
Santo Domingos, República Dominicana, 1966.
No acampamento da FEB (Forças Expedicionárias Brasileiras), exército brasileiro, um
soldado dorme pesado em sua cama de campanha sob a lona da barraca destinada
aos praças.
O negão quase não cabia na cama de tão grande.
De repente ele desperta e, de pé ao seu lado, o oficial de dia o olha e espera, com caras de poucos amigos.
_ "E então, soldado?".
O negão ainda zonzo olha em volta e responde:
"_ Xi, tenente... Roubaram a barraca!"
Enquanto dormia, os seus colegas de farda o retiraram com cama e tudo para fora da barraca e o deixaram aorelento, no pátio do acampamento. Coisa que só brasileiro faz
mesmo...
O negão passou dias de cana.
Uma das muitas histórias que meu irmão Sidney conta de suas aventuras aos 19 anos como voluntário para a campanha da O.E.A. contra as guerrilhas naquele País.
Ele não sabe dizer ao certo, nunca confirmou, mas acha que deixou por lá algum herdeiro (a) também. Ou seja, meus seis sobrinhos de três mulheres podem ter irmãos no Caribe.
Eu lembro que o campinho de futebol que jogava minhas peladas nos fins de tarde era caminho para minha casa e, foi ali que ele me deu a notícia, chorando e ainda de farda,
chegando do quartel. Como se criasse coragem para enfrentar a minha mãe.
Para ela foi muito duro ficar na angústia de seis meses sem seu primogênito e mais querido dos filhos.
Mas eu acho que protegeria da mesma forma qualquer um de nós três que ficasse
longe dela e em
meio a um conflito, com riscos grandes de não voltar pra casa.
No dia do embarque, Base Aérea do Galeão, cedinho estávamos junto a corda que separava-nos da pista.
À nossa frente haviam 3 poderosas aeronaves em suas pinturas de camuflagem.
Eram os enormes C45, os Búfalos.
A tropas então, em marcha, começaram a aparecer e a formar
junto dos aviões.
Aí então, depois de uma solenidade simples, foram liberados para as despedidas
junto aos familiares.
Feito isso, retornaram, formaram-se de novo e aguardaram a ordem de embarque.
Não sei explicar bem porque, mas lembro que os motores desses aviões (quatro) precisavam de uma explosão que era feita por cartuchos para a dar partida. Como se
fossem uma bomba, tamanho barulho e labareda que soltava a cada "tiro".
No primeiro estouro, a hélice começando a girar e meu irmão em fila para embarcar, minha mãe querendo passar por baixo da corda de isolamento, gritava:
"_ Meu filho não vai nessa merda não!!!"
Tudo isso é para lembrar que hoje é aniversário desse mano mais velho que tanto respeito e gosto.Ele passa por turbulências pessoais no momento que vive hoje mas vai sair e superar com a ajuda da fé. A sua grande fé que o trouxe de volta daquela e de tantas outras aventuras, talvez até mais perigosas.
É... Com o gênio de minha mãe, o gosto e a coragem para aventuras, a inteligência e seu modo de ser direto e explosivo, podem tê-lo trazido até aqui.
No acampamento da FEB (Forças Expedicionárias Brasileiras), exército brasileiro, um
soldado dorme pesado em sua cama de campanha sob a lona da barraca destinada
aos praças.
O negão quase não cabia na cama de tão grande.
De repente ele desperta e, de pé ao seu lado, o oficial de dia o olha e espera, com caras de poucos amigos.
_ "E então, soldado?".
O negão ainda zonzo olha em volta e responde:
"_ Xi, tenente... Roubaram a barraca!"
Enquanto dormia, os seus colegas de farda o retiraram com cama e tudo para fora da barraca e o deixaram aorelento, no pátio do acampamento. Coisa que só brasileiro faz
mesmo...
O negão passou dias de cana.
Uma das muitas histórias que meu irmão Sidney conta de suas aventuras aos 19 anos como voluntário para a campanha da O.E.A. contra as guerrilhas naquele País.
Ele não sabe dizer ao certo, nunca confirmou, mas acha que deixou por lá algum herdeiro (a) também. Ou seja, meus seis sobrinhos de três mulheres podem ter irmãos no Caribe.
Eu lembro que o campinho de futebol que jogava minhas peladas nos fins de tarde era caminho para minha casa e, foi ali que ele me deu a notícia, chorando e ainda de farda,
chegando do quartel. Como se criasse coragem para enfrentar a minha mãe.
Para ela foi muito duro ficar na angústia de seis meses sem seu primogênito e mais querido dos filhos.
Mas eu acho que protegeria da mesma forma qualquer um de nós três que ficasse
longe dela e em
meio a um conflito, com riscos grandes de não voltar pra casa.
No dia do embarque, Base Aérea do Galeão, cedinho estávamos junto a corda que separava-nos da pista.
À nossa frente haviam 3 poderosas aeronaves em suas pinturas de camuflagem.
Eram os enormes C45, os Búfalos.
A tropas então, em marcha, começaram a aparecer e a formar
junto dos aviões.
Aí então, depois de uma solenidade simples, foram liberados para as despedidas
junto aos familiares.
Feito isso, retornaram, formaram-se de novo e aguardaram a ordem de embarque.
Não sei explicar bem porque, mas lembro que os motores desses aviões (quatro) precisavam de uma explosão que era feita por cartuchos para a dar partida. Como se
fossem uma bomba, tamanho barulho e labareda que soltava a cada "tiro".
No primeiro estouro, a hélice começando a girar e meu irmão em fila para embarcar, minha mãe querendo passar por baixo da corda de isolamento, gritava:
"_ Meu filho não vai nessa merda não!!!"
Tudo isso é para lembrar que hoje é aniversário desse mano mais velho que tanto respeito e gosto.Ele passa por turbulências pessoais no momento que vive hoje mas vai sair e superar com a ajuda da fé. A sua grande fé que o trouxe de volta daquela e de tantas outras aventuras, talvez até mais perigosas.
É... Com o gênio de minha mãe, o gosto e a coragem para aventuras, a inteligência e seu modo de ser direto e explosivo, podem tê-lo trazido até aqui.

Tem nada não, Mano Véio, vai passar...
BEIJO E PARABÉNS.