O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, maio 28, 2010

A Efêmera Vida

Com a volta ao trabalho, voltaram também minhas lembranças e aquelas coisas que me assolam a madrugada, especialmente por estar só.
Mesmo com a mente ocupada com o trabalho, as coisas passadas por mim chegam assim de repente e nem mesmo sei porque estou pensando naquelas pessoas, naqueles momentos vividos.
Geralmente são coisas que não me fizeram bem e que me trazem à memória uma mistura de bons e maus pedaços. É involuntário, é "do nada", sem motivo próprio ou indicação que possa afirmar ser a causa.

Além disso, volta também a paranóia da realidade de nossa cidade, nosso Estado, País... Me pego sempre com medo de pessoas que vejo em meus caminhos que faço para ir ao trabalho. E de carros que parecem me seguirem.
Sem querer, manifesto meu desejo de fugir, fico nervoso e apreensivo e pior: penso coisas.
Ainda tenho dúvidas sobre atos e fatos de um passado não mais muito recente e sobre as pessoas que estão envolvidas. Ainda temo por retaliações ou mesmo por preservação de "identidade" que possam a vir me afetar.
A maldade existe e não sabemos mais de onde, como e quando ela pode aparecer.

Creio que tudo isso possa ser fruto de meus medos e discrenças nas pessoas mas também, nesse caso, pelo ausência de notícias daqueles que outrora estiveram perto de mim.
Amigos, amantes, etc...  Eles "me protegiam" com informações necessárias a respeito.
Já há pelo menos 8 anos não tenho nenhuma informação qualquer ou contato com ninguém e as vezes me apavora não saber mais de nada.
Se estão vivos, se estão bem, se ainda estão por aqui...

E tenho pensado então em vida e morte.
O que somos? O que temos?


Pensar que já estou por aqui faz um bom tempo, que fiz muita coisa, que passei por outras me tornam menos temeroso. Afinal, muitos não conseguiram chegar a minha idade.
E saber que nada é para sempre, que somos frágeis e que nos deterioramos a cada ano, cada dia, minuto. Envelhecemos a partir do momento que nascemos.
Aos 53 anos, preciso ter que aceitar o destino. Encarar a  morte que é certa e mais próxima.
Na paciência e serenidade de meu pai, na luta e força de meu sogro. Um com seus 90 anos e de bem com a vida como se tivesse 50 anos. O outro, aos 84 anos, há dois sabedor de um câncer, não se entrega e vive longe de pensar em coisa ruins. Ficou até piadista, alegre, coisa que nunca foi.
Não sei se conseguiria ou consigo encarar assim uma doença fatal...
Não herdei de meu pai as suas benéfices de vida, seu senso e sua ingenuidade.

De bem com a vida e com muita coragem... Será que ainda posso conseguir?
Fato é que escrevo aqui parte de meus temores e tento conseguir enxergar que a morte é certa e vai acontecer algum dia, em algum lugar... Peço (como sempre pedi) que seja rápida e indolor, de preferência dormindo. Uma morte ideal.


Ainda assim, o ser humano se protege, tenta estar blindado a todo instante para que nada lhe atinja ou aconteça. É reflexo, é natural.
Olhando a vida do alto de uma realidade nua e crua, veremos que ela é simples, frágil, indefesa aos muitos perigos que a rondam.
Olhando a vida do carater humilde e sofredor em que nos faz a depressão, ela se iguala a morte.
É nesses casos que me sinto com mais coragem para saber que um dia tudo vai terminar.



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