O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Caminhos Noturnos

A água é a fonte da vida.
O rio parece a vida que passa.


Me considero um perdedor.
Tudo ou quase tudo na vida que dei início, lutei ou desejei ter, terminaram de forma que não me foram agradável.
Muitas dessas coisas me chegam a memória noite afora enquanto em meu trabalho solitário.
São lembranças de coisas que nem me importavam mais. Cenas que voltam e que me trazem a memória de fatos e acontecimentos que agora até me chocam.

Perdas. Muitas perdas.
Perdas de amizades, de empregos, de amores.
Imcompreensão, arrependimento, vergonha... Parece que foi ontem.
E começam sempre por boas lembranças.
Ou me fazem vir à tona simplesmente do nada, em meio aos afazeres.

Um dia desses mesmo, telefonei a uma pessoa que sinto muita falta.
Ouvi dela, sem nenhum rancor, que sou bem vindo em sua casa e que sou seu amigo. Que ela em sua nova fase de vida (agora é cristã) me receberá a qualquer hora.
Ficou claro para mim: mais nada.
Há pouco tempo tínhamos outro relacionamento.
"Mas já se vão anos, Altair" - insisto comigo mesmo.

Fui dormir abatido, triste.
Levantei sem ânimo, tendo que sobreviver.
Apesar de tanto tempo afastados, sonhava que poderia ainda acontecer como outras vezes.
Ela foi a causa para que um dia eu encontrasse a pior e melhor de minhas paixões.

Era um relacionamento impossível, inusitado, e já durava muito tempo. Eu precisava e tive que arranjar uma forma de aquilo terminar. Já não me fazia bem.
Mesmo ferida ela estava sempre perto de mim. E eu sempre a procurava quando sentia falta.
Isso durou mais alguns anos.
Ela amadureceu, a vida deu voltas e então a perdi de vez.


Quando as lembranças são de meu trabalho, daquilo que gostava de fazer, das pessoas que tive a meu lado, eu só lamento ter sido um burro.
Ignorei a situação febril no ambiente da fábrica e, egoísticamente, estive voltado somente para um problema pessoal. Perdi 21 anos de conquistas em 15 dias.
Fui um tolo egocêntrico e, de orgulho ferido, joguei fora a minha redenção depois da perda do primeiro emprego, quando tomei uma decisão errada e deixei o grande emprego de minha vida.
Que burro!!!!! Se arrependimento matasse... Mas acredito que mata. Bem devagarinho vou morrendo.

Meu casamento foi fracassado. Não vi ou esperei algo mais que não me foi a contento. Falhei.
Criei meus dois pupilos com saúde. Mas não fui bom pai. Tive pouca paciência, participei pouco.
Não foi nada do que planejei ou sonhei. Não fui.

Perdi amigos e família (primos) por tão pouco.
Ignorância, carência, orgulho e desespero se juntaram para isso.

Passei em meu primeiro vestibular. Engenharia Agronômica, UFRRJ.
Nem sabia o que era vestibular. A Universidade me postou diante das primeiras reprovações.
Me formei 10 anos mais tarde, depois de passar por mais duas instituições e com uma pequena ajuda do "ou vai ou racha" em meu emprego.


Aos 12 anos estava jogando futebol no Botafogo, no Rio. Orgulhoso, meu pai se aproximou mais. Ele era separado de minha mãe e só me via uma vez por mês.
Aos 16 anos, por não ser mais aproveitado e depois de insistir muito ainda, deixei aquele sonho.
Enfim, se forçar mais um pouco a memória sai mais derrotas.
Duro é quando ela vem e traz consigo a dor das perdas, das decepções, das ilusões.
Em pequenas doses está se fazendo presente nesses dias (noites, vai) e maltratando esse pobre coração dolorido.

As lembranças me saem do nada mas me afetam em tudo.
Mesmo assim, insisto em meus sonhos.
Eles, só eles me armam o espirito de esperança.
Só eles me fazem combater a realidade.

Um comentário:

Vivi Lima disse...

Viu menino, cade suas viatórias, sei q tem coisa ai...
Pra mim vc é um vitorioso
Gostei ds posts dos 11 minutos, rsrsr
bj

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