A gente chega a certa idade e os questionamentos mudam na vida.
Depois de muitas perdas de pessoas que faziam parte de seu mundo você se dá conta de quantos anos fazem que está por aí.
Gente da gente, amigos e parentes, até aqueles que você nunca esteve perto mas conviveu vendo na TV ou ouvindo no rádio.
E lá se foram tão cedo, meu Deus!!! (Resmungos penalizados, indignados.)
Aqueles que a gente jurava imortal... Lá se vão.
Há uns meses, tirando os cuidados que são rotina, chegou a ameaça a minha pele numa mancha no nariz. Assusta, podem crer.
Também a anunciada perda da visão do olho esquerdo, por dois médicos como garantia de previsão.
Esses dias uma terceira opinião busquei, inconformado e vi uma pequena esperança que me alegrou o ser.
Mas devo falar de minha barriga que há uns meses se avoluma e me incomoda. A princípio esteticamente, mas, como não mais tenho pretensões ou esperanças de conquistas, me entreguei ao destino, por assim se dizer, não ligava. Mas agora o incômodo é diferente e, hoje, escrevo aqui o medo e a incerteza que me gera o desconforto estomacal ao comer uma fatia pão ou um prato de comida.
É ruim querer viver sua rotina e não querer comer, mesmo tendo fome.
É ruim pensar em tratamentos, em ir a médicos, tomar mais remédios que os dez diários que já faço uso e que podem muito bem serem a causa desse problema.
Escrevo para registrar. Nada mais posso fazer.
Tudo é do Pai!!!
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