Dias difíceis.
Para quem sofre por causas pequenas como eu, qualquer má notícia cai como uma bomba e vai destruindo o "terreno" da paz devagarinho até causar danos. Essa é a minha depressão. Assim ela é.
Mês de muitas marcas para mim, começou com as dúvidas sobre minha saúde e as dívidas em que se meteram os filhos. Socorrer a eles me custa uma decisão longa e ingrata que não conheci saída e assim foi.
A família, os conhecidos, os acontecidos me tiram a paz. São só coisas desagradáveis. Daquelas que a gente nada pode fazer e abate... Tome depressão!
As ameaças vem de todas as partes. Até a guerra na Rússia e em Israel, passando por cães de raça ruim que devoraram uma senhora de 72 anos, escritora, de vida pacata e sem razão. A revolta fica indignando a gente e aí as coisas terríveis que vão a nossa volta vem a tona. Tudo está ruim. A vida está ruim. Só Deus pode por misericórdia.
Nesses tempos, sozinho, bate a saudade e, nem com ela posso contar. Quem sinto saudade já se foi ou me esqueceu. Meu pai, amores, paixões, trabalho, saúde... Mas sou enganado por minha mente e me vejo pensando ou sonhando assim. Me dou conta e sei que nada mais voltará. E tome depressão!
Quase ninguém sabe que sinto, creio. Não represento nada mais mesmo.
Vivo recluso e tenho meus temores. Isso basta para não ter mais crédito em opinar ou tecer comentários. Ser ignorado ou visto como um tipo "esquisito". Doente, talvez.
E isso vale para os de casa e os poucos que me veem, no condomínio onde vivo.
Seria bom me isolar de tudo e todos que conheço. Protegido e sensato, quem sabe eu poderia ser outro cara, viver outras coisas, ajudar pessoas? O sonho é realidade se ganhasse um prêmio que persigo há tempos.
Um sonho simples.
Um recanto bem longe de todos e tudo. Até o fim.
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