O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Profecias e Realidades


A NASA anunciou que as geleiras do Polo Norte vão durar menos que se esperava. A geleiras podem derreter totalmente no verão de 2012.



As profecias são muitas sobre o fim do mundo - andei lendo um pouco - e aquela que mais se destaca é a dos Maias, que data o fim dos tempos para 21 de dezembro de 2012.



A foto acima mostra o efeito devastador do Tsunami.


Samoa Americana após o mais recente Tsunami.

Enchente na Suiça...

Na China...

Aí vejo a propaganda na TV, veiculada ainda sob auspícios da "crendice": fazendo-se de louco, um camarada fala sobre os males que sofremos agora por macular a natureza... E no final ainda diz que dá tempo de lutar contra o aquecimento global.

Eu pergunto: Dá??????

Sei não... Tudo me leva a crer que não é mais possível, que este processo já começou, ganhou força e acelera cada vez mais a destruição da natureza por ela mesma.

Em um dos estudos (ou profecia) diz-se de inversão das polaridades da Terra...


Acima, os estragos causados por "supostos" tornados e granizo em municípios do Sul do Brasil.




Eu sempre respeitei (= tive medo) das forças da natureza.
Raios, ventos e trovões sempre me causaram pânico.
As tardes de verão me apavoram mais a cada ano que passa. Aquele escurecer sinistro e assustador, sem previsão de consequências.
É rezar muito e contar com Deus...

Os incrédulos continuam fazendo tudo aquilo que nos trouxeram até aqui...
O progresso, o egoísmo e a ganância humana fecharam olhos e ouvidos para os avisos que vinham de longe...

Os que temem, como eu, não sabem o que esperar a cada queimada ou incêndio em florestas, a cada terremoto ou enchentes pelo mundo e a cada tempestade que se anuncia sobre nossa cabeças...

quinta-feira, outubro 15, 2009

Professores


No dia determinado para eles, queria registrar um agradecimento à tempo.


Da D. Sezi, do jardim de infância em Silva Jardim, ao mestre Vivas no Dom Hélder aqui em São Gonçalo, preciso lembrar e agradecer a tantos...


Vânia, Carminha, Ana Lúcia e D. Ana Santos - no já extinto Externato Duque Estrada, da primeira série à quarta, respectivamente. Dona Ana ainda está lúcida e bem de saúde aos seus 90 anos. Ela é tia da Vânia, minha cunhada e primeira professora neste colégio onde cursei todo meu primário.

Hoje em São Gonçalo, ainda se faz um trabalho como o dessa mestra, dedicado, puro e determinado. D. Rosa, em seu Externato Santo Antonio, ainda conhece pais e ex-alunos, como meus guris que contam com 29 e 27 anos e foram seus alunos primários.


D. Vera Lúcia Rogério Capatão, no C.E. Pinto Lima, em Niterói, onde terminei minha fase primária e me direcionou a fazer o exame de Admissão para o Ginásio.

É claro que hoje não é mais nada disso. Estou escrevendo sobre meu tempo, de quando ainda não era primeiro e segundos graus.


A grande mestra de Português D. Maria Ribeiro Feijó, conterrânea de meus pais, foi professora de meu irmão mais velho e veio a ensinar-me já no segundo grau, aqui no D. Hélder.

Pré-vestibulando, estudei por sua apostila, da qual foi uma das primeiras a lançar na época.

D. Maria Feijó fazia questão de se expressar corretamente e com liberdade controlada e usava o termo "segundo as normas cultas da língua portuguesa" para mostrar o que era certo nesta matéria difícil e tão maltratada por nós brasileiros.e

D. Virgínia, Antonio José, Manuel Esteves, Joaquim e mestre Francisco Vivas, com quem aprendi a gostar de Química Orgânica e beber minhas primeiras tulipas de chopp, num papo sempre agradável de pós aulas.

Mestre Vivas formou-se, depois de muito tempo professor de Química, em Medicina e hoje é pediatra.


São e foram tantos... Deixo aqui esta singela lembrança para homenagear a todos, póstuma ou ainda por aí.

Agradeço muito a todos vocês por tantas coisas boas e influências de meu carater.

Eu me considero um pouco de cada um, do que aprendi e lembro.


Um forte e longo abraço a todos. MUITO OBRIGADO.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Meu caro sumido

Meu caro Serginho,
Sinto sua falta e a falta de notícias.
Onde está você hombre?

quarta-feira, outubro 07, 2009

DESPERDÍCIO


Esta é a unidade COMPERJ de treinamento voltado para o Polo Petroquímico que se dará aqui perto, em Itaboraí.
A obra demorou mais de 1 ano para ficar pronta e, o detalhe maior para mim, foi os gastos e a não importância com o refazer.
Somente embaixo dessa quadra de esportes que aparece na foto, preparando o solo e etc, a obra demorou uns 20 dias. Faz e refaz, passa máquina, rolo e tudo de novo. Compactadores, cimento e etc. Parecia mais um "bunker" de guerra alemão, tal a estrutura que ficou embaixo dessa quadra.

Mas o motivo agora é outro.
Pela foto dá para ver que estão refazendo alguma coisa que, daqui de cima, parece tudo em ordem.
Estão raspando a marcação pintada na quadra.
Mas pergunto para que? Não há nenhum evento na mesma desde que se abriu as portas do dito prédio.
Tirando uma peladinha de 3 contra 3 (parece ser a segurança) uma vez por mês...

Eu fico as vezes reparando a quantidade de gente uniformizada (contratados para serviços gerais) e nada para fazer.
Essa grama aí (coitadinha) não pode nem pensar em crescer.
E quando molham as plantas e a grama embaixo de chuva.. Tsc, tsc.
Sem falar que lavam a quadra com aquele aparato de pressão e tudo mais.

Já fiquei em situação assim uma vez, sem nada para fazer.
O problema é que a ordem vem de cima.
Foi o pior emprego que tive, a pior circunstância possível.
Éramos obrigados a fazer alguma coisa, não ficar parados. Então, era um tal de mudar as coisas de uma gaveta para outra nos armários, lavar equipamentos ou vidraria limpa.
Horroroso.

Mas voltando aqui a COMPERJ minha vizinha: NADA COMO TER MUITA GRANA PARA ESBANJAR! NÃO É MESMO PETROBRÁS?

terça-feira, outubro 06, 2009

LUA DE SILVA JARDIM

Recebi a mensagem de meu irmão mais velho, que mora na cidade de Silva Jardim, interior do Estado do Rio:

BATI ESSA FOTO E ESTRANHEI QUANDO VI NO VISOR DA CÂMERA UMA LUZ SAINDO DA LUA...REPETI A FOTO E NOVAMENTE LÁ ESTAVA A LUZ....ESTOU ENVIANDO PARA QUE ALGUÉM ME DIGA O QUE PODERIA SER...SERIA UM RELÂMPAGO? PODEM CONFIAR, NÃO É VÍRUS ....DO AMIGO Sidy.



Como meu irmão e eu costumamos sempre que possível levar as coisas na galhofa, respondi:

Ôh mano, peraí...

Essa lua não seria de Marte?
Sabe lá... Aí por essas terrinhas de fim de mundo pode ser que esteja mais próximo.
Vai ver...
Mas que é estranho é. Estaria ligado aos acontecidos do outro lado mundo e aqui no Sul?
Sei não... Fala sério, quantas Ita havia ingerido?
Pior é que pela sua fama, não vão acreditar meRmo.... kkkkkk

Eu acredito, podes crer.
Isso não pode ser alguma coisa com a velocidade de luz e da câmera?
Algum efeito de luz e velocidade?
Mas Bah Tchê, que coisa estranha!
Se for raio caiu só aí, não é não? Ou em Casimiro, creio.

Envie isso para o pessoal da NASA, INPE e outros como caçadores de OVNI.
Não deixe de revelar a marca da câmera, viu.

Beijos


Sua resposta, como não poderia deixar de ser:

É VERDADE,PODE SER ALGUMA COISA RELACIONADA AS CERVAS,MAS, ESTOU ESCREVENDO EM VERDE PARA HOMENAGEAR OS MARCIANOS E MANDAR VC. TOMAR NO CÚ LÁ NA LUA....BEIJOS,MANO MAIS VÉIO E MAIS VÉIO UM POUCO DAQUI UNS DIAS,Sidy.


Mas, contudo, porém e todavia, com tantos fenômenos naturais estranhos acontecendo pelo mundo, precisamos estar preparados, não é...

sábado, outubro 03, 2009

Pimentinha

Mas que felicidade!!!!!

Navegando estava ontem pela manhã como de rotina até chegar o soninho e ir para o berço, quando deparei com aquele rostinho bonito de "pimentinha" aveludada.
Era ela: minha querida amiga e solitária leitora.
Pudemos então - talvez pela primeira vez, creio - teclar um pouco e saber um do outro.
Claro que tudo muito rápido porque ela estava no trabalho.

Foi esse o acontecimento dessa semana que merece o post.

Claro, devo dizer que andei as voltas com a máquina nova que andamos estreando e ajustando por aqui. A velhinha foi para o meu mais novo.

Seu carinho e sua presença são um verdadeiro alento para mim.
Virtualmente falando, esse amor de criatura me faz sentir bem e essa amizade já é de um bom tempo.
Verdadeiramente EU TE ADORO, minha linda pimentinha.

AT: passei em seu trabalho também pela primeira vez e adorei o pouco que vi. Como sempre, você sabe muito e tem seu brilho costumeiro por lá. Parabéns.

segunda-feira, setembro 21, 2009

VERGONHA NA CARA TRICOLOR

Perdoe-me minha única e exclusiva leitora, mas preciso desabafar.
Algumas conjecturas e fatos:
1 - O que acontece com os jogadores que chegam ao clube? Alguns deles como os 3 que foram para o Vitória e estão se destacando poderiam falar. O Roger é artilheiro do Brasileiro, o Leandro Domingues peça importante e o Leandro titular. Só no Fluminense não sabiam o que era bola e não tinham sangue?
2 - Se uma pessoa é portadora de TUBERCULOSE ela não deveria ficar isolada, ter licença do trabalho e tudo mais? Como pode o Diguinho continuar no grupo e ainda ser titular em monte de jogos? A CBF deveria proibir o jogador de atuar assim. Faria um favor a nossa torcida.
3 - O Branco foi execrado e tirado do clube há poucos meses por motivos de dívidas trabalhistas e outras coisas que não acompanhei. Eis que surge o Branco de novo na direção do clube.
4 - A troca de técnico (ou rodízio?), está mais do que provado, não resolve o problema do time. Se pudessem entrar entrar em campo, Renato e Cuca jogariam mais que essa corja que não quer jogar no clube. Bando de mercenários.
5 - Não é coisa normal um trabalho onde alguns recebem e outros não. Fica clara a divisão da equipe, do grupo, dos homens e, com toda certeza, do trabalho e da vontade de cada um.
O que seria meu Fluminense? Um bando de mercenários da UNIMED e o restante do clube?
Como funciona isso, meus caros? NÃO PODE DAR CERTO... A UNIÃO PRECISA ESTAR PRESENTE EM UM TRABALHO DE EQUIPE.
6 - Certas atitudes dos jogadores em campo me deixam pasmo, como por exemplo: O Luiz Alberto perdendo jogos e tratando os adversários com carinho e cuidados demasiosos. No jogo com o Flamengo - Carioca deste ano - e agora contra o Grêmio; os jogadores do meu clube não ganham uma dividida, vivem caindo e não acompanham o adversário que corre sempre mais que eles; e a marcação adversária sempre funciona a nossa NÃO EXISTE.
7 - Porque somos a equipe que mais sofreu faltas neste campeonato?
A UNIMED CONSEGUIU A HEGEMONIA EM PLANOS DE SAÚDE E ATENDIMENTO MÉDICO NO PAÍS EM 10 ANOS DE FLUMINENSE.
E O FLUMINENSE? A VERGONHA QUE PASSAMOS TODO ESSE TEMPO?
TRICOLOR COMO EU, DR. CELSO BARROS DEVERIA TER PATROCINADO O NOSSO ARQUI-RIVAL FLAMENGO. QUERIA VER ESSES PENTA-TRIS E TUDO MAIS COM UMA ADMINISTRAÇÃO DESSE TIPO QUE IMPLANTOU NO MEU CLUBE DE CORAÇÃO.
ALIÁS, NADA ME FAZ DEIXAR DE CRER QUE O QUE EXISTE É LAVAGEM DE DINHEIRO. TREZENTOS E VINTE MIL AO MÊS POR UM FRED? DUZENTOS E SETENTA PELOS 6 HORRÍVEIS MESES DO EX TIAGO NEVES? RATINHO, LEANDRO AMARAL E OUTROS QUE NEM LEMBRO OU SOU SABEDOR?
CONVENHAMOS, É UMA VERDADEIRA FARRA DE ADMINISTRAÇÃO PARALELA EM UM CLUBE QUE APRENDI A AMAR E AINDA PASSEI A MEUS FILHOS ESSE INGRATO AMOR.
SOMOS DAQUELES QUE CHORAM, QUE SOFREM E TEM ORGULHO.
NÃO DÁ PARA VER O FLUMINENSE NESSA SITUAÇÃO.
PREFERÍVEL ESTAR NO MEIO DA TABELA, JOGANDO COM AQUELES MENINOS QUE QUEREM DESPONTAR NA PROFISSÃO. ESSES TERIAM VONTADE PELO MENOS.
ME MOSTRE UMA GRANDE CONTRATAÇÃO DE MEU TIME NESSES DEZ ANOS?
FAÇAM-ME UM FAVOR: DESAPAREÇAM DO MEU CLUBE. XÔ!!!!!
FORA UNIMED - LIMPEZA TOTAL DA CASA BANINDO ESSES QUE USARAM O MEU CLUBE E SUA TRADIÇÃO.




ALÉM DAS OUTRAS COISAS QUE ANDO SENTINDO CADA VEZ QUE ESSE BANDO ENTRA EM CAMPO, A VERGONHA É ALGO MAIOR.

domingo, setembro 20, 2009

Agora tem

À minha musa inspiradora.

Depois de ler o comentário único de uma grande e boa amiga, me inspirei e consegui colocar aqui no meu cantinho de escritas, uma música que me faz chorar toda vez que, por acaso nas rádios que ouço, toca.

Sei lá porque... Da última vez, Ponte Rio-Niterói, 21:30h, indo para o trabalho.

O menino canta direitinho.


Aproveitei e adicionei também a Barbra.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Caminhos Noturnos

A água é a fonte da vida.
O rio parece a vida que passa.


Me considero um perdedor.
Tudo ou quase tudo na vida que dei início, lutei ou desejei ter, terminaram de forma que não me foram agradável.
Muitas dessas coisas me chegam a memória noite afora enquanto em meu trabalho solitário.
São lembranças de coisas que nem me importavam mais. Cenas que voltam e que me trazem a memória de fatos e acontecimentos que agora até me chocam.

Perdas. Muitas perdas.
Perdas de amizades, de empregos, de amores.
Imcompreensão, arrependimento, vergonha... Parece que foi ontem.
E começam sempre por boas lembranças.
Ou me fazem vir à tona simplesmente do nada, em meio aos afazeres.

Um dia desses mesmo, telefonei a uma pessoa que sinto muita falta.
Ouvi dela, sem nenhum rancor, que sou bem vindo em sua casa e que sou seu amigo. Que ela em sua nova fase de vida (agora é cristã) me receberá a qualquer hora.
Ficou claro para mim: mais nada.
Há pouco tempo tínhamos outro relacionamento.
"Mas já se vão anos, Altair" - insisto comigo mesmo.

Fui dormir abatido, triste.
Levantei sem ânimo, tendo que sobreviver.
Apesar de tanto tempo afastados, sonhava que poderia ainda acontecer como outras vezes.
Ela foi a causa para que um dia eu encontrasse a pior e melhor de minhas paixões.

Era um relacionamento impossível, inusitado, e já durava muito tempo. Eu precisava e tive que arranjar uma forma de aquilo terminar. Já não me fazia bem.
Mesmo ferida ela estava sempre perto de mim. E eu sempre a procurava quando sentia falta.
Isso durou mais alguns anos.
Ela amadureceu, a vida deu voltas e então a perdi de vez.


Quando as lembranças são de meu trabalho, daquilo que gostava de fazer, das pessoas que tive a meu lado, eu só lamento ter sido um burro.
Ignorei a situação febril no ambiente da fábrica e, egoísticamente, estive voltado somente para um problema pessoal. Perdi 21 anos de conquistas em 15 dias.
Fui um tolo egocêntrico e, de orgulho ferido, joguei fora a minha redenção depois da perda do primeiro emprego, quando tomei uma decisão errada e deixei o grande emprego de minha vida.
Que burro!!!!! Se arrependimento matasse... Mas acredito que mata. Bem devagarinho vou morrendo.

Meu casamento foi fracassado. Não vi ou esperei algo mais que não me foi a contento. Falhei.
Criei meus dois pupilos com saúde. Mas não fui bom pai. Tive pouca paciência, participei pouco.
Não foi nada do que planejei ou sonhei. Não fui.

Perdi amigos e família (primos) por tão pouco.
Ignorância, carência, orgulho e desespero se juntaram para isso.

Passei em meu primeiro vestibular. Engenharia Agronômica, UFRRJ.
Nem sabia o que era vestibular. A Universidade me postou diante das primeiras reprovações.
Me formei 10 anos mais tarde, depois de passar por mais duas instituições e com uma pequena ajuda do "ou vai ou racha" em meu emprego.


Aos 12 anos estava jogando futebol no Botafogo, no Rio. Orgulhoso, meu pai se aproximou mais. Ele era separado de minha mãe e só me via uma vez por mês.
Aos 16 anos, por não ser mais aproveitado e depois de insistir muito ainda, deixei aquele sonho.
Enfim, se forçar mais um pouco a memória sai mais derrotas.
Duro é quando ela vem e traz consigo a dor das perdas, das decepções, das ilusões.
Em pequenas doses está se fazendo presente nesses dias (noites, vai) e maltratando esse pobre coração dolorido.

As lembranças me saem do nada mas me afetam em tudo.
Mesmo assim, insisto em meus sonhos.
Eles, só eles me armam o espirito de esperança.
Só eles me fazem combater a realidade.

quarta-feira, setembro 09, 2009

A Saga da Vida em Onze Minutos (III)

continuação

São Paulo, Aeroporto de Congonhas, anos 90.

Eu precisava cumprir uma determinação de serviço em Alphaville e retornar ainda naquele dia para o Rio.
Em meus objetos havia porém um convite para participar de um evento ligado a minha área que ocorria naquela semana no Anhembi.
A minha preocupação era com meu equipamento que havia entrado em pane já há um bom tempo e não se conseguia chegar a um consenso para recuperar a boa performance.

Às 14h eu já havia me liberado do compromisso e, no táxi de volta pedi ao motorista para ir ao Anhembi.

Às 20h eu não conseguia que os meus amigos me liberassem para voltar ao Rio.
Às 22h, já ciente que não haveria mais vôo na Ponte, ouvi um dos amigos num orelhão:
"_ Benheê, vou ter que jantar com um cliente.... Sabe como é, vou chegar tarde de novo..."
Desligou e me disse:
"_ Sua vez agora."
E assim foi minha primeira vez em uma boate.

Cercado por todos os carinhas daquela firma que me oferecia aquele desfrute, eu não sabia o que fazer.
A primeira coisa que me deixa à vontade em um local é me sentir seguro.
Com tudo por conta e cercado de bons camaradas, eu não sabia para qual das meninas olhar. Eram 6 no palco, de hora em hora, fazendo um strip.

Um deles me falou: "_ É só escolher."
E depois de algum tempo: " _ E então carioca? Já escolheu a sua?
Eu disse que sim, mas não sabia que precisava combinar com ela. Juro.

Às 2h da manhã, paulistada toda cansada, querendo ir embora, me jogaram na parede: " _ Oh meu!!! Você não se resolveu ainda? "
Aí me explicaram como era para fazer e, enquanto me falavam, passava uma garota atraz de mim que parei, sem deixar de dar atenção a meu camarada. Ele me falava e eu repetia para ela.
Ele dizia: "_ Você tem que chegar e perguntar quanto ela quer..."
E eu repassava para ela que me respondia, o que eu voltava para o amigo.
Assim conheci a Debbie.

Morena, de cabelos encaracolados não muito longos e corpo bem torneado, a escolha foi aprovada pelo meu amigo Toninho, que era meu cicerone. Em meu bolso ele colocou toda a grana que era necessária e explicou como seria a coisa. Mas, dois comissários da VARIG que acompanhavam o nosso grupo seriam minha carona até ao Hotel.

No caminho, insistiam que eu deveria ir com eles ao apartamento deles, que era perto do Aeroporto, etc. E davam voltas e eu dizia educadamente que não, segurando firme na mão de Debbie que, mostrava-se calma, segura. Para ela seria mais um programa, nada demais, creio. Eu pensava em protegê-la, primeiramente e depois, a mim mesmo. Comissários de bordo não são franzinos, bêbados ainda por cima...
Depois de algumas voltas sem rumo e o carona apagar, o motorista cansou de me abordar e me deixou no Hotel.

Ao sairmos do carro as feições da menina mudaram para de alívio e ela, me pegando a mão, conduziu-me ao Hotel me dizendo para pedir um quarto simples, não aceitar o que eles "tentariam empurrar".

Então, já no quarto, iniciamos uma longa e boa conversa onde ela ficou sabendo um pouco sobre mim, sobre o que estava acontecendo, sobre minhas idéias. Expliquei-lhe que não se preocupasse com mais nada além de me fazer companhia até que pudesse sair e pegar a primeira Ponte Aérea.

Ela me disse que já tinha deixado o "trabalho" mesmo naquela noite e não tinha pressa.
Sem tirar a roupa, trocamos carinhos enquanto sabíamos um pouco de cada um.
Ela tinha um filhinho de 2 ou 4 anos, já não recordo. Me mostrou sua foto.
Falou do pai do menino e de sua mãe, que tinha boa condição de vida.
Convidou-me para ir até o litoral qualquer dia, passar um tempo na casa de sua mãe.

Em dado momento, a Debbie começou a remexer sua bolsa e eu pressenti algo novo para mim.
Ela me disse então: " _ Eu vou fazer uma coisa mas você vai ver que não é nada demais."
Mostrei-me apreensivo e ela me disse então: " _ Mas se você quiser eu não faço."
Eu disse que "tudo bem" e ela iniciou a preparação daquele pó.
Aproveitei para ir ao banheiro tirar minhas lentes contatos lhe dizendo que "não queria nem ver e seria como se nada soubesse".
Quando voltei ela estava terminando de guardar as coisinhas e me disse: "Pronto. Mudei alguma coisa?"

Carinhos e sedução se seguiram até que se consumou um sexo simples e gostoso.
Ao sairmos do quarto, tirei o dinheiro que me deram e ela disse não, que não queria.
Insisti dizendo-lhe que me deram para ela e só assim aceitou.
Depois, já fora do Hotel, entrou junto comigo no táxi e me levou até Congonhas.

Às 6h da manhã, no saguão do Aeroporto, chamava atenção a menina ao meu lado. Estava frio e ela se vestia normalmente, sem nada que pudesse ser chamativo.
Pela primeira vez então dormi num avião.
Naquele mesmo dia, ao fim da tarde, havia resolvido o problema de meu equipamento com as dicas que consegui com os camaradas no evento.

Por telefone, na primeira oportunidade, o Toninho me disse "a menina gostou de você, carioca".
Voltei a ver a Debbie e depois nos perdemos.

Em uma das vezes que fui a São Paulo, anos depois disso, sozinho eu meu quarto de hotel, lembrei da sua "premonição" de não chegar aos 21 anos. Ela já deveria ter uns 23 anos.
Chorei então por nada poder fazer a não ser rezar para que ela estivesse bem.



continua

terça-feira, setembro 08, 2009

A Saga da Vida em 11 Minutos (II)

continuação...


"Durante toda minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre."

A visão de Maria para o amor e a liberdade me lembra a moça por quem admito toda minha paixão.
As vezes eu a indagava, incrédulo em tudo que se passava entre nós, sobretudo na cama, e a resposta era sempre a mesma: "_ Só faço com amor. Te amo muito."
Ela se entregava realmente de corpo e alma aos prazeres que sentia e fazia sentir.
Era doutorada em sexo livre, sem preconceitos, sem pudor.
O prazer que o sexo lhe proporcionava era tudo na vida.
Ali, naquele momento, nada podia existir, nada iria atrapalhar. Não havia lugar nem mesmo hora.
O sexo é seu alimento do corpo e da alma e ela sabe como fazer.
Ela é livre, portanto. E aquele amor não seria só para mim.
Apaixonado, não queria ver isso e a perdi.

Ela estava sempre pensando e vivendo sexo.
Em geral, sempre excitada. Confessava por telefone vez por outra, estar toda molhada só de lembrar algum momento ou planejá-lo entre nós.
Levava minha mão até suas coxas, molhada muito antes de tirar a sua roupa, para mostrar como era o seu tesão. Gozava como ninguém.
Ela me amou como ninguém.

"Mas que bobagem estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso."

"Se você não vai subir com ela então eu vou, héin?!"
Assim o Jão me convenceu a ter a minha primeira vez na Solarium.
O Jão estava muito bêbado e a menina então me arrastou para fora da boate, em direção aos quartos. A Bruna finalmente completava sua estratégia.
Há alguns momentos atrás estávamos no bar e anunciaram mais um strip que rolava no centro da boate, com todos em volta.
Naquela de se ajeitar para ver, a Bruna esbarrou em meu copo de água tônica (eu estava dirigindo e já havia bebido o suficiente) e, ao molhar o roupão que vestia, se desculpou e prontificou a pegar outro para mim. "Não foi nada" - respondi.
Então apagaram-se as luzes e a menina se ajeitou na minha frente.
Em poucos minutos ela se enroscava em mim, depois de roçar aquela bundinha torneada e bem durinha em meu corpo. Confesso que não vi o strip.
Na porta do quarto, depois de acertar o mettier com a pessoa que tomava conta dessa parte, ela me abraçou e disse, diante de minha relutância ainda, que agora quem queria era ela.
Mignon e toda durinha, típico de meninas bem novinhas, ela era só carinho comigo.
Ao final, sussurou em meu ouvido: "_ Quanta carência!!!!".

A Bruna havia me contado seus planos.
Teria que "dar um tempo". Já havia conseguido algum conforto para seu pai como uma tv e outras coisas. Ela morava com seu pai e cuidava dele e de um irmão em um município da Baixada.
Ficou marcado para mim sua maneira de chegar, sua atenção e carinho e por ter sido ela mesma, não a profissional, na hora que estávamos juntos.

Quando voltamos à JB tempos depois, ela já não estava mais.
Foi a única naquela casa.


"Sou eu quem deveria ter vergonha por não conseguir excitar um homem. Mas, na verdade, são eles que têm."

continua

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...