O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

domingo, setembro 06, 2009

Imagens


Algumas coisas nem precisam de palavras.




Esta foto apresentaram como "Deus derramou as latas de tinta".



Amedronta, mas a foto...









Alceu


Domingo.
Enquanto espero pelo almoço, bebo minha cerveja, vejo as coisas na net, escrevo em meu blog e vou ao You Tube.

Semana passada no programa da madrugada da Globo, onde a homenagem foi ao Alceu Valença, sozinho em meu trabalho, deu para observar melhor as letras do camarada de quem nunca fui muito fã.

São belas como Solidão que ele canta.

Agora aqui, na minha frente, estou acompanhando a uma bela apresentação do Alceu.
Vejam aí no You Tube : A Primeira Manhã/Solidão - Alceu Valença.

REGISTRO HISTÓRICO

Faça-se o registro.

É histórico vencer a Argentina.

Na situação atual, como tricolor frustrado e com muita vergonha de meu time, não deveria falar sobre futebol. Mas a vitória esplêndida dos comandados do Dunga merece e deve ser registrada.

Ao contrário de meu Fluminense, o time do Dunga não tem estrelismos e tem na força do conjunto e na união do grupo sua maior arma. É mortal quando se entende individualmente.


Há que se curvar perante o Dunga todos os que não o aceitaram ou as suas convocações estranhas.

O anão da Branca de Neve tem uma estrela grande e um grupo forte a seu lado e passou para eles a sua maior virtude quando jogador: a garra e a entrega na hora de vencer.
Precisa somente de um professor de Português ainda... Não dá para aguentar os seus "com nós" e etc, nas entrevistas.

Méritos a parte, exalto a atuação do André Santos ontem. Foi seguro e se destacou. Como se estivesse jogando um clássico pelo Curingão no Pacaembú lotado. Personalidade pura e muito bom futebol.

No todo, mesmo sem um futebol brilhante que estamos acostumados mas com uma defesa seguríssima, batemos nosso maior rival, dentro do seu alçapão e com tudo contra.


Eu sou fã do futebol argentino mas nunca fui do Maradona.

Admiro desse time atual os já veteranos Veron e Zanetti. O Ayala, que já deixou a seleção desde a última derrota para nós, é para mim um dos últimos grandes zagueiros do futebol mundial.

Sem contar Kempes, Ardiles, Babyngton e o grande Gabriel Batistuta além de muitos outros de futebol primoroso e muita garra.

As provocações usuais do hermanos ficaram na expressão do Maradona e também do Dunga e sua resposta ao ídolo argentino.

Destaco também o comportamento do torcedor argentino. Digno de aplausos antes e durante a peleja, apesar das vaias ao nosso hino que acabo de ler em um site esportivo. Eles se renderam.

Até isso esse Brasil do Dunga conseguiu: RESPEITO.

O time do Dunga não se intimida, tal e qual seu comandante.



Para coroar a atuação da equipe, Kaká e Luiz Fabuloso nos brindaram com um belíssimo gol que serviu também para jogar água gelada na fervura dos hermanos.


O fato é que, ganhar deles é muito bom.

É como se fosse um título. Ainda mais com todo esse circo armado e com as consequências que se seguem: Brasil classificado e a Argentina penando com seu orgulho e tudo mais para conseguir uma vaga para a próxima Copa.

Registre-se então esse capítulo grandioso na história do futebol.

Longa Noite

Feriadão, todo mundo se movimentando para sair, viajar e eu no caminho contrário.
Aproveitei a boa fase de serviço - recebemos boa carga de amostras essa semana - e resolvi "pagar" as hora que devia por ter faltado 1 dia semana passada.
Foram 16 horas "de pau dentro", como antigamente se dizia.
Não deu para descansar, ficar no computador jogando paciência, etc. A relação que deixaram de serviço precisava ser cumprida e tomou todo o meu tempo.

Estive, no entanto, pensando em algumas coisas boas de meu passado e cheguei até as minhas incursões pelo mundo da putaria. Aquelas farras que se faz junto com colegas e acaba sempre num puteiro.
Foram poucas mas foram boas.
São hilárias algumas passagens como a do gordo JJ apaixonado por uma "neguinha" que fez voltarmos aquela termas e levou até um relógio de presente.
Não sei como ele encontrou em meio a tanta loura aquela menina de cor. É sua tara.
Lá chegando a encontrou nos braços de um velhinho e, quando lhe deu atenção, recebeu o presente e lhe disse que iria para a França, deixando-o no meio do salão e voltando para os braços do velho.
Pobre gordo. Eu sei o que é isso.

Na vez anterior o pessoal da casa nos pedia para tirarmos ele de lá. Com a menina no colo, a casa já vazia, ele namorava como adolescente e queriam fechar.
Em outra ocasião, já estávamos de saída descendo uma escada de acesso a boate, eu, o JJ e por último o Bira, que havia arranjado um namoro também, quando ele virou-se e falou para menina:
"_Eu que vc se foda!!!!"
Entre nós descia um outro camarada que, talvez por estar muito puto com alguma coisa ou alguém, descontou ali sua ira, voltando-se para o topo da escada e gritando, dedos em riste:
"_De verde e amarelo!!!!"
A menina e o Bira não se contiveram em risos e nós nada entendemos até que o Bira nos contasse que aquela era uma forma de desejar boa sorte entre o pessoal que deseja ser artista.

Em umas poucas vezes consumei o fato. Ou melhor, fiz o que mais se faz quando se vai a esses lugares. Pelo menos para os caras "normais".
Não me considero assim.
Até gostaria de entrar já de "pica em riste", babando só de ver e não sabendo quem tocar.
Como dizia o Bira, "se me der pauduressência..." Ele não gostava de ir sem poder pagar uma brincadeirinha de 30 minutos que fosse.

Eu gostava mesmo era do ambiente, da liberdade que exalava tudo aquilo e de conhecer as meninas. Conversar com elas era prioridade antes de qualquer outra ação.
Creio que já era de mim mesmo, da forma que encaro sexo, do respeito até a segurança.
Eu fui jovem onde a nudez era proibida, o sexo era cheio de tabús e "se comesse tinha que casar".
As poucas mulheres que "davam" e o povo sabia eram tachadas como "piranhas" talvez porque puta era palavrão.
Mas aquele universo que as cercavam me chamava a atenção. Eu as admirava com olhos cheios de curiosidades e tesão.

Quando chegou a minha vez as coisas já estavam mudadas. O mundo evoluíra a nossa volta e cabaço passou a ser raridade de uma hora para outra.
Mas voltando a termas e as boas lembranças da Solarium (que apelidei de JB por ficar no Jardim Botânico aqui no Rio).
A casa já tinha uma liberdade maior: as sextas eram dias de casais.


Diferencial para a época, a casa transformou-se rapidamente em clube de swing.

Em uma passagem, estávamos sentados aproveitando a sauna seca. Jorginho, um neguinho baixinho e franzino mas muito bem dotado, estava também. O Bira sempre dizia que "a cada ereção do neguinho era um desmaio". Aquilo é uma aberração.
O Nego Bom - assim o chamávamos - estava de pé conversando sobre algo interessante quando a porta da sauna se abriu e uma mulher ia entrar. Com ela estava um camarada.

Ao deparar com Nego Bom e sua arma pendurada ela voltou.

O papo seguiu com muito suor para tirar a cerveja até ali consumida, por mais alguns minutos.

A porta voltou a se abrir e a mulher de novo fustigou ao ver todos nós.
Nego Bom então, parando de falar sobre o que vinha declinando, foi até a porta, olhou pelo pequeno visor embaçado e voltou dizendo: "Qual é a dessa mulher? Eu morro seco e torrado mas aqui ela não entra."
A dama foi então, logo depois, parar na sauna a vapor.



Mas tudo que queria dizer sobre as meninas da difícil vida fácil e minha visão a seu respeito ainda não foi dessa vez.
Vou voltar ao assunto e talvez até contar algumas das poucas experiências.


sexta-feira, setembro 04, 2009

Foi rápido.

"Nesses meus dias que começam à noite, começo a desgostar de fazer companhia a mim mesmo"

Semana passou rápido.

Segunda, 31 de agosto, meu pai fez 89 aninhos e "arranjou" uma forma de ir em sua casa.
Tirei algumas fotos mas o celular não é aceito por esse computador que ora uso.

Dia 02 de setembro foia vez de minha cunhada.
Quando conheceu meu irmão era minha professora primária.
Não sei se fui culpado ou cupido.

Naveguei por um desses "próximos blog" acima na página do blogspot e encontrei um que só osta fotos. Não escreve lhufas e por isso não sei de onde é.
Acho que pode ser europeu.
Copiei algumas fotos de um show do U2.



Que palco é esse!!!!!




Bono e The Edge.



Aproveitando a frase acima que abri o post:

"A solidão é fera

A solidão devora

É amiga das horas

Prima-irmã do tempo

E faz nossos relógios caminharem lentos

Marcando o descompasso do meu coração... "

(Alceu Valença)

terça-feira, setembro 01, 2009

DOALCEI BUENO DE CAMARGO



O velho Dodô nos deixa com saudades.


Foi juntar-se a Ruy Porto, João Saldanha, Jorge Cury e tantos outros que fazem falta ao rádio esportivo desse País.


Desde menino ouço rádio e principalmente aos programas esportivos.

Acho que herdei de meu pai e de uns tempos que não havia nem mesmo TV.

Em minha juventude, aprendi a gostar de ouvir a Rádio Tupi em transmissões e programas esportivos onde se podia ouvir a voz marcante e inconfundível do querido Doalcei Benedito Bueno de Camargo. Quem gostava de apresentá-lo assim era o então repórter de campo Ronaldo Castro que fazia dupla com o Kléber Leite.

O time de comentaristas dispensava elogios.

Em uma copa do mundo se foi o Ruy Porto. Em outra o João Sem Medo.

Já não recordo se o Jorge Cury foi antes deles dois.

Vivi a emoção do também saudoso José Cabral, apresentando o programa de todas as noites, no dia da morte súbita do colega que veio a dar o nome a cabine da rádio no Maracanã.

Choramos junto com ele, eu e meu primo que morava em minha casa naquela época, ao final do programa. Era como se fizéssemos parte daquela família e eles fossem parte em minha casa através do radinho de pilha.


Narradores esportivos e clubes são também uma escolha e preferência marcantes.

Para mim, o Doalcei era o fino da locução, da educação e da segurança em comentários. Era meu ídolo.

Sem ao menos fazer idéia da figura, ele nos passava uma forma carinhosa em sua narrações e sua voz, meiga e firme, dava a plena convicção de suas opiniões em lisura, retidão e carisma.

Hoje parece que o rádio ficou mais órfão para mim.
Hoje, que já não vejo mais nenhum comentarista ou narrador de preferência para ouvir.

Poucos ainda fazem de uma forma íntegra e que goste de ouvir, entre eles o Washington Rodrigues da Tupi Rio e o Osvaldo Pascoal, Globo SP.

Doalcei Benedito Bueno de Camargo vai formar no timaço que qualquer rádio desse mundo gostaria de ter em sua audiência.

Um beijo carinhoso desse seu fã.

Esteja na paz eterna do Senhor.

sexta-feira, agosto 28, 2009

FAZ PARTE.

Como diz uma linda menina: "Aaafffff...!!!!!"
Depois de uma semana de obra nesse apartamento que moro, afinal volto a normalizar meus dias.
O piso da sala e corredor precisou ser trocado.
Minha rotina de trabalho e vida virou um caos em meio a poeira (muita poeira, vixi...) e a bagunça normal de obra em ambiente pequeno.
Durmi 2 ou 3 horas por dia e, para finalizar, acabei me aborrecendo com os dois que por aqui obravam, uma vez que queria ver tudo de novo lugar e os dois estavam ensebando muito o que faziam.
No domingo às 22h, conseguimos colocar as coisas mais ou menos no lugar e dormir em ambiente limpo, pelo menos.
Ainda estou dando por aqui minhas cacetadas na parte elétrica, com trocas de tomadas e etc.

sábado, agosto 08, 2009

Carta para a Senhora.

Querida mamãe,
Há muito tempo não conversamos, então resolvi escrever para a senhora.
Desde que a senhora se foi, muitas coisas aconteceram.
Seuas netos estão bem e sua nora, depois que arranjei seu primeiro emprego, é hoje quem mais trabalha e mais tem valor lá em casa. Ela paga as contas e seu compromisso com o trabalho chega a provocar comentários, tal dedicação.
O Victor está noivo e o Vinicius casado, apesar de não ser oficial. Mas por enquanto, eu continuo aguardando um neto e nada ainda.
A senhora já é bisavó há um bom tempo e são cinco: duas da Dani, Duas do Neo e um japinha da Dia.
São lindos, muito inteligentes e com saúde.
A do Neo se chama Maria e não sei se ele lembrou da senhora quando batizou assim. É minha paixão, por enquanto.
Meu sobrinho e eu ficamos muito próximos ultimamente, apesar de estarmos longe um do outro.
O Mimica mudou sua forma de tratar a nós irmãos que nos deixa até sem jeito, vez por outra.
Ele agora sente falta da gente, se preocupa, liga sempre e até briga por não ligarmos.
Mas sempre foi querido, a senhora sabe disso.
Ele e seu jeitão caipira que nos dá alegria e nos faz rir muito.
Como sempre, tem sua vida tão regradinha, cuida das netas, da casa e dos filhos que para ir a Silva Jardim precisa programar com antecedência.
Ele e o Sidy estão aposentados. Mas ainda é o papai que não nos deixa faltar nada.
Ele sempre foi assim, não é minha mãe?
Aliás, sofreu muito quando perdeu a D. Holanda logo após a senhora, fez a burrice de se casar com a sobrinha dela e passar pelo maior pedaço difícil de sua vida e, agora, Graças a Deus minha mãe, está com a D. Enedir. Acho que a senhora conheceu. Era dos tempos de sua juventude em Silva Jardim.
Não podia ter nada igual para meu pai agora. Com toda sua saúde aos 89 anos, ele já sente um pouco a perda da vitalidade, o ânimo para sair, viajar como fazia antes e Enedir é muito boa companhia. Muito simples, para ela está tudo bom.
Meu pai faz dela gato e sapato com suas brincadeiras, precisa ver.
Seu filho aqui é que não toma jeito: continua fumando e sofrendo pelo passado.
Lembro que quando a senhora se foi, eu resolvi viver um pouco mais. Passei a ser egoísta, a cuidar mais de mim, a curtir o que queria. Minhas noitadas, cervejas, amigos e gandaia.
A Leila aceitava tudo, mas eu tinha que voltar para casa como sempre. Sem hora para chegar, mas em casa.
Um dia atravessei na vida de uma mulher, mãe... Então, posso dizer, conheci o que paixão. Vi o inferno e o céu, vivi os dois intensamente e até hoje pago por aquela passagem de minha vida.
Ah, ia esquecendo: no meio desse romance nasceu uma linda pequenina que não esqueço mas não posso dizer que seja sua bisneta. A coisa foi e é muito complicada para contar nesta carta mas, saiba que só quero o bem para ela. Peço a Deus sempre que cuide para que ela seja feliz e não tenha o mesmo pensamento da mãe.
Nestes caminhos, quando a senhora ficou doente, eu comecei a conseguir melhoras em meu trabalho e consequentemente na vida pessoal.
Naquele tempo vivi muita coisa boa que não esperava, experimentei as boas coisas de ser e estar vivo. Os prazeres, as luxúrias e os pecados.
Tudo muito bom de se viver mas, há que se pagar um preço por tudo isso. Afinal, deixei para trás muita gente, magoei, destratei, estive errado.
Talvez por isso, ma~ezinha, hoje padeço com as lembranças boas e más.
Talvez por isso tenha perdido a razão, meus empregos e com eles tudo de paz que tinha naquele tempo.
A idade chegou e só me apercebi dela quando as portas de fechavam para mim.
Ninguém contrata "velho" para trabalhar mais, sabia?
Mas eu corria 90 minutos no meu futebol, tenho boa saúde (Graças...) e fazia minhas graças na cama com aquelas meninas... Não me considerava o que faziam de mim.
Isso já tem 10 anos, mais ou menos.
Venho lutando daqui e dali, sempre contando com meu velho amigo e pai, esperando por dias melhores.
Escrevo daqui desse meu trabalho atual que ora encontrei e que, acho mesmo minha mãe, não existe outra firma com a concepção dessa aqui. Pelo menos no que diz respeito a idade.
Ganho pouco, trabalho somente a noite e não faço o que sempre gostei mas ainda assim, não quero perder. Sem contar que tem um morro dos mais antigos do Rio tão violento, bem aqui em frente.
Sonho que vou ganhar na Mega Sena, mãe, e não é para esbanjar, esnobar ou outra coisa assim. Sonho somente em ter um cantinho e tranquilidade para não precisar trabalhar e pagar minhas contas. Só isso basta. Me satisfaz.
Tenho vivido recluso há bastante tempo. Tudo por causa desse passado recente.
Tive que voltar para Leila (ficamos separados por oito anos) e ela, amiga, me aceitou para podermos ir frente com as coisas dos garotos, com a casa, etc.
Desde então, minha vida é dentro de casa. Não bebo uma cerveja na esquina.
Meus "amigos", os poucos que sobraram, deram as costas, me abandonaram, me aboliram e me afastaram.
Nem meu sagrado futebol jogo mais.
Tomei essa decisão a partir do momento que vi que onde estava atraia confusão.
Mãe, a senhora sabe que não gosto de injustiças... E minhas forças foram sendo minadas até que desistisse do pouco que me restava.
estou recluso, nada vivo a não ser minha casa, dividida, e o trabalho que pude arranjar.
As coisas aqui no trabalho estão difíceis. Já mandaram um monte embora e espero a minha vez. Rezo para não acontecer, mas...
Mãe, o Sidy também só faz merda.
Largou a Jórida e voltou para Fernanda depois de vinte anos. Trocou a Fernanda por uma mulher pela internet e já está com outra agora. Tudo isso em menos de três anos.
Essa agora é quase prima de meu pai. Aqueles parentescos de terceira, quinta, sei lá.
Tanta coisa para contar.
Tanta saudade da senhora.
Tanta falta que me faz.
Não posso te pedir nada, brigar com a senhora como fazia, te fazer carinho, te ver...
Eu sei que nunca deixou a todos nós esse tempo.
Que está do nosso lado nos protegendo, mas sinto falta da senhora aqui.
Chorei muito por ter perdido tanta coisa nesse tempo sem a senhora e esqueci de chorar sua falta.
Choro agora que escrevo e lembro que sua partida foi depois de muito sofrer. Um alívio, creio.
Foi asim que nos conformamos.
Mas aos 52 anos, seu fllho mais novo, seu temporão, está muito sofrido e se sentindo só.
Não foi ontem que a via por perto e não me imaginava nesse momento agora.
"Velho esclerosado" é o que sou. Pelo menos me acham assim, me chamam assim.
Mãe, os Beatles de minha época te incomodavam ouvir?
A senhora tem que agora o tal de funk e os meninos e meninas que curtem isso.
As drogas andavam longe naqueles tempos que se preocupava comigo.
Hoje está em qualquer casa, qualquer esquina, qualquer idade. Sem preconceitos.
A senhora me ensinou a respeitar os mais velhos, as damas e os direitos alheios.
A senhora me mostrou como ser gentil, cavalheiro e educado.
Aprendi a ser romântico vendo a senhora, já sem meu pai, curtir uma música que lhe falava de amor, de perdas, de solidão.
Fui lá fora agora para fumar um cigarro e vi a lua. Está linda e, a essa hora da madrugada, dá para ver seus detalhes de cheia (ou de nova?).
Lembrei da letra de uma música que diz: "Faça um pedido ao silêncio, se alguma vez me encontrar..."
Os tempos com a senhora por perto eram mais seguros.
Os tempos que se vive hoje parecem ter um fim marcado. E é logo alí.
Tenho medo.
Temo por tudo e por todos.
Temo as pessoas que me cercam, que não conheço.
Temo os lugares que vou ou passo, iluminados ou não.
Já não tenho medo de ficar sozinho. Aprendi a gostar de estar assim.
tenho e nunca deixei de ter, medo da morte. Me sinto tão vivo... Mas não vivo nada mais que posso.
Tenho medo de meu passado também. Um dia ele foi futuro desse presente que vivo hoje.
Mãe, se ver por aí meus primos Rubinho, Elzinha e Edélio, diga que os amo, que me perdoem alguma falta.
Quero te escrever mais outra hora.
Por agora vou parar e te agradecer por tudo, te dar um beijo na alma e pedir-te paz.
Teu perdão terei sempre.
Seu filho, Altair.

domingo, julho 26, 2009

Coração tricolor sofrido

Meu clube está de luto.

Não sei bem se pelo futebol que hoje apresenta, pelo sofrimento de amargar a lanterna do Brasileiro ou pela perda de um dos grandes que vi atuar com sua camisa.
Acho mesmo que o desgosto de ver esse bando atuando no clube que ele jogou e foi campeão ao lado de Rivelino, PC Cajú, Pintinho e cia, um enfarto nos tirou Cléber, o Bequinha como o conheci nos tempos de menino.

Natural de minha cidade natal, São Gonçalo, Bequinha tinha sua fama entre os meninos (e meninas) da cidade inteira não só pela bola que jogava mas também por sua timidez e simplicidade de um garoto bom.


Junto com seu irmão Carlinhos - lateral esquerdo que atuou também no profissional do Fluminense - formava uma dupla muito querida na cidade e, onde estavam eram cercados de carinho, agrados e admiração.


A vida vai nos levando por tantos caminhos que não sabia que o Bequinha estava em outro Estado e muito menos fazia idéia do que o tempo fez ao cara bonito e admirado dos meus tempos de menino.


Ele e seu irmão jogaram algumas vezes no ginásio de esportes do colégio que estudei. Cheguei a jogar contra os dois no Colégio São Gonçalo que tinha um time imbatível na época e faturava todos os torneios e campeonatos.



A família tricolor e gonçalense está de luto.
O coração tricolor está mais dolorido ainda.



sexta-feira, julho 24, 2009

Sonho meu


Um sonho.
Um cartão.
Seis números.

E a vida se torna um sonho.
Um sonho ou um pesadelo, que vivem hoje os Sena.
Por ironia do destino teem o mesmo sobrenome do sonho.
Mega-Sonho...


Mas eu persigo e espero por ele. Um dia...

E não tem que ser o acumulado que ora gira em torno de 58 mi.
Meus sonhos são mais simplórios, comedidos.
Eu me realizo tendo paz, vendo os meus bem e isolando-me deste mundo cruel.


Quero um canto só meu e o suficiente para pagar contas sem ter que trabalhar, ter compromissos com horários, enfrentar trânsito e etc.
Quero a paz de poder ver os meus em paz.

Não gosto e não quero ostentações. Só o bom gosto das coisas simples.
Uma praia, a montanha ou outro lugar... Um aconchegante cantinho que possa esperar meu dia final longe de toda essa baderna, de tanta gente ruim e sem escrúpulos.


Meu canto, meu sonho.


(trabalhando, enquanto esperava por uma fase de tratamento das amostras)


sábado, julho 18, 2009

BRASIL-SIL-SIL!!!!!!!!!!

"Senado: uma casa com 717 copeiros e contínuos

Depois de descobrir que a casa funcionava com 181 diretores, agora o senado surpreende com um número extravagante: 20,4% dos 3500 funcionários que prestam serviços terceirizados à instituição são copeiros e contínuos.
Dos 717, são 204 copeiros e 513 contínuos ao custo de R$ 22,7 milhões. São mais de 7 para servir a cada um dos 81 senadores."



"O emprego não parou de cair

No acumulado do ano, houve queda de 4,7% no número de empregos."


(Os carinhas já trocaram as taxas fiscais do pão e etc pelas do cigarro.)



"O custo do empregado no Brasil

Imaginando um salário de US$ 1.000 para um empregado em diferentes países. Normalmente os tributos que são despesas adicionais do empregador é da ordem de US$ 90,30 nos EUA, nos Tigres Asiáticos US$ 115 e no Japão US$ 118.
Na Europa, temos a Itália com US$ 513, na Inglaterra US$ 583, na Alemanha US$ 600 e US$ 797 na França.
Na América Latina US$ 410 no Paraguai, US$ 480 no Uruguai e US$ 703 na Argentina.
No Brasil, pasmem, o custo é de US$ 1.034,60 a mais para cada trabalhador contratado."


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Não acredito estar escrevendo sobre alguma coisa do outro mundo em matéria de informação.
Tento colocar três situações informadas que se unem e vão em uma só direção de culpa.
Mas também não acredito que tudo possa ficar como está, sem que nada seja feito.
Ou pelo menos sou inconformado, revoltado e outros ados também.
Queria registrar os dados sobre a Corja de Safados (Câmara do Senado????) seus contínuos e copeiros a custo de muito dinheiro público.
O mesmo público que NÃO TEM EMPREGO por causa de altas taxas fiscais cobradas para ter emprego.
O mesmo público que se vê cada vez mais acuado diante das realidades de segurança, educação e saúde.
O mesmo que rala e se vira para sobreviver. O mesmo que não tem forças (e isso parece vir de berço) para reagir diante de tantas coisas ruins que são submetidos e continuam votando nos mesmos carinhas.
O mesmo que não se importa em ser informado sobre seus direitos, que não se importa com os direitos alheios, que não quer saber de nada disso tudo que ora escrevo.
Um povo assim é tudo que eles querem.
Eles vão continuar empregando todos os seus parentes e não parentes.
Vão continuar ditando seus próprios salários.
Vão continuar votando atos que só favorecem a eles próprios.
E tantos outros poderes concedidos.
Não se esqueçam:
1 - quem delega esse poder é você, com seu voto. A CF88 ainda diz "o poder emana do povo"?
2 - que eles deveriam ser seus representantes, trabalhar para vocês.
3 - que todo dinheiro gasto com suas mordomias e falcatruas são fruto de seu suor em impostos embutidos e claros.

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...