O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, julho 04, 2008

O FIM, A REVOLTA E A FRUSTRAÇÃO

No meio da madrugada de 3 de julho, já um pouco mais calmo e menos resignado, escrevi o que segue abaixo:
Foi o fim!!!
O fim de mais um sonho.
Tirando uma boa parte, representada por uma torcida contrária (e grande, diga-se de passagem), mesmo brasileiros (e sobretudo cariocas), o meu Flu era "a pátria de chuteiras".
Não deu...
Sucumbimos no final, de penaltys.
Como o Uruguai de 1950, o Maracanã viu 80000 filhos saírem derrotados, tristes, num silência mortal.
Eu??? Sofri muito nestes 2 e 3 de julho.
Não consegui dormir direito, não jantei (como de costume, 1 só refeição ao dia) e sabe Deus como ficou meu coração enquanto o jogo se desenrolava.
Sofri.
Talvez como nunca pelo meu time de coração.
Não chorei.
Sou um chorão mas, dessa vez não. Externamente falando.
O coração com certeza soluça doido neste peito.
Lembro-me da Copa de 82, no trabalho também, radinho na Tupi e Ronaldo Castro, repórter de campo, ao desabar sem conseguir dar a notícia naquele instante, tirou a rádio do ar e este aqui que escreve foi para tráz de um tanque na Getec para ninguém vê-lo chorar copiosamente também.
Hoje, 3 de julho de 2008, vivo um momento histórico de dor.
Vai ficar marcado e não vai ser esquecido.
O meu Flu não nos dá uma chance de ser campeão todo dia. Muito mais da Libertadores.
Estamos, no entanto, de parabéns. Somos e fomos tricolores até o fim. Acreditamos.
Esse foi um grande passo.
Se falarmos da festa, o grande feito de passar pelo São Paulo e pelo Boca Juniors, a história desses jogos, sacrifícios e de até onde chegamos, podemos nos encontrar com um abraço e aperto de mão com a cabeça erguida pelo orgulho de ser tricolor.
Tricolor é isso.
Sofrer sempre fez parte.
Estamos aprendendo.
Já chegamos bem perto.
A minha personalidade não me permite gozar a cara de ninguém.
Repudio quem gosta desse tipo de coisa.
Já torci por outros times, inclusive pelo Fla de 82 na Libertadores e no campeonato mundial.
Perder daquele time era normal. Havia um respeito comum a todos os outros por um futebol de nível e jogadores e homens dignos como Zico e Júnior.
Ver o que vi por aí, presenciar o absurdo e ter que ficar calado é muito doído.
Acreditar mais em que? No homem? No brasileiro?
Em meio a revolta pela Liga dos Urubus, por exemplo, penso que "a deles está guardada".
Mas o quê? Para quê? Nada vai trazer ou me dar prazer. Não apagará o que deixei de ganhar.
E torcer mais também já é um caso a ser pensado.
Guardei minhas camisas (todas herdadas de meus filhos) e não pretendo colocar para fora do armário tão cedo. Talvez virem relíquias.
Eu havia levado comigo e enfeitaria os bancos do meu carro na volta do trabalho, pela manhã, se fosse outro resultado.
Marcado pela derrota, pela revolta, pela dor de ter chegado tão perto, me senti muito abalado e percebi que é sério. Preciso de uma atitude.
O torcedor que escreve não foi tão campeão quanto a urubuzada (aliás, que pensa que só eles podem ser - porque não deixar então só o deles existir?) mas sempre foi digno de respeito por respeitar os adversários. Essa é a grande diferença: a elite.
Perder faz parte do jogo. Saber perder faz parte dessa massa tricolor que idolatro aqui agora.
Somos e seremos assim mesmo.
A frustração é muito grande. Afinal, chegamos tão perto...
Os Deuses do futebol sabem o valor que teria para nossos corações de três côres um título, um troféu.
Não mereciamos.

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