Ele que nunca ligou para nada assim, agora está dando valor e, progredindo um pouco mais na vida com seu trabalho, mudou-se recentemente e fez então questão desse almoço. A sua alegria em ter todos nós em sua casa incluía seu velho pai, debilitado pela doença que lhe causa um sofrimento incomum e mina suas forças.
Meu sogro definha cada dia mais e já não tem mais a força que o trouxe até aqui nessa luta inglória.
Esse sorriso parece permanente em seu rosto. |
Meu cunhado, que lhe deu muito trabalho e preocupação, hoje está contente em ouvir elogios de seu pai.
Eu fico feliz por ele. O cara merece.
A sua principal característica é estar com um sorriso no rosto sempre e de bem com a vida, apesar dos pesares. Sempre trabalhou muito e herdou de seu pai isso.
É muito forte meu sogro e ensinou muito ao meu cunhado.
Passou para ele a sua gana em trabalhar.
Meu cunhado é um cavalo em sua função de pedreiro e faz muito bem tudo que lhe é dado.
Ele gosta do que faz e faz como se fosse para ele.
A casa de meu sogro em Maricá teve seu dedo desde os alicerces primeiros até a última reforma recente.
Se bem pensar meu cunhado, ele está vendo que seu melhor amigo, de muitas obras e passagens juntos, ameaça deixá-lo em algum tempo. Eles passaram juntos muitas coisas e teem muitas lembranças com certeza.
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Mudando de pau para cacete...
Em novembro de 1999, 16 para ser preciso, eu perdi meu primeiro emprego.
Era também uma vida, vinte e um anos depois.
Não há mais como descrever os meus sentimentos, as minhas sensações.
Resolvi lembrar umas passagens boas que só na velha Getec poderiam ser vividas.
O primeiro personagem não poderia ser outro senão meu amigo gordo Jair.
Estávamos no bar de um colega como sempre depois do expediente.
A conversa chegou a comidas e falou-se em feijoada.
Foi aí que meu caro J.J. (como chamo o gordo), empolgado mandou essa:
"_Lá em casa leva mortadela, abóbora com casca, sobras da geladeira, folhas diversas.."
E o Bira não se aguentou:" _ É mesmo? Abóbora? Folhas?... E depois põe tudo num cocho, enfia a cara dentro e levanta de vez em quando para respirar. Ronc, ronc."
J.J. argumentou, argumentou, se emputeceu e foi embora.
Afinal, uns dois ou três de nós rolavam de rir...
Maldade com o gordo.
Outra se passou com dois colegas da produção, no painel de controle, onde os operadores se reuniam para acomapanhar as manobras e ordens.
O operador do painel, Vital, era sisudo apesar de bom caráter.
Luiz, muito falante e agitado, iniciou o diálogo:
"_ Vou vender meu carro."
E Vital, sem tirar os olhos dos instrumentos:
"_ É? E quanto você quer pela Brasília?"
Luiz mandou:
"_ Uns RS 5 mil.
O número era exorbitante para o valor do carro na época e, com todo seu jeitão, Vital, sem largar a prancheta e suas anotações, largou:
_ Você gosta muito de seu carro?
_ Claro." Respondeu Luiz.
_ Trata bem dele, não é?
_ Sim, claro que sim.
_ Lava sempre, faz polimento... E vaselina?"
"_ Vaselina? Não. Porque?
_ Pelo preço que você está pedindo vão mandar você enfiar no cú..."
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É. Já são doze anos longe da minha primeira casa de trabalho.
Aprendi muito, vivi meus fatos marcantes, tive bons amigos e tenho saudades.