O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Mar Sem Fim

Um programa BRASIL


Desde o ano passado, por verdadeira recusa em assistir a programação "normal" dos canais abertos, delirantes em mediocridades, novelas e etc, rodava os canais e deparei com um belo programa na TV Brasil (antiga TVE - RJ). Chama-se Mar Sem Fim e destacava as belezas naturais em nosso imenso litoral e seus contrastes de destruição feitas pelo homem.



Chamava a atenção a simplicidade da apresentação, a trilha sonora exclusiva, e a rota sempre pelo mar.


Após alguns programas, descobri que a viagem era mais ou menos parecida com a que tenho em mente, cantinho por cantinho desse imenso litoral, caso viesse a ganhar a Mega-sena, claro.
Eu dizia que começaria por aqui e quando chegasse a Marajó estaria velhinho, com várias esposas, filhos e netos que juntaria nessa saga afora...

Sonhos e delírios a parte, apresento aqui um pouco do que vi e resolvi visitar pelo site agora que anunciaram a última etapa da viagem no próximo fim de semana: Chuí.
Eles atravessaram do Oiapoque ao Chuí em um veleiro, visitando e mostrando belezas que todos sabemos que existe mas que não podemos deixar de amar: a costa desse nosso lindo Brasil.



Projeto MAR SEM FIM
Objetivo :
Percorrer a costa brasileira a bordo de um veleiro, produzindo programas para TV (cerca de 90 episódios), boletins para o Rádio, e reportagens para o Site.
Período :
Vinte e quatro meses. O programa entrou no ar em Abril de 2005, na TV Cultura, de São Paulo, e deve ser encerrado em Março de 2007. Na TVE- RJ, começou a ser veiculado em Maio de 2006, e prossegue até o final da série, neste caso, em Abril de 2008.
Justificativa :
Pela primeira vez nosso litoral está sendo visto na perspectiva do mar para a terra e não o contrário.



Daí surgiram dois livros e um site com lindas fotos (muitas mesmo, como essa que mostra o Mar Sem Fim encalhado perto do Pará) e informações valiosas.









O Brasil visto do Mar Sem Fim

de João Lara Mesquita

Entre abril de 2005 e abril de 2007, João Lara Mesquita desceu a costa brasileira a bordo de seu veleiro, o Mar Sem Fim, produzindo uma série de noventa documentários para a TV Cultura de São Paulo. Foram 33 etapas (era preciso voltar sempre a São Paulo, para a edição dos programas), nas quais percorreu mais de 6 mil milhas – ou 11 mil quilômetros – entre o Oiapoque e o Chuí.João fotografou muito durante as viagens. Relatou em um diário as dezenas de conversas que teve, as entrevistas feitas por ele e sua equipe e suas impressões sobre a ocupação da zona costeira. Este livro é o resultado desse trabalho. Com cerca de seiscentas fotos e o texto praticamente integral de seus diários, é um documento e tanto sobre nossa costa e o relegado e maltratado espaço marítimo brasileiro.

Visitem o site: http://www.marsemfim.com.br/

Depois me contem o que acharam.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Estou por aqui


Parei agora para reler o que escrevi na noite de ano novo.

Primeiro dia do ano e eu assim???!!!!


No fundo queria dizer alguma coisa, conversar com alguém... como não havia ninguém...


Mas até que não fui mal de todo... escrevi para mim, eu entendo.

Peço desculpas a todos que por ventura passaram por aqui...

Em especial a Vi.

Hei, linda! Vc já viu tudo que escrevi de vc?

Sua falta acarreta essas "tempestades" em meu cérebro. Acho que era melhor quando tinha vc e a Flor para me inspirarem... se bem que já estava ficando chato, não?


Sexa-feira... cervejas, lembranças, momentos, vida, lembranças, realidade...


Meu dia não foi bom.

Mas tenho muito em que acreditar. Em dias melhores que virão, nas coisas que estão a minha volta, que existe Deus, a Natureza, meu pai, meus filhos, a Vivi, o Carlos... e eu.


A Claudinha, a Regina, Rosalina, Sandra, Gláucia, Lili, Flávia, Roberta, Judith, Márcia, Débora, e outras... lembranças... boas lembranças que me fazem falta viver outra vez.








terça-feira, janeiro 01, 2008

LUZ...

Preciso escrever...
Confessar aqui algumas coisas que me enchem o peito de sentimentos misturados, confusos até.
Em minhas passagens de vida, há uns anos atrás, quando conheci aquela que mudou para sempre minha vida, meu viver, nunca imaginei que chegaria tão longe. Nunca imaginei aquele amor, paixão desenfreada em erros e acertos.
Ano Novo... só restam alguns balões a deixar cair e explodir suas cargas de cascatas prateadas, foguetes e bombas, luzes coloridas. E são muitos... que vejo por trás das grades da janela de minha sala, por sobre telhados, enquanto fumo um cigarro.
Na TV, um filme com Fagundes que insiste em tirar minha concentração.
Escrevi em minha mente muitas coisas antes de estar aqui teclando. Entre elas, da minha prisão imposta a mim mesmo, escondida na vergonha que uso para não mais sair, não mais tentar viver. Afinal, estou de volta ao reduto onde tudo se desenrolou...
Tudo isso tem me feito mal.
Não sou (e me sinto assim) o mesmo que conheci, que conheceram, que fazia bem, que gostava de ser e de estar em meio a amigos e amigas, motéis, bares, futebol, praia, coragem, erros e acertos... mais erros que acertos, com toda certeza.
Me sinto como um prisioneiro. Tenho o peito fustigado por uma coisa que só quem sente ou sentiu pode entender: S-A-U-D-A-D-E.
Ela me faz retornar a lembranças boas e me faz sentir a dor do desespero, da perda, da inconsequência, humilhação.
Ela me trás a realidade quando sacudo a minha cabeça e falo para mim mesmo: "Esquece..."
Incontáveis vezes.
Acordo e durmo ainda com suas lembranças. Às vezes me furto a sonhar com ela... acordado para poder dormir.
SAUDADE!
Já me atormentou mais num passado recente.
Em minha prisão, aprendi a não deixar que ela me transforme de vez naquele louco que via no meu espelho.
Sacudo a cabeça e "esquece"... choro baixinho junto com meu coração abafado pela necessidade de viver, pela imposição do cérebro. Na razão preciso sentir raiva, mas só a consigo ter de mim mesmo.
Os fantasmas que vagueiam minha vida são frutos de meu viver.
As maravilhosas lembranças que tenho não me deixam sequer olhar alguém que se beija apaixonado em uma tela de TV.
A minha alma está marcada, meu coração sofrido e eu sigo com o resto o que a mim foi determinado a cumprir.
Chega...
O que queria era dizer dessa saudade.
O que desejo é estar liberto dessa maldade (praga que dizem durar sete anos).
O que preciso é ter e dar carinho, pois essa é minha forma mais simples de me encontrar.
O que cumpro são as formas Daquele lá de cima ensinar, fazer entender seus caminhos traçados e respeitar suas mais benevolentes leis: Meus pecados.
Que me ouçam os Deuses: Luz e Paz!




segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um dia...



Pai nosso que estais no céu


Santificado seja Vosso nome...



Não poderia deixar passar em branco esse último dia do ano, mas só para agradecer ao Pai por tudo que me deu neste ano que finda.


Tenho muito e Ele é sabedor e mantenedor.


De vez quando, uns "puxõezinhos de orelha", que sabe-se lá porque mas, que faz parte desse aprendizado chamado "vida".




Poderia estar aqui fazendo um balanço de vida em 2007.


Poderia pedir muitas coisas para 2008.


Um é reflexo de muitos que passaram e o outro será mais uma chance para cumprir o que nos foi determinado por Ele.



Entendo que a Paz, "objeto de desejo" nos dias atuais, tem que ser buscada sem tréguas.


É preciso muita nesse nosso conviver pelo mundo, em tudo que vivemos, vimos, soubemos...



Venha a nós o Vosso Reino


Assim na Terra como no céu



Entendo que a Terra, castigada pelo homem, desenvolve suas novas "formas" em suas mudanças globais e "reage às agressões", comandada pela mãe Natureza que o homem deve temer. Apesar de tão bondosa, perfeita, dela abusamos e, devemos ser repreendidos.


Já não consigo ver mais nenhuma notícia que mostre o fogo destruindo matas, devastando tudo vivo. Parece um prenúncio de fim de tudo... de todos...



O pão nosso de cada dia


Nos dai hoje (e sempre...)



Em 50 anos que passo por aqui, abençoados em Suas graças, diria não ser digno de sua honra.


Pecador até em sonhos, infiel em alguns mandamentos, sigo por sua bondade e compreensão os caminhos que percorro dia após dia. E tenho muito.



Perdoai as nossas ofensas


Assim como perdoamos

Gostaria muito de mudar o mundo, as pessoas que nele habitam principalmente...



E não nos deixeis cair em tentação


Amém.


segunda-feira, dezembro 17, 2007

O tempo que passa

Estou bem relapso com esse meu cantinho aqui.
Mas não tenho tido muita inspiração que me tragam a escrever alguma coisa.
Quando comecei, em outro site até, buscava aliviar minhas pressões da maneira que sempre fiz: escrevendo. A diferença é que fazia em qualquer lugar, qualquer papel que sempre dispensava ao lixo depois.
Manias...

Nesses últimos dias porém, com alguns acontecimentos e outros impedimentos em meu dia-a-dia que os tornaram diferentes, só imaginei, em alguns momentos, alguns temas para aqui escrever.
Pensei em "como o tempo passou" (estamos no fim de mais ano) , em Gláucia - colega de trabalho com quem rolou algo simples e inusitado - na Vitorinha e naquela "moça" mãe dela, e em outras idéias que me passaram e não tive coragem de desenvolver por aqui.

Não sei bem ainda por qual razão escrevo agora.
Hoje, convidado pelo Carlos, deveria ir a Sampa e confraternizar com ele e com todos da Intecrom, mas, com o compromisso assumido aqui onde estou, preferi não me causar problemas e tentar cumprir a vontade de quem me recrutou. Porém, saber que aqui estou e nada vou fazer além de ver o tempo passar...
Estamos em uma entidade pública de ensino federal, onde há um recesso normal nessas épocas. Só agora é que meu grupo resolveu trabalhar? Só agora precisam de mim?

Acho que encontrei a razão pela qual escrevo.

E pensar que já tive empregos, com compromissos e organização, que eu gostava muito de fazer, que não me importava com feriados, datas cívicas, natal e carnaval...

O tempo passou mesmo.
Me sinto meio "besta", meio lógico, meio tonto. Meio tudo, não completo.
Isso talvez seja complicador: ser meio tudo.

Sonhos, esperanças e até vontade em demasia de vez em quando fazem parte de mim nesses dias (que somam anos) de vida.

Há também a espera de que "portas se abrirão" e de "que tudo vai dar certo".
Nada tenho a reclamar senão de mim mesmo.
Sou bem provido por Deus em suas graças.

O tempo passou mesmo... começo a sentir a "ranzinzisse" chegar perto de mim em alguns casos e penso que devo tomar decisões. Como das últimas vezes, por não querer "incomodar", que segui meu próprio caminho, abdiquei do pouco que tinha, deixei para trás sentimentos e medos de futuro.
Troquei frustrações e aqui estou.
Na verdade, depois de minha mãe, da Getec, daquela moça, da minha gerente Shirley, perdi o medo de perder. Estou falando sobre deixar essa única fonte renda que hoje tenho.

Novas perspectivas já fazem parte de meus dias atuais.
Desafios que preciso encontrar.
Alguns planos e o carinho de todos os meus.
De que mais posso precisar?


terça-feira, dezembro 11, 2007

Chefinho

Recebi agora mesmo uma mensagem do Carlos.
Nesta, ele conta de sua cirurgia:
"Amigo, naquela 6ª. feira, não sei se você soube, mas fui internado em caráter de urgência, pois meu apêndice tinha estourado na 4ª.feira (dia da dor) e estava sulfurado, gangrenado, necrosado entre outras complicações."

Já em casa, se recuperando como deve, espero, ele me falou sobre o que escrevi nesse meu cantinho, com muito apreço.
Fico contente que tenha gostado, mas, meu caro, não escrevi nada que não fosse verdade e que eu não tenha vivido ou sabido nesses nossos tempos.

Como já disse, vencedor como é, vai passar logo, logo por essa também. Afinal, a "enfermeira" Andréa e suas "auxiliares" Camilla e Bianka devem estar cuidando bem desse carinha "brabo" de trabalho, que já quer voltar a ativa.

Fique quietinho aí Carlão. O pior já passou.
Você não quer que puxem as tuas orelhas, quer?

domingo, dezembro 02, 2007

Novas Perspectivas

Eu conheci o Carlos Teruya em meados dos anos 80, quando ainda era funcionário de uma empresa pela qual trabalhei 21 anos.
Carlos também era funcionário de uma empresa que prestava assistência técnica para equipamentos em nosso laboratório. Um serviço especializado, em cromatógrafos, que, por ser a fabricante única em território nacional, a tal empresa gozava de prestígio e de situação no mercado com exclusividade. A demora era grande quando se necessitava deles.

O nosso primeiro contato não foi muito bom. Achei o cara muito novo e pedante, além de ser "paulista". Explico: ele já chegava "agredindo" para não dar chances.
Mais tarde, quando já havíamos feito uma amizade, ele mostrou porque.
A sua carreira foi meteórica naquela empresa. Do silk screen dos equipamentos a um bom carro e viagens por esse Brasil afora (e adentro), ele começava a sentir a falta de casa por ficar na estrada muito tempo, atendendo a clientes nos mais variados lugares e isso "stressava" e acabava com a simpatia e boa vontade de qualquer um. Eles eram exclusivos e isso também contribuia de certa maneira. Carioca (para ele e para muitos, todos que são desse Estado do Rio, são cariocas) eram gozadores e ele se "defendia" antes que fosse alvo dessas gozações.

Um tempo depois, recebi o Carlos em meu laboratório. Já era o responsável pelo serviço de cromatografia da fábrica inteira e o Carlos já era a Intecrom, empresa que montou junto com sua irmã Cristina e que, com muito de seu trabalho, viria a fazer frente a antiga pela qual atuava.


Eu sai da empresa que trabalhava em 99 e perdi o contato com o Carlos em função dos percauços dessa vida. Há pouco tempo, num desses relances ao acaso na net, encontrei a Intecrom e consequentemente o Carlos me reencontrou.

A um convite seu, estive em São Paulo para para ver a nova fase de sua vida e claro, a sua "nova" Intecrom, sua família, um novo cara. O tempo faz coisas com a gente, não é??!!!

Mesmo sabedor de sua verdadeira paixão por crianças, fiquei extasiado em vê-lo de terno e gravata, bem cedinho na porta de uma creche, com aquela coisinha pequena no colo a ser entregue. O carinho e o cuidado com a pequenina Bianka, de 1 aninho, refletem o pai da Camilla, de 6 anos. A imagem ainda é a mesma, mas o cara amadureceu e eu fiquei e estou feliz por tudo que vi.

A Intecrom ainda é o Carlos, mas ele a divide com mais 11 pessoas que o ajudam a gerir negócios. Negócios que ele mesmo conseguiu diversificar com sua experiência de longos anos.

Hoje, o cara já não vai a "campo" e comanda de sua base, perto de sua família (inclusive sua bela irmã Cristina) uma equipe de competentes colaboradores. E digo isso porque a Intecrom para mim é o Carlos. Sempre foi. Não faz muito tempo que o via atender telefones, vender, comprar, negociar de todas as formas e cumprir a agenda de técnico que vai até o cliente.

Eu vi aquele moço, entre um tempinho e outro, em meio a um sem número de equipamentos velhos, sem uso, sonhar com o seu próprio. Ele se sentia capaz para fazer isso.

Pois bem. O que vocês vêm aí embaixo é o "filho" mais novo, chamado G8000 sendo montado em instalações próprias, que lhe rendeu um prêmio de design em 2005, por uma revista especialiazada.





A Intecrom agora é também Usacrom, Quimicom, Novacrom, enfim, um pool de empresas em uma só, para servir de forma abrangente a quem trabalha e necessita de cromatografia. Ela vende "soluções em cromatografia".


As instalações de cursos voltados a prática da técnica.

Enfim, o Carlos, como sempre foi, é um vencedor de muitas batalhas e eu sempre o admirei por sua garra e inteligência. Acessorado por sua irmã, pelo Fernando e com colaboradores como os que lá convivi, ele ainda tem muita coisa boa para ver chegar.

Nessa última sexta-feira, eu o vi chegar a sua Intecrom por volta das 7h. Vestido com a elegância do dia-a-dia, ele escondia um cinto por debaixo das suas calças, que apertava a região abdominal para que pudesse sentir menos a dor que o incomodava desde quarta-feira.

Por volta das 18h, ao sair do curso que participei com o professor Fernando, soubemos que ele já estava no hospital para mais uma série de exames. À noite, conforme me falou ontem por telefone, passou por uma cirurgia de vesícula e se recupera bem.

Ele tem planos para esse camaradinha aqui. E são planos grandes, como tudo que pensa, como empresário que quer, que deseja, que tem garra, que saiu lá de baixo com todos e tudo que teve enfrentar.

Eu estou feliz por ele e mais ainda por uma chance. E vindo de um lutador como o cara, o desafio é maior, sei. Mas também é força e inspiração e eu preciso desse apoio, dessas oportunidades de aprender. O Carlos, a Cris o Fernando e eu temos cada um de nós uma história diferente a contar de vida. Assim como qualquer ser humano, podemos sonhar e tentar sermos melhores.

Aprendermos com a vida e com bons exemplos dela é necessário. Eu tenho agora muitos exemplos e uma nova parte de experiências a viver.


quinta-feira, novembro 22, 2007

Um craque de bola, amigo


Em meu passado, que considero recente pelas lembranças que tenho, jogava bola na pracinha da cidade de meus antepassados, Silva Jardim - RJ, com coleguinhas de infância.
Jairinho e Jorginho eram craques e se juntavam com Roberto (Papa), Reizinho e outros mais.
Eu era só parte das boas risadas que eles davam a cada jogada de efeito. Lençóis múltiplos, canetas e etc que faziam principalmente Jairinho rolar de tanto rir.

Na chuva então... era um prato para muitas gargalhadas espalhafatosas que só Jairinho mesmo.
O tempo passou e eu aprendi a ver esses colegas nos times da cidade, brilharem e encantarem com seu magnífico show de bola. O União Futebol Clube, que meu pai ajudou a fundar, via então sua melhor geração de jogadores.

Não demorou muito para que alguém os fizessem sair e tentar um grande clube no Rio.
Dono de um alambique em Silva jardim, um dirigente do Bangu AC levou os dois para morarem na concentração do clube, em Bangu, no Rio.

Um só campeonato Carioca bastou para que a estrela de Jorginho fosse mostrada ao mundo da bola. Ele se tornara Jorge Mendonça. Foi transferido para o Náutico no Recife, depois Palmeiras e seleção brasileira, aquela de 78 na Argentina.



Na foto acima, com meu filho Victor, no campo do velho União em Silva Jardim, por ocasião de uma festa onde o grande homenageado era ele mesmo e todo passado do clube. Ao fundo, na porta do vestiário, Reizinho. Nessa festa, já sentia-se que algo estava errado com aquele monstro de sujeito bom, que já havia parado a carreira na Ponte Preta. Seu coração já não o ajudava com tantas lembranças e perdas.








O Victor devia estar com 13 anos. Viu de perto sua grande humildade, valor maior, e seu carater de gente do interior, de tanto carinho por todos. Uma figura exemplar, um amigo maior, um cara gente a toda prova. Jorginho sempre tinha uma palavra para confortar e alegrar a quem dele se aproximava.

Há poucos anos, "ele partiu para o andar de cima". Deixou-nos órfãos a todos.



Todos que o conheceram, conviveram com ele sabe a grande perda. Uma cidade, um clube, muitos admiradores, como eu.

O cara foi muito cedo. Antes mesmo de colher o que plantou, sua fama e sua simplicidade se misturaram e o fizeram perder tudo que havia juntado. Dinheiro, carreira, família, fama. Ele já não acreditava que tinha sido ele mesmo, que era quem era. O coração e a mente não andavam mais juntos.

Ele nos deixou e nós nada pudemos fazer por ele. Nem mesmo aqueles que estavam perto. Vivia em Campinas nos seus dias finais. A Ponte o ajudava.


Jorginho foi para mim não só o grande craque que assistia ao vivo na tv, pela seleção, Palmeiras, etc. Era o grande cara que aprendi a admirar pelo seu jeito simples e bonito de ser, desde criança.

Tenho orgulho de ter passado em sua vida, ser considerado sempre, ter seu carinho de amigo.

Grande craque... meu amigo e admirável ser humano.


Jairinho e seu sorriso. Meu primo passa atrás de uniforme.




Meu irmão Sidy entre Jorginho e Jairinho, agachados. Seguem Papa e Reizinho. Que ataque!

O União em um jogo memorável. O nego bom estava começando ainda no BAC.







quarta-feira, novembro 07, 2007

Devaneios

Ela chegou perto de mim como se de surpresa. Tomou o meu caminho e se pôs em minha frente.
"_ Porque você não quer mais falar comigo?" Foi direta.
Sem que nada respondesse, ela continuou: "_ Eu sei que você não mais quer me ver e outras coisas mais".
Olhando para ela, aquele rosto lindo como sempre, estava começando a ser molhado com algumas poucas lágrimas.
Meu primeiro movimento e reação foi tentar secar aquelas lágrimas. Depois falei:
"_ Em todos os dias que fiquei longe de você, todos, sempre a vi sorrindo, feliz em meus sonhos. Agora que está aqui, na minha frente, não gostaria ter que falar sobre isso. Foi passado."
Depois de acariciar aquele rosto um pouco mais, sentir a sua pele mais uma vez, eu falei então:
"_ E a Victória? Mãe, Pai, minha "Lady", Márcia... ?"
"_ A cachorra da Victória anda muito rebelde, malcriada pra cacete. Coisa do pai dela."
Eu poderia lembrá-la das vezes que conversamos sobre filhos e de como eu pensava que ela deveria criar a pequena Victória como uma amiga acima de tudo, mas, como era "coisa do pai dela"...
Ainda penso que uma menina pode e deve ter com sua mãe o diálogo aberto e franco entre duas mulheres. A Victória viveu dias difíceis com a mãe que fiquei sabendo, mas não era mais meu direito ou dever cobrar alguma coisa, pensava enquanto ela falava sobre o resto das pessoas que havia eu indagado sobre.
"_ E você? " Quis saber ela.
"_ Sofro de um mal que não consigo curar: saudades. Mas, no geral, tenho estado bem comigo mesmo, procurando ter paz, seguindo os caminhos que se apresentam. Faz tanto tempo que sofro do mal que lhe falei que acabei aprendendo a conviver com ela."
"_ Você voltou para casa da D. Leila, não foi? Como está ela e seus filhos?"
" _ Todos estão muito bem. A Leila é só trabalho, os meninos ainda me dão o que fazer, mas estamos unidos para seguir em frente. Dou Graças por ter minhas portas abertas e pelo apoio que me dão."
"_ Vamos sair? Preciso te ver mais."
"_ Não penso que faríamos bem a nós mesmos. Apesar de saber o quanto você me faz bem nos momentos que certamente irão rolar, acho que devemos respeitar os corações alheios e aos nossos. Você sabe que tudo acaba em mágoas depois. Melhor que não."
" _ Posso pelo menos te ver então?"
" _ Quando quiser. Sabe onde me encontrar e eu sei de suas capacidades. Por favor, me avise quando assim o quiser."

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Ao descer do ônibus que em meio a um trânsito complicado me levou ao destino, eu sorria.
Estava feliz em passar alguns momentos agradáveis com ela.
A minha viagem mental tornou a de ônibus rápida, naquele momento.
Sonhar, mesmo que acordado, ainda não custa nada...

quinta-feira, novembro 01, 2007

Sem notícias

Ainda continuo sem notícias de você minha linda...

Estive em Sampa nesta terça-feira e pensei em você.
Fui a pedido de um conhecido de longas datas para checar com ele em sua empresa a possibilidade de um trabalho.
O convite me foi feito e, entre outras coisas, vou precisar morar em Sampa (creio que pelo menos por uns meses...). Se bem que lá pelas bandas de Interlagos, acho que já não é mais Sampa e sim SP.

Eu devo contar que fiz uma maratona de metrô e trem?
Foram 2 de um e 3 de outro para o destino (rsrsrsrr....) e só uma passagem, o que me deixou entusiasmado. Pelo menos nesse ponto o povo tem uma pequena vantagem, creio.

Não se aborreçam aqueles que não pensam assim como eu, mas: SÃO PAULO É OUTRO PAÍS!
Eu penso desse modo desde que conheci pela primeira vez, levado por meu irmão mais velho, nos tempos em que "Única" ainda fazia a linha Rio-SP , ou seja: há muito tempo mesmo...

De qualquer forma, queria muito que você me desse um sinal de novo, um recadinho, um oi...

Te juro que, além da saudade, estou preocupado com você.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Os Cards da vida


Nesse nosso mundinho de vida encontramos pessoas de todos os tipos.

"Seu" Adílson é um dos personagens que é preciso ser descrito.
Um senhor na casa dos 60 anos, boa figura, eletricista aposentado e dos bons, trabalha ainda no hospital onde andei por uns tempos fazendo um "bico".

A figura de "seu" Adílson está relacionada ao bom humor que lhe é característico. Ele faz piada com todos e com ele mesmo, todos os dias, em todos os momentos. Sai com cada uma que só vendo...

Costuma dizer que "está na muda" quando está na pior, sem dinheiro.
Quando alguém vai lhe pedir alguma coisa ele diz que "devia ter acendido a sua vela de 21 dias", porque 7 dias é pouco...

Conta piadas e casos enquanto trabalha, sempre envolvendo situações suas e de conhecidos.
Às vezes chega perto da gente dizendo que "estão comendo suas entranhas", quando lhe dão muito o que fazer.
O seu único medo é "ficar tocando cavaquinho", em alusão aos doentes por AVC. E pede ainda que "não deixem me botar fraldão, não"...

Há pouco tempo, em meio a um pequeno reparo lá em casa, ele me falou de uma vizinha que lhe pediu uma vez para colocar um ventilador de teto na casa dela. De bom grado, sabendo que a mesma é pobre e não poderia lhe pagar o trabalho, ele foi.
Terminado o trabalho, ela se dirigiu a ele e disse: " O senhor aceita XERECARD?"


"Seu" Adílson ri muito enquanto fala sobre o bom humor da vizinha e ainda que toda vez que ela encontra com ele lhe diz que "o pagamento será feito assim que ele quiser".

Ficou ruborizado quando "essa louca", no meio da rua, falou para outra vizinha que precisava de seus préstimos: " Seu Adílson??? Se vc não tiver dinheiro ele aceita XERECARD".

Esse é o nosso povo.

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...