O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

quinta-feira, setembro 05, 2024

Snoopy & Eu

 O que fazer quando o dia passou, você nada fez e não há mais o que ver na TV às 23 horas?

Eu tenho a ideia de tentar explicar o que acontece comigo. O que penso de mim e minha vida.

Os amigos estão por aí. Já não são mais os mesmos porque a vida segue, os caminhos se encurtam e não mais se cruzam. 

A família, que resume a primos, que nada mais têm um com outros, apesar de estarem perto, numa cidade pequena, os laços parecem não serem mais objetos de união. Então, eu que vivo mais longe, o que tenho?

Disseram, eu soube, que não me conheciam, uma vez indagados por lá... Triste, viu!

Meus irmãos nunca foram próximos. Sempre mandaram em mim e nunca aceitaram a minha condição diferente em dez anos que me beneficiaram, supostamente. 



O mais velho está distante 800 km como sempre gostou de estar, mas agora tem sua saúde debilitada e causa em mim só preocupação. O do meio, vive aqui perto, mas não quebre um só minuto de sua rotina que arranjas um problema. Ele, por sua vez, não acredita na doença do mais velho. Engana mesmo o tal Alzheimer.

Meus filhos vivem a sua vida, a sua maneira e, de sirvo porque me recolhi e gosto de paz. Se não concordo, estou errado. Mas se precisam batem aqui... Filhos serão sempre assim, não?

Me sinto sozinho e faz muito tempo. 



Temo o futuro incerto e nada mais sonho para mim. Afinal, sem amores, sem paixão, não há o que viver no sentido de aproveitar o que se tem de bom. E ainda a saúde que não me ajuda mais.

Mas esse é um caso de abandono tipo "estava escrito". Daqueles que a gente ouve sempre que tem alguém a seu lado muito mais jovem, bonita ou com impedimentos, por exemplo, casada.


A gente não acredita, né... O momento é tão bom, tão vivo a gente se sente que não quer crer ou tem medo de nada.

Sou pouco do que restou.

Não me orgulho de nada mais.

Convivo solene com a depressão e temores que nem sei explicar ou esperar. A ansiedade me toma conta num cotidiano que, quando insistem em modificar, me tornam raivoso, rancoroso e violento por dentro. Boto toda minha angústia junta e vou remoendo com os problemas a minha volta. Aparecem as saudades misturadas em sonhos de sorte que só ela poderia modificar ou aliviar, me tirando de onde não mais tenho sossego. O sossego que acostumei a sentir na solidão.



E estou escrevendo. Já são quase 1000 postagens do Ser.

Acho que, se conseguir chegar lá, vou decidir ainda continuar ou parar com ele.

Tenho alguns poucos leitores (será?) que não me dão o prazer de um só comentário desde 2013. Foi a madrinha do blog quando ainda podia... São tantos anos! Como estará? E sua filha? A pandemia, a política, sua faculdade, aquelas amigas. 

Até bem pouco tempo eu tinha a Júlia no MeWe... Acho que quase ninguém sabe desse APP.

Ela saiu mais uma vez e, dessa vez, sem avisar. Aí eu saí também.

Que falta me faz! Mesmo não tendo post's eu sabia que ela estava lá. Minha única amiga. Minha admiração e conforto, mesmo tendo a sua vida despedaçada ela me confortava com palavras, puxava minhas orelhas. Júlia Gabrielle. A Jú.


Depressivo estou e sinto.

Mas não adianta gritar para o mundo o que se cria dentro de mim.

Rezo e peço por um fim sem sofrer, se assim me for abençoado. Que meus dias nessa vida tortuosa tenham valido alguma coisa para alguém ou para mim. Que meus pecados sejam absolvidos. 

Enfim, o que pedir se tenho muito agradecer por ter chegado aqui e vivido?

Ele sempre esteve a meu lado. Será que na hora que me desprender o espírito dessa matéria eu vou ver?

O que ficará em minha retina? Minha última visão.

Na série Shogun, época dos samurais no Japão, a ênfase da morte sobre a vida é uma coisa simples que se troca por um motivo de honra ou mesmo por uma simples ordem. 

O estrangeiro naquele meio fica perplexo como "a vida é criada e tirada" sem a menor hesitação.



Os tempos são outros. O mundo muda de uma forma assustadora e ameaça a vida no planeta. Tempos nunca pensados antes que viriam chegar. Mesmo assim, a vida continua. O homem segue até que seja a sua vez... Ela é certa, a morte. Então seguimos e ficamos como se anestesiados diante do mundo.



Destino, futuro e razão. Eram sonhos antes... 


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  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...