Uma sexta-feira.
Daquelas que me envolvi em misticismos nos conselhos de minha querida e saudosa mãe para não usar roupa preta, vestir branco. Daquelas que meu pai não gostava de fazer nada, nem a barba, nos últimos anos de sua vida, por aí.
Daquelas que eu deixei marcada em minha vida quando comecei a sair, a gostar da vida, da liberdade e do que não sei mais explicar que foi por mim vivido... Voltava para casa quase pela manhã, dormia feito um bebê. Talvez com um sorriso no rosto. E houveram noites e dias sem dormir, lágrimas e dor também.
Essa semana passou rápido. Nem acompanhei a eleição do novo papa...
Hoje pela manhã, em minha rotina, senti uma diferença em meu equilíbrio, uma sensação de tontura talvez. Certo é que a gente, depois de tantas coisas ruins nos últimos dias, que me deixaram tristes e com muito ódio no coração, podem ter mexido com ele. O meu velho e remendado coração.
Em janeiro de 2016, eu tinha saúde, estava feliz. O infarto chegou sem avisar, numa hora ingrata, num tempo ingrato de verão e férias programadas. Foram as poucas vezes que tive contato com a moça de muitas escolhas em minha vida, que sumira por dezesseis anos, segundo ela, e me fizeram feliz. Muito feliz.
Nunca mais.
Então hoje, uma sexta feira, escrevo agora para registrar que meu dia não foi bom, em matéria de saúde. A expectativa que sei de um segundo acidente como aquele não tenha a sorte que tive, a mão de Deus em minha hora.
Hoje, vejo o novo papa, vejo a região Sul do Brasil afetada mais uma vez por fortes fúrias da natureza que comemora um ano de uma catástrofe jamais vista por mim.
Sexta feira.
E eu nem sei o que virá. Certo é que muito gostaria de nada sentir. Apagar e só.
Vou deixar tanta coisa que gostaria que não vissem... Não consigo dar fim nas boas lembranças que consegui arrecadar nesses anos que passei de alegria em viver.
E ainda faltam algumas postagens para encerrar 1000... Que pena!
Se eu me fosse hoje, não realizaria o sonho de dar melhores dias aos meus e de ouvir a voz da menina que um dia ouvi com três aninhos. É tão pouco, né?!!
Deus é fiel!
Ele sabe de tudo. Até que ando errando muito com Ele...
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