Em certos momentos de nossa vida, nos pegamos, sem muita razão, pensando em tudo que foi feito até aqui. É meu caso.
Entre outras coisas que me passam à cabeça nestes últimos tempos, estão as minhas indagações e uma sensação destacada de não haver feito muito nessa vida ao longo desses 52 anos. Não sei bem se isso é fato de estar muito só e comigo mesmo conversar, cobrar melhorias, sentir falta de tudo que me era caro e deixei passar, ir embora, acabar... E sou egoísta demais para acreditar que nada fiz, pois sou e sei que fui abençoado em tudo.
Sim. Eu estou aqui escrevendo, vivo, bem, com saúde e sem contar com o que possuo. Deus me perdoa, eu sei.
No final, quero mesmo é poder agradecer e, com toda certeza, fazer mais e mais... Na Sua bondosa Graça.
De qualquer maneira, o que me leva a escrever sobre esse sentimento é a forma que vivo hoje a tão preciosa vida que Ele me deu. A chance de ser feliz, perfeito, poder andar, enxergar, fazer filhos, sexo e tantas outras coisas que muitos, mas muitos memso, não tiveram ou têm a chance de viver, experimentar que seja.
Tantos nascem ou perdem a visão ao longo da vida... Difícil demias saber se ior é nunca ter visto nada desse mundo ou deixar de ver tudo a sua volta.
Há pessoas que não têm chance alguma em provar do sexo, do sabor que é ter uma mulher, seus carinhos, seu gosto, seu gozo. E tantos motivos são que não ouso aqui enumerar.
Mas sexo? É coisa tão comum, tão natural - diriam os que não entenderam ainda e vivem a vida naquela forma mais comum aos dias de hoje, aos nossos tempos.
É... Muitos ainda não provaram "dessa coisa tão banal" à maioria dos seres "normais" desses dias atuais.
Em minha juventude era difícil encontrar uma garota que não fosse virgem e, quando isso acontecia, o segredo era mortal ou a fila seria muito grande, como a vergonha dela também.
Em pouco tempo - e vivi isso de perto - o quadro mudou para o contrário: ser virgem era motivo de vergonha.
O mundo mudou para muitos, mas nem para todos.
Em determinado domingo, naqueles tempos ainda de futebol pela manhã, muita cerveja depois junto com pessoas que nos eram queridas, deparei-me com uma cena num quintal de um bar onde bebíamos a chamada "saideira" (trepadeira, empilhadeira, etc).
Num cercadinho daqueles para bebê estava um pobre rapaz. À sombra de uma árvore, seu corpo atrofiado e deformado, com poucos movimentos, seu olhar fixo para onde pudesse e estivesse virada sua cabeça, ele emitia sons, grunidos ou gemidos.
Sozinho, em seu mundo tão pequeno. O que ele tinha era o carinho das pessoas que dele cuidava. Só. Não consegui conter as lágrimas ao saber do colega, vizinho do bar, a situação dese rapaz.
Eu estava ali bebendo, havia acordado às 5h, jogado meu futebol. Eu fui abençoado e não me dou por conta?
E chorar foi tudo que me restou diante de tanta impotência...
Há um menino de 8 anos, sentado numa cadeira de rodas e que ainda se sente feliz ao ver outras pessoas perto dele, em sua casa, junto de sua mãe.
Ele demonstra com poucos movimentos e sons que sua mãe entende.
Ele nasceu assim... Mas quão nascem para amarrar uma bomba ao próprio corpo e matar outros a sua volta? E ainda dizem em nome de Deus, o deles... Quantos outros estão por aí somente para fazer o mal? Quantos não dão o menor valor a vida, deles ou de outros? E eles nascem assim???
Padre Marcelo Rossi costuma dizer para não indagarmos PORQUE nessas horas e sim PARA QUE?
A vida nos cobra muito caro por esses valores.
Os momentos vividos, assim como segundos, horas, dias e anos não voltarão.
O tempo corre depressa e não percebemos ou não queremos saber.
Talvez o egoísmo humano seja o escudo para proteger-nos dessas coisas ruins que ela nos traz a vista.
Uma vez entrei com um colega no orfanato de garotos para fazermos a entrega da cesta que o time doava mensalmente. No hall nada havia. O silêncio imperava naquele domingo quente de verão daquele ambiente sombrio.
De repente, em uma sala grande ao lado, uma porta se abriu revelando um grande número de crianças, vestidas dos mesmos shorts de pano grosseiro, com as cabecinhas sem cabelo. Eles tinham diversas idades e tamanho e eram negros em sua maioria.
Em dado momento me vi cercado por algumas criaturinhas que, como se gatos, encostavam-se em minhas pernas, me abraçavam onde podiam e se sentiam felizes assim.
Desabei ao sair dali.
Aqueles meninos queriam uma coisa tão singela: CARINHO.
Que mundo cruel... Cadê coragem para de novo ir até lá, cumprir a formalidade imposta e depois ir embora?
Só isso????
É de "fazer mal" para a nossa realidade.
Em meus sonhos (aquele da Mega Sena sozinho) haviam uma bela casa com gente empregada e estrutura para cuidar de pelo menos cinco menininhas desde o berço.
Seriam as filhas que não tive e tanto queria.
Seriam também a forma de remissão por meus pecados a base de comprimidos e curetagens que financiei?
Não sei, eu me liguei nisso depois de muito sonhar com elas e com a minha vida ao seu lado, sem preocupações materias.
Vai dizer que R$22 mi, que foi o último prêmio pago, não daria para isso?
Sair de casa, enfrentar o meu cotidiano e saber que não estou feliz totalmente me tráz até a essas palavras, a essa situação.
Tenho me sentido inútil e vividos futilidades.
Tenho lembranças que me fazem pensar que estou sendo pouco explorado, que já não uso tudo que posso de mim, que meus desejos estão sendo apagados.
Eu saía para meu trabalho na certeza de fazer o que mais gostava e, quando voltasse para casa, lá estaria ela para me encher de carinhos e muito sexo que só ela sabia dar.
E não faz muito tempo mas parece uma eternidade.
E quando não havia ela por perto, havia outra que me amava mais a seu próprio "dono".
Eu tive aventuras, eu tive meu tempo para ser útil, produzir.
Eu tive amores, dissabores e muitas decepções, mas provei de tudo isso e não vi o tempo passar. Passou tão rápido - penso agora que já não tenho nada mais daquilo tudo por perto.
E quando me entreguei aos prazeres e perigos pensava que era a hora, pois não saberia se não provasse.
A vida era o que se podia ter naqueles momentos.
Nem sempre se pode pensar assim... Nem sempre é o momento de se viver tudo ou mesmo ser a sua vez de poder viver.
Preocupo-me nos dias de hoje com coisas que nem passava pela minha cabeça há alguns anos.
As mudanças da natureza, a violência dos homens, a segurança de um emprego, a saúde dos meus... Tudo que faz parte de um mundo pequeno em que me encontro.
Meus caminhos são os mesmos, minha rotina e meus prazeres limitados.
Meu tempo é maior sozinho. Comigo mesmo me encontro e já acostumei tanto que me faz mal não ficar assim.
As companhias que preciso estão em meus sonhos e desejos, lembranças...
Errei tanto em minhas aventuras e passei por tanta coisa que perdi a vontade ou a coragem de buscar ser feliz de novo.
O mundo mudou de novo para mim nesse pequeno espaço de tempo em que me recolhi para fugir das ameaças e incompreensões.
Havia pagode e gente de bem quando ainda saía por aí.
Agora é funk e muita coisa ruim que vai junto disso que insistem em chamar de "cultura". Cultura que invoca violência, drogas e promiscuidade geral e irrestrita, sem nenhum respeito a pessoas ou lugares? Vida louca essa vida...
Estou velho, creio.
Muito mais quando não quero aceitar certas coisas a minha volta.
Mas não me sinto velho e agradeço a Deus por minha saúde ainda quase perfeita.
Está certo que "pego no tranco" faz algum tempo, não sou e não me sinto nenhum garotão, mas sinto falta de beijar na boca, descobrir caminhos e gozar o velho prazer a dois.
Quantos motéis, noites, aventuras, casos... Será isso a causa de me sentir assim, tão só? Ter vivido? Essas lembranças que não para de chegar? Seria a crise dos 50 já com dois anos enraizada?
A internet é minha única fonte hoje.
É minha diversão, minha fuga, meu recanto, meu alento, companheira.
O computador é meu maior motivo para estar e ser acalentado.
Eu vejo pouca coisa por aqui mas me realizo em poder estar ligado.
E minha única e boa aventura é uma criatura que reputo ter uma luz imensa, que vive longe e tão perto de mim que me sinto íntimo dela. Sua amizade virtual e todo seu carinho, mesmo sem muita assiduidade, é o "meu caso" de amor atual.
São mais de 3 anos "perto" um do outro.
São mais de 800 Km de distância real.
Só sei quem ela é por fotos, mas consigo "senti-la" bem pertinho ao ler suas palavras de afeto.
Qual será meu legado? Seriam essas coisas que deixo escritas aqui?
Essa amizade viryual e única?
Meus filhos em seus dias sem mim? Também sou e fui filho...Sei lá.
A vontade de ter e fazer ainda tanta coisa...
Mas porque reclamo (se é que reclamo) ?
Tenho e tive tanto até aqui.
Dei e recebi, pude provar de muitos corpos, carinhos extravagâncias...
Comi e bebi, estive alegre e triste, curei-me tantas vezes...
Conheci muito, fui bom e ruim, ganhei e perdi, pequei e fui e perdoado...
Aprendi, trabalhei, recusei, mandei e fui e mandado...
Sou e me sinto abençoado até por escrever tudo isso.
Os caminhos da vida são diversos, duros para alguns e extremos para outros.
A vida, aquela que nos dão nossos pais, é algo muito acima do que se valoriza por aí.
Sobretudo, a Bênção de poder dela fazer aquilo que se tem direito já é a vitória maior.
Que Deus nos perdoe o egoísmo!
(Escrito na madrugada quando nada havia de trabalho para fazer.)
Entre outras coisas que me passam à cabeça nestes últimos tempos, estão as minhas indagações e uma sensação destacada de não haver feito muito nessa vida ao longo desses 52 anos. Não sei bem se isso é fato de estar muito só e comigo mesmo conversar, cobrar melhorias, sentir falta de tudo que me era caro e deixei passar, ir embora, acabar... E sou egoísta demais para acreditar que nada fiz, pois sou e sei que fui abençoado em tudo.
Sim. Eu estou aqui escrevendo, vivo, bem, com saúde e sem contar com o que possuo. Deus me perdoa, eu sei.
No final, quero mesmo é poder agradecer e, com toda certeza, fazer mais e mais... Na Sua bondosa Graça.
De qualquer maneira, o que me leva a escrever sobre esse sentimento é a forma que vivo hoje a tão preciosa vida que Ele me deu. A chance de ser feliz, perfeito, poder andar, enxergar, fazer filhos, sexo e tantas outras coisas que muitos, mas muitos memso, não tiveram ou têm a chance de viver, experimentar que seja.
Tantos nascem ou perdem a visão ao longo da vida... Difícil demias saber se ior é nunca ter visto nada desse mundo ou deixar de ver tudo a sua volta.
Há pessoas que não têm chance alguma em provar do sexo, do sabor que é ter uma mulher, seus carinhos, seu gosto, seu gozo. E tantos motivos são que não ouso aqui enumerar.
Mas sexo? É coisa tão comum, tão natural - diriam os que não entenderam ainda e vivem a vida naquela forma mais comum aos dias de hoje, aos nossos tempos.
É... Muitos ainda não provaram "dessa coisa tão banal" à maioria dos seres "normais" desses dias atuais.
Em minha juventude era difícil encontrar uma garota que não fosse virgem e, quando isso acontecia, o segredo era mortal ou a fila seria muito grande, como a vergonha dela também.
Em pouco tempo - e vivi isso de perto - o quadro mudou para o contrário: ser virgem era motivo de vergonha.
O mundo mudou para muitos, mas nem para todos.
Em determinado domingo, naqueles tempos ainda de futebol pela manhã, muita cerveja depois junto com pessoas que nos eram queridas, deparei-me com uma cena num quintal de um bar onde bebíamos a chamada "saideira" (trepadeira, empilhadeira, etc).
Num cercadinho daqueles para bebê estava um pobre rapaz. À sombra de uma árvore, seu corpo atrofiado e deformado, com poucos movimentos, seu olhar fixo para onde pudesse e estivesse virada sua cabeça, ele emitia sons, grunidos ou gemidos.
Sozinho, em seu mundo tão pequeno. O que ele tinha era o carinho das pessoas que dele cuidava. Só. Não consegui conter as lágrimas ao saber do colega, vizinho do bar, a situação dese rapaz.
Eu estava ali bebendo, havia acordado às 5h, jogado meu futebol. Eu fui abençoado e não me dou por conta?
E chorar foi tudo que me restou diante de tanta impotência...
Há um menino de 8 anos, sentado numa cadeira de rodas e que ainda se sente feliz ao ver outras pessoas perto dele, em sua casa, junto de sua mãe.
Ele demonstra com poucos movimentos e sons que sua mãe entende.
Ele nasceu assim... Mas quão nascem para amarrar uma bomba ao próprio corpo e matar outros a sua volta? E ainda dizem em nome de Deus, o deles... Quantos outros estão por aí somente para fazer o mal? Quantos não dão o menor valor a vida, deles ou de outros? E eles nascem assim???
Padre Marcelo Rossi costuma dizer para não indagarmos PORQUE nessas horas e sim PARA QUE?
A vida nos cobra muito caro por esses valores.
Os momentos vividos, assim como segundos, horas, dias e anos não voltarão.
O tempo corre depressa e não percebemos ou não queremos saber.
Talvez o egoísmo humano seja o escudo para proteger-nos dessas coisas ruins que ela nos traz a vista.
Uma vez entrei com um colega no orfanato de garotos para fazermos a entrega da cesta que o time doava mensalmente. No hall nada havia. O silêncio imperava naquele domingo quente de verão daquele ambiente sombrio.
De repente, em uma sala grande ao lado, uma porta se abriu revelando um grande número de crianças, vestidas dos mesmos shorts de pano grosseiro, com as cabecinhas sem cabelo. Eles tinham diversas idades e tamanho e eram negros em sua maioria.
Em dado momento me vi cercado por algumas criaturinhas que, como se gatos, encostavam-se em minhas pernas, me abraçavam onde podiam e se sentiam felizes assim.
Desabei ao sair dali.
Aqueles meninos queriam uma coisa tão singela: CARINHO.
Que mundo cruel... Cadê coragem para de novo ir até lá, cumprir a formalidade imposta e depois ir embora?
Só isso????
É de "fazer mal" para a nossa realidade.
Em meus sonhos (aquele da Mega Sena sozinho) haviam uma bela casa com gente empregada e estrutura para cuidar de pelo menos cinco menininhas desde o berço.
Seriam as filhas que não tive e tanto queria.
Seriam também a forma de remissão por meus pecados a base de comprimidos e curetagens que financiei?
Não sei, eu me liguei nisso depois de muito sonhar com elas e com a minha vida ao seu lado, sem preocupações materias.
Vai dizer que R$22 mi, que foi o último prêmio pago, não daria para isso?
Sair de casa, enfrentar o meu cotidiano e saber que não estou feliz totalmente me tráz até a essas palavras, a essa situação.
Tenho me sentido inútil e vividos futilidades.
Tenho lembranças que me fazem pensar que estou sendo pouco explorado, que já não uso tudo que posso de mim, que meus desejos estão sendo apagados.
Eu saía para meu trabalho na certeza de fazer o que mais gostava e, quando voltasse para casa, lá estaria ela para me encher de carinhos e muito sexo que só ela sabia dar.
E não faz muito tempo mas parece uma eternidade.
E quando não havia ela por perto, havia outra que me amava mais a seu próprio "dono".
Eu tive aventuras, eu tive meu tempo para ser útil, produzir.
Eu tive amores, dissabores e muitas decepções, mas provei de tudo isso e não vi o tempo passar. Passou tão rápido - penso agora que já não tenho nada mais daquilo tudo por perto.
E quando me entreguei aos prazeres e perigos pensava que era a hora, pois não saberia se não provasse.
A vida era o que se podia ter naqueles momentos.
Nem sempre se pode pensar assim... Nem sempre é o momento de se viver tudo ou mesmo ser a sua vez de poder viver.
Preocupo-me nos dias de hoje com coisas que nem passava pela minha cabeça há alguns anos.
As mudanças da natureza, a violência dos homens, a segurança de um emprego, a saúde dos meus... Tudo que faz parte de um mundo pequeno em que me encontro.
Meus caminhos são os mesmos, minha rotina e meus prazeres limitados.
Meu tempo é maior sozinho. Comigo mesmo me encontro e já acostumei tanto que me faz mal não ficar assim.
As companhias que preciso estão em meus sonhos e desejos, lembranças...
Errei tanto em minhas aventuras e passei por tanta coisa que perdi a vontade ou a coragem de buscar ser feliz de novo.
O mundo mudou de novo para mim nesse pequeno espaço de tempo em que me recolhi para fugir das ameaças e incompreensões.
Havia pagode e gente de bem quando ainda saía por aí.
Agora é funk e muita coisa ruim que vai junto disso que insistem em chamar de "cultura". Cultura que invoca violência, drogas e promiscuidade geral e irrestrita, sem nenhum respeito a pessoas ou lugares? Vida louca essa vida...
Estou velho, creio.
Muito mais quando não quero aceitar certas coisas a minha volta.
Mas não me sinto velho e agradeço a Deus por minha saúde ainda quase perfeita.
Está certo que "pego no tranco" faz algum tempo, não sou e não me sinto nenhum garotão, mas sinto falta de beijar na boca, descobrir caminhos e gozar o velho prazer a dois.
Quantos motéis, noites, aventuras, casos... Será isso a causa de me sentir assim, tão só? Ter vivido? Essas lembranças que não para de chegar? Seria a crise dos 50 já com dois anos enraizada?
A internet é minha única fonte hoje.
É minha diversão, minha fuga, meu recanto, meu alento, companheira.
O computador é meu maior motivo para estar e ser acalentado.
Eu vejo pouca coisa por aqui mas me realizo em poder estar ligado.
E minha única e boa aventura é uma criatura que reputo ter uma luz imensa, que vive longe e tão perto de mim que me sinto íntimo dela. Sua amizade virtual e todo seu carinho, mesmo sem muita assiduidade, é o "meu caso" de amor atual.
São mais de 3 anos "perto" um do outro.
São mais de 800 Km de distância real.
Só sei quem ela é por fotos, mas consigo "senti-la" bem pertinho ao ler suas palavras de afeto.
Qual será meu legado? Seriam essas coisas que deixo escritas aqui?
Essa amizade viryual e única?
Meus filhos em seus dias sem mim? Também sou e fui filho...Sei lá.
A vontade de ter e fazer ainda tanta coisa...
Mas porque reclamo (se é que reclamo) ?
Tenho e tive tanto até aqui.
Dei e recebi, pude provar de muitos corpos, carinhos extravagâncias...
Comi e bebi, estive alegre e triste, curei-me tantas vezes...
Conheci muito, fui bom e ruim, ganhei e perdi, pequei e fui e perdoado...
Aprendi, trabalhei, recusei, mandei e fui e mandado...
Sou e me sinto abençoado até por escrever tudo isso.
Os caminhos da vida são diversos, duros para alguns e extremos para outros.
A vida, aquela que nos dão nossos pais, é algo muito acima do que se valoriza por aí.
Sobretudo, a Bênção de poder dela fazer aquilo que se tem direito já é a vitória maior.
Que Deus nos perdoe o egoísmo!
(Escrito na madrugada quando nada havia de trabalho para fazer.)