É sempre difícil.
Os dias de janeiro vão chegando e três deles são marcantes.
E como têm sido diferentes esses últimos dias, meses. Tenho me observado e sentindo a mim mesmo. Há um quê de nostalgia misturada com um absoluto descobrimento de desprezo e, isto me leva a aceitação de estar chegando ao fim, inerte, sem luta, desigual. Conformado.
O dia seis já se foi e eu nada escrevi.
Trinta anos sem minha querida e fortíssima mãe. Que falta faz a sua coragem!
Ela nunca gostou de estar desarrumada ou ser chamada de velha... Essa foto tem 43 anos.
No dia nove vindouro, serão
nove anos sem pai... Aqui na foto que sempre foi sua maior lembrança. A que mais gostava de se ver.
E finalmente, no dia treze, meu infarto faz oito anos. Meus quatro stent's ajudam a esse meu coração a funcionar ainda. Dolorido, entristecido, sem esperanças e muito pesaroso consigo mesmo.
Sei que meu prazo de validade cada dia fica mais curto. Me recuso, mesmo assim, a "viver" o que querem que eu viva. Ou será como eu sonho ou fico por aqui e espero a vez.
Nas mãos de Deus está cada segundo, cada respiração, cada bombear de meu coração.
Eu queria escrever de outra maneira sobre essas datas mas creio estar sendo repetitivo anualmente... Registro então.
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