Ser... Somente ser o que se é.
A vida... Ah, a vida!
Se soubéssemos o que ela é, o que nos reserva.
"Um ser apenas", foi meu título em outra hospedagem.
O mundo gira e a vida acompanha esse girar.
Hoje somos e estamos onde amanhã poderemos voltar...
(Dez, 25 - 2006)
O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano
Sem Nação
Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder.
A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam.
Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir.
AQUI JAZ BRASIL.
Como em dias de aniversário de morte de meus pais, hoje eu, antes do fim do dia, venho postar.
Mas é celebração este dia 13 porque ainda estou por aqui, afinal.
Não era minha vez ainda, Graças a Deus!
O infarto ocorreu em meio a férias, relaxado, com contas pagas e numa casa de praia. Só desisti e voltei para casa dois dias depois e mesmo assim, não sabia que havia ocorrido.
Com uma equipe médica de excelência, o cateterismo e a angioplastia me devolveram a condição ao coração. As mão competentes do Dr. Sandro e a paciência do Dr. Daniel Filho me ajudaram.
Com quatro stent's no peito há sete anos, só não estou melhor porque a roubalheira do PT em 2016 me tiraram o emprego e com isso mais uns quilos de peso, um joelho inutilizado para o que mais gostava de fazer que era jogar futebol... Malditos vermelhos!!!
Mas estou aqui ainda. Ainda... Até que a minha hora chegue.
No Vietnã colonial em 1929, uma adolescente francesa conhece um belo comerciante chinês. Apesar das tensões que vivem no sudeste asiático e da diferença de idade entre eles, logo se tornam amantes.
Data de lançamento:25 de dezembro de 1992 (Brasil)
Esses são os dados sobre um filme interessante que tenho visto no TCM pela Sky.
Legendado, com ar de quase preto e branco para retratar a época, o filme surpreende pela história bem natural mas totalmente sem tabus, bastante inquietante para o tema e picante em cenas de sexo explícito sem deixar o indecente tomar a frente das cenas. Gostosinho, eu diria. Romântico e real mas avançado pela época da narrativa, principalmente em se tratando da sexualidade exacerbada mas natural de uma adolescente.
Jane March
Jane March, hoje com 49 anos, protagonizou a história.
A atriz britânica contava nas filmagens 19 anos, mas seu corpo pequeno e seus 1,57m retrataram bem uma adolescente típica e desejosa em sua ingenuidade e vontade de viver, experimentar. Sua atuação foi bem agradável e delicada com um toque de indiferença a tudo que se passava na história.
O ator Tony Leung Ka-Fai tem hoje 64 anos e, com seus 1,78m se distingue por ser nascido em Hong Kong e "desfrutado" do filme e mesmo da história. Em determinada cena, talvez por falha técnica, parte de seu membro aparece provando ser explícita as cenas de sexo entre os dois.
Seu papel foi bem desenvolto, livre e consciente.
Desfrutou bem das cenas e soube se comportar como um casto daquela época, sendo chinês no Vietnam e fazendo parte de uma refinada casta e seus princípios ao qual ele se rebelava.
Não sou crítico de cinema nem mesmo cinéfilo, mas o filme me remeteu a um tempo que não vai tão longe assim em memórias. Um tempo de primeiras aberturas do que chamavam censura a família, a igreja, a menores.
E vendo hoje é tão simples diante do que se tem espalhado pelo mundo em suas diversas formas, sem idades, sem pudores. A coisas de hoje chegam a serem violentas e sem graça, perante a inocência de um afago que começa pelos dedos e levam a excitação numa pequena viagem de carro, em silêncio, sem mesmo um olhar para o outro. Depois a primeira vez de uma menina de quase 16 anos...
Na vida real, minha vida real, a mais nova que tive tinha 19 anos e certamente um corpinho de 16 aninhos com peitos graciosos que apontavam para cima e, mulher há uns cinco anos, não tinha dificuldades em fazer amor comigo. O detalhe era que o seu clímax não tinha um sinal sequer. Nem um grunhido, um arfar, um sussurro ou gemido.
Como no dia 6, quase ao fim deste dia também marcado de janeiro, resolvo vir escrever.
Tenho me sentido sem o que preencher os meus dias e noites. Tenho perdido o interesse em coisas que me prendiam a vida cotidiana e me preocupo com isso.
Hoje, dia 9 deste mês de janeiro fatídico, marcam 8 anos sem meu pai.
Olha aí o seu orgulho ao lado de filhos e netos... E se contar sua história, desde a sua infância muito pobre em meio ao mato de um vilarejo que o viu nascer e crescer, não saberia dizer o tamanho de sua bondade, a humildade e sabedoria em meio a sua maior virtude que era a honestidade.
Falar de meu pai mais uma vez não é passível para hoje. Ele já não faz mais parte desse mundo e, quem sabe, esteja em paz por isso.
Se eu pudesse te contar, conversar um pouco e te ouvir... Te contar tantas coisas, conversar sobre e ouvir suas palavras de coragem e ânimo. Seguir em frente porque saberia que estava ali.
Há em mim um desânimo geral sobre a vida.
Da mesma forma que agradeço a Deus por ter o privilégio de poder tomar um banho sozinho, com conforto e todos os dias, eu questiono a paz pelo mundo, as disputas sem fim pelo poder, as doenças que levam ídolos e pobres conhecidos e o meu tempo.
Me faz falta um motivo para viver. Eu só tenho sonhos e eles estão cada vez mais escassos, sem perspectivas. Na verdade, sonho pouco, sonho pequeno e não para mim.
Na verdade, eu tinha um sonho de esperanças e os vejo morrerem mais e mais em saudades e realidades, em minhas lembranças que se esvaem junto com o esquecimento de quem sonhava ver de novo um dia, falar que fosse. Longe disso, eu sei. E então não mais enxergo sonhos.
A águia faz parte de meu nome.
Nem sempre fui águia. Acho mesmo que nada tenho de águia.
Se bem que sempre voei alto em meus sonhos, enxergando de cima e contando histórias para mim mesmo. Sempre com finais felizes, mesmo com lágrimas.
Alguns sonhos eu consegui. Foram sonhos os momentos de vida que marcaram de prazer e paz este meu ser. Que me deram orgulho. Que nunca imaginei poder.
São minhas as lembranças que transformaram meus dias, me deixaram decisões, solidão e me trouxeram até aqui. Eram meu combustível de viver. De vida.
Me sinto um nada do que fui.
Sou mesmo nada e sei porque me sinto assim.
É verdade. É a vida!
Por vezes eu lembro que Deus sabe de meus dias.
Ele não quis que eu fosse embora ainda. Estive perto e Ele não quis.
Mas tenho a sensação de que preciso preparar a minha viagem... Ou seria descer em uma próxima estação do trem da vida?
O Código Da Vinci, o filme, me levou até Dan Brown, autor do livro que deu origem também a Inferno.
Eu não conhecia os livros e nem os outros filmes estrelados por Tom Hanks e me dei como presente de natal em 2019 uma pequena coleção de quatro livros que viraram filmes (creio que O Símbolo Perdido ainda não). Eu comecei a ler Inferno bem devagar em meados de fevereiro, em 2020... No ápice, quando se revelava o enredo principal do livro, a pandemia real do Corona Vírus tomou conta de nossas vidas, em toda a humanidade. Foi um choque.
A teoria malthusiana diz que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, havendo um descompasso entre elas. A teoria malthusiana versa sobre o crescimento populacional acelerado e a produção de alimentos desproporcional.
A teoria malthusiana, formulada no século XVIII, por Robert Thomas Malthus, foi a primeira teoria acerca do crescimento populacional. Para Malthus, o ritmo de crescimento populacional era maior que o ritmo de produção de alimentos, relação que geraria caos no mundo.
Para regular este desequilíbrio, Malthus defende meios como a guerra e as doenças a fim de controlar o crescimento dos menos afortunados economicamente. Deveriam ser abolidas, segundo Malthus, as ajudas aos pobres, pois estas não estimulavam que estes mudassem de vida.
Neste pequeno trecho do livro, a teoria é posta em prática por um homem que acreditava estar salvando o mundo e tentava ganhar a confiança da OMS em seu plano que previa a extinção pelo menos da metade da população mundial:
Elizabeth ficou surpresa ao ver a imagem conhecida. Era um gráfico divulgado pela OMS no ano
anterior enumerando as questões ambientais que, segundo a organização, teriam o maior impacto
sobre a saúde global.
A lista incluía, entre outros fatores: demanda por água potável, aquecimento global, destruição
da camada de ozônio, esgotamento de recursos oceânicos, extinção de espécies, concentração de
gás carbônico, desmatamento e elevação do nível do mar.
Todos esses indicadores negativos haviam aumentado ao longo do último século. Agora, porém,
o ritmo de crescimento era aterrorizante.
Elizabeth teve a mesma reação que sempre tinha àquele gráfico: foi invadida por uma sensação
de impotência. Como cientista, acreditava na utilidade das estatísticas, e aquele gráfico pintava um
quadro assustador, não de um futuro distante... mas de um futuro muito próximo.
Muitas vezes na vida, Elizabeth Sinskey fora assombrada por sua incapacidade de conceber um
filho, mas quando via aquele gráfico sentia-se quase aliviada por não ter posto outra vida no
mundo.
Essa lista acima de fatores existe, é real a cada ano que passa. Catástrofes globais da natureza sem controle ou previsão estamos vivenciando a cada dia, cada estação de ano diferenciada, fenômenos nunca antes vistos em recordes de números e espantos. Como se não bastassem guerras absurdas e intermináveis que oferecem perspectivas de destruição total por ogivas nucleares ameaçando a todos.
Eu, pessimista e temeroso, sinto a impotência descrita ao personagem no livro da diretora da OMS. O que faço é rezar para mais coragem e fé. E só.
Não concordo com os pensamentos loucos de sacrificar-se humanidade em prol da Terra mas admito ser bem lógica a teoria, fundamentado no que vi e vejo ao longo desses meus anos de Terra e testemunhas das mudanças radicais pelo efeito causado pelo homem. Triste realidade nua e crua que perplexamente vem sendo tomada como normal, natural. Sem precedentes, eu diria.
Ainda vivemos sob as ameaças da pandemia, sob suas consequências e sequelas. Ainda longe de extinção dos vírus e suas mutações. Mas eu queria saber do "mundo melhor" prometido em meio ao caos da doença, da limpeza da Terra, das promessas de "humanos melhores", mais consciência entre os homens?
Passado o perigo, liberdade outra vez, e tudo voltou a ser como antes... A humanidade é egoísta e tem memória curta demais.
A vida cobra, Deus está vendo e anunciam o Apocalipse como descrito na Bíblia Sagrada os mais fervorosos filhos das religiões.
APOCALIPSE 12:1
E viu-se um grande sinal no céu, uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
(trecho aleatoriamente aberta em minha pequena bíblia)
Tenho meus pecados e os carrego para eternidade.
Peço sempre em todos os meus últimos dias pelo perdão e agradeço pela vida.
Não escondo de ninguém a minha condição de viver, meus temores e verdades. Meus amores, lembranças e um pouco do que ainda posso gostar para esse meu tempo ainda por aqui.
As vezes me questiono sobre a vida e sobre minha solidão.
Sigo.
Se tenho a PAZ estou feliz. Busco e espero por ter a PAZ em orações, a cada dia. É vitória quando me atendido em orações.
E faltam poucos minutos para o fim deste marcado dia.
Em minhas memórias, marcado pela falta de minha mãe. Ela partiu em um janeiro, aos seis dias, consagrado aos reis magos, aniversário de meu compadre Adriano se aqui estivesse entre nós também.
Resolvi escrever agora e, confesso, existe um pequeno alvoroço de pensamentos que tento conseguir passar aqui em palavras.
A perda de Zé Carlos ontem iniciou um ano que creio muito difícil de atravessar. Perdemos um menino bom, exemplar comportamento, amigo e passivo para os problemas da vida que o seu bom coração resolveu levar.
Não há muitos dias perdemos seu pai, Zé Canhoto quando ainda doía a perda de Suedir, de Rochinha e outros não tão próximos mas que nos foram apresentados por amigos, seus entes.
Quase impossível ver o que estão fazendo com o Brasil uma turma de criminosos togados liderados por um ladrão corrupto condenado a beira da morte com ânsia de vingança babando e desafiando ao próprio mundo. Seu desejo é pura revanche contra todo um povo e é descaradamente suja a maneira que consegue, que promete afundar o país, que tira o futuro de quem ainda é patriota e acredita em Deus. É notório o poder pela fome de vingança e seu plano mirabolante que ilude ao mundo, desfaz o bem, implanta o mal e informa o CAOS que pretende implantar. Só isso já me basta para misturar sentimentos... INSEGURANÇA de um futuro caótico que se aproxima.
Minha mãe deixou de sofrer num seis de janeiro. Encontrou a paz.
É difícil lembrar o seu padecer, mesmo depois de vinte e nove anos.
O tempo se encarregou de pararmos de pensar nela como antes. É como se ela tivesse seguido, deixado de estar perto. Cumprido sua missão? Na paz, espero, esteja.
Hoje segurei minha barriga e pensei em meu dias últimos. Sextas feiras que eram minhas, celebradas ou mal dormidas, de ternura ou de rancor, de muito amor e muita dor... De tudo um pouco. De céu e inferno.
E troquei algumas letras com um velho e querido amigo que fez parte de muito em minha vida. Foram muitas histórias!
Ele viveu comigo meu céu e inferno. Ele esteve a meu lado, me amparou, aconselhou, dividiu.
Ele viveu minha dor de perdas, de derrotas inconsoláveis. Me viu chorar, me fez sorrir, me viu mudar. Sabia do quanto eu era dependente daquela paixão e como me transformaria para não perder. Tudo em vão.
Para voltar a ter paz, precisei de um sacrifício próprio, me isolando de tudo e todos aqueles que foram testemunhas de minha vergonha. Talvez aí não tenham entendido... Eu precisava ter PAZ comigo mesmo depois do que fiz a mim e a tantos outros. Levantar a cabeça não era mais prioridade para a vida depois de tudo. Eu precisava de PAZ em meu espírito mesmo sabendo que nunca a esqueceria. Foram os melhores momentos de minha breve vida e que me perdi, dependente daquele corpo, daquele calor, daquele fogo. Eu quis transformar como alquimista e estava longe de ser.
Então voltando ao janeiro e já agora em um novo dia, espero pelo fim. Não me conformo que tenha que ser assim, acabar tão bela e gostosa passagem mas somos todos iguais e vamos embora um dia. Sinto o meu mais próximo. Rezo a Deus por cada amanhecer, para ter mais FÉ e CORAGEM, para agradecer e pedir perdão. Afinal, me tornei um Ser sem interesse, sem vida, recluso que me fiz e longe daquilo que fui. Acho que espero o meu fim, prevejo e tento ser bom para mim mesmo aceitando. É só isso e a PAZ!
É Nego Bom, talvez a gente tenha ainda um tempo para conversar e tirar dúvidas. Talvez não existam dúvidas porque o tempo passou... "Dê tempo ao tempo", você me dizia.
Esse foi um dos conselhos que mais me marcaram vindo de um alguém. Era certo o tempo.
Só é especial porque as pessoas fazem ser. Isto porque não tem muitos motivos para alegria na humanidade dos dias atuais.
Guerras intermináveis e sem razão de ser, catástrofes naturais cada vez mais fortes e inexplicáveis, pandemia, até mesmo a posse de um ladrão condenado como presidente de um país livre e que estava caminhando firme entre tantos outros...
Devemos aceitar as coisas do Senhor 🙏
Agradecer por tudo que temos e rezar para que sejamos abençoados como sempre em nossos dias. Os que foram e os que virão.
Aniversário de Jesus, comemorado em todo o mundo que Ele criou.
Criaturas em todo o planeta celebram ou lembram e pedem por bênçãos e misericórdia... Muitos pedem um pedaço de pão. Outros pelo seus sofrimentos de alma e de corpo.
Poe uma janela, uma fresta, com frio ou suando, com medo ou já sem forças pedem a Tua Paz... Encontram a sua Paz num olhar fixo ao longe, enxergando alguma coisa que fazem esboçar um sorriso como se encontrassem a Vós.
Eu, particularmente, tento me apegar em orações, tiro um tempo para isso em minha rotina cansativa de solidão e temores. agradeço a cada dia que Ele me acorda e quando zela meu sono.
Tudo aminha volta assusta. O mundo, a desesperança, ansiedades, tragédias, perdas. E peço perdão por minha falta de coragem e fé. E peço que me dê mais coragem e fé.
Eu oro pelos meus, nossos lares e por uma graça de alcançar a Paz no consolo e gratidão de meus últimos momentos sem sofrimentos. Seria uma dádiva divina da qual nem sei ou penso que não sou merecedor. Mas oro e peço pelos Vossos filhos em misericórdia, Senhor!
Hoje, há dezesseis anos, começava a escrever nesse cantinho.
Muitas histórias!!!Muitos lamentos e decisões, saudades, muitas saudades... E tome histórias.
Foram-se os tempos. E foram-se rápidos!!!
Meu canto de blog, mais um ano... Espero chegar a 1000 postagens e se assim permitir Deus, mais.
Aqui eu abri meu coração, chorei, me puni, lamentei a vida e a morte.
Meu ombro amigo blog. Ser e Somente Ser o Ser.
Coração e razão sem misturas. Perdão e Paz.
Vida em algumas linhas e nem sempre contando tudo.
Sonhos.
Lindos e misturados a lembranças.
Me embalaram muitas noites de sono depois de escrever.
Então é Natal!
Aniversários a contar e lembrar que existimos.
Um guerreiro se curva em reverência e respeito... AMÉM!!!
A vida me ensina a cada dia que não serei para sempre. Envelheço a cada dia como todos, mas de uma maneira diferente por assim dizer. E queria deixar essa carta, e que ela chegasse até você. Talvez como um desejo final ou mesmo só para (quem sabe?) esclarecer ou mostrar o outro lado das coisas.
E quantas voltas tem o mundo? Falam de sinais em Apocalipse que ora, creio, tenho visto, mesmo não tendo lido a Bíblia nesses termos.
Tanta coisa aconteceu desde o primeiro dia que a vi, não é?
Afinal, são muitos anos... Eu era um pouco vistoso e estava no auge do homem e você recém-casada, uma menina de 19 anos em um corpinho de 15, com um rostinho encantador e jeito meigo de falar.
E saber que uma foto me atraiu e nos levou a uma aventura louca, perigosa e incrível.
Você é meu pecado maior ou um deles?
Eu posso voltar lá no início, mas vou saltar no tempo... O ano é 2019. Uns trinta ou mais depois do princípio, uns anos mais que já não sei quantificar e que nos afastaram em caminhos diferentes. Não havia consolo, porém. Eu sei, porque nunca deixei de sonhar com você, de pensar em você, de lembrar e te ver pelo novo poder (internet) que não havia ainda quando daqueles dias.
Então, num belo dia daquele novembro recebo sua mensagem e o coração pula. Era você inesperadamente para quem não esperava mais ouvir sua voz...
Tivemos contato por mensagens e aflorou o que mais me é forte por você em todo esse tempo que é a minha paixão e a saudade de ter você, te abraçar e ter seu carinho... Agravado por uma solidão a dois enorme, de vários anos e por uma esperança em sei lá o que de mudanças, reviver momentos bons, amados.
Mas é impossível voltar no tempo. Agora sou um idoso perante a lei e você ainda é jovem.
Muitas diferenças nos separariam e as primeiras me foram mostradas pelo sacrifício da beleza que eu já não me interesso ou não tenho motivos reais para tal. E seus conselhos me soaram como se para que eu soubesse quem sou e o que represento para você, quando me dizia para perder peso, mudar a direção da vida, do momento que vivo... Realidade na minha cara. Assim: simples e direta!
E eu volto ao passado de quando mais te precisei, mais te vi como verdadeiro amor que perdoava meus erros e ainda era minha você não me atendeu ou não pode fazer nada... Eu estava perdido, abandonado e acompanhado por minhas loucuras. E me vi sem saída para ter de volta a paz.
Sim. Voltei para casa levado pelos meus filhos e tentei encontrar coragem para seguir. Eu tinha medo de tudo. Eu havia sido jurado de morte. Eu vi a morte pertinho e tudo por minha causa, meus erros, meus caminhos.
Precisava de paz.
Para isso me eram exigidos sacrifícios de mim mesmo. Eu me estipulei a vida que teria.
E me fiz recluso. Afastado de tudo e de todos.
Assim se foram passando anos e já não entendia mais a dor da saudade e melancolia de tempos tão bons misturados a desesperos que me faziam tremer. Mas eu tinha a paz comigo mesmo e me sentava nessa segurança.
Ninguém mais que eu queria, gostava e havia me apaixonado me procuravam. Nem mesmo queriam saber de mim. Triste, porém esperado.
De você eu saberia o motivo e minha culpa que assumo em ignorá-la no meio de tantas pessoas, numa festa e tudo por sentir raiva de estar naquela situação porque você não me ajudou... Sem razão. Coisa do momento. Eu já havia errado tanto com você e sido perdoado.
E você me perdoava sempre me amando mais e mais gostoso... Demos conta de que haviam passados dez longos anos e muitas histórias. Você sempre esteve ali, do mesmo jeito que começou. Eu sempre errado em minhas atitudes. Perdido em meio a um amor que dividia a melhor amizade e, sem saída, buscando uma forma de não sofrer tanto por sua ausência e por não mais querer dividir você.
Eu não podia. Simplesmente não podia.
Incontáveis vezes eu chegava em casa chorando e com uma dor de não poder ter você quando eu queria ter. Havia chegado ao limite. Passava despercebido aos amigos de bar, mas eu estava mal. Ficava no carro, na garagem do prédio, no escuro e ali quase adormecia ouvindo músicas, rosto lavado em lágrimas e uma vontade danada de não entrar em casa.
Em 2019, como já dito acima, eu ouvi uma pergunta que até hesitei em responder... E foi a última coisa que ouvi. Seguiu-se silêncio e bloqueio. Interessante era a pergunta de tantos anos sem você e de não querer lembrar a parte do "eu te amo". A minha resposta não te agradou. Eu sei.
Desculpe as interrupções, eu digo a mim mesmo agora, porque escrevo há dias. Retomo de onde parei (ou não) e tento ser não preciso, mas perto do que foi uma história, quase uma novela. Romance proibido em pecados capitais, diria.
Mas ela aconteceu. De verdade, aconteceu.
Volto a escrever depois de dias... Continuar ou parar?
Tenho dúvidas que venha te interessar o que escrevo. Eu sou passado. Vivido, escondido e devidamente esquecido.
Tenho visto o mundo (pequeno) que vivia desmoronando com a perda de tantos que me eram caros, que influenciavam meus caminhos de vida. Eram importantes nesse meu pequeno mundo. Estavam incluídos em meus sonhos se algum dia se realizasse.
Sinto o peso de minha idade e o tempo correndo sem volta... Então porque escrever mais?
Eu, de coração, gostaria de poder lhe falar tanta coisa. E ouvir, talvez. Mais cedo ou mais tarde não terei a chance. Não terei mais as chances que me foram confiadas em um caminho sem desvios que envolveram três almas, três corações, três vidas. Eu buscava como resolver e não via resposta. Saída.
O que eu sentia era forte, me dominava e começava a fazer mal a todos. Eu me perdi tentando e me envolvi em algo pior... Em meio a minhas angústias vividas depois de você eu sabia enfim o que era amar. Você havia me mostrado isso. Me perdoe!
Então... Estamos na semana do Natal.
Eu acho que comecei a escrever essa carta no início deste mês. 💛
Ainda me questiono se devo ou não, como planejei, tentar te passar para ler. Mas acredito que você nem abrir ao saber que é minha. Creio mesmo que serei mais uma vez bloqueado, ignorado e desprezado.
Penso "que ele quer ainda?"... Dolorido mas real.
Sigo com meu plano? Que tal tentar?
Sei não. Ando tão dolorido com os anos solitários, minha vida e o que sobraram de memórias...
Volto aqui ainda.
E volto para dizer desses meus dias sem nada diferente. Do acordar e ir dormir sem nada interessante entre eles. Do tédio que me começa a tomar efeito mas que não tenho como combater.
Procuro até alguma coisa que eu possa ser útil mas o mundo ali fora me assusta. Temo sair, temo o ir e vir, as pessoas, as doenças, o tempo. No fundo, me considero preso a solidão que me acostumei a cumprir e a única coisa que me prendia as horas e minutos em cada dia eram minhas lembranças e a esperança diminuta de um dia viver outra vez aqueles momentos que me foram marcantes, vida e viver.
Cada vez que tinha você era como se a vida pulsasse mais forte em meu ser. Me renovava anos me fazendo sentir-me forte e mais intenso, vivo de corpo e alma. Era assim...
Tanto tempo faz e tão longe te sinto que as lembranças estão se apagando aos poucos. A esperança nem sei mais.
Escrever aqui e criar coragem para deixar para você essa carta é minha dúvida ainda. Mas, quem sabe um dia, você possa ceder e ler o que se passa comigo, o que sinto nos dias longe de você, longe da vida. Meus derradeiros dias, quem sabe?
Talvez eu te entregue antes desse Natal... Se puder conseguir, é claro.
Talvez seja somente mais um post desse meu blog, continho de confissões e amigo ombro que vai fazer 16 anos dia 25 agora.
Aqui escrevi parte de mim. Pensamentos, medos, opiniões, lembranças, apelos, coração e Ser.
Acho que está ficando longa demais...
Devo encerrar.
Me despedir e deixar guardada até resolver o meu coração que briga com a razão... Me faz lembrar seus impulsos de paixão que me tiravam do trabalho sob todos os riscos possíveis para estar com você.
Uma Copa do Mundo em tempo diferente, com zebras dignas do exotismo do lugar e a diferença típica do ser humano movido a cifras contra o resto do mundo em miséria, fome e guerras.
Um pouco de "tempero político" nas podridões sórdidas de um STF que subjuga um país passando por cima de sua carta magna e revertendo condenações, desfilando atrocidades jurídicas e desafiando o mundo (sabe-se lá) por interesses ou despotismo óbvio. Certo é que não há paz e o Brasil se faz entregue a mãos sujas de condenados ontem ao caos total em pouco tempo.
Então tem o Natal... Alguém se lembra?
Mas as notícias de hoje dão conta de estragos enormes em determinada faixa de terra do Brasil assolados em enchentes e fenômenos nunca antes vistos na natureza.
Culpam a ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul
O certo é que, desde setembro as temperaturas que nessa época são altas e temos temporais em abundância país afora, esse ano ainda estou tomando banho de chuveiro morno em pleno 21 de dezembro, passando por fortes ventanias em outubro e novembro, maioria dos dias abaixo de 30 graus, tempestades isoladas de grande potencial energético e granizo em regiões diversas.
Na Europa frios acima do esperado, tempestades de inverno seguidas de ciclones bombas no EUA, enchentes sem comparação na Indonésia, terremoto na Califórnia, COVID voltando a matar na China...
Sabe-se lá o que vem por aí. Eu temo e rezo a Deus agradecendo por tudo que me foi concedido até os dias de hoje.
Eu espero cada dia e celebro ao abrir meus olhos depois de dormir. Afinal, é mais um dia. Mais uma bênção em poder rezar por mim e pelos meus, pelos vivos e pelos mortos, pelo mundo.
Era necessário e somente assim eu saio de casa. Muito mais nessa época que não gosto, de calor e suas consequências.
Estive em uma loja bem tradicional e que serve muito a região fornecendo materiais de ferro e aço, referência em pregos e parafusos.
Sai de lá com um mimo que outrora era mesmo até rejeitado por ser distribuído em quase todos os comércios... Uma bela e (porque não?) histórica folhinha de ano novo.
A Ferpar é agora um grande exemplo de que ainda existe tradição na vida da gente, que não morreram nas boas lembranças de pessoas como essas um tempo que ficou na história e foi vivido, comemorado por todos nós e por muitos que nos trouxeram até aqui.
Lembranças de uma cesta de Natal que era esperada, disputada, sorteada, e até motivo de status, medida pelo tamanho, marca ou forma que era entregue.
Assim eram os bons momentos de um tempo que vivi e posso contar.
Família e amigos que respeitavam o Natal e festejando um novo ano de esperança e paz. Um tempo que se perdeu em tudo e todos ao longo desses anos, novos tempos, novos desafios, nova ordem mundial.
Opinião pessoal minha: ENQUANTO HOUVEREM CHUTERINHAS COLORIDAS E CABELOS DESCOLORIDOS NA SELEÇÃO BRASILEIRA IREMOS SUCUMBIR . A VAIDADE DE CERTOS JOGADORES SE TORNAM SOBERBAS AOS OLHOS DO MUNDO E ELES PRECISAM SE ESPELHAR EM GENTE COMO JAIRZINHO, RIVELINO, PELÉ E ZICO, EXEMPLOS DE BOLA E DE HOMENS ÍNTEGROS.