Quantos Brasis você conhece????
É de espantar se não parar para analisar o âmbito da questão.
Eu vi o Brasil dos anos 60 com Pelé, Garrincha e o Maracanã ainda maior do mundo.
Da Revolução ou dos Anarquistas, como queiram porque não entendia mesmo nada e não me interessou muito também. Afinal, política nesse mundo de Deus é algo muito sujo, em minha concepção.
Dos Beatles em compactos simples e duplos disputados nas lojas a cada lançamento, de dormir ao som de Pepino de Capri, Lucecita, Românticos de Cuba, Festival de San Remo e outros que tocava numa portátil da PHILLIPS que desligava ao final do LP.
Também vi televisão pela janela de um vizinho - só um na cidade possuía - e corri para buscar umas benditas garrafas derrubadas por uma bola de boliche que julguei caírem no chão da sala da namorada de meu irmão.
Vi um Brasil de dívida externa e FMI que, até onde entendia, mandava e desmandava por aqui e o povo que se fodia em verde e amarelo. (Cabe um confrontamento: a FIFA parece fazer igual agora, não???)
Inflação e roubalheira fizeram muitos sentir falta dos generais.
Crescimento desordenado e um povo submisso, sem estrutura por educação, dominado e comprado em migalhas por muitos que esgotam a riqueza por buracos negros jamais desvendados, e pior, de pai para filho, de família, pois as caras são as mesmas sempre.
Vocês viram um País da juventude, do Roberto e do Erasmo, dos modismos imperados pelas novelas globais? Quem não usou ou sabe o que é um cavalo de aço?
Pior para mim foi ver o exemplo de uma tal prostituta que enganava aos pais e vivia uma dupla realidade ser seguida por meninas, colegas de meu filho mais velho.
Nunca gostei de novela mas confesso ter assistido alguma coisa do Pulo do Gato, um pouco mais picante, inaugurando um novo horário das 22h, hilária e que tinha Kadu Moliterno garotão, surfista e Débora Duarte com "Beto Rockefeler" como principais.
Vi as drogas começarem a ganhar força, chegar mais perto e carregar alguns colegas para aquela lista negra a que nos impunha a moralidade e a sociedade. E era só a maconha ainda.
Com meus filhos pequenos e nas idas e vindas do médico com um mesmo diagnóstico - virose - preconizei que um dia apareceria um vírus que faria o que o HIV faz.
Saudade da velha gonorreia e da Benzetacil, meu caro!
Eu já estava casado mas achei que foi muito rápido o processo da virgindade virar atraso de vida, fora de moda. Para comer alguém uns aninhos antes era difícil e a gente sabia quem não mais era virgem no lugar. De repente virou ao contrário e ficou difícil achar a tal virgem. Ainda me espanto como foi rápido e garanto que só comi um cabaço e foi preciso casar... Putz!!!!
Peraí, vou contar...
São 12 Copas do Mundo se levar em conta a de 66 pelo rádio com meus irmãos e alguns colegas no quintal de casa bebendo nem sei o que.
O time de 70 é indiscutível mas a perda em 82 foi muito dura. Há quem fale, como meu pai, presente que estava, que nada se compara ao silêncio de 200 mil no Maraca em 50... Ainda culpo ao Telê (que Deus o tenha em bom lugar) por sua teimosia em manter no time um amarelão chamado Leandro e deixar Nelinho de fora e fazer média com Minas colocando Luizinho e deixando de fora Edinho, em sua melhor fase. E ainda por sua falta de pulso assistindo ao jogo como mero espectador do banco de reservas, mascando palitos.
Duvido que o Paolo Rossi fazia o que fez. Ia levar umas duas porradas depois do primeiro... Luizinho era uma dama de tão clássico.
O carrossel holandês foi histórico também.
Das eleições diretas a minha lembrança é do Marronzinho. "Isto não é um País sério", copiei e votei nulo.
Caras pintadas tiraram o Collor e ele está onde agora?
Nem quero chegar aos do Mensalão... Isso vai caducar, nós vamos ver.
São muitos Brasis.
O de hoje, embaixo de tecnologia, ainda tem o povo obrigado a votar, sem educação como em 60, sem salários dignos para médicos, professores, sem hospitais e com um ralo de zilhões gastos em obras faraônicas, sem nexo, para "inglês ver".
Sem contar a roubalheira dos Ali Babás e seus mais de 500 ladrões que ficam na Capital e votam o salário próprio, dão vida a corrupção, a esperteza, a corja de malandros com suas leis beneficiárias.
Quanto é o bolsa família? E quanto o auxílio a reclusão?????
Menores ceifam vidas nas ruas, impunes e maiores também o fazem pois têm com eles o Direitos Humanos.
As drogas são o corpo da "Morte". De usuários a traficantes, o poder e o dinheiro que é maior muitas e muitas vezes do que aqueles que deveriam combater e acabam levando sempre a melhor sobre o cidadão, de farda ou não.
Não há o que deveria ser a maior arma que se pode contar: JUSTIÇA.
Meeeuuu Deus!!!!!
Que Brasil é esse de hoje???