O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

quarta-feira, setembro 09, 2009

A Saga da Vida em Onze Minutos (III)

continuação

São Paulo, Aeroporto de Congonhas, anos 90.

Eu precisava cumprir uma determinação de serviço em Alphaville e retornar ainda naquele dia para o Rio.
Em meus objetos havia porém um convite para participar de um evento ligado a minha área que ocorria naquela semana no Anhembi.
A minha preocupação era com meu equipamento que havia entrado em pane já há um bom tempo e não se conseguia chegar a um consenso para recuperar a boa performance.

Às 14h eu já havia me liberado do compromisso e, no táxi de volta pedi ao motorista para ir ao Anhembi.

Às 20h eu não conseguia que os meus amigos me liberassem para voltar ao Rio.
Às 22h, já ciente que não haveria mais vôo na Ponte, ouvi um dos amigos num orelhão:
"_ Benheê, vou ter que jantar com um cliente.... Sabe como é, vou chegar tarde de novo..."
Desligou e me disse:
"_ Sua vez agora."
E assim foi minha primeira vez em uma boate.

Cercado por todos os carinhas daquela firma que me oferecia aquele desfrute, eu não sabia o que fazer.
A primeira coisa que me deixa à vontade em um local é me sentir seguro.
Com tudo por conta e cercado de bons camaradas, eu não sabia para qual das meninas olhar. Eram 6 no palco, de hora em hora, fazendo um strip.

Um deles me falou: "_ É só escolher."
E depois de algum tempo: " _ E então carioca? Já escolheu a sua?
Eu disse que sim, mas não sabia que precisava combinar com ela. Juro.

Às 2h da manhã, paulistada toda cansada, querendo ir embora, me jogaram na parede: " _ Oh meu!!! Você não se resolveu ainda? "
Aí me explicaram como era para fazer e, enquanto me falavam, passava uma garota atraz de mim que parei, sem deixar de dar atenção a meu camarada. Ele me falava e eu repetia para ela.
Ele dizia: "_ Você tem que chegar e perguntar quanto ela quer..."
E eu repassava para ela que me respondia, o que eu voltava para o amigo.
Assim conheci a Debbie.

Morena, de cabelos encaracolados não muito longos e corpo bem torneado, a escolha foi aprovada pelo meu amigo Toninho, que era meu cicerone. Em meu bolso ele colocou toda a grana que era necessária e explicou como seria a coisa. Mas, dois comissários da VARIG que acompanhavam o nosso grupo seriam minha carona até ao Hotel.

No caminho, insistiam que eu deveria ir com eles ao apartamento deles, que era perto do Aeroporto, etc. E davam voltas e eu dizia educadamente que não, segurando firme na mão de Debbie que, mostrava-se calma, segura. Para ela seria mais um programa, nada demais, creio. Eu pensava em protegê-la, primeiramente e depois, a mim mesmo. Comissários de bordo não são franzinos, bêbados ainda por cima...
Depois de algumas voltas sem rumo e o carona apagar, o motorista cansou de me abordar e me deixou no Hotel.

Ao sairmos do carro as feições da menina mudaram para de alívio e ela, me pegando a mão, conduziu-me ao Hotel me dizendo para pedir um quarto simples, não aceitar o que eles "tentariam empurrar".

Então, já no quarto, iniciamos uma longa e boa conversa onde ela ficou sabendo um pouco sobre mim, sobre o que estava acontecendo, sobre minhas idéias. Expliquei-lhe que não se preocupasse com mais nada além de me fazer companhia até que pudesse sair e pegar a primeira Ponte Aérea.

Ela me disse que já tinha deixado o "trabalho" mesmo naquela noite e não tinha pressa.
Sem tirar a roupa, trocamos carinhos enquanto sabíamos um pouco de cada um.
Ela tinha um filhinho de 2 ou 4 anos, já não recordo. Me mostrou sua foto.
Falou do pai do menino e de sua mãe, que tinha boa condição de vida.
Convidou-me para ir até o litoral qualquer dia, passar um tempo na casa de sua mãe.

Em dado momento, a Debbie começou a remexer sua bolsa e eu pressenti algo novo para mim.
Ela me disse então: " _ Eu vou fazer uma coisa mas você vai ver que não é nada demais."
Mostrei-me apreensivo e ela me disse então: " _ Mas se você quiser eu não faço."
Eu disse que "tudo bem" e ela iniciou a preparação daquele pó.
Aproveitei para ir ao banheiro tirar minhas lentes contatos lhe dizendo que "não queria nem ver e seria como se nada soubesse".
Quando voltei ela estava terminando de guardar as coisinhas e me disse: "Pronto. Mudei alguma coisa?"

Carinhos e sedução se seguiram até que se consumou um sexo simples e gostoso.
Ao sairmos do quarto, tirei o dinheiro que me deram e ela disse não, que não queria.
Insisti dizendo-lhe que me deram para ela e só assim aceitou.
Depois, já fora do Hotel, entrou junto comigo no táxi e me levou até Congonhas.

Às 6h da manhã, no saguão do Aeroporto, chamava atenção a menina ao meu lado. Estava frio e ela se vestia normalmente, sem nada que pudesse ser chamativo.
Pela primeira vez então dormi num avião.
Naquele mesmo dia, ao fim da tarde, havia resolvido o problema de meu equipamento com as dicas que consegui com os camaradas no evento.

Por telefone, na primeira oportunidade, o Toninho me disse "a menina gostou de você, carioca".
Voltei a ver a Debbie e depois nos perdemos.

Em uma das vezes que fui a São Paulo, anos depois disso, sozinho eu meu quarto de hotel, lembrei da sua "premonição" de não chegar aos 21 anos. Ela já deveria ter uns 23 anos.
Chorei então por nada poder fazer a não ser rezar para que ela estivesse bem.



continua

terça-feira, setembro 08, 2009

A Saga da Vida em 11 Minutos (II)

continuação...


"Durante toda minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre."

A visão de Maria para o amor e a liberdade me lembra a moça por quem admito toda minha paixão.
As vezes eu a indagava, incrédulo em tudo que se passava entre nós, sobretudo na cama, e a resposta era sempre a mesma: "_ Só faço com amor. Te amo muito."
Ela se entregava realmente de corpo e alma aos prazeres que sentia e fazia sentir.
Era doutorada em sexo livre, sem preconceitos, sem pudor.
O prazer que o sexo lhe proporcionava era tudo na vida.
Ali, naquele momento, nada podia existir, nada iria atrapalhar. Não havia lugar nem mesmo hora.
O sexo é seu alimento do corpo e da alma e ela sabe como fazer.
Ela é livre, portanto. E aquele amor não seria só para mim.
Apaixonado, não queria ver isso e a perdi.

Ela estava sempre pensando e vivendo sexo.
Em geral, sempre excitada. Confessava por telefone vez por outra, estar toda molhada só de lembrar algum momento ou planejá-lo entre nós.
Levava minha mão até suas coxas, molhada muito antes de tirar a sua roupa, para mostrar como era o seu tesão. Gozava como ninguém.
Ela me amou como ninguém.

"Mas que bobagem estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso."

"Se você não vai subir com ela então eu vou, héin?!"
Assim o Jão me convenceu a ter a minha primeira vez na Solarium.
O Jão estava muito bêbado e a menina então me arrastou para fora da boate, em direção aos quartos. A Bruna finalmente completava sua estratégia.
Há alguns momentos atrás estávamos no bar e anunciaram mais um strip que rolava no centro da boate, com todos em volta.
Naquela de se ajeitar para ver, a Bruna esbarrou em meu copo de água tônica (eu estava dirigindo e já havia bebido o suficiente) e, ao molhar o roupão que vestia, se desculpou e prontificou a pegar outro para mim. "Não foi nada" - respondi.
Então apagaram-se as luzes e a menina se ajeitou na minha frente.
Em poucos minutos ela se enroscava em mim, depois de roçar aquela bundinha torneada e bem durinha em meu corpo. Confesso que não vi o strip.
Na porta do quarto, depois de acertar o mettier com a pessoa que tomava conta dessa parte, ela me abraçou e disse, diante de minha relutância ainda, que agora quem queria era ela.
Mignon e toda durinha, típico de meninas bem novinhas, ela era só carinho comigo.
Ao final, sussurou em meu ouvido: "_ Quanta carência!!!!".

A Bruna havia me contado seus planos.
Teria que "dar um tempo". Já havia conseguido algum conforto para seu pai como uma tv e outras coisas. Ela morava com seu pai e cuidava dele e de um irmão em um município da Baixada.
Ficou marcado para mim sua maneira de chegar, sua atenção e carinho e por ter sido ela mesma, não a profissional, na hora que estávamos juntos.

Quando voltamos à JB tempos depois, ela já não estava mais.
Foi a única naquela casa.


"Sou eu quem deveria ter vergonha por não conseguir excitar um homem. Mas, na verdade, são eles que têm."

continua

segunda-feira, setembro 07, 2009

A Saga da Vida em 11 Minutos (I)

"Durante a noite? Ora, Maria, você está exagerando. Na verdade, são 45 minutos, e mesmo assim, se descontarmos tirar a roupa, ensaiar algum falso carinho, conversar alguma coisa óbvia, vestir a roupa, reduziremos este tempo para 11 minutos de sexo propriamente dito."
"Onze minutos. O mundo girava em torno de algo que demorava apenas 11 minutos."

Quem leu o livro de Paulo Coelho sabe bem que as palavras acima descrevem uma realidade na vida.
Se bem que, em algum momento vivido, todos nós (ou alguns) pode ter feito com que estes minutos tenham sido mais duradouros e reais, mesmo nas circunstãncias da personagem do livro. Mas, creio, nem sempre.
A paixão já me levou a "feitos" que nem eu mesmo acreditei, creiam.
Um amigo chamava de "tirar leite de pedra".

Quando li Onze Minutos, fiquei extasiado, comovido e pensativo com a realidade das cenas descritas e o pensamento de Maria, assim chamada a moça que saiu do interior, veio ao Rio e foi parar na Suíça, já então prostituta.
Como muitas outras moças que não tiveram suas histórias registradas e que dariam centenas, milhares de best sellers, a Maria do Paulo Coelho é real. A história do livro, como conta o autor, foi misturada a fatos fictícios para não "copiar" o diário em que se baseou.

O lado pessoal de cada menina dessas é o que mais me fascina. Suas histórias de vida, suas origens, seus dramas ou tudo mais que a levam a "vender" seu corpo, sua intimidade e até mesmo seu carinho e atenção.
Essa coragem real e verdadeira de vida, me traz (e sempre foi assim) a ter por elas um respeito muito grande. Uma admiração por sua beleza, coragem e liberdade.
Uma vez perguntei a uma menina no meio do salão de uma termas:
_ Se fosse eu um ganhador da Mega-Sena você aceitaria sair daqui comigo?
Pensativa e com a carinha mais intrigante que vi, sem para de dançar a música que tocava, ela demorou e disse-me que não.
Depois emendou: "_ Eu sou Ariana. Sou como uma cabritinha e gosto de viver solta."

A maior das virtudes num ser humano pode ser, para mim, a franqueza. E uma grande maioria das meninas que conversei até hoje são assim.
São atrizes também, é claro. Mas não é um dom?

A maioria das mulheres que não pertencem a classe (ou julgam-se assim) não conseguem isso. Se bem que, minha visão atual das mulheres num geral, é que elas descobriram uma forma de ser parecida com as meninas da vida. Desenvolvem uma técnica que torna seu comportamento cada vez mais perto daquelas que "discriminam-se".

O sexo é realmente o que move o mundo.
Tudo termina em sexo.
A gente se esforça para tudo e por tudo nessa vida e, lá no objetivo final, está uma mulher incluída. Ou várias, em bacanais ou conquistas aleatórias. Sexo.
A mulher, mais fundamentada em princípios e valores, sonha com independência e liberdade, mas o amor é algo que a atinge sublime em seu ego. A mulher já nasce com o dom de amar para ser mãe. E mãe é uma só, de amor maior pelo que é seu, gerado e gerador as vezes.
Ela transcende de muitas gerações. Vem desde a submissão aos dias de hoje que, com seu poder, se transforma onça feroz e insaciável quando quer aquele macho. Ela vai a caça.
No fim das contas: sexo.

"Do diário de Maria, em um dia em que estava menstruada e não podia trabalhar:
Se eu tivesse que contar a minha hoje para alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que iriam me achar uma mulher independente, corajosa e feliz. Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante que os 11 minutos - amor."
















Em outra das minhas experiências, ouvi o relato de uma menina sobre os motivos que a fizeram chegar até ali.

"_ Eu tive de tudo. Minha casa não faltava nada do bom e melhor.
Meu marido trabalha na Petrobrás, tenho 3 filhas uma de 8, uma de 6 e a mais nova com 4 e até cristã eu era.
Um dia descobri que o avô paterno abusava de minha filha mais velha e fiz um escândalo.
Meu marido preferiu ficar ao lado de seu pai e não acreditar em mim. Então, depois de me separar, resolvi largar tudo e me virar. Cortei e pintei meu cabelo, fiz duas tatuagens e hoje sou puta."

Essa menina chegou a levar para minha casa uma camisola, na época que morava sozinho. Fazia amor como uma mulher normal, com alguns pudores que as meninas não apresentam mais.
O seu comportamento e os pensamentos pareciam misturados. Agia em determinadas situações como a mulher dedicada e em outras parecia perturbada com todos os seus eventos recentes e talvez com tudo que ouvia ou via em relação a homens.
Eu até gostaria de poder tê-la ajudado mais...

Os motivos podem ser diferentes.
Os caminhos que nos levam e trazem pela vida os são também.
A coragem dessa mãe e a determinação dessa mulher pode ser contestada?
Suas atitudes e caminhos se misturaram. Para não enlouquecer com tantas perdas mudou seus destinos, abandonou suas crenças e saiu a vida.
Ela não bebia, não fumava e muito menos chegava perto de drogas.
Mudou sua vida e sua aparência talvez até mesmo para "vingar seu ego" ferido de mulher e mãe.

continua

domingo, setembro 06, 2009

Imagens


Algumas coisas nem precisam de palavras.




Esta foto apresentaram como "Deus derramou as latas de tinta".



Amedronta, mas a foto...









Alceu


Domingo.
Enquanto espero pelo almoço, bebo minha cerveja, vejo as coisas na net, escrevo em meu blog e vou ao You Tube.

Semana passada no programa da madrugada da Globo, onde a homenagem foi ao Alceu Valença, sozinho em meu trabalho, deu para observar melhor as letras do camarada de quem nunca fui muito fã.

São belas como Solidão que ele canta.

Agora aqui, na minha frente, estou acompanhando a uma bela apresentação do Alceu.
Vejam aí no You Tube : A Primeira Manhã/Solidão - Alceu Valença.

REGISTRO HISTÓRICO

Faça-se o registro.

É histórico vencer a Argentina.

Na situação atual, como tricolor frustrado e com muita vergonha de meu time, não deveria falar sobre futebol. Mas a vitória esplêndida dos comandados do Dunga merece e deve ser registrada.

Ao contrário de meu Fluminense, o time do Dunga não tem estrelismos e tem na força do conjunto e na união do grupo sua maior arma. É mortal quando se entende individualmente.


Há que se curvar perante o Dunga todos os que não o aceitaram ou as suas convocações estranhas.

O anão da Branca de Neve tem uma estrela grande e um grupo forte a seu lado e passou para eles a sua maior virtude quando jogador: a garra e a entrega na hora de vencer.
Precisa somente de um professor de Português ainda... Não dá para aguentar os seus "com nós" e etc, nas entrevistas.

Méritos a parte, exalto a atuação do André Santos ontem. Foi seguro e se destacou. Como se estivesse jogando um clássico pelo Curingão no Pacaembú lotado. Personalidade pura e muito bom futebol.

No todo, mesmo sem um futebol brilhante que estamos acostumados mas com uma defesa seguríssima, batemos nosso maior rival, dentro do seu alçapão e com tudo contra.


Eu sou fã do futebol argentino mas nunca fui do Maradona.

Admiro desse time atual os já veteranos Veron e Zanetti. O Ayala, que já deixou a seleção desde a última derrota para nós, é para mim um dos últimos grandes zagueiros do futebol mundial.

Sem contar Kempes, Ardiles, Babyngton e o grande Gabriel Batistuta além de muitos outros de futebol primoroso e muita garra.

As provocações usuais do hermanos ficaram na expressão do Maradona e também do Dunga e sua resposta ao ídolo argentino.

Destaco também o comportamento do torcedor argentino. Digno de aplausos antes e durante a peleja, apesar das vaias ao nosso hino que acabo de ler em um site esportivo. Eles se renderam.

Até isso esse Brasil do Dunga conseguiu: RESPEITO.

O time do Dunga não se intimida, tal e qual seu comandante.



Para coroar a atuação da equipe, Kaká e Luiz Fabuloso nos brindaram com um belíssimo gol que serviu também para jogar água gelada na fervura dos hermanos.


O fato é que, ganhar deles é muito bom.

É como se fosse um título. Ainda mais com todo esse circo armado e com as consequências que se seguem: Brasil classificado e a Argentina penando com seu orgulho e tudo mais para conseguir uma vaga para a próxima Copa.

Registre-se então esse capítulo grandioso na história do futebol.

Longa Noite

Feriadão, todo mundo se movimentando para sair, viajar e eu no caminho contrário.
Aproveitei a boa fase de serviço - recebemos boa carga de amostras essa semana - e resolvi "pagar" as hora que devia por ter faltado 1 dia semana passada.
Foram 16 horas "de pau dentro", como antigamente se dizia.
Não deu para descansar, ficar no computador jogando paciência, etc. A relação que deixaram de serviço precisava ser cumprida e tomou todo o meu tempo.

Estive, no entanto, pensando em algumas coisas boas de meu passado e cheguei até as minhas incursões pelo mundo da putaria. Aquelas farras que se faz junto com colegas e acaba sempre num puteiro.
Foram poucas mas foram boas.
São hilárias algumas passagens como a do gordo JJ apaixonado por uma "neguinha" que fez voltarmos aquela termas e levou até um relógio de presente.
Não sei como ele encontrou em meio a tanta loura aquela menina de cor. É sua tara.
Lá chegando a encontrou nos braços de um velhinho e, quando lhe deu atenção, recebeu o presente e lhe disse que iria para a França, deixando-o no meio do salão e voltando para os braços do velho.
Pobre gordo. Eu sei o que é isso.

Na vez anterior o pessoal da casa nos pedia para tirarmos ele de lá. Com a menina no colo, a casa já vazia, ele namorava como adolescente e queriam fechar.
Em outra ocasião, já estávamos de saída descendo uma escada de acesso a boate, eu, o JJ e por último o Bira, que havia arranjado um namoro também, quando ele virou-se e falou para menina:
"_Eu que vc se foda!!!!"
Entre nós descia um outro camarada que, talvez por estar muito puto com alguma coisa ou alguém, descontou ali sua ira, voltando-se para o topo da escada e gritando, dedos em riste:
"_De verde e amarelo!!!!"
A menina e o Bira não se contiveram em risos e nós nada entendemos até que o Bira nos contasse que aquela era uma forma de desejar boa sorte entre o pessoal que deseja ser artista.

Em umas poucas vezes consumei o fato. Ou melhor, fiz o que mais se faz quando se vai a esses lugares. Pelo menos para os caras "normais".
Não me considero assim.
Até gostaria de entrar já de "pica em riste", babando só de ver e não sabendo quem tocar.
Como dizia o Bira, "se me der pauduressência..." Ele não gostava de ir sem poder pagar uma brincadeirinha de 30 minutos que fosse.

Eu gostava mesmo era do ambiente, da liberdade que exalava tudo aquilo e de conhecer as meninas. Conversar com elas era prioridade antes de qualquer outra ação.
Creio que já era de mim mesmo, da forma que encaro sexo, do respeito até a segurança.
Eu fui jovem onde a nudez era proibida, o sexo era cheio de tabús e "se comesse tinha que casar".
As poucas mulheres que "davam" e o povo sabia eram tachadas como "piranhas" talvez porque puta era palavrão.
Mas aquele universo que as cercavam me chamava a atenção. Eu as admirava com olhos cheios de curiosidades e tesão.

Quando chegou a minha vez as coisas já estavam mudadas. O mundo evoluíra a nossa volta e cabaço passou a ser raridade de uma hora para outra.
Mas voltando a termas e as boas lembranças da Solarium (que apelidei de JB por ficar no Jardim Botânico aqui no Rio).
A casa já tinha uma liberdade maior: as sextas eram dias de casais.


Diferencial para a época, a casa transformou-se rapidamente em clube de swing.

Em uma passagem, estávamos sentados aproveitando a sauna seca. Jorginho, um neguinho baixinho e franzino mas muito bem dotado, estava também. O Bira sempre dizia que "a cada ereção do neguinho era um desmaio". Aquilo é uma aberração.
O Nego Bom - assim o chamávamos - estava de pé conversando sobre algo interessante quando a porta da sauna se abriu e uma mulher ia entrar. Com ela estava um camarada.

Ao deparar com Nego Bom e sua arma pendurada ela voltou.

O papo seguiu com muito suor para tirar a cerveja até ali consumida, por mais alguns minutos.

A porta voltou a se abrir e a mulher de novo fustigou ao ver todos nós.
Nego Bom então, parando de falar sobre o que vinha declinando, foi até a porta, olhou pelo pequeno visor embaçado e voltou dizendo: "Qual é a dessa mulher? Eu morro seco e torrado mas aqui ela não entra."
A dama foi então, logo depois, parar na sauna a vapor.



Mas tudo que queria dizer sobre as meninas da difícil vida fácil e minha visão a seu respeito ainda não foi dessa vez.
Vou voltar ao assunto e talvez até contar algumas das poucas experiências.


sexta-feira, setembro 04, 2009

Foi rápido.

"Nesses meus dias que começam à noite, começo a desgostar de fazer companhia a mim mesmo"

Semana passou rápido.

Segunda, 31 de agosto, meu pai fez 89 aninhos e "arranjou" uma forma de ir em sua casa.
Tirei algumas fotos mas o celular não é aceito por esse computador que ora uso.

Dia 02 de setembro foia vez de minha cunhada.
Quando conheceu meu irmão era minha professora primária.
Não sei se fui culpado ou cupido.

Naveguei por um desses "próximos blog" acima na página do blogspot e encontrei um que só osta fotos. Não escreve lhufas e por isso não sei de onde é.
Acho que pode ser europeu.
Copiei algumas fotos de um show do U2.



Que palco é esse!!!!!




Bono e The Edge.



Aproveitando a frase acima que abri o post:

"A solidão é fera

A solidão devora

É amiga das horas

Prima-irmã do tempo

E faz nossos relógios caminharem lentos

Marcando o descompasso do meu coração... "

(Alceu Valença)

terça-feira, setembro 01, 2009

DOALCEI BUENO DE CAMARGO



O velho Dodô nos deixa com saudades.


Foi juntar-se a Ruy Porto, João Saldanha, Jorge Cury e tantos outros que fazem falta ao rádio esportivo desse País.


Desde menino ouço rádio e principalmente aos programas esportivos.

Acho que herdei de meu pai e de uns tempos que não havia nem mesmo TV.

Em minha juventude, aprendi a gostar de ouvir a Rádio Tupi em transmissões e programas esportivos onde se podia ouvir a voz marcante e inconfundível do querido Doalcei Benedito Bueno de Camargo. Quem gostava de apresentá-lo assim era o então repórter de campo Ronaldo Castro que fazia dupla com o Kléber Leite.

O time de comentaristas dispensava elogios.

Em uma copa do mundo se foi o Ruy Porto. Em outra o João Sem Medo.

Já não recordo se o Jorge Cury foi antes deles dois.

Vivi a emoção do também saudoso José Cabral, apresentando o programa de todas as noites, no dia da morte súbita do colega que veio a dar o nome a cabine da rádio no Maracanã.

Choramos junto com ele, eu e meu primo que morava em minha casa naquela época, ao final do programa. Era como se fizéssemos parte daquela família e eles fossem parte em minha casa através do radinho de pilha.


Narradores esportivos e clubes são também uma escolha e preferência marcantes.

Para mim, o Doalcei era o fino da locução, da educação e da segurança em comentários. Era meu ídolo.

Sem ao menos fazer idéia da figura, ele nos passava uma forma carinhosa em sua narrações e sua voz, meiga e firme, dava a plena convicção de suas opiniões em lisura, retidão e carisma.

Hoje parece que o rádio ficou mais órfão para mim.
Hoje, que já não vejo mais nenhum comentarista ou narrador de preferência para ouvir.

Poucos ainda fazem de uma forma íntegra e que goste de ouvir, entre eles o Washington Rodrigues da Tupi Rio e o Osvaldo Pascoal, Globo SP.

Doalcei Benedito Bueno de Camargo vai formar no timaço que qualquer rádio desse mundo gostaria de ter em sua audiência.

Um beijo carinhoso desse seu fã.

Esteja na paz eterna do Senhor.

sexta-feira, agosto 28, 2009

FAZ PARTE.

Como diz uma linda menina: "Aaafffff...!!!!!"
Depois de uma semana de obra nesse apartamento que moro, afinal volto a normalizar meus dias.
O piso da sala e corredor precisou ser trocado.
Minha rotina de trabalho e vida virou um caos em meio a poeira (muita poeira, vixi...) e a bagunça normal de obra em ambiente pequeno.
Durmi 2 ou 3 horas por dia e, para finalizar, acabei me aborrecendo com os dois que por aqui obravam, uma vez que queria ver tudo de novo lugar e os dois estavam ensebando muito o que faziam.
No domingo às 22h, conseguimos colocar as coisas mais ou menos no lugar e dormir em ambiente limpo, pelo menos.
Ainda estou dando por aqui minhas cacetadas na parte elétrica, com trocas de tomadas e etc.

sábado, agosto 08, 2009

Carta para a Senhora.

Querida mamãe,
Há muito tempo não conversamos, então resolvi escrever para a senhora.
Desde que a senhora se foi, muitas coisas aconteceram.
Seuas netos estão bem e sua nora, depois que arranjei seu primeiro emprego, é hoje quem mais trabalha e mais tem valor lá em casa. Ela paga as contas e seu compromisso com o trabalho chega a provocar comentários, tal dedicação.
O Victor está noivo e o Vinicius casado, apesar de não ser oficial. Mas por enquanto, eu continuo aguardando um neto e nada ainda.
A senhora já é bisavó há um bom tempo e são cinco: duas da Dani, Duas do Neo e um japinha da Dia.
São lindos, muito inteligentes e com saúde.
A do Neo se chama Maria e não sei se ele lembrou da senhora quando batizou assim. É minha paixão, por enquanto.
Meu sobrinho e eu ficamos muito próximos ultimamente, apesar de estarmos longe um do outro.
O Mimica mudou sua forma de tratar a nós irmãos que nos deixa até sem jeito, vez por outra.
Ele agora sente falta da gente, se preocupa, liga sempre e até briga por não ligarmos.
Mas sempre foi querido, a senhora sabe disso.
Ele e seu jeitão caipira que nos dá alegria e nos faz rir muito.
Como sempre, tem sua vida tão regradinha, cuida das netas, da casa e dos filhos que para ir a Silva Jardim precisa programar com antecedência.
Ele e o Sidy estão aposentados. Mas ainda é o papai que não nos deixa faltar nada.
Ele sempre foi assim, não é minha mãe?
Aliás, sofreu muito quando perdeu a D. Holanda logo após a senhora, fez a burrice de se casar com a sobrinha dela e passar pelo maior pedaço difícil de sua vida e, agora, Graças a Deus minha mãe, está com a D. Enedir. Acho que a senhora conheceu. Era dos tempos de sua juventude em Silva Jardim.
Não podia ter nada igual para meu pai agora. Com toda sua saúde aos 89 anos, ele já sente um pouco a perda da vitalidade, o ânimo para sair, viajar como fazia antes e Enedir é muito boa companhia. Muito simples, para ela está tudo bom.
Meu pai faz dela gato e sapato com suas brincadeiras, precisa ver.
Seu filho aqui é que não toma jeito: continua fumando e sofrendo pelo passado.
Lembro que quando a senhora se foi, eu resolvi viver um pouco mais. Passei a ser egoísta, a cuidar mais de mim, a curtir o que queria. Minhas noitadas, cervejas, amigos e gandaia.
A Leila aceitava tudo, mas eu tinha que voltar para casa como sempre. Sem hora para chegar, mas em casa.
Um dia atravessei na vida de uma mulher, mãe... Então, posso dizer, conheci o que paixão. Vi o inferno e o céu, vivi os dois intensamente e até hoje pago por aquela passagem de minha vida.
Ah, ia esquecendo: no meio desse romance nasceu uma linda pequenina que não esqueço mas não posso dizer que seja sua bisneta. A coisa foi e é muito complicada para contar nesta carta mas, saiba que só quero o bem para ela. Peço a Deus sempre que cuide para que ela seja feliz e não tenha o mesmo pensamento da mãe.
Nestes caminhos, quando a senhora ficou doente, eu comecei a conseguir melhoras em meu trabalho e consequentemente na vida pessoal.
Naquele tempo vivi muita coisa boa que não esperava, experimentei as boas coisas de ser e estar vivo. Os prazeres, as luxúrias e os pecados.
Tudo muito bom de se viver mas, há que se pagar um preço por tudo isso. Afinal, deixei para trás muita gente, magoei, destratei, estive errado.
Talvez por isso, ma~ezinha, hoje padeço com as lembranças boas e más.
Talvez por isso tenha perdido a razão, meus empregos e com eles tudo de paz que tinha naquele tempo.
A idade chegou e só me apercebi dela quando as portas de fechavam para mim.
Ninguém contrata "velho" para trabalhar mais, sabia?
Mas eu corria 90 minutos no meu futebol, tenho boa saúde (Graças...) e fazia minhas graças na cama com aquelas meninas... Não me considerava o que faziam de mim.
Isso já tem 10 anos, mais ou menos.
Venho lutando daqui e dali, sempre contando com meu velho amigo e pai, esperando por dias melhores.
Escrevo daqui desse meu trabalho atual que ora encontrei e que, acho mesmo minha mãe, não existe outra firma com a concepção dessa aqui. Pelo menos no que diz respeito a idade.
Ganho pouco, trabalho somente a noite e não faço o que sempre gostei mas ainda assim, não quero perder. Sem contar que tem um morro dos mais antigos do Rio tão violento, bem aqui em frente.
Sonho que vou ganhar na Mega Sena, mãe, e não é para esbanjar, esnobar ou outra coisa assim. Sonho somente em ter um cantinho e tranquilidade para não precisar trabalhar e pagar minhas contas. Só isso basta. Me satisfaz.
Tenho vivido recluso há bastante tempo. Tudo por causa desse passado recente.
Tive que voltar para Leila (ficamos separados por oito anos) e ela, amiga, me aceitou para podermos ir frente com as coisas dos garotos, com a casa, etc.
Desde então, minha vida é dentro de casa. Não bebo uma cerveja na esquina.
Meus "amigos", os poucos que sobraram, deram as costas, me abandonaram, me aboliram e me afastaram.
Nem meu sagrado futebol jogo mais.
Tomei essa decisão a partir do momento que vi que onde estava atraia confusão.
Mãe, a senhora sabe que não gosto de injustiças... E minhas forças foram sendo minadas até que desistisse do pouco que me restava.
estou recluso, nada vivo a não ser minha casa, dividida, e o trabalho que pude arranjar.
As coisas aqui no trabalho estão difíceis. Já mandaram um monte embora e espero a minha vez. Rezo para não acontecer, mas...
Mãe, o Sidy também só faz merda.
Largou a Jórida e voltou para Fernanda depois de vinte anos. Trocou a Fernanda por uma mulher pela internet e já está com outra agora. Tudo isso em menos de três anos.
Essa agora é quase prima de meu pai. Aqueles parentescos de terceira, quinta, sei lá.
Tanta coisa para contar.
Tanta saudade da senhora.
Tanta falta que me faz.
Não posso te pedir nada, brigar com a senhora como fazia, te fazer carinho, te ver...
Eu sei que nunca deixou a todos nós esse tempo.
Que está do nosso lado nos protegendo, mas sinto falta da senhora aqui.
Chorei muito por ter perdido tanta coisa nesse tempo sem a senhora e esqueci de chorar sua falta.
Choro agora que escrevo e lembro que sua partida foi depois de muito sofrer. Um alívio, creio.
Foi asim que nos conformamos.
Mas aos 52 anos, seu fllho mais novo, seu temporão, está muito sofrido e se sentindo só.
Não foi ontem que a via por perto e não me imaginava nesse momento agora.
"Velho esclerosado" é o que sou. Pelo menos me acham assim, me chamam assim.
Mãe, os Beatles de minha época te incomodavam ouvir?
A senhora tem que agora o tal de funk e os meninos e meninas que curtem isso.
As drogas andavam longe naqueles tempos que se preocupava comigo.
Hoje está em qualquer casa, qualquer esquina, qualquer idade. Sem preconceitos.
A senhora me ensinou a respeitar os mais velhos, as damas e os direitos alheios.
A senhora me mostrou como ser gentil, cavalheiro e educado.
Aprendi a ser romântico vendo a senhora, já sem meu pai, curtir uma música que lhe falava de amor, de perdas, de solidão.
Fui lá fora agora para fumar um cigarro e vi a lua. Está linda e, a essa hora da madrugada, dá para ver seus detalhes de cheia (ou de nova?).
Lembrei da letra de uma música que diz: "Faça um pedido ao silêncio, se alguma vez me encontrar..."
Os tempos com a senhora por perto eram mais seguros.
Os tempos que se vive hoje parecem ter um fim marcado. E é logo alí.
Tenho medo.
Temo por tudo e por todos.
Temo as pessoas que me cercam, que não conheço.
Temo os lugares que vou ou passo, iluminados ou não.
Já não tenho medo de ficar sozinho. Aprendi a gostar de estar assim.
tenho e nunca deixei de ter, medo da morte. Me sinto tão vivo... Mas não vivo nada mais que posso.
Tenho medo de meu passado também. Um dia ele foi futuro desse presente que vivo hoje.
Mãe, se ver por aí meus primos Rubinho, Elzinha e Edélio, diga que os amo, que me perdoem alguma falta.
Quero te escrever mais outra hora.
Por agora vou parar e te agradecer por tudo, te dar um beijo na alma e pedir-te paz.
Teu perdão terei sempre.
Seu filho, Altair.

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...