Às vezes me sinto muito (queria uma palavra melhor para definir...) inocente neste mundo virtual.
Casos como por exemplo, descobrir o ORKUT e agora o YouTube.
Talvez seja uma reação simples em meu ego. Explico: não gosto de fazer parte daquilo que é "moda", todo mundo está ou todo mundo gosta. Flamengo, Mangueira, etc.
O ORKUT foi meu filho mais novo que criou a conta e o resto eu fiz então.
O YouTube foi por acaso.
Mas estou encontrando tanta coisa boa em matéria de música... e juntando os dois, meu ORKUT já tem uns 60 arquivos de vídeos com músicas de todos os tempos e para muitos gostos.
Esqueci de dizer que sou "eclético" para música. Do Pink Floyd ao Luiz Gonzaga, do Dominguinhos ao Yanni, passando por Chillout music, Erasmo, Bethânia, Simple Red...
Agora pela manhã, em uma saidinha básica para visitar o supermercado e ver meu sogro, no rádio do carro, JB FM - 99,7 aqui no Rio - eu ouvi Paulo Ricardo e Renato Russo.
YouTube direto e baixei a música que queria ouvir de novo, muito bem interpretada.
As opções então se amontoam e a gente fica querendo mais e mais.
Quis chegar até alguma gravação com os dois juntos, em um palco, etc.
O que consegui me fez melhorar alguns conceitos que tinha e, mais uma vez, lavou minha cara de lágrimas.
Havia um palco, o som é bom, a imagem também.
Um público, Paulo Ricardo sentado no centro desse palco e as luzes.
A música começa, ele canta sua parte e... abaixa a cabeça para ouvir o Renato entrar com sua parte... gravado, por não mais estar entre eles (e nós) naquele momento.
O público vibra com aquela entrada de voz e eu, sem saber, fico esperando pela presença dele no palco.
O Paulo e o Renato nunca me fizeram assim grande fã.
A música porém, "A cruz e a espada", é daquelas que pode ser ouvida em qualquer hora, com qualquer situação.
Se o assunto é música e minha forma eclética de gostar delas, posso dizer que já fui muito discutido e até xingado por dizer que do Zéca Pagodinho (Pacotinho para os íntimos) só gosto mesmo de uma que ele gravou junto com a Beth Carvalho (VAMOS RESPEITAR!!!! Essa sim. Apesar de cheirar mais que o próprio afilhado...) e mais nada. Aliás, quero e aproveito para elogiar a música do comercial da Brahma mais recente. Será que é de sua autoria?
Se me falarem em duplas caipiras então... aaahhhh, eu fico louco.
Tirando Alvarenga e Ranchinho, Tonico e Tinoco, não reconheço como tal esses carinhas de cabelos compridos, calças justas, como exemplo "Xorãozinho & Xitoró".
Mas, duas coisas foram marcantes para mim: o Bruno (Marrone só fica junto) e o especial que a Globo fez, se não me engano, pelos 10 anos sem Leandro.
1 - Do Bruno aprendi a gostar quando, em um ônibus do trajeto entre São Gonçalo e Niterói, me fez levantar a os olhos para o vídeo e acompanhar a letra da música Bijouteria.
A dor de corno que curtia bateu muito com aquela letra.
Mas o cara canta muito, vamos considerar.
2 - Refuto dizer que há muito não via um programa tão bem cuidado e, na sua excelência quanto a emoção, a simplicidade natural e a verdade do especial sobre o Leandro. Foi ao ar já faz algum tempo, mas, a GLOBO podia repetir que veria outra vez.
O Leonardo não canta nada, gente (vide comercial do Guanabara), mas é um cara simpático e simples e me comoveu com a coragem em fazer um belo programa sobre seu irmão.
Foi lindo e passei a ver o cara com outros olhos também.
Quando comecei a escrever este post pensava em contar somente sobre a letra de "Bijouteria", de como ouvi e vi o Bruno cantar e, com certeza, o foco maior seria sobre a dor de corno que sentia naquela época, pela falta que me fazia a paixão, pelas vontades e por ver tudo mais longe, cada vez mais.
Eu já não mais sonho com aquela moça.
Essa noite, sonhei que alguém me contava alguma coisa dela, que a havia encontrado, algo assim...
É o mais próximo que chego dela nesses tempos.