Festa marca o 'encontro' de estrelas no céu
O tanabata é um conto chinês de 4 mil anos que foi introduzido no Japão antigo e deu origem ao festival.
A comemoração é singular entre os festivais japoneses, já que o mito fala do amor romântico, ainda um tabu no Japão.
Ele conta a história do amor entre duas estrelas, o vaqueiro Hikoboshi (estrela Altair) e a deusa e tecelã Orihime (estrela Vega).
No dia seguinte Hikoboshi a encontra chorando pelo furto de sua roupa, mas não conta nada.
Os dois se casam, têm filhos e vivem felizes até o dia em que Orihime descobre seu quimono roubado na despensa da casa.
Ela abandona o marido e foge para o céu com os filhos, onde são transformados em estrelas.
O príncipe vai atrás da deusa e encontra o pai dela no céu. Para desviá-lo o pai oferece-lhe um melão suculento e sugere que o parta em sentido vertical.
A deusa Orihime diz para o príncipe cortar a fruta em sentido horizontal, mas ele não obedece e o melão jorra água em abundância.
A água do melão se transforma na via Láctea e separa Orihime de Hikoboshi. De longe, ela grita para que ele vá procurá-la no dia 7. Ele entende errado e vai procurá-la somente no sétimo mês.
A partir daí os dois só se encontram uma vez por ano, no dia 7 do sétimo mês, se não chover. Nesse dia, eles compartilham o seu amor atendendo aos pedidos pendurados em galhos de bambu.
Hikoboshi e Orihime representam as estrelas Altair e Vega, que normalmente ficam separadas pela via Láctea. As constelações de Altair e Vega só se aproximam no dia 7 de julho.
Num país onde o casamento arranjado ("omiyai" ) era a norma, a história de duas estrelas apaixonadas que só podem se encontrar uma vez por ano apela para os sentimentos românticos do povo.
É.
Eu sabia que meu nome em árabe significa "águia que voa"; sabia que era a estrela mais brilhante da constelação de AQUILA e uma das mais que se conhece.
Também sabia que meu nome foi escolhido por meu pai, zagueiro em toda sua vida de futebol, e apesar do jogador pertencer ao Fluminense e ele ser vascaíno de coração. Depois que cresci, escolhi ser tricolor, mas não por causa de meu nome ou do Altair que cheguei a conhecer sua casa no bairro do Mutondo e ganhei de sua mãe uma foto pequenina, da época, que guardo até hoje.
Nunca gostei de meu nome. Só passei a perceber melhor depois que conheci a estrela de Aquila. Então me enchi de orgulho.
Mas, hoje, ao saber que existe uma festa cultuando a duas estrelas em duas constelações diferentes e contando o amor, me senti na obrigação desse registro e, acreditem, fez-me bem ao ego.
Em dias e noites turbulentas que passo, um fio de orgulho faz bem... Quem seria a minha VEGA?
Nenhum comentário:
Postar um comentário