia de pregos que era feita especialmente para isso), ele ia para o quintal da casa queimava uma caixa de fogos.


Meu avô era uma peça rara.
Era conhecido como Nicote e todos gostavam dele.
Engraçadissimo, colocava apelidos em todos os netos, mexia com a pobre da minha avó o todo tempo todo dentro de casa e, quando não se esperava, ele peidava e saia pulando, batendo as duas pernas no ar como se estivesse sobre o lombo de um cavalo gritando.
Minha avó ralhava: "Sai pra lá, seu porco."
Usava chapéu pois estava sempre no sol. Mascate, acordava cedo e seguia por muitos cantos de São Gonçalo a vender suas bugigangas que comprava no centro do Rio de Janeiro uma vez ao mês. Toalhas de mesa, jogos de banheiro, etc.
Aos domingos a rotina era certa. Acordava mais cedo e ia para a feira do Alcântara. Conseguindo ou não vender alguma coisa, trazia na bolsa a laranja lima de minha vózinha e a carne que ela gostava e que ninguém consegue fazer com igual sabor.
Muitas vezes o vi chegar triste por não poder trazer o que queria, na quantidade que gostava, por não ter vendido nenhuma de suas peças. Só assim o víamos triste.
Sempre tinha um cavalo no quintal e era com ele que seguia para os lugares mais longes.
Às vezes levava dentro dos jacás um neto de cada lado e fazia uma parada numa padaria chamada Cacête, para comer cavaca.
Me bateu uma saudade de bons tempos. De tempos mais difíceis mas bem mais simples, saudável e seguro do que se vive hoje.
Meu avô já se foi há muitos anos e deixou sua marca em todos nós.
Seu carinho, sua força de vida, seus ensinamentos e suas estórias.
Vovô quando via os netos muitos agitados e deixando minha vó (que era muito frágil em saúde e tamanho) reunia todos no quintal para inventar bricadeiras ou mesmo para ajudar em algum serviço.
Pedíamos que contasse uma estória e lá ia ele:
"Era uma vez... então uma boiada começou a passar."
Minutos depois, como a estória já não seguia e ele até conversava com minha vó, perguntávamos: Vô, e a estória?
Ele respondia prontamente: "Peraí, deixa a boiada acabar de passar primeiro."
Quando a meninada se achegava para ele e chamava "Oh, vô!" , respondia na hora: "Vai aonde, menino?"

domingo, abril 19, 2009

SANTO EXPEDITO

MEU GLORIOSO E BONDOSO SANTO EXPEDITO.


ESSE É O DIA CONSAGRADO A SUA CELEBRAÇÃO.
MUITO TENHO POR AGRADECER E PEDIR.

UMA LIÇÃO

Quarta-feira, programa do Jô.
Lúcia Hypolito, à direita do gordo, deu uma verdadeira aula de cidadania - se é que assim posso chamar - ao explicar o sistema de eleição em nosso País, que elege deputados e outros.
A Lúcia detalhou o que eu, por exemplo, já havia lido algumas vezes e não tinha me apercebido.
É UM A-B-S-U-R-D-O!
Entre outras coisas, o seu (nosso) voto, elege até mesmo quem não queremos, quem não conhecemos.
O sistema divide e redivide os votos, que são sobras daqueles que atingem a meta fixada, até que não mais sobrem votos.
Lúcia Hypolito ganhou comigo a confiança de um amigo, a idolatria de um fã.
A partir de hoje, se alguma coisa for feita para mudar o que precisamos, terei plena consciência de quem, para mim, iniciou alguma coisa.
Cientista política, mãe, mulher, comentarista de renome e avó, Lúcia afirmou em sua despedida do programa que "não podemos deixar de lutar, pois é isso que eles querem".
Quando falou em sua despedida, parecia cansada, quase debruçada sobre a mesa. Como se já não mais tivesse forças para lutar em esclarecer o âmago de tantas coisas ruins que sofremos nós o povo.
É uma luta inglória.
Para haver mudanças, elas teriam que ser em leis e são eles quem as fazem.
Para haver mudanças, teríamos que trabalhar junto com a Lúcia, mostrar ao povo a verdade e convencê-lo de sua força. Mudar um mundo, um Brasil.
"Dos 513 atuais deputados federais - informou também - apenas 39 foram eleitos como deveriam ser, ou seja, atingiram suas metas para isso."
Minha querida Lúcia, leigo que sou, já li alguma coisa sobre "o poder emana do povo".
Se a tal Carta Magna de 88 nos diz que é nosso o poder, porque não usar o que temos direito?
Nunca fui muito afeito a política e penso que 98% das pessoas que conheço são como fui toda minha vida.
Confesso que, aos 52 anos, químico com 25 anos de trabalho, depois de criar meus filhos, sofrendo com desempregos e subempregos, suando para conseguir manter o meu nome limpo, íntegro, pagando um sem número de contas e impostos, tenho atentado mais para algumas coisas que não me incomodavam. Esse foi meu erro, minha cultura imposta.
Mas, como você mesma falou, "não vou desistir, vou continuar lutando para que talvez meus netos possam ver as mudanças que precisamos".
Hoje não tenho muito a quem falar e poder difundir as minhas idéias em relação a essa realidade.
Hoje, ao pensar que minhas críticas a tudo que se passa ao nosso redor já não são bem recebidas, penso que seria deixado falando sozinho se iniciasse um discurso nesse nível, sobre a Constituição, sobre nossos direitos e deveres, sobre cidadãs como você.
A luta é realmente inglória e os caminhos, creio, serão tortuosos.
De qualquer forma, minha cara Lúcia, conte comigo.





segunda-feira, abril 13, 2009

Sonhos e lembranças

Ando saudoso de uns bons tempos que passei.
Havia uma estabilidade de emprego, um casamento e uma menina que me tirou do sério.
Aconteceu. Simplesmente aconteceu.
Ela é mulher de um cara amigo e tinha acabado de se casar. A diferença de idade era bem grande entre eu e ela, cerca de quase o dobro. Contava 19 anos na época.
Seu ímpeto, bem natural dessa idade, me deu bastante trabalho para ser controlado. Ela tudo começou e insistiu em convercer-me, depois de 6 meses tentando, levar-me a acreditar que poderia.
Me ligava e dizia "quero agora senão...".
E lá ia eu. Deixava o trabalho como estava, avisava a meu chefe (amigo e confidente) e partia em direção a um motel no meio da tarde, em qualquer dia da semana. Bastava ela querer.
A minha saudade faz com que tente me lembrar daqueles momentos, do que sentia por ela, do medo e do desejo.
O medo me fazia tremer até que estivesse dentro de um quarto e o desejo me dava coragem para ir em frente.
Ela era uma belezinha e eu adorava tudo aquilo que me proporcionava de prazer e gozo.
Não eram aquelas sessões de sexo ao extremo e sim de paixão reservada, contida.
Pareciamos dois meninos mas não nos desgrudávamos por todo tempo que podíamos ficar naqueles quartos. Muitas vezes, apesar do calor, nem o ar condicionado era ligado e não nos dávamos conta. Ela gostava de ver meu suor escorrendo e molhando todo seu corpo.
Adorável criatura de corpinho tenro, peitinhos lindos que apontavam para cima. De pequena estatura, não aparentava a idade que tinha e isso me deixava mais louco por ela.
Ela me adorava e pude reconhecer isso ao longo de muitos anos.
Esse convívio já passou de 15 anos. Aquela fase louca durou 1 ano e meio.
Foi preciso arranjar uma saída e para com tudo aquilo. A paixão estava nos levando a loucuras e ciúmes incontroláveis. Convivíamos todos nos mesmos locais, em famílias e aquilo esttva perigoso demais para meus nervos.
Foi quando encontrei aquela moça que aqui sempre me refiro e me perdi.
Como um chicote, essa me fez penar em sua vida e em suas mãos.
O castigo, creio bem, ainda estou pagando. E junto com este outros que mereço.
Mas lembrar daqueles momentos gostosos, tentar sentir aquele gostinho, aquele corpo, os sussuros de gozo... Me deixaram um pouco feliz.
A minha carência - afinal, já não quebro o gelo há 3 anos - e ainda assim os meus desejos me tornam saudosos. Posso sonhar com aqueles bons tempos.

quinta-feira, abril 09, 2009

MULHERES & mulheres na TV e no esporte

Eu já escrevi algo sobre essa coisa de mulher na TV e ainda por cima no futebol.


Busquei na net por muito tempo uma foto da sra Mille Lacombe para ilustrar e para que pudesse ver a sua fisionomia, que a meu imaginário parece uma figura prolixa e descaradamente enroladeira.
Pode ser uma beldade mas também pode ser IPB. E penso mais para a segunda hipótese, se bem que...

O fato é que já comentei sobre essa senhora falando (como comentarista de futebol na RECORD) ser uma coisa que dói de incomodar. Acho que seu negócio é bem outro e que, não sei por qual cargas dágua caiu ali.
Como fala baboseiras a cara senhora. Como enrola, dá voltas para falar o " óbvio ululante" (do Nélson). Chega a ser descarado.

Não que eu seja assim fã ardoroso de futebol na Record, pois acontece assim esporadicamante, mas, PLEASE, essa senhora consegue ser pior que o Neto e seu sotaque. Não dá vontade de continuar vendo o pobre jogo.
O narrador é dos melhores mas sua companhia dá dó de ouvir.

Aproveitando o ensejo: A sra Renata Fan me mata também.
Ouço muito a rádio Globo Rio e sua programação de esportes que passou a incluir um comentário dessa senhora. É DE MATAR!!!!!


Da mesma escola da Mille, enrola, fala o óbvio, seus comentários são sempre favoráveis a clubes de Sampa e ao Flamengo. Suas opiniões nem comento.
Oh, cara senhora inventada pelo Milton Neves, menos, por favor!
Difícil é saber como ela consegue esse minuto na rádio globo para falar tanto besteirol.




Quero elogiar também:


O trabalho de Louise Althenholfen na Band, pelo BEC. Simples, suave e bem gostoso.


A Monica Veloso (do Renan) a frente do VRUM no SBT.


Parabéns senhoras.
Apesar de tanta fama atingida pela sua beleza, elas duas demonstram todo um aparato de talento sem aparecer, sem querer ser mais do são e ali podem representar.
Estão bem demais as duas lindas moças.

quarta-feira, abril 08, 2009

Valha-nos Deus!!

E ainda tem gente que acha o nosso muito cheio...





Quero crer que isso seja na Índia, país que em muitos requisitos se encontra na frente do Brasil.
Futura linha do metrô em São Gonçalo...... rsrsrsrsr

sábado, abril 04, 2009

É, Sr. Bispo...


Sem o que comentar.
Bem merecido.

sexta-feira, abril 03, 2009

HÁ 29 ANOS

Era madrugada de 03 de abril, 04:15h.
Fomos acordados com a campainha e a voz de meu irmão, que havia feito aniversário no dia anterior e com o qual jantei em sua casa. Ele gritava pelo meu nome em desespero.
A Leila trazia na barriga o primeiro filho e já tinha uma gravidez não muito boa, instável por problemas congênitos revelados somente após gerar o segundo.
Ao abrir o portão, meu irmão chorando desesperado, sua família junto ao carro de um vizinho que o levou até a minha casa, só sabia dizer "a Getec explodiu! a Getec explodiu!".
Ele já havia trabalhado lá e sabia o que estava falando além de morar bem mais próximo que eu a dita fábrica.
Como trabalhava lá havia 2 anos, o que veio em minha cabeça foram meus colegas de turno.
Era o meu turno que estava naquele horário e eu, por estar tirando férias de outro colega, trabalhava sem folga e por isso mesmo não coincidia mais o meu horário.
Troquei a minha roupa em meio ao nervosismo geral a minha volta, entrei meu carro e fui para lá.
A polícia já havia isolado a área a um quarteirão e mesmo vestido com o uniforme de serviço, capacete na mão, não me foi permitido passar para chegar mais perto da fábrica. Eu queria saber de meus colegas, queria ver o que aconteceu.
Encontrei Gaspar, chefe de turno experiente que também pensou como eu e, de uniforme, foi para lá no intuito de ajudar em alguma coisa. Ele me acalmou e ficamos juntos até que apareceu um dos que estiveram naquele inferno há pouco.
Ele não conseguia definir nada, só dizia que foi o reator e que saiu antes de acontecer, por ordem do chefe de turno, que tentava junto com o operador da área não deixar que acontecesse o pior. Foi em vão.
Depois, a cada ambulância que saía, nossa aflição em saber quem estava e como estava.
Queríamos mais. Conseguimos passar pelos guardas e chegamos até um ponto mais próximo de onde podíamos ver ainda as labaredas bem altas, na cor azul e um cenário de devastação total. Os bombeiros do lado de fora da fábrica.
Por volta de 08h avistamos o Vilson, que era o mais antigo dos que estavam lá.
Fiquei grato por ele estar bem e soubemos das perdas do Manoel, operador que tirava férias de outro colega e do Evaldo, chefe de turno interino. Este, depois de evacuar todos que estavam na fábrica ao pressentir o perigo, ainda ficou sozinho sobre o dito cujo reator e mandou que o Manoel saísse dali. Não houve tempo.
Evaldo, um cara brincalhão, sempre de bom humor e excelente camarada, mostrou para mim um valor que poucos homens tem: coragem. A coragem de saber que vai morrer e não fugir.
Consciente, salvou os seus comandados e assumiu a responsabilidade do que não tinha culpa, ficando até as últimas consequências. E estas não foram boas para ele.
Sobre o reator de 2500m3, carregado com Furfural e em reação com Hidrogênio a 600lbs ele tentava com uma mangueira de vapor em punho, explodiu junto quando a pressão foi além das 1000lbs, resultado da reação em cadeia sem controle e das válvulas de segurança e resfriamento estarem enperradas pelo produto, que não era de nossa rotina.
Dois dias depois, andando pela fábrica, encontrávamos vestígios de nossos amigos.
A metade do reator entrou pelo terreno por mais de 10mts.
Todo e qualquer canto de toda fábrica estava chamuscado pela explosão.
O cheiro e o silêncio eram terríveis, inesquecíveis.
Reerguemos a fábrica e a pusemos em funcionamento 2 meses depois. O turno que deu partida foi exatamente o nosso, que havia estado por lá naquele horror. Foi difícil voltar a rotina normal.
Em meu ser e em meu coração eu só não sabia porque o Evaldo não saiu dali também e ficava bravo com ele por isso. Queria que não tivesse ido. Não valia o esforço por aquilo, por aquele emprego, por causa dos chefes.
Depois, para consolar-me, entendi que a coisa não foi pior e Deus assim quiz.
Para mim, 3 de abril é dia de relembrar dois heróis desde de 1980.

Sonho Sonhado

  " Esse sonho vem com o intuito de conselho, para deixar de lado toda amargura e tristeza que você sente por conta de diversas situaçõ...