O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

segunda-feira, novembro 11, 2024

Um Dia, As Escolhas...

 Esses dias tem sido meio turbulentos em matéria de ideias para escrever por aqui.

São muitas coisas que se misturaram e que, até mesmo, não devo contar. Assim como entrar em APP de relacionamentos, onde, a meu ver, senhoras que não mais deveriam ou teriam condições para tal, ainda esperam por casamentos, príncipes ou um homem bom para viverem para sempre.

Ter atenção de alguém e depois enxergar a realidade. Cair do sonho um dia vivido, foi o que aconteceu comigo.

Mas a vida, (ah a vida...) "não é um morango", como falou meu neto Pedro para o irmão mais velho. E ele só tem sete anos.

Conturbada a mente, a tristeza chega de mansinho, a condição e tudo mais que somam a lembranças, dores, sentimentos, figuras, pessoas, corações e paixões.

As escolhas de vida.


É uma verdade as escolhas.

Lá atrás, eu era feliz mas sabia que haveriam escolhas para seguir a tal vida.

Eu era feliz até não me ocupar com as tais escolhas... 



Eu vi uma postagem sobre um grandioso homem esses dias que me tocaram e fizeram questionar um direito que um dia me disseram que a gente não tem.

Jô Soares em seus últimos momentos de vida, ao lado de pessoas que confiava e lhe eram muito caras, fez sua última escolha de vida para morrer em casa, em paz e da forma que ele queria.


Dr. Dráuzio era um dos que lhe fazia companhia naqueles momentos.

Grandioso Jô, sem naipe, um orgulho para um cara simples como eu que vivi para ver.
Ele não pode ser atendido em todos os seus desejos, como contaram, mas o direito de não querer prolongar seus momentos de vida como não fazer diálises, não querer ir para CTI e ser entubado foram atendidos. Num quarto isolado, creio, ele falou que queria morrer em casa, vendo filmes antigos que ele gostava, naturalmente e em paz. Disseram que ele foi em paz, sereno e sem dor.

É um de meus desejos também. Deixem-me seguir em paz, naturalmente.

Minha querida mãe, se pudesse mover um dedo depois do segundo e fatídico AVC, teria tirado a própria vida. Ficar presa em seu corpo, oito meses, sentindo tudo, vendo e ouvindo tudo e só mexer os olhos é o maior castigo que já vi alguém sofrer.


Me arrependo até mesmo de leva-la para o hospital as pressas para depois ela passar por isso. 
Escolha errada...


E repensar todos os meus dias passados, eu consigo ver bons momentos. Muito poucos diante de tantas escolhas erradas, desistências, até mesmo vergonhas. Muitas derrotas. Incontáveis e presentes em minha memória. Eu sinto o sabor amargo dessas escolhas também.
Foram erros que hoje velho eu sinto muito ter acontecido😌.

Minha rotina me mostra a atual vida que levo e me dói não mais ter força para superar. É como se aqui findassem os meus dias. Espero a minha hora e peço perdão a Deus... Nada mais.
A esperança é somente um fio finíssimo de sorte onde eu só quero ajudar a todos ou a muitos dos que me são caros, me foram caros... Devo muito a tanta gente!

Tenho sido um chato, creio, por meus pensamentos e modo de ver a vida. As pessoas a minha volta queriam eu fosse otimista, alegre, feliz. Estivesse em festas, bebesse, acho que até fizesse merdas por aí afora como foi no passado. Talvez não me criticassem tanto, nem brigassem comigo como se fora uma criança adolescente.
Acho que era melhor quando de minhas escolhas que acabaram por me trazerem até aqui.
E admito que sinto muita falta de mim...

… Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, asso, asso...
… Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos, calmos
… E lá se vai mais um dia, ooh

Eu não fiz a escolha do tempo passar.
Eu não fiz a escolha de ficar mais velho.
Eu fiz a escolha por me guardar de um mundo que tanto me deu e tirou por errar na hora de escolher.
Eu ESCOLHI ter PAZ.

Seria a escolha do Jô Soares atendida por ser ele quem foi? 
Eu quero ter minhas escolhas finais. Será?

Tenho me sentido cansado,, sem utilidade.
Sou passado esquecido para as paixões que escolhi.
Sou pessimista pelo futuro e me pergunto se vale a pena estar por aqui em meio a neve no deserto, cidades destruídas em horas pela água que caiu do céu, vírus cada dia mais forte e diferente, guerras que nunca acabam. 

… E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio, rio...
… E lá se vai mais um dia, ooh
… E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente, gente, gente, gente...
… E lá se vai mais um dia, ooh

Eu vejo o futuro que previam lá em meus anos de glória na juventude se fazendo presente diante de meus olhos.

Tem sido difícil cada um deles, mas... 



 
 

domingo, outubro 27, 2024

Do Rádio Memórias

 Estava assistindo a um jogo da série B do Brasileirão essa semana (como se eu fizesse alguma coisa diferente) e, num passeio das câmeras pelos torcedores, focalizaram dois senhores até bem parecidos na torcida do Sport que me chamaram atenção.

Como nos velhos e bons tempos, radinho no ouvido e assistindo no estádio a seu time jogar.


Com certeza, a geração de ferro, da qual vi muito em minha juventude fazer isso no Maracanã, foi a mesma que herdei bons costumes e valores. Meu pai mesmo era um desses que não deixava o radinho em casa quando ia ver seu Vasco jogar.

Eu era apegado a programas de esportivos no rádio até bem pouco tempo. Vi e ouvi, no convívio diário de minha casa as vozes de grandes nomes da nossa história. Washington Rodrigues, Gilson Ricardo, Doalcei Bueno de Camargo, Ruy Porto, João Saldanha, Kléber Leite, Luiz Mendes, Jorge Cury e tantos outros.

Eu não levei para o Maracanã um radinho mas sentia a falta de informação que a gente estava acostumado em qualquer jogo. Faltava alguma coisa e eram aqueles caras falando, descrevendo, narrando, informando que eu tinha em casa. 

Esse era o Maraca de meu tempo. Arquibaldos e geraldinos lotavam mais de cem mil cabeças em qualquer clássico aí.

Era um tempo onde todos os presentes aplaudiam uma jogada de classe, como se num espetáculo em um palco de grama, um jogador virar uma bola de uma lateral a outra e encontrar o peito do colega de camisa que dominava e colocava na grama como se fosse algo simples de fazer. Aplausos e orgulho, indiferente de camisa ou rivalidade porque éramos o país do futebol arte.

Havia respeito apesar de torcidas diferentes, camisas diferentes.
Haviam Garrincha, Pelé e tantos outros... 


Havia um fosso que separava os geraldinos do gramado. Esse era meu Maraca!

Eu tive o privilégio de pisar naquele palco do mundo do futebol. E joguei cinco vezes vestindo a camisa do Botafogo de Futebol e Regatas, num torneio fazendo a preliminar de jogos do Roberto Gomes Pedrosa, que deu origem ao brasileirão de hoje.
Bem verdade só vencemos um dos jogos e foi contra o Vasco, que, como o Botafogo de seu Néca (ex jogador Manoel Vitorino) era rígido no controle das documentações falsas, os famosos "gatos". Os outros clubes não disfarçavam nada e até mesmo "menino" que servia ao exército entrava em campo para vencer da gente. Eu só tinha doze anos, como a maioria de meus colegas do "dente-de-leite" que era a nossa categoria até quinze anos.

Esse dia foi a despedida de Pelé e nós fizemos um corredor em volta do campo para sua volta olímpica

Próximo ao "seu Néca", meias arriadas, Luizinho Rangel



O rádio sempre esteve presente em minha vida.
Meu avô materno, aos sábados, chegava de sua jornada de mascate e, depois de comer alguma coisa, no calor, deitava em uma esteira num pequeno espaço de quintal cimentado onde corria um vento. Junto dele seu rádio a pilhas e, logicamente, eu e meus primos.
Ele deitava e ligava seu rádio num programa que contava histórias que os ouvintes enviavam para a rádio Tupi, num programa chamado Incrível, Fantástico, Extraordinário que ia ao ar sempre aos sábados as 14 horas.
Eram histórias macabras, de fantasmas, terror que o programa fazia ir ao ar como uma radionovela.

Nós meninos ficávamos apavorados com as histórias e prestando atenção em silêncio naquelas narrativas que davam arrepios no meio da tarde calorenta e assustava qualquer barulho naquele instante.

Antes desse programa tinha a Patrulha da Cidade - que dava as notícias criminosas com bom humor - e depois, creio eu, programas de futebol.

Foi uma época gostosa...

Meu primeiro rádio foi como esse mas na cor branca.
Ali comecei a ouvir as Rádios Tamoio e Mundial com seus programas de músicas sucessos no mundo inteiro. Beatles, Rita Pavonne, Roberto e Erasmo, a Jovem Guarda. 
Meu time quando jogava nas Rádios Globo, Tupi e Nacional.
Foi um companheiro de longa jornada. Até 2016 eu ainda mantive o hábito, ouvindo rádio durante o expediente de meu trabalho noturno. 

Quando veio a demissão, em casa, os hábitos mudaram junto com a evolução que relegou as rádios em um plano inferior, subjugado a internet e seus recursos.

Eu gostaria de relembrar muitas coisas de que vivi ouvindo rádio em minha vida. São histórias incontáveis e personagens também que fizeram parte de mim durante anos. Há pouco tempo foi embora o Gilson Ricardo e seu coração bondoso, sua simplicidade e riso solto. Depois foi o Apolinho.
A gente sente como se fosse um parente próximo mesmo sem nunca ter chegado perto deles.

No tempo de meu Maraca, o Apolinho e Denis Meneses eram repórteres de campo na Globo. Assim como eles, na concorrente Tupi, Kléber Leite e Ronaldo Castro não deixavam a peteca cair. 
Eram muito bons no que faziam!

Saudosismo demais.
Tantas histórias.
Minha vida.
Memórias vão longe...




segunda-feira, outubro 21, 2024

Desabafar Eu Posso?

 

Acho que não estou pronto para morrer. Creio que ninguém está.

Mas quando suas opiniões e modo de ver as coisas ou viver incomodam, quando suas esperanças parecem pessimismo puro para quem te cerca, então, se não se consegue o sonho de eremita, melhor ir embora.

Sim. Meu modo de ver a minha vida atual é ser um eremita ou quase. Não conviver com ninguém a não ser aquelas que te sirvam vez ou outra com pouco contato e nenhuma conversa ou muito menos opinião.

Estar num canto seguro e ver o seu tempo se ir passando entre um descanso e outro da mente. O meu tempo em isolamento porque não mais tenho quem me queira por perto. Afinal, as minhas opiniões são sinceras e, eu creio assim, puras, mesmo em debates que serei vencido. Não sei ser politicamente correto e não dizer o que sinto, o que penso se acho estar certo. Mas não pode. "Você fere as pessoas!"

Daí então, porra, eu não sirvo mais para nada? 

Porque não gosto mais de sair de casa, me preocupo com os meus próximos mais que devia, temo as assustadoras devastações climáticas e me faço recluso, não mais sou porra nenhuma a não ser um velho "doente" que ninguém mais quer por perto.

Sou repreendido como criança para não falar ou fazer alguma coisa antes que possa estar com alguém ou naquela situação.

Sou um nada até para meus netos, pequenos, influenciados ou não. 

Tento ainda sonhar mas sei que é mais frustração do que esperança.

Eu nada tenho para me segurar mais... Devo ser visto como uma aberração, uma doença.

Preciso ficar longe de quem eu acho que não me quer por perto e, descubro que não posso estar perto de outras pessoas a não ser que eu nada fale, ou ouça. 



Desde que as boas lembranças me abandonaram por sentir que não sou lembrança de ninguém, a minha mente trabalha diferente. Eu ninava para dormir lembrando das paixões, dos bons momentos e alimentava esperanças... Deixei que se fossem de mim. Lembranças e esperanças também.



Qualquer ligação que passa em meu bloqueador me acelera o coração e mexe com minhas deduções.

Qualquer palavra de carinho ou elogio me deixa cheio de vida.

Não passo de um merda que vive trancado dentro de casa, que tem crédito de ninguém, que reza dia e noite para que a família esteja em paz, que realizem seus sonhos, que nunca mais dependam de mim para nada e que tem medo do futuro e das tempestades.

Eu não sou nada e por isso queria estar sozinho, bem longe de todos. Esses que são os mesmos que deveriam estar a meu lado, me apoiando. 

E ontem sonhei com alguém me dando prazer e me fazendo de novo homem. Há muito tempo não sentia esse tão gostoso presente.

Depois sonhei com uma pessoa que não vejo há anos e ela estava tão jovem, alegre e radiante. Trazia consigo um companheiro, também novinho e bem calado. Ela festejava uma vitória de haver conseguido alguma coisa grande que alguém que estava comigo comentava.

Estive calado mas feliz por vê-la ou por seu sorriso ou por sua presença em meu sonho. Estive calado. Paralisado.

Uma dor enjoada sobre meus olhos indicam que a sinusite está de volta.



Uma dor em meu ser que me fez começar a escrever persiste em ficar. E mastiga meus pensamentos em ações que devo seguir daqui em diante, mesmo sem saber como, pois não serei eu mesmo.

Uma verdadeira vontade de me ir embora dessa vida... Coragem se faz necessário para abreviar você mesmo aquilo que já não se tem.


Eu penso em descer desse trem da vida sem esperar a minha estação.

Nada mais tenho.

Nada mais sou.

Nada importa.

Sou pessimista, só falo merda, maluco, doente... Para que ficar aqui? Posso estar atrapalhando a vida deles.


Coragem!

Quem sabe uma hora dessas...

quinta-feira, outubro 17, 2024

Que Resta

 De que forma tratar com a vida nossa aos tempos que restam?

Em mim, o futuro é mais sinistro que eu possa imaginar no momento atual. E vejo gente fazendo planos de futuro, viagens para 2025, eventos e festas, como se ignorassem aos fenômenos naturais que se apresentam cada vez mais ameaçadores e devastadores.

O deserto do Saara alagado

Secas imensas, queimadas, tempestades nunca vistas, deserto alagado? Furacões onde, pela força hoje, querem aumentar a classificação para mais que 5 em destruição.


Milton visto por satélite

Mas quero escrever sobre meu momento.

Olhando e conversando sobre mim, me vejo sem motivos e perdendo cada vez mais forças de vida, de estar por aqui.

Esses dias tentei conversar com alguém pela internet usando app's de relacionamentos, conhecer pessoas... Muito mal consegui foram pessoas que precisavam de muita ajuda ou outras que aplicam golpes. Decepção.

A minha vida diária, minha rotina, começa ao me sentar na cama e orar por volta das oito horas da manhã e as gotas de Rivotril que tomo ao tentar dormir por volta das duas horas da madrugada seguinte... Muitas vezes esse é o momento que mais gosto e as vezes reluto em parar. Entre esse espaço, uma rotina de incertezas, temores, tristezas, impotência diante do implacável tempo que passa rápido demais, até. A depressão toma conta através de guerras, catástrofes e de ver minhas esperanças em números de apostas não serem contemplados. Minha única esperança de um pouco de paz.

Num programa ontem de TV onde se mostravam os estragos dos furacões Helene e Milton, também a tempestade com números recordes em São Paulo, uma cientista, com cara de assustada e sem esperanças, dizia "Não há lugar no mundo onde não vai haver efeito de mudança climática".

Bill Gates, em outra reportagem que li na net, falou em "Ou outra pandemia ou a Terceira Guerra para resolver um problema grave que está aí". Lembrei-me do milionário personagem do livro Inferno, de Dan Brown... 


"O mundo só tem dois caminhos nos próximos anos: uma grande guerra ou uma nova pandemia."  ( Bill Gates, setembro de 24 - Fortune )


Mas esse que escreve pressionado pela depressão eminente, sabe que seu tempo é curto nessa vida/viagem e, olhando em volta, persegue a PAZ que ele sonha. Não mais sonho como antes...

Não tenho mais amores e minhas paixões se foram de mim faz tempo. Eu mereci, creio.😔

Não tenho mais prazer porque o tempo e as condições atuais não mais ajudam ou permitem.

Eu tinha uma amiga lá do Goiás, de anos na net, linda e corajosa em sua trajetória de vida, nascida em berço de ouro e que perdeu tudo em tão pouco tempo... Um irmão, o marido, o pai, sua saúde em um câncer que lutou muito em sofrimentos para vencer junto com sua mãe - que era o que restou - levada pelo COVID. Quanto sofreu aquela criança! 

E Júlia Gabrielle me deixou sozinho ao sair do site onde a gente se encontrava em mensagens, vez em quando.😔

Eu a chamo de fadinha e não posso postar suas fotos porque não gosta.

Só ela me chamava de Velhinho e me dava carinho e puxões de orelha. E era assim por causa dessa figura do Pernalonga que adotei como minha imagem na net.



E fiz meu "inventário" somando o que tenho além dessa rotina e espera em Deus.

Um irmão com Alzheimer cuidado por atual cunhada que não goza de saúde perfeita e precisa de ajuda.

Filhos endividados, cada um a seu modo, que discordam em tudo desse velho pai por erros passados e outras coisas mais. Não aceitam meu modo de viver, por exemplo. Mas fazer o que e aonde? 

A esposa que trabalha para um pouco mais de conforto, sacrifício grande em sua atual condição de saúde e em parte pelo que faz pelos outros num hospital. Ela tem a benção de Deus e por isso leva em frente, encara desafios por um bem maior de humanidade. 

Família onde todos precisam de certa urgência ajuda. Sogra, cunhados, sobrinhos, amigos mais chegados.

Minha amiga que perdeu seu único filho homem tragicamente, transformou seu coração, seu interior e a sua vida... Dói em mim seu sofrer.

Então, se esqueci de alguma coisa, não me faz diferença... Meu sonho é de PAZ. Uma paz que só chegaria se eu pudesse ajudar aos meus e mais alguém. Uma paz que sonho e persigo a tanto tempo em prêmios de valores, em loterias. Não desejo mais riquezas ou vinganças, ou prazeres e orgias. Quero só ter um cantinho onde me sinta seguro, onde possa me esconder das tempestades e saber que todos os meus se encontrem bem, felizes e prósperos. Vivendo.


Queria, meu Deus, essa PAZ!


segunda-feira, outubro 07, 2024

Feliz Aniversário


 

O blog, desde sua criação, sempre lembrou esse dia...



Que Nossa Senhora do Rosário te abençoe e proteja sempre!!!


domingo, setembro 15, 2024

Preciso De Mim

 Estou a caminho das 1000 postagens... Chegando.

E penso que pairaram dúvidas quando me atentei para o número se chegaria. Estou perto agora e, mesmo assim, sem saber se chego aos 1000 ou já em dúvida por parar o Ser ali.

O mundo passa por mudanças climáticas que, agora, parece preocupar os mais descrentes de algum tempo atrás ao verem chegar até eles fatos, e até mesmo consequências, como a onda de calor que assola todo um continente que queima literalmente - acabei de ler - 60% de seu território com previsão aumento de temperatura em dias próximos.



A notícia de hoje é a Chuva Negra.

A minha preocupação é com a subsistência da agricultura e pecuária, uma vez que a maior parte está agora na área mais afetada, o Norte e o Centro Oeste.

Não espero boas notícias para os próximos futuros dias, meses e anos. Sou pessimista por verdades que enxerguei anos passados, pelos meus temores e por uma sensação estranha que venho sentindo faz tempo.

Claro que depressivo, buscando isolamento, tentando sonhar com alguma coisa que pudesse me esconder dos maus tempos e suas consequências drásticas mas, infelizmente, meus sonhos não se realizam.

Ficou uma coisa em minha cabeça que oro bastante pedindo pelo meu perdão e por coragem todos os dias, a todos os santos, novena por novena, oração por oração: o simples fato de um final de tudo que me apavora, me torna tenso e sem esperança todo dia.

Nessas horas, minhas lembranças me fazem voltar a um tempo de "glórias", vivendo um auge, vivendo paixões. Não havia ameaças que eu temesse. O mundo era maravilhoso até mesmo embaixo de tempestades, tragédias e tudo mais. O que é a tal da paixão! Como ela nos trata, maltrata e modifica!

Eu fiz coisas que considero inimagináveis... Um dia eu não liguei para o mundo, desligava a tomada da vida e, nas nuvens, eu era feliz. Era forte, destemido e homem.

Mas estamos em outros tempos. Tempo de agradecer pelos dias que se foram. Eu vivi e não posso mais temer nada a partir desse pensamento. Deus foi comigo bondoso, amigo, e sempre esteve a meu lado.

Ele talvez me dissesse "se você quer eu te darei, mas lembre-se que sempre há um preço a pagar!".

Eu tive muitas coisas que nem posso contar. Eu, ingrato, fui feliz e insaciável em minhas faltas e Ele sempre me acolheu de volta. Aqui estou, pois não, entre tantos livramentos um atentado a mim mesmo e um infarto que sobrevivo por Vossas graças, eu sei.

Deus é bom!

E Ele sabe bem que busco uma forma de coragem para escudo, sentindo falta daqueles motivos que me fizeram um dia ser diferente, Viver.

Tudo se foi. E tanto se perdeu que nem dá mais para contar.

Ainda assim, aquele "O futuro a Deus pertence", me faz crer hoje que "jogam tudo na conta Dele" quando se trata do que está por vir, do amanhã. O passado já foi futuro, um dia. E eu sempre futurista, preocupado com o amanhã desde sempre. 

Os meus dias atuais refletem para mim que os meus orgulhos de vida nunca foram vitórias. Que nem sempre fui merecedor apesar de meu esforço. Nunca parei para ver meu lado sombrio. Nunca acreditei ser ruim, querer o mal... Mas fui.

Olhando para trás, não mais vejo valores naquilo que me tornava feliz. E sempre enxerguei primeiro as derrotas, as tormentas, as dores da perda e a humilhação.

Olhando para trás só me vejo sem valor algum, como reles Ser que seguiu pensando em felicidades. Nunca agradeci por tudo isso. São 67 anos e contando minutos, dia após dia, vivendo da Graça e com Ele para pedir PAZ. 

Eu troquei tudo pela liberdade e prazeres da vida. Depois, com tanto o que pagar pelos feitos, busquei a Paz... E ainda assim, coração da gente não apaga as tais paixões.💔 



Enfim, eu tinha tanto a escrever, mas quando sento aqui misturo tudo e não consigo lembrar do que queria, então, escrevo assim o que me passa pela cabeça. Ou coração.



domingo, setembro 08, 2024

Baby Boomer. Eu Sou, Mesmo Que No Fim

 Geração Baby Boomer (1945 – 1964)

Essa geração tem como principais características a valorização da família, a busca pela paz, ter uma carreira e ganhar dinheiro, sendo que esse deveria vir pelo sucesso na carreira e não o dinheiro em si mesmo, o que para muitos era a busca pela realização pessoal.


Tal qual as características que acabei de ler agora sobre a minha geração como descritas, eu assino embaixo: Sou um Baby Boomer. 
O termo em sua tradução se refere a "explosão de bebês" mundo afora no pós guerra.

Eu nasci quase no final da geração e vi nascer a geração seguinte, e as outras sem que me atentasse para as minhas características, tendo a evolução mundial como pano de fundo das diferenças que me foram "obrigadas" a ver e aceitar... "O mundo mudou", diziam.

Estranho é que eu sentei para escrever sobre outra coisa, outra ideia de texto.
Queria descrever o prazer e, inusitadamente, recorrer as diversas formas de lembrança. Como se conversando com alguém muito íntimo pudéssemos trocar fatos e informações vividas ao lado do prazer. E o prazer que me refiro é aquele maior, que transforma corpo, mente e até o espírito: sexo.

E saber, por exemplo, onde foi o lugar mais longe que fez?
Qual foi aquele que mais marcou? Aquele dia que mais durou?
Por aí... São tantas as situações, seriam tantas histórias!

Ser Baby Boomer e ter a realização pessoal como busca me caracteriza até mesmo sexualmente. É certo.
Eu não fui certamente um garanhão de muitas aventuras e mulheres. Primeiro, talvez, por saber que eu só me interessava se houvesse alguma coisa que me fosse atraente, que me tocasse o instinto. Me considerava controlado em relação a sexo e mulheres. Deveria haver um padrão em minhas escolhas e considerações.
Não fazia somente por fazer. Me reservava a esse direito e frequentei algumas casas de sexo com no máximo três histórias para contar.



Eu hoje, anos passados, posso considerar essa postagem para a minha "carreira" como a realização pessoal que consegui encontrar em uma só pessoa. Ainda que tente, nunca vou conseguir descrever os prazeres vividos, os momentos felizes. Mas posso dizer, como bom Baby Boomer que me realizei pessoalmente naqueles pecados. 
Aquele Ser fazia parte de meus sonhos mais escondidos, libidinosos, que pensava não existir, em meu âmago. 

Pois surgiu, cruzou o meu caminho, me fez acreditar em mim, me tornou outro homem, me deu tudo que nunca imaginei ter... Inclusive dores, sofrimentos, decepções, amarguras, vergonhas e muitas perdas. Eram parte daquele jogo, quero crer.
Não poderia ser maravilhas para sempre! Nada é perfeito!


Família, Paz, Carreira, Sucesso e Realizações Pessoais.
Baby Boomer. Uma geração que sobrevive passando por outras tantas e vendo surgirem mais outras, diferentes, "cheias de defeitos" ao nossos olhos que já não enxergam bem, aos nossos sentidos que estão fraquejando ultrapassados, as nossas presenças que atrapalham, ao incômodo de ser ou estar na idade atual. No final, nós BB's é que estamos defeituosos com nossos conceitos e lições daquilo que vimos passar, com aquilo que vemos ou somos obrigados a ver hoje e - sei lá - seguir por aí, pelo meio deles, como fizemos por tantas gerações depois da nossa.


Já li muito sobre não dizer "No meu tempo..." Acho que nunca existi então.

Hoje mesmo dois meninos estiveram em minha casa para um serviço e, me assusta ouvir de um rapaz de 16 e outro de 29 anos, educados e trabalhadores, que não sabiam o que eram válvulas, os dispositivos antes dos transistores. 



Tá bom, essa poderia ser difícil! Mas não saberem o que é nata do leite? 
A gordura do leite que existiu quando eu ainda era criança... Deixa pra lá! Coisa de velho mesmo.




Vou voltar as minhas Realizações Pessoais, sonhar com elas, conversar comigo mesmo e responder algumas questões memoráveis. Mesmo em minha geração, não encontro alguém mais para uma prosa como essa. Existem regras que BB's respeitam ainda.

Posso ao menos garantir que, para me "realizar pessoalmente" no assunto que coloquei, tinha uma química, uma ligação, o prazer a dois bem conectado. Superar a você mesmo era sua meta e, então, o prazer inigualável deixava o ego em êxtase por dias transformando tudo a sua volta.



Baby Boomer, quem diria!!!
Superados, quebrados, esquecidos ainda por aí.
Somos alguns, somos poucos ou muitos, quem sabe. Mas temos boas histórias para contar.
Pena que já não servem para nada o que vivemos, é o que me parece.



quinta-feira, setembro 05, 2024

Snoopy & Eu

 O que fazer quando o dia passou, você nada fez e não há mais o que ver na TV às 23 horas?

Eu tenho a ideia de tentar explicar o que acontece comigo. O que penso de mim e minha vida.

Os amigos estão por aí. Já não são mais os mesmos porque a vida segue, os caminhos se encurtam e não mais se cruzam. 

A família, que resume a primos, que nada mais têm um com outros, apesar de estarem perto, numa cidade pequena, os laços parecem não serem mais objetos de união. Então, eu que vivo mais longe, o que tenho?

Disseram, eu soube, que não me conheciam, uma vez indagados por lá... Triste, viu!

Meus irmãos nunca foram próximos. Sempre mandaram em mim e nunca aceitaram a minha condição diferente em dez anos que me beneficiaram, supostamente. 



O mais velho está distante 800 km como sempre gostou de estar, mas agora tem sua saúde debilitada e causa em mim só preocupação. O do meio, vive aqui perto, mas não quebre um só minuto de sua rotina que arranjas um problema. Ele, por sua vez, não acredita na doença do mais velho. Engana mesmo o tal Alzheimer.

Meus filhos vivem a sua vida, a sua maneira e, de sirvo porque me recolhi e gosto de paz. Se não concordo, estou errado. Mas se precisam batem aqui... Filhos serão sempre assim, não?

Me sinto sozinho e faz muito tempo. 



Temo o futuro incerto e nada mais sonho para mim. Afinal, sem amores, sem paixão, não há o que viver no sentido de aproveitar o que se tem de bom. E ainda a saúde que não me ajuda mais.

Mas esse é um caso de abandono tipo "estava escrito". Daqueles que a gente ouve sempre que tem alguém a seu lado muito mais jovem, bonita ou com impedimentos, por exemplo, casada.


A gente não acredita, né... O momento é tão bom, tão vivo a gente se sente que não quer crer ou tem medo de nada.

Sou pouco do que restou.

Não me orgulho de nada mais.

Convivo solene com a depressão e temores que nem sei explicar ou esperar. A ansiedade me toma conta num cotidiano que, quando insistem em modificar, me tornam raivoso, rancoroso e violento por dentro. Boto toda minha angústia junta e vou remoendo com os problemas a minha volta. Aparecem as saudades misturadas em sonhos de sorte que só ela poderia modificar ou aliviar, me tirando de onde não mais tenho sossego. O sossego que acostumei a sentir na solidão.



E estou escrevendo. Já são quase 1000 postagens do Ser.

Acho que, se conseguir chegar lá, vou decidir ainda continuar ou parar com ele.

Tenho alguns poucos leitores (será?) que não me dão o prazer de um só comentário desde 2013. Foi a madrinha do blog quando ainda podia... São tantos anos! Como estará? E sua filha? A pandemia, a política, sua faculdade, aquelas amigas. 

Até bem pouco tempo eu tinha a Júlia no MeWe... Acho que quase ninguém sabe desse APP.

Ela saiu mais uma vez e, dessa vez, sem avisar. Aí eu saí também.

Que falta me faz! Mesmo não tendo post's eu sabia que ela estava lá. Minha única amiga. Minha admiração e conforto, mesmo tendo a sua vida despedaçada ela me confortava com palavras, puxava minhas orelhas. Júlia Gabrielle. A Jú.


Depressivo estou e sinto.

Mas não adianta gritar para o mundo o que se cria dentro de mim.

Rezo e peço por um fim sem sofrer, se assim me for abençoado. Que meus dias nessa vida tortuosa tenham valido alguma coisa para alguém ou para mim. Que meus pecados sejam absolvidos. 

Enfim, o que pedir se tenho muito agradecer por ter chegado aqui e vivido?

Ele sempre esteve a meu lado. Será que na hora que me desprender o espírito dessa matéria eu vou ver?

O que ficará em minha retina? Minha última visão.

Na série Shogun, época dos samurais no Japão, a ênfase da morte sobre a vida é uma coisa simples que se troca por um motivo de honra ou mesmo por uma simples ordem. 

O estrangeiro naquele meio fica perplexo como "a vida é criada e tirada" sem a menor hesitação.



Os tempos são outros. O mundo muda de uma forma assustadora e ameaça a vida no planeta. Tempos nunca pensados antes que viriam chegar. Mesmo assim, a vida continua. O homem segue até que seja a sua vez... Ela é certa, a morte. Então seguimos e ficamos como se anestesiados diante do mundo.



Destino, futuro e razão. Eram sonhos antes... 


terça-feira, setembro 03, 2024

Efeito De Causas

 Dei início a uma limpeza de memórias após meu último post, onde começo a sentir a verdade ser mais forte que as esperanças de um dia qualquer em meus sonhos.

Sim. Principalmente aquelas que mantinham vivas as minhas lembranças de ser feliz, de mim mesmo, de vida. Minhas imagens, meus momentos onde me enxergava homem, feliz e ainda forte.


Quanta coisa guardada em fotos e vídeos!

Quantas lembranças e surpresas... Era preciso apagar tudo mesmo. Afinal, não vejo um futuro tão longo para minha existência e, quem sabe, alguém acessar não possa ser de boa para mim, meu legado.

Então... A ninguém interessaria mesmo esses guardados senão a mim. 

Achei que essa é a hora para não mais sentir saudades e recorrer a quem fui um dia. Assim como a minha vida, essas memórias vão se apagar aos poucos, ao longo desse tempo, ou rapidamente. Só não devem serem vistas.

É isso.

Passou mais um dia em meu minúsculo mundo de reclusão. Não tenho muito aqui hoje para escrever.

A rotina foi igual. As horas se foram como sempre e, com as velhas novas dores pelo corpo de assistir TV, "O Mundo Visto de Cima" quando nada mais interessa em vários outros canais, procuro a cama, o Kwai ou mesmo uma série até ouvir a oração da noite e tentar buscar o sono. Ele me desliga do mundo que vai em minha mente junto ao travesseiro.

Por diversas vezes, ao despertar e saber que estou aqui, resmungo e tomo coragem pela minha inutilidade em muitos dias. Anos. 

Por diversas vezes peço perdão a Deus e, automaticamente sigo até me deitar outra vez e esperar.

Normalmente durmo pouco entre duas e oito da manhã, apesar do Rivotril.

Me falta tanto em coragem... Motivos de seguir, lutar. Amores que um dia me fizeram fortes e cheios de esperanças em sonhos. Eu vivi.

É... Agora preciso de perdão.

O Senhor é Bom!!!


É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...