A Wikipedia me diz uma coisa inédita
ao pesquisar a frase “Este não é um País sério” que até então atribuía ao
General De Gaulle.
A Guerra da Lagosta, como denominado jocosamente à época pela imprensa, foi um contencioso entre os governos do Brasil e da França, que se desenvolveu entre 1961 e 19631 .
Episódio pouco conhecido na História das Relações Internacionais do Brasil, girou em torno da captura ilegal de lagostas, por parte de embarcações de pesca francesas, em águas territoriais no litoral Nordeste do Brasil.
- Embora a frase "le Brésil, ce n’est pas un pays serieux"
("O Brasil não é um país sério"), seja tradicionalmente
atribuída ao então presidente da França, general Charles de Gaulle, neste contexto, na
realidade foi pronunciada pelo embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza Filho,
referindo-se à inabilidade com que o governo brasileiro conduzia este
contencioso.
- À época, na imprensa francesa, suscitou-se uma polêmica curiosa: se
a lagosta
andava ou nadava. Caso nadasse, poder-se-ia considerar que estava em águas
internacionais; caso andasse, estaria em território nacional brasileiro,
uma vez que se admitia à época que o fundo do mar pertencia ao Estado
Brasileiro.
- No debate diplomático entre o Brasil e a França, a comissão brasileira foi assessorada pelo então Almirante Paulo Moreira da Silva, especialista da Marinha do Brasil na área de Oceanografia. Durante os debates, os especialistas da França defendiam que a lagosta era apanhada quando estava nadando, ou seja, sem contato com o assoalho submarino (considerado território brasileiro), momento em que, longe do contato com a plataforma continental, poderia ser considerado um peixe. Nesse momento, o Almirante Paulo Moreira tomou a palavra, argumentando que para o Brasil aceitar a tese científica francesa de que a lagosta podia ser considerada um peixe quando dá seus "pulos" se afastando do fundo submarino, então teria, da mesma maneira, que aceitar a premissa do canguru ser então considerado uma ave, quando dá seus "pulos". A questão foi assim encerrada a favor do Brasil.
Desculpem ao leigo aqui mas “QUEM DIRIA,
HÉIN????!!!!!!
Nota: não encontrei uma foto do ilustre embaixador Carlos Alves...