Vida

Então... Vamos contar a vida.
A vida de cada um de nós, em capítulos ou num resumo, é bem difícil de ser contada. Pelo menos esse é meu modo ver. Já tentei várias vezes e me perdi no tempo e espaço ou não lembrei de coisas importantes naquele momento, afinal, quero fazer direito, com detalhes e fatos.
E como é difícil... Tenho lembranças de minha infância, em Silva Jardim, ao lado de meu amiguinho e vizinho Zé Luiz, do Hotel de dona Cerinha, da comida no fogão a lenha, do jardim de infância, dos doces aos domingos no campo de futebol da cidade (inigualáveis), das brincadeiras a beira da linha do trem e do grande canavial que eram os fundos do quintal da casa que morava.
Do único ônibus (Chevrolet) que levava o povo a cidade mais próxima, Rio Bonito, e das aventuras pela BR 101 neste ônibus pelos lamaçais de até metro de altura em barro vermelho. O que me assustava era a apreensão dos adultos ao olhar pela luz dos faróis a chuva insistente, os caminhões sendo puxados por tratores da prefeitura e os sacolejos do velho Chevrolet de cara feia vencendo o atoleiro com a perícia de seu velho motorista... Eu lembro dele mas não sei mais seu nome e isso para mim é um detalhe que não pode faltar.

Silva Jardim atual mas quase nada mudou.

Me pego ainda nesta casa perto da estação de trem e da febre ao pisar num "sauí" e da dor daquela queimadura.
Também foi ali que acordei na cama de minha mãe com todos os primos e tias em volta e o rosto enfaixado por causa da mordida de um pastor alemão.
Via meu pai e meus irmãos saírem de bicicleta a tarde em direção ao campo de futebol da cidade para "treinar" e acho que eram algumas vezes na semana; na garupa de uma bicicleta meus irmãos me levavam a alguns lugares como o rio Capivari, canavial a dentro para pescar piabas ou na beira do muro da casa de um conhecido - Mainga - para pegar jambos. Com meus primos era a "fábrica" de bijú e, claro, uma fugidinha para tomar banho de rio e a coça de meu tio Pessanha depois, claro...rsrsrsr.
Seria preciso situar que a cidade de Silva Jardim, no velho Estado do Rio de Janeiro, anos 60, Garrincha, Pelé, rádio a pilha, primeiras TV's...

São muitas lembranças e eu gosto de detalhes. Aí então não consigo e fica o projeto que vira projeto adiado, que vai sendo esquecido por coisas do dia a dia...
A minha mente atual anda mal humorada. Reflexo do qual deixei meu canto aqui abandonado, quase não escrevo mais.

E lá se vai mais uma...

Preciso voltar

Deixei meu cantinho sem nada escrever por um bom tempo.
Um pouco de preguiça, um pouco de revolta com tanta coisa que aconteceu na política, no cotidiano.
As vezes desisto de tentar gritar e não ser ouvido.

Coisas assim como R$2,7 milhões para três jogadores (?????) de meu clube de coração e obras demarcadas pela senhora FIFA que leva nosso povo a merda de um caos em saúde e educação mergulhando a economia em gastos pavorosos para tão pouca coisa. Copa do Mundo e Olimpíadas não tiram das ruas o medo do cidadão cada dia mais de ser morto por monstros assassinos movidos por drogas que atiram na cabeça de uma vida valiosa aos 19 anos, no portão de sua casa, fria e convictamente sabedor da não punição.

JUSTIÇA é o pior câncer deste País.

Depois volto.
Só passei para um olá.

Em Meu Niver

Ontem, fui buscar numa folhinha de calendário a inspiração.
A frase do dia 19 de fevereiro em 2009 era:
"A preocupação é como a cadeira de balanço: mantem você ocupado porém, não o leva a lugar algum".
Queria não esquecer dela...

Os santos do dia:

SÃO CONRADO DE PLACÊNCIA

BEATO ÁLVARO DE CÓRDOVA

SÃO GABINO

ROGAI POR NÓS!!!!


 

5.6

Hoje conto mais um ano de vida nesse mundão de Deus.
Tenho que agradecer a Ele por tantas bênções nesse caminho.
Orgulhoso de meus filhos, meu neto, minhas sobrinhas-netas.
De meu pai sempre ao nosso lado.
Tanto para agradecer!!!

Não gosto de festa com bolo e parabéns quando o aniversariante sou eu.
Mas me faz um bem danado as manifestações de carinho. Um abraço, um beijo, uma afago são os meus presentes.

Eu já comecei faz tempo a viver memórias... Acho até que estou ficando bem treinado para o futuro que não tarda (rsrsrsrsr....)

Beijo no coração de vocês.

CATITA (por Mano Sidy)

Esse relato vc. deve conhecer, mas, vou relembrá-lo:

"No final do século passado, aí por de 1998, não havia tantas redes sociais na internet, talvez apenas o ICQ, então usávamos as salas de bate papo como ferramenta de comunicação e conversas lúdicas. Bem, havia umas 12 pessoas numa sala do TERRA, entre os quais um brasileiro nos USA, fazendo pesquisas sobre enzimas animais. Contei o caso de Catita e eu. No dorso dos meus pés tinham verrugas que me incomodavam para jogar minhas peladas descalços,nos joelhos e no dorso das mãos também eram uma praga. Um dia, Catita começou a lamber meus pés, onde estavam as verrugas, três dias depois, deu um coceira do cacete nas verrugas, com medo de coçar e aquela porra cair e sangrar, fui com cuidado passar a mão....e para surpresa uma verruga caiu sem mais nem menos, associei as lambidas da Catita, e comecei a dar petelecos nas malditas verrugas e elas voavam longe e não sangrava. Pensei, pqp, foi a saliva da Catita...chamei e dei o dorso das mãos e os joelhos para ela lamber, enfim, caíram todas as verrugas. Então esse brasileiro das pesquisas sobre enzimas, disse: é verdade que na saliva de alguns animais tem uma enzima que destrói o vírus desta praga, mas, também, tem a mesma enzima em algumas mulheres, localizada nos fluidos vaginais...oba vagina. Não pude perder a chance, e então escrevi, É POR ISSO ENTÃO QUE NUNCA TIVE VERRUGAS NA LÍNGUA! Desfez-se a sala na mesma hora...as mulheres foram as primeiras a saírem.

CATITA, e enzimática cadela, Vagina, o melhor tratamento para não se ter verrugas na ponta da língua.

Abraços mano véio caçula, do mano mais véio, Sidy.

 

Catita deitava-se ao lado da cama de minha mãe quando ela estava doente e dali não saía.
Mamãe contava que em dias normais ela, Catita, não entrava na casa...

A Vida Real ou a Realidade da Vida

 De certa forma, a vida à minha volta me deixa muito deprimido.

Vejo "evoluir" as pessoas e aumentar o número de violências gratuitas a medida que cresce o número de pessoas, carros, etc.

Os anos passaram para mim. Já reclamo há tempos da falta de valores deixados de lado pelos "SERES" humanos. O que me minha mãe ensinou parece ser crime e precisa ser comentado em voz baixa, por poucas pessoas que deles se lembram e se indignam como eu quando se depara com a falta que faz no dia-a-dia. Corre-se riscos de sermos descobertos e sofrermos assédio daqueles que acham que estamos errados em "respeitar os mais velhos, ser cavalheiro, ter modos, desejar bom dia - boa tarde - boa noite, e outros".

 

Mas a coisa vai além.

Estamos vivos, temos saúde, cuidamos dos nossos, nos sentimos úteis... Mas até quando?

Me dou conta que já passei dos cinquenta, que já tenho as marcas e avisos de meu corpo para isso e, levando em frente a vida, não nos importamos até que...

 

Não sou muito de tumultos, não gosto de trânsito carregado e sou emérito crítico ao êxodo que assisto em todo fim de semana, feriadões e carnaval principalmente, em minha região.

Infelizmente, vivo no caminho desse êxodo de verdadeiros "loucos" que trocam tudo por isso, para estar em meio a isso e dizer que foi "curtir", "descansar" na Região dos Lagos.

Mas fico estarrecido ao notar que fica por aqui ainda uma multidão que não era notada há poucos anos. A minha cidade ficava vazia, poucas pessoas na rua, calma geral. Foi assim um dia...

 

Sábado, passei por experiência que me fez tentar escrever esse post.

Dormia o sono de quem passou toda uma semana desgastante de ir e vir para o trabalho nessa época de carnaval. Já havia me decidido a ficar em casa, companheira despachada junto com parentes e, enfim, pronto a descansar.

Fui acordado pelo toque do telefone e a notícia de meu pai não estar passando bem, ao mesmo tempo que, pela janela, vi o trânsito impedido, a rua em frente a meu prédio tomada, um bloco mais adiante e me tomou o pânico então.

O que fazer? Para chegar a meu pai já seria difícil sem esse impedimento.

Para piorar, ouvi trovões de uma tempestade que se aproximava... O que fazer?

Meu pai tão perto e tão distante, não bastasse o seu íntimo de NÃO QUERER AJUDA de ninguém nessas horas... O que fazer?

 

O mesmo sentimento de impotência que me leva a revolta por algumas coisas que não consigo mudar mais e, com certeza, a verdadeira impotência pela vida que se vai, a cada dia, a cada hora e me deixa para baixo.

Aí imagino meu pai. São noventa e três anos...

O desânimo que sinto vez por outra, meu pai explica quando não quer mais fazer algo que muito gostava.

Aos 93, com uma cabeça privilegiada, o corpo agora o impede de ser como era há poucos anos (que para ele poucos dias) e ele não aceita. Sempre foi resistente, sempre se orgulhou de ter se cuidado quando jovem, dos exercícios na cama com as pernas antes de se levantar, de ter jogado muito futebol e sempre agradeceu a Deus ter chegado aqui assim.

Posso entender a depressão de meu pai numa luta inglória contra o tempo e a realidade que se mostra a ele em seu corpo.

A maneira de dizer "Não vou me entregar" é não aceitar ajuda. Nem mesmo quando caído num chão de banheiro, sem entender porque, consciente de aquilo não pode ser nada, que não está acontecendo. Ele não acredita...

 

Por entender plenamente que um dia vai embora, sempre organizado, já me deu instruções várias do que quer, como quer e mostrou documentos, etc.

A cabeça privilegiada não aceita o corpo fraquejar e isso o deixa triste, muito triste em sua vida simplória, dentro de casa, fazendo as mesmas coisas, cumprindo seus "rituais" e horários.

REALIDADE, de ti tenho medo...  Mas escrevo.

E, como quando ele me falava e mostrava "Caso venha a faltar", a fuga de lhe dizer "Que nada, meu pai, vamos falar de outra coisa" já perde força em meu pensar.

REALIDADE, se afasta de mim, pô!!!! 

 

Não sei. Nunca pensei REALMENTE em perde-lo.

Já tentei contra a minha vida, já esperei viver pouco, tenho medo da morte, mas meu pai parecia eterno em sua fortaleza de bem, de vida, de conselhos e atitudes, de justiça.

A vida sabe que ainda posso daqui seguir primeiro, claro.

A realidade da vida real choca e transtorna.

Pedimos forças em orações e, sem mais, seguimos.

É o que nos resta. É a vida... Difícil, muito difícil é aceitar.

 

Do Mel a Morte

Semana passada fiquei chocado com as imagens...

Agora me deparo com a notícia:

Estudante morre com 500 picadas de abelha em acidente no RS

Comentários 10

Renan Antunes de Oliveira
Do UOL, em Santa maria (RS)

A estudante Mariana Lucher, de 23 anos, morreu no sábado (2) à noite depois de ser picada por abelhas, após um acidente na BR 158, altura da cidade de Rosário do Sul (a 400 km de Porto Alegre). Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal, Mariana perdeu o controle do carro, saiu da estrada e bateu em uma colmeia de abelhas, quando então foi atacada.

Ela foi levada com vida ao hospital Nossa Senhora Auxiliadora, onde os médicos contaram cerca de 500 picadas em seu corpo. Eles também constataram que ela seria alérgica à picada de abelha.

Mariana era aluna do curso de formação de soldados da Brigada Militar, a PM gaúcha.

Lembro-me que uma festa de fim de ano do laboratório que trabalhava foi interrompida porque um homem com problemas mentais, vizinho ao sítio onde ocorria a festa, "resolveu" jogar um balde de água numa colméia de abelhas...

O pânico foi grande, as picadas foram muitas e o prejuízo também.
A minha cabeça ficou dolorida por dias e muitos ferrões foram dali tirados.
Uma coisa aprendi muito tempo depois:"ONDE HOUVER BARULHO ELAS ATACAM".
Na hora, todos ouviam música, conversavam, as crianças brincavam na piscina... Ainda bem que o prejuízo foi material mas, quem em sã consciência, mantêm juntos uma pessoa com problemas mentais e uma colméia de abelhas num mesmo quintal???????

Voltando as reportagens, quero crer serem dignas de filmes de terror.

MEU PAÍS

Não queria escrever sobre isso.
Tentei não acompanhar... Difícil.
Duro aguentar o nó na garganta e a lágrima insistente no canto do olho a cada relato, detalhes, foto.
Rostos felizes, jovens, bonitos, irradiando vida e futuro.

A violência que assola nosso País é tamanha, imensurável em descasos, corrupção, negligência, egoísmo e muitos outros adjetivos que tiram de nós o sossego e a esperança aos poucos.
Minam as resistências a dor do dia a dia, dos traumas, dos pavores... A sensação de impotência aumenta a cada minuto, a cada absurdo que se lê ou vê em todos os sentidos.

Na cabeça a música de Ivan Lins que diz "Aqui é o meu País.."
Quem dera poder ter só orgulho de tanta beleza, tanta riqueza e poder cantar com ele.

A glória ainda é ter um povo que chora os seus, solidário e comovido.
Pela primeira vez, creio, presenciei O MINUTO DE SILÊNCIO realmente em um estádio de futebol aqui no País.
Um povo tão bom que esquece ordinariamente que é dono de tudo, que manda e não crê, infelizmente, no PODER QUE EMANA DELE PRÓPRIO, conforme a CF88.

Uns dias atras, conversando com um jovem numa oficina, o assunto descambou e acabei falando dela, a CONSTITUIÇÃO. Aí me dei conta de sua expressão e vi que outro jovem que fazia um serviço no meu carro também escutava porque, depois de perguntar ao primeiro se sabia o que era a tal CONSTITUIÇÃO, me olhou e respondeu que não, como o primeiro.
Talvez seja um privilégio de alguns poucos NOSSOS DEVERES E DIREITOS em leis.
Talvez seja desejo de uns poucos que o povo, meus jovens, não se interessem por isso. Eles quase não teem escolas... Mas são obrigados a VOTAR.

Meu luto se transforma em revolta rapidamente.
Em meu coração e mente não interessa culpados nessa hora de tanta dor.
Que me desculpe uma mãe que perdeu seus dois filhos de uma só vez:
A JUSTIÇA é o PIOR CÂNCER nesse PAÍS, então não me interessa.
Aquelas caras bonitas não vão mais voltar.
Futuros médicos, veterinários, etc...

Me parece aqueles pacientes que chegam a porta dos hospitais em nosso País tão lindo e se dá conta que ESTÁ FUDIDO literalmente. Aí saem fazendo escândalo para TV's aproveitadoras e reclamando seus direitos... Mas dias atras estava nas praias lindas de nosso mesmo País festejando o ANO NOVO e vendo hospitais e escolas serem queimados em alguns minutos... Todo ano tem.

Meu luto é diferente.
Me perdoem.
A violência nesse País, de todas as formas possíveis e imaginárias, me tornou mais crítico ou mais revoltado. Muito mais também medroso, temeroso, sem perspectivas, descrente.
Eu sou do povo. Eu sou o povo.
Mas QUE PAÍS É ESSE????
QUE POVO É O NOSSO???

Teremos COPA do MUNDO e OLIMPÍADAS. Isso deve bastar.
Quebrem tudo e refaçam, transtorne a vida de todos em nome de um tal LEGADO de ELEFANTES BRANCOS que nada vão acrescentar em pelo menos 5 Estados.

ACORDA MEU POVO!!!
CONHEÇAM SEUS PODERES.
CONHEÇAM A CF88 e CLAMEM POR UMA MAIS MODERNA ONDE SE FAÇAM VER AOS ORDINÁRIOS QUE MANDAM AGORA QUE ELES SÃO NOSSOS EMPREGADOS, NÃO DONOS.

Ou continuem vivendo como índios de 1500.
Vendo seus filhos se transformando em produtos que não queriam.
Vendo as drogas, a desigualdade e injustiças, somando-se a absurdos de vidas ceifadas como a mãe com seu bebê no ventre que morreu ABATIDA por um monstro, que vamos pagar para ser alimentado, gastar as horas de advogados, promotores, juízes para dar em nada.
Ele volta as ruas e faz de novo.
A PENA DEVERIA SER DE MORTE, em minha modesta opinião.
É UM MONSTRO e não deve ficar solto. Precisa ser exemplo para outros não fazerem covardias iguais ou piores, CERTOS DE IMPUNIÇÃO.

Em SANTA MARIA, RS, a dor é maior e maior a cada história de vida, a cada lembrança.
A fatalidade pode ter ajudado mas outros planos ceifaram aquelas vidas.
Que País diante de comoção se mobiliza para achar outras casas com o mesmo defeito de corrupção barata, imbecil???
E o "meu" RS, gaúchos orgulhosos num Estado tão grande carece de pessoal especializado voluntário para cuidar de seus entes? De sangue do Brasil todo afora???
Perdoem a minha ignorância mas me parece campanhas de aproveitadores.

Vou ficar nesse roda viva e não pararei de escrever...
Meu luto é diferente.
Creio ver o País morrer aos poucos, com um povo "ORDEIRO" e muita sacanagem na SODOMA que chama Brasília.

A minha dor é pessoal e intransferível.

2012... Mais Um.

Estava fazendo minha barba e querendo pensar em outras coisas que não as que habitam a mente por esses dias. Dúvidas, expectativas, saúde, ansiedades... Vou ao blog, resolvi.
E pensei em tentar escrever sobre - seriam sonhos? - aqueles momentos que a gente já viu em imagens, queria fazer. Desejos que nos trazem esperanças.
Por exemplo: quem não viu em filmes o crepitar de madeira queimando numa lareira em uma casa bonita?
E para completar, se assim se faz presente, um amor sereno e doce mas selvagem em sua plena e vigorosa paixão?
Pensei naquilo que nunca fiz e gostaria de viver, creio.

Pensei em realizações assim e comecei a escrever.
Mudei para aquilo que poderia tentar mudar em mim. Por exemplo, não mais brigar comigo mesmo quando o sentimento de justiça, do certo pelo certo se faz presente no cotidiano e eu não consigo me controlar, entro na causa e acabo tomando para mim a "bronca" sem que eu saia satisfeito por ter feito. Arrependido, na maioria das vezes.

As fantasias que sempre foram muitas, já me fizeram ouvir músicas em momentos inesquecíveis, em meio a paixão maior que tive e vivi em um certo pedaço da vida.
E foram algumas. E foram com uma só pessoa. E foram sofrer e gozar os mais belos e gostosos momentos que a gente não consegue apagar da memória.
Ela já vai longe como o tempo e, mesmo assim, a despeito de tudo, não posso negar esse passado contra as suas próprias convicções onde afirmava que "o passado não existe"... Nunca concordei.

Já sou avô de um belo e abençoado moleque.
Joguei bola com meu pai, com meus irmãos e com meus filhos. Uma vez com todos ao mesmo tempo.
É um orgulho de homem, de vida. Poucos conseguem um feito como esse.
Outra coisa que gostaria de poder mudar em mim é essa insegurança que chegou quanto ao futuro próximo. Sou aquariano e dizem que a gente pensa muito no "passo adiante". Mas eu não temia tanto como agora. Enfrentava com mais vigor, esperava com mais força.
Acho que o vivido e a idade desgastaram isso em mim mas não tiraram a essência de pensar no que virá, agora temido.

Voltemos as cenas.
Que tal uma sacada bem alta, uma cortina fina de neve e toda uma paisagem branquinha pintada de alguns pontos de cores diferentes?

Paris e suas luzes? Os campos da Inglaterra em suas pequenas vilas? Praias paradisíacas do Caribe?
Me ajudem descrever outras.
Um lugar, uma cena que você gostaria de ter estado, vivido. Momentos que a vida se faz presente e presente se faz.
A PAZ.

O AMOR anda junto e carrega a PAIXÃO para aquecer e o manter vivo.
Podemos SONHAR.
Sonhar com lembranças, com futuro imaginário e belo, com aquilo que se gosta e quer...
SORTE de poder estar aqui ainda e contar, escrever esse momento.
Sorte de ter conhecido tanta coisa, tanta gente. De ter feito parte em vidas, em amizades, ajudar e ser ajudado.
BENÇÕES dos Céus em tudo. Minha casa, minha família, meu trabalho... Tantos nunca tiveram nada para contar ou perderam pelo caminho.

E gostaria de poder mudar o Ser humano. Principalmente o Brasil dos brasileiros que me revolta tanto ao ver na TV famílias em frente a câmeras vivendo o drama da perda de um ente e culpando médicos, hospitais quando, reportagem seguida, se vê milhões em preparativos para a grande queima de fogos na praia... Quantos hospitais se queimam em 15 minutos? Quantos salários dignos? Escolas?
E vejo pais desmaiando pela dor e pela impotência ao crer de fato que seu filhinho(a) se foi.
A minha revolta é maior quando "a culpa é dos médicos que não puderam salvar" e não de quem atirou e acertou a cabecinha inocente.
Esses mesmos pais e parentes não olham dessa forma. O médico que não estava lá para atender não puxou o gatilho criminoso. As vezes, Ser como nós, eles se veem impotente diante de uma criancinha com um tiro na cabeça.
Culpem a esse monstro, vizinho e "muito boa gente", respeitado porque anda armado e "manda" no lugar. Porque não, senhores?

Não vou mudar nada com minhas opiniões e pensamentos. Não vou mudar o mundo.
Ouvi isso ontem de mais um colega quando não aceitei determinada situação e externei isso.
Daí, logo depois, me sinto exausto, cansado mesmo. Impotente por querer lutar e ser em vão.
Queria tanto um mundo melhor, uma gente melhor. A vida poderia ser mais e mais...

Voltemos ao belo.
O belo é o sonho.
Um dia sabia que seria avô. Mas nunca sonhei com isso, acreditem.
O Davi é a realidade que se faz presente e cresce rápido, com saúde abençoada, risonho como a mãe e fruto de muitas mudanças.

Pensei nas criancinhas sob um teto de zinco, sem ter para onde fugir quando o sol abrasador destes dias castiga sem clemência em temperaturas absurdas acima de 45ºC, enquanto o meu Davi, abençoados que somos, sentia isso mesmo podendo contar com o conforto que nos foi dado.
"Meu Deus!!! Como sobrevivem???" CUIDA SENHOR!!!!

Não quero mais ir longe. Não quero me alongar.
O fato é que lá se vai mais um ano.
E quem diria que estaria por aqui em 2012?
Cinquenta e cinco já foram vistos ou vividos. Não posso reclamar.
Que venha mais um e ainda que seja igual em dias, horas, minutos e segundos, possa alimentar os momentos de nossas vidas em ESPERANÇAS.
SONHOS, BÊNÇÕES, PAZ... FUTURO NA VIDA DE TODOS.

Que A LUZ DE UM NOVO ANO Ilumine OS HOMENS DE BOA VONTADE e traga A PAZ EM SAÚDE, EDUCAÇÃO, RESPEITO A VIDA, A TERRA, AOS BONS MODOS, AO PRÓXIMO, AO BEM ACIMA DE TUDO E, se não for pedir muito, A ALEGRIA de poder estar por aqui e ver tantos outros nascerem na ESPERANÇA de ser melhor sempre.

Meu relax

E chegou o sábado.
Trabalhar à noite a semana toda torcendo por essa chegada. Afinal, voltar pra casa sabendo que hoje a noite não preciso ir ao Rio... E serão duas noites.
E, em minha rotina, incluo o meu brinquedo da sala e o acesso a net. Ela me proporciona o YOU TUBE com um som que para mim é só elogios a Phillips.
Na sala, relaxo de frente a TV, buscando no site que acho fabuloso as mais loucas coisas.
Penso em alguma coisa (em geral música), digito um nome e saio pelas opções mais variadas possíveis. Encontro cada coisa.

Hoje, sei lá porque, quis ouvir o som de uma sanfona e sua melodia gostosa, suave.
O primeiro nome então "Gonzaga", Luiz o Rei do Baião.
E, quase vi o filme completo lançado agora. Ficou para depois.
O Fantástico fez uma pequena série que pude ver em sua totalidade de 28 minutos.
A história do velho Luiz é longa, clássica, valorosa e de glórias. Qual brasileiro dele não se orgulha?
E ele "defendia" tanto o nordeste e suas coisas que Lampião era para ele um herói que ele admirava.

Pouco sei sobre o Rei. Aprendi a gostar com o tempo, com sua importância. A respeitar o trabalho, a obra.
Genival Lacerda, Elba Ramalho, Dominguinhos, Fagner... Amigos e aprendizes.

Já faz tempo que o mestre se foi.
Seu filho também.
Querendo ouvir a sanfona gostosa, lembrei de Dominguinhos, mestre hoje, aprendiz de Luiz outrora. Ele me encanta com seu jeito simples e seu talento.
Hospitalizado, cheguei as lágrimas de pensar a perda que um dia será enivitável também.
E trouxe até a mim próprio o sentimento, em minha hora, o que vou deixar.
Com certeza a obra desses grandes não os deixarão passar.

Dominguinhos, no Programa do Jô (2010) falou de seu medo de avião e contou que a última vez que voou foi por imposição do mestre, para um show em Teresina.
E ele imitando a voz e jeito de Luiz, contou que o mestre lhe falou ser o "meio de transporte mais seguro, que ali viajavam Sarney e tantos outros políticos... Então: se não cai com essa eles vai cair com a  gente, rapaz?".

Melhoras Dominguinhos! O Brasil precisa ter você mais um tempo.

Niver e Natal

O cantinho aqui completa mais um niver hoje.
Acho que são seis... Tudo começou com o incentivo de uma amiga linda de longe, que só conheço virtual e amo de paixão.
Beijos Vivi. Esse ser iluminado de olhos da cor do céu, inteligente e fantásticamente corajosa.

Que seja o Natal de paz.
Que a Estrela Guia nos ilumine os caminhos.
Que se renove o Ser em cada um e possamos seguir abençoados.

FELIZ NATAL!!!

À tempo: A MINHA X, COM TODO CARINHO. OBRIGADO POR SUAS PALAVRAS E INCENTIVO. VOU FAZER O QUE DISSE SIM. UM BEIJO EM SEU CORAÇÃO.