É Sobre... Perdoar & Esquecer

 "Perdoar" significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si mesmo. É um processo que envolve renunciar à raiva e ao desejo de vingança, permitindo uma reconciliação com a situação e, possivelmente, com a pessoa que causou o dano. 

Então... Uma vez, depois de tantas lágrimas, lutas internas de rancores e ódios, dores que me esvaziaram totalmente, me senti tão bem depois de renunciar a tudo e perdoar a pessoa que me fazia tanto e tudo aquilo que me lembro do peso grande que tirara de mim, de meu peito.

Foi uma sensação tão boa!!!

Mas eu era fraco diante daquele ser, sucumbia a suas artimanhas e a seus sabores. Incontrolável!

Daí me pergunto se alguma vez, uma só vez, ela me amou para me perdoar? Será?

Acho agora, depois de tantos anos que não. Ela nunca me amou para perdoar-me. Nunca aceitou perdão.

Já vai longe a última vez que trocamos mensagens... E fazia muito tempo quando ela resolveu, sei lá porque, me fazer feliz em saber sobre ela, sobre a menina que já era quase adulta. 

Sobre não sofrer quando lembrar eu nem sei mais.

Foram tantas lembranças. 

É sobre perdão. Perdoar.

Não quero escrever sobre ela porque careço de mais eu mesmo. Me dar valor.

Afinal, escrevi quase todas as postagens desse blog como se para ela fosse, ou como se ao meu lado estivesse. Resolvi, certa vez, não mais escrever sobre ela, por ela.

É sobre PERDOAR que escrevo. Quero entender se assim eu o fui perdoado.

Esquecido, por muita gente, com certeza.

Espera Extrema

 Dias de extremos.

Maio chegou e seguiu a um abril calmo em forma de tempo. Com temperaturas agradáveis, sol e a leveza no ar em paz. Eu gosto assim. E fico meio que encantado, envolvido pelo gosto de dias como esses.

Mas vivo extremos quando o silêncio a minha volta é quebrado de alguma forma. quer coisa mais irritante que um vizinho ouvir músicas em seus aparelhos possantes que só eram possíveis em clubes de minha época? Aí, até um cachorro que late o dia todo a partir do momento que sua tutora dobra a esquina para trabalhar irrita.

Sem minha vida, contada em memórias, sem minhas esperanças que não vejo a cada prêmio de loteria que não acerto, sem amores e paixões... Sem coragem para seguir, muitas vezes.

Numa noite, do nada, saí do meu estado emocional normal por uma birra de meu neto... Só me senti mal. Feri a todos com minha grosseria. Minha nora em lágrimas, meu filho decepcionado, a dona Leila muito irritada. Dias depois de me martirizar pelo acontecido, meu menino veio me dizer desculpas e quem pediu fui eu, assumindo o meu erro. Mas a lembrança permanece.

Alguns dias depois, ele esteve nas mãos de médicos, numa intervenção cirúrgica de risco no coração... A gente pede tanto a Deus, a Nossa Senhora! E as mãos dos médicos foram guiadas, tudo correu bem e meu menino está pleno, pelas Graças concebidas, outra vez.

Me irritei profundamente com ter que, de meu suado esperado décimo terceiro de aposentadoria que é pago nesses meses, tirar quase tudo e dar em pagamento de alguma taxa que ainda faz parte da herança que meu pai nos deixou. Revelei meu ódio a tudo isso. Inclusive a merda que meu pai deixou pensando com sua ingenuidade de bom coração. Minhas lembranças e a presença de um senhor que gostaria de nunca mais ver, se possível for, me fazem não dar o mínimo valor aquele apartamento. Faço votos que caia na cabeça daquele senhor. E já avisei que de mim não tiram mais um centavo sequer.

Revelo-me num estado de espírito no fio de uma navalha, uma bomba sem espoleta, uma granada sem o pino que explode sem que eu mesmo controle. E a procrastinação que toma conta em pensamentos e tentativas de planos para fugir porque devo precisar num futuro como bom aquariano.

Até mesmo chegar aos 1000 posts eu não consigo. E tenho tantas coisas que elaboro em minha mente mas, quando chego perto do teclado desisto, deito e deixo passar o tempo.

Tantas coisas a escrever e eu aqui ditando um diário desses meu últimos dias...

Vou registrar que, pode nem ser novidade, mas me chocou ver a nova "INDO NA ONDA" de meninas que dizem ter 18 anos e vendem CONTEÚDOS por apps de encontros, onde mostram fotos e vídeos por muitos variados preços. Algumas são golpes mas a maioria verdadeiras. Algumas se apresentam e fazem questão de dizer que fuma um baseado que hoje chamam de f1. 

Nessa onda, também as mulheres de Cuba. A escassez de tudo que vive aquele povo me leva a crer que estaria "ajudando" até a comer, conforme relatos.

Fato é que existe de um tudo nesse mundo vasto que se transforma cada vez mais em direção ao final dos tempos. O apocalipse diário que se apresenta.

Eu estou me sentindo velho. Me vejo velho diante de tantas coisas que tento fugir, buscar em mim mesmo ou mesmo tentar lembrar daquilo que vivi. Sem sucesso.

E preciso seguir.

E tento a esperança e vivo as decepções dizendo para mim mesmo "vou jogar de novo!".

Na minha rotina, daqui vou a cama, ligo o tablet, ponho os headphones e espero pelo sono. Agradeço a Deus quando acordo mas a sensação de dormir é tão boa... E tento começar tudo de novo até a hora de me deitar outra vez sem que possa contar nada de novo, seguindo os mesmos caminhos dentro de casa, com minha solidão e solitude. 

Espera esperança.

Sextas Feiras

 Uma sexta-feira.

Daquelas que me envolvi em misticismos nos conselhos de minha querida e saudosa mãe para não usar roupa preta, vestir branco. Daquelas que meu pai não gostava de fazer nada, nem a barba, nos últimos anos de sua vida, por aí.

Daquelas que eu deixei marcada em minha vida quando comecei a sair, a gostar da vida, da liberdade e do que não sei mais explicar que foi por mim vivido... Voltava para casa quase pela manhã, dormia feito um bebê. Talvez com um sorriso no rosto. E houveram noites e dias sem dormir, lágrimas e dor também.

Essa semana passou rápido. Nem acompanhei a eleição do novo papa...

Hoje pela manhã, em minha rotina, senti uma diferença em meu equilíbrio, uma sensação de tontura talvez. Certo é que a gente, depois de tantas coisas ruins nos últimos dias, que me deixaram tristes e com muito ódio no coração, podem ter mexido com ele. O meu velho e remendado coração.

Em janeiro de 2016, eu tinha saúde, estava feliz. O infarto chegou sem avisar, numa hora ingrata, num tempo ingrato de verão e férias programadas. Foram as poucas vezes que tive contato com a moça de muitas escolhas em minha vida, que sumira por dezesseis anos, segundo ela, e me fizeram feliz. Muito feliz. 

Nunca mais.

Então hoje, uma sexta feira, escrevo agora para registrar que meu dia não foi bom, em matéria de saúde. A expectativa que sei de um segundo acidente como aquele não tenha a sorte que tive, a mão de Deus em minha hora. 

Hoje, vejo o novo papa, vejo a região Sul do Brasil afetada mais uma vez por fortes fúrias da natureza que comemora um ano de uma catástrofe jamais vista por mim.

Sexta feira.

E eu nem sei o que virá. Certo é que muito gostaria de nada sentir. Apagar e só.

Vou deixar tanta coisa que gostaria que não vissem... Não consigo dar fim nas boas lembranças que consegui arrecadar nesses anos que passei de alegria em viver.

E ainda faltam algumas postagens para encerrar 1000... Que pena!

Se eu me fosse hoje, não realizaria o sonho de dar melhores dias aos meus e de ouvir a voz da menina que um dia ouvi com três aninhos. É tão pouco, né?!!

Deus é fiel!

Ele sabe de tudo. Até que ando errando muito com Ele... 

Tenho Tido Dias

 Dias terríveis esses últimos três... Não vou entrar em detalhes mas, para mim, é futuro que atormenta, que tira minha paz e que preciso, urgente, pensar numa saída. 

Pior é que não enxergo luz no fim desse túnel. Ou consigo alguma coisa que mude materialmente a minha condição de vida para mudar desse lugar, ou espero a morte pelo desespero mental que atormentam vizinhos e seus sons altos que balançam o condomínio e levam a minha paz interior.

Mas estou aqui, mais uma vez, e como antes, as pessoas a minha volta não me ajudam. Pelo contrário: me criticam e reforçam que tenho que aguentar.

Quem está doente sou eu, afirmo sem dúvidas. Como uma criança altista, os sons altos me perturbam a ponto de desejar a morte, seja ela dessas pessoas que produzem ou a minha própria.

E pedir que Deus me perdoe mas, eu não encontro uma saída 🙏

Desabafos feitos, quero registrar um pequeno fragmento de sonho que me fez acordar feliz.

De frente a um espelho, dentro de um quarto, escondidos e arriscando a adrenalina pela presença de outras pessoas na casa, me vi ao lado de uma menina mulher, olhares e a tentativa de beijo correspondida depois de sorrirmos ao risco. Sem saber o porque, aquela menina linda, de cabelos pretos lisos curtos e uma franja, me tocou os lábios e eu senti o sabor de um beijo macio, molhado e muito gostoso. 

Pena que não arrisquei mais e busquei mais aqueles lábios proibidos... Muito gostoso!

Acordei como se tivesse sido real, com o sabor ainda do sonho.

O que a vida me deu.

O que eu perdi com minhas escolhas.

O que me trouxe até aqui.

O que penso e repenso.

O fim.

Esperança.

Sabe, meu ombro amigo, em anos eu não sei o que é não pensar mais naquelas moças... Tenho tido dias assim.

Te Desejo

 Se puder...

E se...

Ele & Eu

 Ele prometeu que deixa de escrever neste blog ao atingir 1000 postagens... Faltam poucas agora.

Ele tem pensado, elaborado em sua mente que o fustiga no vazio da vida mas não escreve.

As ideias de fim de tudo, de seu mundo e outras mais, persistem e tomam vulto, mas ele não quer mais escrever sobre isso. Quer fechar com outras coisas diferentes de seus medos, suas lembranças, seus amores...

E depois de dias com essas três estrofes escritas e não publicadas, eis que ele vive um momento de perda de controle que o leva ao mais profundo caos de mente, pensamentos e busca por soluções.

Sem encontrar, ele pensa seriamente em rumos difíceis e que requer coragem.

Eu não enxergo uma solução diferente para ele... Talvez seja maior o desafio da coragem e pensar que possa ser breve.

Existem coisas imperdoáveis e dizem que a gente aprende com as coisas da vida. Acho que não me ensinou nada, a danada dessa vida. E não aprendi porque não consigo.

Certo é, que ele alimenta o eu a sair da vida dos outros. Ele já não serve a ninguém com seu modo de viver e seus sonhos que restaram. É contestado o tempo todo e até netos não o respeitam mais.

Ele devia sair, procurar um canto só dele, bem longe... Mas a experiência feita uma vez o amedronta e o comodismo destas coisas que o mantem vivo, esperando por seus dias finais com um pouco de conforto trazem a dúvida para um velho que não sabe mais quem é. Tem saudades de quem foi.

Não tenho um só parente que possa me acolher nesse momento. Também não quero atrapalhar ou deixar rastros de onde possa ter ido.

Certo é que já aprendi o nó, falta comprar a corda e verificar o lugar.

Não deixo nada e preciso apagar uma existência na rede. Preciso saber como fazer ainda.

Espero que cumpram o meu pedido de fim de vida... Ele quer ser cremado tão logo possa, sem ninguém em velório ou nenhuma homenagem, sem avisar a ninguém.

Saibam depois. Lamentem ou lembrem meus bons momentos, se houveram.

É só isso.

BRASIL Sem Jeito

 Não me digam que sou culpado!

Eu pertenço a outro "mundo", sei. Sou jurássico para alguns, também sei.

Duvido algum desses meninos de hoje jogarem com "seu Néca"!

Nunca pensei em ver o 7 x 1 da Alemanha e tantas outras coisas nesse campo de paixão que é o futebol para mim, como para muitos de minha época, antepassados, favoritos, família, vida.

O União FC, Silva Jardim - RJ

Então, nos últimos tempos, fizeram do velho e bom futebol raiz, um "espetáculo" de render dinheiro, de alguns afortunados e dessa geração da Xuxa para cá que não sabe nada de bola anão ser comparar o que eles veem e fazem com seus ídolos na tela de um computador em games que alienam.

Eu aprendi a gostar vendo meus parentes gostarem, jogando na rua, descalços,  com chinelos como balizas, bola Pelé de plástico. E vi grandes jogadores na várzea, que faziam malabarismos em dribles e jogadas sensacionais e indescritíveis em "gramados" horrorosos e até sem grama, com bolas de couro e chuteiras com travas pregadas na sola. Com sol de quarenta ou chuva intensa e muita lama. 

A geração das conquistas jogavam com bolas Drible, brancas sem exceção, e camisas por dentro do calção e meias suspensas até o joelho. Nem abaixo nem acima como esses pseudos craques depois de pintarem seus corpos com tatuagens e seus cabelos tenebrosos em várias cores. Eles seria marginais na época que aprendi a ver e gostar, a jogar também.

Infelizmente, o futebol virou, talvez o maior negócio desse século e as cifras são assustadoras em salários, contratos, disputas e prêmios. A geração que, com menos de dez anos, um pouco de talento e nas mãos certas de investidores, já tem preço de passe e ganham mais que 90% dos trabalhadores normais do país.

As gerações que fizeram o Brasil campeão e bicampeão do mundo, com raríssimas exceções, morreram pobres e simples, sem a fama que muitos, mas muitos Joelison's da vida desfrutam hoje. Me perdoem, esse jogador, invenção e investimento de algum empresário esperto, nunca merece vestir a camisa amarela de tantas glórias. Assim como outros, iguais ou piores que ele, no poder do dinheiro, vestem e vestiram nesses dias sem glórias que passamos a esperar (eu não, tá) que um sujeito que ri um risinho sarcástico entra em campo para jogar com aquela camisa que merece respeito. Alguém já viu algum dia Zico, Sócrates, Júnior, Roberto Carlos, Ronaldo e tantos outros entrarem como Neymar entra para jogar pelo Brasil? Exijo respeito a condição de jogador da seleção brasileira! Ele não precisa mais de nada dessa vida, então, respeite o povo que torce e ama a canarinho. Ou seja homem ou não vista e jogue futebol em nome desse país!

Esse risinho de deboche...

Nos áureos tempos, a seleção brasileira era convocada com a base em pelo menos dois times. Tudo era genuinamente da terrinha. Nada que não fosse brasileiro poderia estar entre convocados, técnicos, staf.

Agora, primeira condição para estar no olho do técnico é jogar fora do Brasil... Pode?

E, com esses carinhas inventados em ligas europeias, se reúne um bando e vem nos dizer que são os melhores que temos? João Saldanha já teria xingado a todos e a tudo se estivesse vivo. Ele que conseguiu mudar as condições de convocação sem perder a essência e Zagallo trouxe o Tri, em um time que reunia craques fora de suas posições sendo os melhores do mundo. Um conceito do João Sem Medo, "Os melhores tem que jogar".

Meu pai era uma pessoa de paz.

Passivo e esportista, vascaíno sofrido e sempre feliz.

Com isso que passamos em Buenos Aires nesta terça-feira, acho que até ele estaria zangado, como poucas vezes pude ver.

Foi muito vergonhoso!

Nada vai apagar como os sete que tomamos da Alemanha. Fica na história. 

Nada Mudou

 E passou o carnaval e tome de calor, seca e mudança de rotina por causa disso.

A Beija Flor foi quem levou mais um título e Neguinho, depois de cinquenta anos de avenida, resolveu aposentar a voz dos sambas enredos da Escola. Chave de ouro fechou a carreira que começou com um título e acabou com outro.

Tempos difíceis!

Ontem, depois de muito tempo e sem previsões, chuva forte atingiu o Centro do Rio e adjacências e também parte de São Paulo. Estragos e uma morte com a queda de árvores.

Hoje, estou aqui diante de perspectivas sobre previsões que assustam porque nada mais sabemos ao certo de tempestades, hora, tamanho e lugar. Contar mesmo somente com orações a Deus. E que Ele nos proteja! 🙏

Em todos esses dias eu tenho pensado em assuntos para escrever mas, o calor e a preguiça, aliados a poucos post's para fechar o blog, me levam a desistir. 

Assuntos diversos me passam a cabeça. Memórias, pessoas, presente e futuro.

Queria postagens especiais nessas últimas dez que chegarão a mil... Mas meus posts sempre foram assim de sentar e escrever, juntar figuras na hora e finalizar. Sem planejar. Talvez por isso não tenho escrito nada esses dias. Talvez por isso, quero crer, vou terminar o Ser assim. Simples e espontâneo.

Nada mudou em mim esses dias.

Que Deus nos abençoe!!!

But You Were Never Mine...

 E se eu pudesse dizer alguma coisa a você com certeza não teria palavras, engasgado pela emoção.

E são tantos anos que, não teria por onde começar.

Creio que já postei essa música com outros dizeres, temas, coração... Mas, revendo a letra, coração triste desses dias que carregam as esperanças de vida cada vez mais longe, entendo o que foi essa aventura nas palavras que a resumem.

Nesses dias, anos, entendo enfim que você se foi de minha vida. E me resta pouco de tudo.

Se pudesse pedir alguma coisa, gostaria que levasse de vez o que me deixou: suas lembranças.

 Quem sabe essa mensagem chegue até você 💛

E Eu...

 Eu queria postar diferentes e boas coisas neste final de blog... Marcar um final de ciclo, suas mil postagens, com temas agradáveis, esperanças e novas visões.

Decepcionantemente, não tenho estado inspirado ou mesmo tenho vontade de me sentar aqui para escrever.

A dita Onda de Calor que assola minha cidade e muitas outras, me tira a coragem de ficar onde está o computador. Também a falta de inspiração.

Meu aniversário passou e nem uma linha quis escrever.

Ainda, em meio a muitas mudanças e desafios, sentimos a falta prevista que a partida de minha sogra iria causar. Agora, um pouco mais controlado, meu cunhado segue corajosamente sozinho.

Ainda tenho cá meus problemas de aceitação, a maneira como meus mais próximos me tratam e os problemas que me envolvem mesmo que eu não queira. Mas, insignificante sou a vista de todos e isso me traz mais ainda a sensação de inutilidade de vida. Sem amores, sem sonhos, numa rotina de espera sem saber o que. Dias finais, creio. 

Na noite de meu aniversário, acordei lembrando de um pequeno sonho e, como me fez bem. Foi como um presente ver uma pessoa e seu sorriso, sua beleza e, mesmo sem uma palavra para definir, o coração passou aquele 19 de fevereiro diferente, feliz.

É muita falta que sinto de outros tempos.

É muita falta de mim.

" O guerreiro da luz escuta Lao Tzu, quando ele diz que devemos nos desligar da ideia de dias e horas, para prestar cada vez mais atenção ao minuto.

Só assim, ele consegue resolver certos problemas antes que eles aconteçam; prestando atenção nas pequenas coisas, consegue evitar grandes calamidades.

Mas pensar nas pequenas coisas não significa pensar pequeno.

Uma preocupação exagerada termina eliminando qualquer traço de alegria da vida.

O guerreiro sabe que um grande sonho é composto de muitas coisas diferentes, assim como a luz do sol é a soma de seus milhões de raios. "

Paulo Coelho - O Manual do Guerreiro da Luz - pág.112

C'est La Vie

 O mês de meu aniversário começou muito ruim.

Fevereiro trouxe nos primeiros dias notícias e fatos que só entristecem aos nossos corações.

Como se não bastasse a Onda de Calor que nos assola e com promessas de pioras para muitos dias vindouros ainda... Deus é conosco!

A minha sogra, amiga e boa pessoa, velhinha mas bem lúcida, não chegou ao dia 22 quando faria 93 anos.

Ela nos deixou no último dia 03, conversando com sua filha normalmente, instalada e cuidada por todos no hospital onde é trabalho da Leila, sua filha mais velha. Ficou o trauma. Mas ficou também a certeza de que se foi sem sofrer. O coração fraquinho parou e, num suspiro, ela se despediu.

Minha sogra estava cansada de viver, já havia confessado. 

Assim como eu, não havia mais significado em sua vida. Seu corpo a limitava e sua mente a maltratava em temores de hoje e de amanhã. Cada notícia ruim na TV a deixava amargurada.

A diferença é que eu só tenho 67 anos... Mas, confesso, quando não vejo esperança em ajudar os que desejo, com meus sonhos de um prêmio qualquer, me sinto cansado como ela. Não faço diferença para ninguém com minha presença ou muito menos opiniões, crenças até. Riem de meus sonhos.

Mas é o Senhor o dono de todas as coisas, de nossos destinos, dos próximos minutos... 

Um breve suspiro e lá se foi uma mulher com seus medos, angústias, preocupações e dores. Agora ela não sente mais nada dessa Terra. Não há temores, nem dores ou lágrimas. Descansou dessa viagem que é a vida. Uma longa história chega ao fim.

Ela se foi com a preocupação de seus dois filhos, que viviam com ela. Um deles totalmente dependente por motivos de saúde... Mas são os desígnios de Deus. E tudo há de se cumprir sem ela. Assim é a vida.

Aí vem um exame cruel que detecta um pequeno problema no coração de meu netinho... E justamente na melhor fase dele. Comendo, brincando na rua, experimentando coisas, engraçado e até mais bonito. Crescendo.

E nós, velhos por aqui, ficamos na angústia desses dias que virão. Outros exames vão decidir pelo Pedrinho a um tratamento mais tenso, diremos assim.

Deus!!!

Tudo está em Vossas mãos! Os dias futuros só a Vós pertence!

Oremos. É só assim que podemos pedir a Vossa presença em nossos dias.