Tentei ser camelô de camisas esportivas imitação
Tentei vender cachaça de Minas Gerais
Tentei ser representante da cachaça de Silva Jardim e da linguiça de lá também, que tentei vender como na BR 101: linguiça no pão...
Daí comecei a fazer receitas que eu pudesse levar e vender na beira campo onde eu jogava meu futebol e também marmitas que eu pudesse levar até taxistas amigos de meu filho a noite, por exemplo, com coisas leves como frango xadrêz e arroz yakimeshi.
Depois, pensei em levar daqui para Silva Jardim, as pizzas que são fornecidas por uma fábrica perto de minha casa e trazer de lá a linguiça pra fazer aqui...
Aí veio a fase de fazer pastéis de bacalhau e caipirinhas, montar uma barraca e vender na beira do campo...
Nesse período, troquei meu carro zero por um chinês para ficar livre da dívida do financiamento...
Perdi a minha capacidade de jogar meu futebol por contusão no joelho.
Me afastei dos amigos que já não me incluíam no grupo e assim foi... Desfiz a barraca e minhas idas ao campo, me fiz recluso mais uma vez na dor e na vergonha e segui.
Ajudei a meu filho na pensão que ele abriu em sua casa... Era muito trabalho e sacrifício e nada em troca a não ser ver meu netinho em meio a tanta confusão sofrer.
Parei por não ter valor, por não ver expectativas de sorrisos e porque cansei o coração e o físico.
Antes de mudar de casa, voltei a ideia de fornecer comida. Pensei em comida light, marmitas personalizadas, saladas de frutas, coisas desse gênero... Potencial grande perto de minha casa.
Acabei fornecendo somente a meu cabeleireiro junto com sucos detox e todos os dias.
Foram poucos dias até a minha mudança para onde moro atualmente.
Aqui investi tempo nas coisas de jardim com paletes e blocos de cimento.
Agora me preparo para o maior desafio desses campos de coisas: obra.
Preciso construir uma casa a partir de um terreno vazio.
E não para por aí porque depois terei mudança, etc... Deus me Ajude!!!