Eram 00:10h do dia 19 de fevereiro em 1957.
Numa casa na velha Avenida Trindade, nº125, em São Gonçalo, no velho Estado do Rio de Janeiro, uma senhora acabava de dar a luz a mais um menino.
Segundo ela contava, o sofrimento já durara desde cedo, e, apesar de acompanhamento médico, os partos eram realizados em casa naquele tempo. Assistida pelo Dr. Armando Lontra, ela viu nascer mais um rebento, roxo pelo trabalho em vir ao mundo, terceiro homem dos três que teve.
A senhora ficou decepcionada porque queria uma menina e já havia até escolhido nome: Marion.
Sua decepção também contava a gravidez, forçada, segundo relato, por uma camisinha furada.
É, D. Maria, de onde quer que esteja, sempre tomando conta desse filho com quem brigou muito, educou e criou em meio a turbulências pela sua separação, quase que sozinha.
Sem dizer quer ele era "temporão", perseguido pelos irmãos por ciúmes, etc, etc...
Afinal, eles não tiveram tudo que o mais novo tinha, incluindo regalias.
A mamãe, dentro de sua possibilidade e próprio modo de ser, era carinhosa e cuidadosa.
Zelou pelo bem estar e segurança, tomou conta mas sempre com muita liberdade e esclarecimento sobre o mundo. Eram anos 60, 70 e tudo mudava muito rápido.
Minha primeira formatura foi no jardim de infância, em Silva Jardim.
Esse aniversário marcou muita coisa em nossas vidas. E também foi o único que tive festa, com chopp e bolo de sorvete e muita gente em nosso quintal.
Bons tempos com o crescimento em dia.
Muitos ainda duvidam, mas aí era o Botafogo de F.R.. Eu aprendi muito nos 4 anos que estive por lá. Dos 12 aos 16 anos.
A juventude falando mais alto, com amigos de infância, de férias em Saquarema. Depois seria o pré-vestibular...
Um casamento bem cedo e dois belos meninos.
Hoje, 52 anos depois de tudo, os sacanas tiram foto de meu cochilo na sala.
Retrato do que sobrou desses caminhos por aí...
Minha mãezinha querida já não está aqui presente para me dar um beijo nesse dia, mas, com toda certeza, vive ao nosso lado espiritualmente e nos protege e ajuda.
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