O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

domingo, dezembro 02, 2007

Novas Perspectivas

Eu conheci o Carlos Teruya em meados dos anos 80, quando ainda era funcionário de uma empresa pela qual trabalhei 21 anos.
Carlos também era funcionário de uma empresa que prestava assistência técnica para equipamentos em nosso laboratório. Um serviço especializado, em cromatógrafos, que, por ser a fabricante única em território nacional, a tal empresa gozava de prestígio e de situação no mercado com exclusividade. A demora era grande quando se necessitava deles.

O nosso primeiro contato não foi muito bom. Achei o cara muito novo e pedante, além de ser "paulista". Explico: ele já chegava "agredindo" para não dar chances.
Mais tarde, quando já havíamos feito uma amizade, ele mostrou porque.
A sua carreira foi meteórica naquela empresa. Do silk screen dos equipamentos a um bom carro e viagens por esse Brasil afora (e adentro), ele começava a sentir a falta de casa por ficar na estrada muito tempo, atendendo a clientes nos mais variados lugares e isso "stressava" e acabava com a simpatia e boa vontade de qualquer um. Eles eram exclusivos e isso também contribuia de certa maneira. Carioca (para ele e para muitos, todos que são desse Estado do Rio, são cariocas) eram gozadores e ele se "defendia" antes que fosse alvo dessas gozações.

Um tempo depois, recebi o Carlos em meu laboratório. Já era o responsável pelo serviço de cromatografia da fábrica inteira e o Carlos já era a Intecrom, empresa que montou junto com sua irmã Cristina e que, com muito de seu trabalho, viria a fazer frente a antiga pela qual atuava.


Eu sai da empresa que trabalhava em 99 e perdi o contato com o Carlos em função dos percauços dessa vida. Há pouco tempo, num desses relances ao acaso na net, encontrei a Intecrom e consequentemente o Carlos me reencontrou.

A um convite seu, estive em São Paulo para para ver a nova fase de sua vida e claro, a sua "nova" Intecrom, sua família, um novo cara. O tempo faz coisas com a gente, não é??!!!

Mesmo sabedor de sua verdadeira paixão por crianças, fiquei extasiado em vê-lo de terno e gravata, bem cedinho na porta de uma creche, com aquela coisinha pequena no colo a ser entregue. O carinho e o cuidado com a pequenina Bianka, de 1 aninho, refletem o pai da Camilla, de 6 anos. A imagem ainda é a mesma, mas o cara amadureceu e eu fiquei e estou feliz por tudo que vi.

A Intecrom ainda é o Carlos, mas ele a divide com mais 11 pessoas que o ajudam a gerir negócios. Negócios que ele mesmo conseguiu diversificar com sua experiência de longos anos.

Hoje, o cara já não vai a "campo" e comanda de sua base, perto de sua família (inclusive sua bela irmã Cristina) uma equipe de competentes colaboradores. E digo isso porque a Intecrom para mim é o Carlos. Sempre foi. Não faz muito tempo que o via atender telefones, vender, comprar, negociar de todas as formas e cumprir a agenda de técnico que vai até o cliente.

Eu vi aquele moço, entre um tempinho e outro, em meio a um sem número de equipamentos velhos, sem uso, sonhar com o seu próprio. Ele se sentia capaz para fazer isso.

Pois bem. O que vocês vêm aí embaixo é o "filho" mais novo, chamado G8000 sendo montado em instalações próprias, que lhe rendeu um prêmio de design em 2005, por uma revista especialiazada.





A Intecrom agora é também Usacrom, Quimicom, Novacrom, enfim, um pool de empresas em uma só, para servir de forma abrangente a quem trabalha e necessita de cromatografia. Ela vende "soluções em cromatografia".


As instalações de cursos voltados a prática da técnica.

Enfim, o Carlos, como sempre foi, é um vencedor de muitas batalhas e eu sempre o admirei por sua garra e inteligência. Acessorado por sua irmã, pelo Fernando e com colaboradores como os que lá convivi, ele ainda tem muita coisa boa para ver chegar.

Nessa última sexta-feira, eu o vi chegar a sua Intecrom por volta das 7h. Vestido com a elegância do dia-a-dia, ele escondia um cinto por debaixo das suas calças, que apertava a região abdominal para que pudesse sentir menos a dor que o incomodava desde quarta-feira.

Por volta das 18h, ao sair do curso que participei com o professor Fernando, soubemos que ele já estava no hospital para mais uma série de exames. À noite, conforme me falou ontem por telefone, passou por uma cirurgia de vesícula e se recupera bem.

Ele tem planos para esse camaradinha aqui. E são planos grandes, como tudo que pensa, como empresário que quer, que deseja, que tem garra, que saiu lá de baixo com todos e tudo que teve enfrentar.

Eu estou feliz por ele e mais ainda por uma chance. E vindo de um lutador como o cara, o desafio é maior, sei. Mas também é força e inspiração e eu preciso desse apoio, dessas oportunidades de aprender. O Carlos, a Cris o Fernando e eu temos cada um de nós uma história diferente a contar de vida. Assim como qualquer ser humano, podemos sonhar e tentar sermos melhores.

Aprendermos com a vida e com bons exemplos dela é necessário. Eu tenho agora muitos exemplos e uma nova parte de experiências a viver.


Um comentário:

Anônimo disse...

Também conheci o "Carlão" em meados dos anos 80 e tive o privilegio de trabalhar com ele na mesma empresa, aquela com certa exclusividade. Com ele, sua irmã Cristina e sua Mamãe, a Lu. De fato, por um período, eu é que agendava as viagens para visitas de manutenção dos equipamentos cromatográficos. Também por um acaso do destino, tive o prazer de reencontrar os Teruya´s e poder orgulhar-me dos degraus superados. Acreditem, esse homem trabalhava no hospital com seu celular e pequenos encontros com sua irmã acabavam por virar assuntos de trabalho. Seu Notebook também estava lá, também adoecido, pois faltava o bendito ponto de rede. Ainda bem. Quando falava de sua empresa é como se falasse da própria família. Contou-me tudo nos detalhes, desde a saída daquela empresa até seu novo início árduo, mas vigoroso. Puro orgulho estampado na sua cara de dor pós-cirurgia.

Abraços a todos

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...