O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, dezembro 23, 2022

Carta Para Você

 A princípio eu queria contar...

Carta Para Você

A vida me ensina a cada dia que não serei para sempre. Envelheço a cada dia como todos, mas de uma maneira diferente por assim dizer. E queria deixar essa carta, e que ela chegasse até você. Talvez como um desejo final ou mesmo só para (quem sabe?) esclarecer ou mostrar o outro lado das coisas.

E quantas voltas tem o mundo? Falam de sinais em Apocalipse que ora, creio, tenho visto, mesmo não tendo lido a Bíblia nesses termos.

Tanta coisa aconteceu desde o primeiro dia que a vi, não é?

Afinal, são muitos anos... Eu era um pouco vistoso e estava no auge do homem e você recém-casada, uma menina de 19 anos em um corpinho de 15, com um rostinho encantador e jeito meigo de falar. 

E saber que uma foto me atraiu e nos levou a uma aventura louca, perigosa e incrível.


Você é meu pecado maior ou um deles?

Eu posso voltar lá no início, mas vou saltar no tempo... O ano é 2019. Uns trinta ou mais depois do princípio, uns anos mais que já não sei quantificar e que nos afastaram em caminhos diferentes. Não havia consolo, porém. Eu sei, porque nunca deixei de sonhar com você, de pensar em você, de lembrar e te ver pelo novo poder (internet) que não havia ainda quando daqueles dias.

Então, num belo dia daquele novembro recebo sua mensagem e o coração pula. Era você inesperadamente para quem não esperava mais ouvir sua voz...

Tivemos contato por mensagens e aflorou o que mais me é forte por você em todo esse tempo que é a minha paixão e a saudade de ter você, te abraçar e ter seu carinho... Agravado por uma solidão a dois enorme, de vários anos e por uma esperança em sei lá o que de mudanças, reviver momentos bons, amados. 

Mas é impossível voltar no tempo. Agora sou um idoso perante a lei e você ainda é jovem.

Muitas diferenças nos separariam e as primeiras me foram mostradas pelo sacrifício da beleza que eu já não me interesso ou não tenho motivos reais para tal. E seus conselhos me soaram como se para que eu soubesse quem sou e o que represento para você, quando me dizia para perder peso, mudar a direção da vida, do momento que vivo... Realidade na minha cara. Assim: simples e direta!

E eu volto ao passado de quando mais te precisei, mais te vi como verdadeiro amor que perdoava meus erros e ainda era minha você não me atendeu ou não pode fazer nada... Eu estava perdido, abandonado e acompanhado por minhas loucuras. E me vi sem saída para ter de volta a paz. 

Sim. Voltei para casa levado pelos meus filhos e tentei encontrar coragem para seguir. Eu tinha medo de tudo. Eu havia sido jurado de morte. Eu vi a morte pertinho e tudo por minha causa, meus erros, meus caminhos.

Precisava de paz.

Para isso me eram exigidos sacrifícios de mim mesmo. Eu me estipulei a vida que teria.

E me fiz recluso. Afastado de tudo e de todos. 

Assim se foram passando anos e já não entendia mais a dor da saudade e melancolia de tempos tão bons misturados a desesperos que me faziam tremer. Mas eu tinha a paz comigo mesmo e me sentava nessa segurança.

Ninguém mais que eu queria, gostava e havia me apaixonado me procuravam. Nem mesmo queriam saber de mim. Triste, porém esperado.

De você eu saberia o motivo e minha culpa que assumo em ignorá-la no meio de tantas pessoas, numa festa e tudo por sentir raiva de estar naquela situação porque você não me ajudou... Sem razão. Coisa do momento. Eu já havia errado tanto com você e sido perdoado.

E você me perdoava sempre me amando mais e mais gostoso... Demos conta de que haviam passados dez longos anos e muitas histórias. Você sempre esteve ali, do mesmo jeito que começou. Eu sempre errado em minhas atitudes. Perdido em meio a um amor que dividia a melhor amizade e, sem saída, buscando uma forma de não sofrer tanto por sua ausência e por não mais querer dividir você.

Eu não podia. Simplesmente não podia.


Incontáveis vezes eu chegava em casa chorando e com uma dor de não poder ter você quando eu queria ter. Havia chegado ao limite. Passava despercebido aos amigos de bar, mas eu estava mal. Ficava no carro, na garagem do prédio, no escuro e ali quase adormecia ouvindo músicas, rosto lavado em lágrimas e uma vontade danada de não entrar em casa.

Em 2019, como já dito acima, eu ouvi uma pergunta que até hesitei em responder... E foi a última coisa que ouvi. Seguiu-se silêncio e bloqueio. Interessante era a pergunta de tantos anos sem você e de não querer lembrar a parte do "eu te amo". A minha resposta não te agradou. Eu sei.

Desculpe as interrupções, eu digo a mim mesmo agora, porque escrevo há dias. Retomo de onde parei (ou não) e tento ser não preciso, mas perto do que foi uma história, quase uma novela. Romance proibido em pecados capitais, diria.

Mas ela aconteceu. De verdade, aconteceu.

Volto a escrever depois de dias... Continuar ou parar? 

Tenho dúvidas que venha te interessar o que escrevo. Eu sou passado. Vivido, escondido e devidamente esquecido.

Tenho visto o mundo (pequeno) que vivia desmoronando com a perda de tantos que me eram caros, que influenciavam meus caminhos de vida. Eram importantes nesse meu pequeno mundo. Estavam incluídos em meus sonhos se algum dia se realizasse.

Sinto o peso de minha idade e o tempo correndo sem volta... Então porque escrever mais?

Eu, de coração, gostaria de poder lhe falar tanta coisa. E ouvir, talvez. Mais cedo ou mais tarde não terei a chance. Não terei mais as chances que me foram confiadas em um caminho sem desvios que envolveram três almas, três corações, três vidas. Eu buscava como resolver e não via resposta. Saída.

O que eu sentia era forte, me dominava e começava a fazer mal a todos. Eu me perdi tentando e me envolvi em algo pior... Em meio a minhas angústias vividas depois de você eu sabia enfim o que era amar. Você havia me mostrado isso. Me perdoe!

Então... Estamos na semana do Natal.
Eu acho que comecei a escrever essa carta no início deste mês. 💛

Ainda me questiono se devo ou não, como planejei, tentar te passar para ler. Mas acredito que você nem abrir ao saber que é minha. Creio mesmo que serei mais uma vez bloqueado, ignorado e desprezado.

Penso "que ele quer ainda?"... Dolorido mas real.

Sigo com meu plano? Que tal tentar?


Sei não. Ando tão dolorido com os anos solitários, minha vida e o que sobraram de memórias...



Volto aqui ainda.

E volto para dizer desses meus dias sem nada diferente. Do acordar e ir dormir sem nada interessante entre eles. Do tédio que me começa a tomar efeito mas que não tenho como combater.

Procuro até alguma coisa que eu possa ser útil mas o mundo ali fora me assusta. Temo sair, temo o ir e vir, as pessoas, as doenças, o tempo. No fundo, me considero preso a solidão que me acostumei a cumprir e a única coisa que me prendia as horas e minutos em cada dia eram minhas lembranças e a esperança diminuta de um dia viver outra vez aqueles momentos que me foram marcantes, vida e viver.

Cada vez que tinha você era como se a vida pulsasse mais forte em meu ser. Me renovava anos me fazendo sentir-me forte e mais intenso, vivo de corpo e alma. Era assim...

Tanto tempo faz e tão longe te sinto que as lembranças estão se apagando aos poucos. A esperança nem sei mais. 

Escrever aqui e criar coragem para deixar para você essa carta é minha dúvida ainda. Mas, quem sabe um dia, você possa ceder e ler o que se passa comigo, o que sinto nos dias longe de você, longe da vida. Meus derradeiros dias, quem sabe?

Talvez eu te entregue antes desse Natal... Se puder conseguir, é claro.

Talvez seja somente mais um post desse meu blog, continho de confissões e amigo ombro que vai fazer 16 anos dia 25 agora. 

Aqui escrevi parte de mim. Pensamentos, medos, opiniões, lembranças, apelos, coração e Ser.

Acho que está ficando longa demais... 


Devo encerrar. 

Me despedir e deixar guardada até resolver o meu coração que briga com a razão... Me faz lembrar seus impulsos de paixão que me tiravam do trabalho sob todos os riscos possíveis para estar com você.

Se você ler...



QUE A PAZ ESTEJA COM VOCÊ!


Nenhum comentário:

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...