O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

quarta-feira, abril 11, 2012

Tragica Comédia Cotidiana

Ontem a noite, já bem instalado no ônibus indo para o trabalho, conversava com o motorista habitual de bem com o horário.
Fomos surpreendidos pela parada geral do trânsito na altura da Ilha de Mocanguê e dava para ver que a coisa era além ou no vão central da Ponte Rio-Niterói e que o fluxo, de maior intensidade no sentido Niterói aquela hora estava completamente nulo. Nada passava a não ser alguns carros da concessionária na contra-mão.

De logo vem a curiosidade e a esperança de poder sair dali bem rápido.
Pelo rádio, depois de uns 15 minutos, ouve-se a explicação de ser ação da PRF num incidente que ocorria na altura do vão central que paralisou os dois sentidos de tráfego.
Com a violência que assola nossas cidades nos últimos meses (pasmem: São Gonçalo e Niterói chegaram ao índice de aumento de roubo de veículos de 97% nos 45 dias passados) o assassinato de um PM num posto de combustíveis noite anterior e outras "cositas mas", pensamos se tratar de alguma intervenção, apreensão ou busca da polícia que poderia estar ocorrendo.
Preocupado, eu já havia ligado para o filho número dois, que aquela hora faz o sentido contrário ao meu. Com ele, Graças a Deus, estava tudo em ordem e aproveitei para informar a "barra" que enfrentaria para chegar em casa...



No ônibus, como eu, haviam mais cinco passageiros que iam trabalhar e ficavam apreensivos pelo horário e falta de mais informações. Mas eles não se manifestavam.
Foi quando pela Rádio Globo, ficamos sabendo que se tratava de um sujeito que tentava suicídio querendo jogar-se da parte mais alta da ponte e que os policiais acabaram por dominar.
Então, um dos companheiros de viagem revoltado, soltou essa: " PQP cara, sua mulher te deu um par de chifres não foi de asas, não, seu FDP..."

O trânsito foi liberado em nosso sentido e ainda deu para ver três homens em cima do cara dominado no asfalto.

A situação era tensa, difícil se formos pensar no drama do rapaz que o possa ter levado aquele desespero mas, pensando bem, se quisesse mesmo acabar a vida alí, ele teria se jogado imediatamente e não "dar show" que nem notícia virou. Lamentável...



O mesmo cara que me fez dar boas risadas com sua tirada das asas e dos chifres completou "que no prédio onde trabalha um cara se enforcou usando uma corda amarrada no ventilador de teto, sem alarme algum"...

Muita gente ficou atrasada, revoltada, indignada, cansada. Perderam-se compromissos, horários, etc.
Um drama, uma rotina, muita gente, um homem, um desespero e a comédia que o brasileiro toma para si como motivo para ir em frente.
Duro e necessário... Eu pensava ainda no quarteirão que teria que atravessar por uma rua escura, deserta, cheia de aramadilhas e frequentada por alguns crakeiros dia e noite.
Lembrava que antes, num dos acessos a Ponte, adentrou um "neguinho", boné enfiado quase sobre os olhos, cordão grosso, "bem aparentado" mas que, DOU GRAÇAS OUTRA VEZ, desistiu e desceu tão logo entrou, alegando ter esquecido a carteira. "Abre aí que vou ter que voltar correndo", disse ele. Mas saiu andando bem natural, no seu passo malandreado e com feição de quem ficara frustrado.

No momento que ele entrou no coletivo, o motorista falava ao telefone celular e disse, depois do ocorrido quando estávamos na Ponte, que brincava com um colega mandando ele pegar algum pó na boca perto da casa dele ou algo assim... Vai que essas palavras foram a salvação.

domingo, abril 08, 2012

Eu Gosto

Pesquisa que apareceu hoje no Ig traduz um pouco de um assunto que gosto muito.
Apesar de saber que pode não ser bem assim, a pesquisa pelo menos traz a curiosidade para discutir e me coloca naquela situação da qual aqui já escrevi sobre tabus, sobre conversar franco e abertamente, matar curiosidades e aprender mais.
Eu cresci ouvindo que "nada sabemos sobre mulher"... Mas elas também sempre usaram de "segredos" para dizer o que nós teríamos que aprender.


As fantasias sexuais mais desejadas pelas mulheres


Terapeutas sexuais, sexólogos e profissionais do mercado erótico contam quais os cinco desejos mais comuns das mulheres.

1. Aventura de uma noite só com um estranho ou famoso
Geralmente com desejos sexuais mais reprimidos, muitas mulheres sonham em ter uma aventura de uma noite só com um homem desconhecido. Aproveitar o sexo sem nenhuma preocupação no dia seguinte é a fantasia de muitas. Algumas incrementam a história transformando o desconhecido em um famoso.
2. Ser dominada
Poder colocar-se em posição de submissão sem correr risco nenhum é uma fantasia recorrente, especialmente entre mulheres que no dia-a-dia não podem baixar a guarda. Ficar amarrada à cama, vendada, vulnerável e à disposição do homem que se dedica a dar prazer é um sonho para muitas.


3. Sexo com outra mulher
Diferente dos homens, que raramente têm fantasias de teor homossexual, é comum que as mulheres imaginem como é fazer sexo com outra mulher. Fantasiar a relação entre iguais é mais comum no universo feminino porque culturalmente é aceito que as mulheres troquem carinhos desde pequenas, ao contrário do que acontece com os meninos.
4. Cenários românticos
Enquanto os homens sonham com lugares loucos para uma “rapidinha”, as mulheres pensam em cenários mais elaborados e românticos. Sexo na beira da praia, ao lado de uma cachoeira, em contato com a natureza e com muita liberdade faz parte do repertório de fantasias de muitas mulheres.

5. Agir como garota de programa
Ao fantasiar ser uma profissional do sexo, a mulher se permite fazer coisas que normalmente não faria. Posições sexuais diferentes, roupas provocantes, striptease, topar fazer tudo – desde que mediante pagamento. Imaginar estas coisas faz com que a mulher realize em pensamento algumas vontades reprimidas.



Com consultoria de Oswaldo Rodrigues Jr, psicólogo e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade; Amaury Mendes Júnior, ginecologista, sexólogo, professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Imacolada Marino Gonçalves, terapeuta sexual; Loja do Prazer e Adão e Eva Toys

Eu gostaria de dizer que não é bem essa a visão que entendo, ou melhor, não acredito que esses sejam realmente os desejos sexuais das mulheres. Claro que pesquisa não inclui aquelas que não falam "disso", que acham que é "coisa de intimidade" e não pode ser "exposta"... São elas o meu objeto de "estudo". Elas que se tolhem em abrir uma caixinha de segredos tão simples, de coisas naturais e de prazer.
Há pouco tempo, a Sandy abriu uma intimidade dela numa revista, creio, e foi alvo de polêmica. Mas qual é o problema se a menina tem lá os seus gostos e sabe encarar a coisa com naturalidade?
Acho que quem fez dela um alvo para recriminar deve ser quem mais gostaria de experimentar a coisa ou mesmo não foi tratada como devia para tal experiência... Quando muito, não tem coragem de falar sobre coisas sexuais, abrangentes, naturais, do ser, da vida de cada um de nós.
Não quero ficar sabendo tudo que rola na vida de todo mundo mas acho que esse tipo de asunto deveria ser mais aberto, mais explanado, para ser mais natural ainda.
Será que a ordem desses desejos estão de acordo?
Será que a pesquisa foi buscar as mulheres simples, aleatóriamente?
A pesquisa poderia ser também mantendo a integridade da pesquisada no anonimato. Dê uma opinião aqui mesmo, se quiser.
Acho que teríamos outros resultados para discutir.

sexta-feira, abril 06, 2012

50 mil

Sim, eu gostaria saber se é verdade.

Sim, é de meu interesse saber quem lê as coisitas que aqui deito em palavras... Minhas idéias tontas, meus assuntos antigos, minhas impressões e saudosismos aliados a um "que" de ranzinzices.

E quem pode fazer tanats visitas e não marcar o que achou, o que posso melhorar???

Quase 500000...

Acho mesmo que não devo acreditar.

segunda-feira, abril 02, 2012

Meu Ilustre Conde

2012, abril 02.
Um camarada temeroso dos dias atuais (assim como eu próprio) me convidou ano passado para viajar, conhecer algum lugar mais distante, tipo assim o Nordeste.
Não fosse pela pessoa que conheço, pacato e muito contrito a sua rotina que prefere sempre não mudar, eu não ficaria surpreso.
Mas o camarada é fiel a suas coisas diárias e para modificar alguma coisa é preciso avisar com antecedência de pelo menos uma semana.

Nós, que convivemos com esse camarada desde bem pequenos, sempre o admiramos por ser diferente, por ser tranquilo e simples, muito organizado com suas coisas e, com seus problemas que muitas vezes não conseguíamos enxergar por sua visão, por sua opinião. Ele é radical quando acredita em alguma coisa ou alguma pessoa e, contrariamente, uma caixa fechada de sentimentos que para ser aberta é preciso muita lapidação, muito crédito, muita dedicação.
Difícil saber dele o que está sentindo, principalmente quando a coisa é com você.

Mas é bom demais quando ele surpreende a gente com essas "maluquices" de viajar enquanto o FINAL DOS TEMPOS não chega... "Só falta 1 anos, mano!!!"


"Il conde Hildebrando Ildemico" completa hoje mais um niver.

Meu irmão do meio (e já ouvi dizer que o do meio é sempre diferente, o que podemos comprovar, não é Sidy?) por mais que seja ou se faça afastado, por mais fechado em seu mundo, sua família, e por tantas outras coisas, é admirado e amado a nosso jeito.

Estive com ele ainda este ano, na casa onde já não mora mais e conversamos bastante.
Da última vez que veio a minha casa, para azar meu porque é difícil demais fazer com que ele venha até você (e olha que moramos há cerca de 3Km em linha reta se não isso, 30 minutos à pé, 10 minutos no máximo de ônibus) um acidente na rua desligou a energia do prédio e o pobre ficou preso no elevador... "Não venho mais aqui", dizia ele ofegante depois de subir os sete andares de escada mesmo com a volta da energia.

Na foto acima, de uns anos passados, estivemos reunidos com meu pai na casa de meu irmão mais velho em Aparecida. Coisa rara, viu!!!

Não por ter nascido em local diferente de nós, mas ele sempre foi muito diferente em tudo e damos conta do fato.


Num desses fatos memoráveis, Hidebrandóvsk Ildemikóvsk me convidou (fato raro) para jantar em sua casa. Era 1980 e eu estava de folga em meu trabalho na fábrica onde ele e o mais velho haviam trabalhado também e que ficava mais perto da casa dele do que da minha.
Esperava meu primeiro filho na época com 7 meses na barriga da mãe.
Na madrugada do dia seguinte, fomos acordados por ele e família, apavorado... "A GETEC explodiu, mano!!!" . E revoltado: "Aquela merda explodiu!!!".
Marcou para mim aquele jantar de aniversário dele. O turno que estava no horário da explosão era o meu que trabalhava em regime de cobertura por férias de outro colega e, com isso, meus horários estavam defasados. Eu poderia estar por lá. Eu poderia ter jantado com ele pela última vez...

Além da situação, quase o Victor nasceu antes da hora pelo susto que mãe ficou submetida e esse foi o maior "prejuízo" se não contar a perda de dois colegas.

Mas isso é outra história...

O importante desse post é lembrar o niver desse camarada que muito mais Xavier tem na sua concepção de legitimidade silvajardinense que eu e o Sidy e que não verá o post porque não habita a net ou é amigo de computadores.

O importante é termos ele, suas histórias, seu jeito de ser, com a gente mais um ano.
Minha mãe dizia "pau que nasce torto, morre torto" e não há como mudá-lo.

Il conde dançando com a neta no casório de Victor.

Um beijo mano!
Um abraço meu conde Hilde!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!!!!

segunda-feira, março 26, 2012

Sem Comentários... Loucura e Dor.


Tibetano ateia fogo no corpo contra visita de presidente chinês à Índia

Janphel Yeshi foi levado para um hospital local.
Segundo agência, ele teve 85% do corpo queimado e seu estado é crítico.

(Primeira página do Globo.com, 26-03-12)

domingo, março 18, 2012

Ernani das palavras rápidas


Ficamos sem o Ernani.
Ficamos sem o cara do Record em pronúncia de maior número de palavras em menor tempo.
Ficamos sem um ícone. Mais um que se foi...

A imagem carismática e o bom humor marcaram para mim esse brasileiro orgulho de brasileiros.
Nunca apostei em cavalos, tampouco fui ao Jóquei.
Ernani Pires Ferreira porém, estará na memória de qualquer cidadão que o tenha por acaso ouvido alguma vez.

terça-feira, março 06, 2012

A Vida Contestada Em Momentos

Muito prazer. Meu nome é Altair.
Não gostava muito do nome que fui batizado, apesar de ser pela paixão maior na vida de meu pai e, por consequência da família, até descobrir que este é o nome da maior estrela da constelação de Áquila e uma das mais brilhantes do universo.
Se me permitem, quero avisar para não lerem este post aqueles que não gostam ou não querem se haver com a realidade. A vida e seus poucos valores que o ser humano faz questão de não querer encarar. E o pior é que estes não temem (ou dizem não temerem) a morte em sua maioria. Será?

Aos 55 anos, talvez por estar passando um período, digamos, complicado pessoalmente falando, o ângulo dessa mesma vida para mim está cada dia mais fútil, mais torpe, tênue e até mesmo sem graça.
Sem contar que eu temo a morte, que quero viver as coisas boas que já experimentei um dia, que busco uma saída para alguma coisa que te leve a sonhar ser eterno ou tornar a ver pelo ego próprio o gosto em poder estar vivo quando se desfruta dos prazeres carnais.
Já tive essa passagem quando agarrei-me a paixão repentina e proibida para "encarar" a doença malvada que afetou o que mais precioso a gente carrega em forma de amor: minha mãe.
A coragem para tal situação era fruto de um sofrimento e do alimento da alma que te faz flutuar e seguir renovado a cada encontro, a cada beijo.

A verdade, agora e sempre, é que nada somos daquilo que pensamos ser e dos valores materiais que nos cercam, de conquistas, evolução, sucessos. Aí pensamos em mais e mais, passamos por sobre tudo e até por outros como se imortais, inatingíveis.
Conceitos de beleza, orgulhos, vaidades, discriminação de feio ou bonito, rico ou pobre, poder e fortalezas caem diante do REAL SABER que a vida é eterna luta contra a morte e a espera dessa deve ser adiada ou ignorada na rotina de cotidianos onde tentamos nos esconder de uma coisa que vai chegar, quer queira ou não, não se sabe quando.


Uma bala disparada de uma arma, um veículo sabe lá de onde, um prédio que desaba, o ataque cardíaco, um mal funcionamento de órgão que desencadeia dores e falências, um segundo de descuido, o câncer... Abrimos os olhos a cada dia que se mostra, sonhando ou não, cumprimos mais uma etapa de espera sabendo que só as orações de agradecimentos e pedidos de proteção a Deus Nosso Senhor pode nos abençoar com mais outro.

Em casa, meu sogro luta os rounds finais de sua passagem. Ele sabe que, cada dia, cada hora, cada minuto de de sua espera é doloroso por ter consciência de que vai partir. Ele vê o que tem, o que cuidava, o que era ele próprio e sente que quer ficar mais sabe que, privado de ser o que sempre foi, vai ter que deixar tudo.
Eu sei. Ele espera a morte, sabe que está próxima, e imagino o seu sofrimento em saber disso.

Em filas de hospitais, 5 da manhã, criancinhas que vão ser diagnosticadas e, o que revolta muito a este que escreve, podem ser cruéis o que lhes reserva o destino. Você sabe, eu sei, a mãe e o pai sabem, os médicos também... Doloroso demais.
Desde muito novo criei meu conceito de mundo ideal. Em meu mundo ideal, criancinhas não poderiam ficar doentes, dentes nunca poderiam estragar e a morte teria que ser sem sofrimentos, sem derramar sangue, igual para todos.
E porque não acrescentar "viver uma grande paixão, plantar uma árvore, ver um filho"?

Aos 55 anos, eu Altair, sinto o peso dessa responsabilidade vivida. Já vivida, passada e que não volta mais.
As pernas, a barriga saliente teimosa, a cara diferente no espelho a cada dia, as dores e cuidados com pressão, coração. Os olhos fazem força para enxergar, precisam de correção, de colírios. Estes mesmos que ainda enxergam algumas coisas belas, já viram tantos momentos de beleza só deles e ajudaram a mente naquilo que hoje começa a ter maior importância: os tormentos ou as alegrias de boas e más lembranças.
E a espera mais próxima de tudo se acabar.

Não quero usar exemplos longe da famíla. Não preciso.
Minha mãe sofreu 8 anos e os últimos 8 meses presa em seu corpo. Sabia quem estava lá ao lado dela na cama e, com muito esforço, expressava no rosto um esboço de choro quando a gente falava de algo que ela queria.
Nunca saiu ou sairá de minha mente pensar em suas dores, imóvel num leito, consciente e sem poder mexer um só músculo para dizer me deixem morrer, me tirem daqui, o que eu fiz?
Há argumentos criados pelo homem quando se contesta as coisas de Deus que dizem "você não sabe o que ela fez para merecer". Como não sei?
Nada era dela. Dividia o que tinha com prazer, vivia tudo em um só dia e ficava sem nos outros para agradar alguém que gostasse. Era do bem, ensinou isso, mostrou isso, carregou sua cruz, era devota e temente a Deus... Então argumentam outros que pode ter sido em outras vidas.
Eu, nesse caso, respeito e até temo, mas não acredito em outras vidas. Sou bem materialista no fundo, no fundo.


Acredito na fé mas não creio em Eva e Adão, a serpente, na evolução do macaco... Somos o que somos e podemos ser e esta será única. Céu e inferno se vive aqui mesmo, na Terra.

Meus primos que foram embora muito cedo levados por suas vidas simplórias e prazerosas naquilo que tinham para desfrutar. Porque? Do nada, trabalhadores, pais, bons sujeitos...

Hoje, aos 55 anos, vejo um tio que era forte, vida de interior, tranquila e calma, filhos criados, netos, tem seu fígado atacado e já não vive o que era vida para ele.
Um outro primo, bem sucedido, carismático como sempre, já perdeu um rim...
Caramba, como me sinto frágil, com dores que me assustam e me põe a saber que vai chegar a minha vez e não me sinto preparado para isso????

É duro demais ver criancinhas sofrendo em hospitais.
É dura a realidade de fatos cruéis que assistimos todos os dias.
Como é dura a vida - aquela idolatrada como bela - quando se olha pelo lado podre, por sua face frágil onde a morte encontra passagem.
E ainda tem gente orgulhosa, má, sem coração, imune a tudo e todos, que não liga para ela, a vida, porque não temem a morte.

Desfrutar de tudo que se possa enquanto há tempo.
Hoje ainda lembro algumas oportunidades que deixei passar e que me fazem um quê de arrependimento.
Mas, cheguei até aqui por um dom Divino, pelas Graças dos Céus, pela fé em alguma coisa maior interior. Não posso esquecer e agradeço mas a REAL VIDA e suas MIL FACES de morte me deixa assim, triste, sem consolo.

Quem vive uma paixão vai, com certeza, me contestar.
Eu sei. Já vivi algumas e os sonhos tomam conta da gente para enxergarmos só o que é bom. Sermos gente, nos sentirmos assim o melhor. Nada se compara a esses momentos de ilusão.

Perdoem as palavras, quem até aqui chegou lendo.
Os ângulos que a vida te mostra podem ser diferentes a cada momento vivido e só você sabe como definir um conceito.
"C'est la vie"; "Vida que segue" ; "Ir em frente" ... "Deus é quem sabe".
Para o meu momento NÃO SOMOS NADA e ainda nos julgamos muito para rejeitar amores, prazeres, pessoas, em escolhas, esperas e esperanças. Violências, impunidades, injustiças, calamidades. Orgulhos, imbecilidades, ignorâncias, que me levam mais e mais a crer na futilidade desse Ser, que se diz humano e que sabem ou insistem em resistir a máxima de que "a única coisa certa na vida é morte".

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Pesquisa Mostra o Pós Sexo


Soneca pós-sexo seria forma de evitar discussão de relacionamento


E mais: quem fica acordado sentiria mais desejo de carinho e ligação emocional do que quem dorme antes, diz estudo


Após uma boa noite de sexo com seu amor, ele vira para o lado e dorme ou é você que cai no sono primeiro? Quem fica acordado por mais tempo tem motivos para se irritar? Em um artigo publicado no Journal of Social, Evolutionary and Cultural Psychology, os pesquisadores Daniel Kruger, da Universidade de Michigan, e Susan Hughes, do Albright College, se dedicam a explicar os mecanismos da soneca pós-sexo.


Os pesquisadores afirmam que dormir antes do parceiro pode ser uma atitude inconsciente para evitar conversas sobre compromisso ou problemas, a famosa DR (discussão de relacionamento). Se uma das partes decidisse evitar estas conversas com sinceridade, haveria grande possibilidade do outro se irritar ou ficar em dúvida quanto ao futuro do relacionamento. Dormindo, não há espaço para esse tipo de questionamento
Essa pesquisa está no IG esses dias.
É interessante mas ainda não sei se bate, em matéria de comprovação, a que foi publicada há bastante tempo e que no momento não sei bem citar a fonte.

" Publicada a Pesquisa Sobre Números do Após Sexo"

  Uma pesquisa recente tomada entre casais normais, revela em números percentuais sobre o comportamento do homem após o sexo.
  Os números comprovam a realidade funcional e verdadeira sobre sexo e foi realizada com milhares de casais, ouvidos e registrados pelos pesquisadores e dizem que:

 15% dos homens, após o sexo, viram-se para o lado direito e dormem.
 Outros 15% voltam-se para lado esquerdo e dormem também.
 O restante, 70%, trocam de roupa e vão dormir em casa...


E olha a cara de felicidade da danada....Rsrrsrrsrsrsr

domingo, fevereiro 19, 2012

5.5... Ainda estou por aqui.

(Escrevi ontem, pensando em meu aniversário, cansado do trabalho e com o movimento das pessoas no carnaval a minha volta...)

Eu conheci uma pessoa nos anos bons de minha vida.
Certo que aqueles eram os melhores dias profissionalmente e pessoalmente falando.
Vivia meu auge.
Meu primeiro carro zero, morando bem por conta de meu pai que exigiu a minha presença após a morte de sua companheira de 33 anos e o reconhecimento profissional chegaram juntos com a estabilidade no casamento.
E era justamente o casamento meu ponto fraco.
Minado pela falta de paixão, buscava algo mais por aí.
Ao meu lado, depois de algumas sagas imprevisíveis, surgiu aquela moça.
Em pouco tempo mostrou o que eu era. Em pouco tempo me ensinou muitas coisas da vida e do sexo.  Principalmente do sexo.
Me escolheu, me mostrou caminhos, me disse quem era e como era, tentou me afastar... Já era tarde. A paixão tomava conta de mim e de tudo que eu era.
A vida passou de segura a dependente daquela moça... E foi pouco o tempo também.
Dominado, fazia tudo para obter a liberdade de poder viver mais e mais. Assim foi.
E começaram as perdas.
E vieram as loucuras os pecados, as faltas... A paixão seguia e me tornava  cada vez mais dependente.
Nasceu nesse meio uma criança. Menina que eu não tinha e queria muito.
Seguiram-se perdas e uns poucos ganhos que aprendi com a revolta e com tudo aquilo que ela me fez enxergar do mundo simples e muito gostoso que só ela sabe escolher.
As lembranças são muitas. As verdades são doloridas.
As perdas nunca mais serão recuperadas.
A volta por cima foi a custa de sacrifícios pessoais que atormentam e doem como ainda dói a saudade...
Viver assim, seguir assim. Um passo a frente pode significar novas perdas, muitas dores, mágoas.
É difícil quando ainda se tem vontade de viver, de ser livre quanto fui por algum tempo.
Amenizava as faltas a liberdade conseguida.
Ainda peso como preço alto o que pago por tantos erros, tanta entrega, tanta paixão.
Vivi, sei. Sobrevivi. Mas acabo vendo a vida de uma maneira absurda e culpo o isolamento que me impus fazer nesses anos.
As últimas vezes  que alguém se apaixonou por mim eu não acreditei e não deixei acontecer. Foram poucas, fazem anos, mas vi meu coração fechado, protegido por algo que eu nem sei explicar...
Agora há pouco tempo senti alguma coisa assim como uma pequena abertura, como se eu pudesse ter de novo esse gostinho bom de saliva na boca, de carícias, de bons momentos.
Algo porém impede que eu seja corajoso o bastante para não ser verdadeiro, que não me deixa aventurar a não ser que esteja seguro sobretudo e de tudo.
Tentei.
Admito que sonhei em poder sonhar outra vez com bons momentos que ficam para sempre. Mas o universo conspirou dessa vez contra e, diante de mais uma derrota em planos, a sensação de fraqueza para ir em frente toma conta, destrói a esperança, vai colocando longe a chance de me sentir de novo vivo...
(Sigo daqui agora...)

Eu continuei escrevendo em minha cabeça depois e fui dormir um pouquinho.
Juntando lembranças, sabores, desilusões, as marcas de cicratrizes em meu coração foram tantas que parecem ter se juntado endurecendo o dito cujo...
Posso garantir que sofri um bocado e fiquei temeroso por meus dias depois de tudo.
As ameaças que dizem ter existido, as que seguiram pelos meus caminhos errôneos e a que vivi na real me tornaram assim.
Resolvi parar tudo que mais gostava de fazer e me recolher, me guardar, retroceder...Quase anti-social.
Vi anos se passarem e as lembranças mais fortes atormentarem sempre.
Mas nada posso garantir ter aprendido, já que considero a paixão o óleo da sobrevivência, a fonte da juventude eterna (quem viveu pode me dar razão) e não deixo de tentar viver isso de novo, de buscar saber que ainda estou vivo de vez em quando.
Aliada da paixão, a liberdade se faz presente sempre.
A tão desejada liberdade que sai tão cara de conseguir quanto de entender. Você é livre e quer se prender. Daí é preso e quer ser livre de novo. Ou seria a vontade eterna do homem em mudar sempre, experimentar?
Poderia escrever por horas divagando sobre isso, sobre mim, sobre as minhas dores mas não devo fazer. Cada dor diferente tem uma experiência diferente para contar. E fazer-me explicar é ainda mais dolorido... Rsrsrsr
Mas, para encerrar, posso citar a versão de "Porque?" que diz respeito a escolha da pessoa com quem a gente tem alguma coisa na vida? Alguém aí sabe dizer se é algo parecido ou diferente do acaso, do destino ou da sorte em ter alguém, viver alguém, paixão, momentos?
Os dias teem sido difíceis para mim. Tenho visto a vida pelo fim dos tempos nas figuras de meu pai e meu sogro amigo e, sem respostas, entendo que a vida passa por mim e eu não a acompanho mais. Foi assim que descobri a vida aos 40 anos, "aloprei", saí por aí sem medo de ser feliz e parei num sonho que pensava não existir até perder muita coisa e voltar no tempo e no espaço.
Não sei bem porque mas o meu maior medo hoje é magoar alguém por saber a dor que carrega.
Não sei explicar a paixão mas sei que ela vive para sempre mesmo depois de morta.
Você a leva consigo quer queira ou não. É como se a pessoa que você viveu aqueles momentos de glória em sua vida, mesmo viva ou morta, fosse parte de você em suas lembranças. Você pode dizer que o passado "já foi e não existe mais" mas sabe que não é verdade. Lá no fundo você sabe.
E fazendo 5.5 hoje, sei que lembro dizer que levarei a minha paixão comigo para o túmulo (ou seriam para as cinzas porque desejo ser cremado?) assim como algumas contas que fazia ao longo desses anos... A criança vai fazer 15 anos.
Quinze anos...
São 8 pelo menos sem saber nada sobre ela ou a mãe.
São 6 por aqui, "preso" e seguindo o que posso, o que consigo sonhar para ir em frente.
E ainda descubro que no velho coração, marcado, cicatrizado, ainda resta um pedacinho que deseja, que quer, viver o quanto pode...

sábado, fevereiro 11, 2012

E...

Desde ontem à noite estive pensando em escrever.
Mais até por ter recebido um incentivo que veio inesperado de alguém que leu o último post.
A noite começou (apesar de estar a caminho do trabalho) com algumas esperanças de, pelo menos, voltar ao St. Peters Market e beber mais algumas Originais.
Depois, algumas mensagens e telefonema... Então veio a vontade de fazer o meu trabalho mais rápido que de costume, sair mais cedo, ir até em casa e daí dirigir por uns 85 Km só para um abraço, quem sabe.
Porque não fui de carro para o trabalho???? Me arrependi.



Quase doze horas depois, dor nas costas, cansado me fiz rever aquele bichinho que atentava para fazer o que havia imaginado. Mas são tantas dúvidas...
Já em casa, desanimado, deitei no chão da sala e fiquei vendo alguns DVD's com músicas antigas enquanto tentava pensar, resolver os pontos e até mesmo criar ânimo para vir ao cantinho e dizer essas coisas.



Melhor das dores (um bom chão duro sob um tapete coloca os ossos nos lugares devidos), primeiro liguei o som e fui ao Real Player... Enigma, Jamiroquai, Era, por aí.
Abri uma preferida que havia colocado no freezer e tomei coragem junto com ela.
A nova leitora ainda não viu um post que já tem mais de ano e que reli agora antes de recomendar. Afinal, marca o tempo que venho trazendo um de meus sonhos e prova um dos meus "atributos": Não desistir quando quero.

Mas até nisso remonto a tempos atrás e fico temeroso. As boas coisas que me trouxeram até aqui, em matéria de paixão, começaram assim, por minha persistência e desejo.
Caramba!!!! Desejos!!!!



As vezes posso parecer evasivo mas sou e procuro ser o que tomo como bandeira nos dias atuais que é estar na realidade dos sonhos. O que? Não entendeu???
Vou tentar explicar, se é que consigo.
Um só comentário com a moça ontem a respeito da possibilidade de aceitar um convite a ela feito por um seu conhecido para hoje, onde a minha visão é simplória e desejosa de viver, ouvi dela que "Não rola".
Eu sei que NÃO ROLA para muita gente, muitas coisas que diz respeito a relacionamentos. Até mesmo eu sinto a coisa fluir mais quando há alguma coisa que atraia, mas ao mesmo tempo, vivendo o que vivo, haver vivido o que vivi, posso realizar que a vida deve ser aproveitada a cada momento que se possa ter chance de tirar dela o melhor ou quase isso.

Sei lá, penso que as coisas do homem e da mulher nos dias de hoje deveriam estar mais abertos. Mais sentimentos, mais verdades, mais realidades, menos tabus, menos retaliações, menos falso pudor.
A coisa do "viver enquanto posso", enquanto dá ou pelo saber.
Tenho tantas dúvidas... Mas acredito que sejam direcionadas a cada pessoa que conheço. Sua história de vida, sua visão de passado e futuro, seus detalhes íntimos, seus DESEJOS.
Deixa pra lá... Há algum pscólogo de plantão lendo isso aqui???   Rrsrrsrs
Carência pode levar a loucura????

Bom, queria dirigir, queria escrever, comprar um carro novo, beber e comer no Mercado S. Pedro, encontrar a musa desejada (Ih, acho que ela não vai gostar!!!!), enfim fazer este SER aqui feliz.
Mas são tantas dúvidas... E vejo dois entes queridos em meio a tudo isso como exemplo.
Um sofre lutando bravamente contra a doença maldita que vem minando suas forças devagarzinho, bem devagar para doer mais.
O outro não concebe a ele mesmo ter envelhecido e sentir isso na pele está o deixando doente.



São meus exemplos, são as guias que enroscam a marionete que posso ter me feito transformar.
São a vontade que tenho em poder viver um sonho sequer de um momento como o abraço que iria me fazer dirigir por uma hora ou mais...

Ia esquecendo: o post que recomendei a minha leitora, para meu espanto pessoal, já foi visitado 167 vezes...

COMPLEMENTO: Meu espanto foi maior ainda com um post chamado TABU... mais de 8000 visitas. Leiam e me deem razão no que escrevi acima.

domingo, fevereiro 05, 2012

Peixe, Original e Pensamentos

Saída do trabalho para o fim de semana e fui eu direto ao Centro de Niterói.
A intenção era uma peça para a geladeira e, como tudo é próximo, ao Mercado de Peixes S.Pedro (ou St. Peters Fish Market, como li num blog).


O velho mercado é point para uma cerveja gelada e petiscos frescos de toda qualidade. Você escolhe, compra e entrega ao pessoal do bar que quiser e eles preparam na hora.
O local sempre é muito movimentado tanto no primeiro piso e seus boxes de comércio quanto no segundo onde os bares funcionam.




As fotos colhi na net pois as do celular não ficaram boas...

Fato é que, ás 9:30h, o primeiro freguês do bar da Leda fui eu.
A Leda e suas irmãs são agradáveis e velha conhecida. Estudou com meu filho.
E foi na intenção de fazer o que não fazia há muito tempo que subi as escadas depois de comprar o peixe para o almoço de hoje: beber uma geladinha após o trabalho e de folga.
A Leda ainda não estava por lá e as meninas começavam ainda a agitar as coisas do trabalho.
É tudo muito rápido... Quando você se dá conta já não tem mais lugares as mesas dispostas no pequeno espaço.

Com uma companheira especialmente agradável no copo, lembrei que poderia ter alguém comigo ali para aproveitar o momento raro em meus dias...


Tentei meus filhos e os dois estavam compromissados.
Falei ao telefone com uma amiga para ver se estava por perto e não dei sorte.
Sozinho (que sina essa minha...) sabia que não iria demorar. Mas a ORIGINAL estava tão gostosa...

Aí então o pensamento foi longe em estrepulias de lembranças e possibilidades almejadas de viver ainda.
Dou-me conta que não sou feliz com a situação de vida atual de casado mas não vejo expectativas para sair ou segurança em estar por aí solto e "inventando moda".
Bem próximo dos 5.5, a barriguinha bem crescida para os padrões visuais das mulheres se junta a carinha feia e as nuances de minha vida e do modo como a encaro.

Eu olhava o fundo do mercado e não via nada, absorto em meus pensamentos.
Sonhava acordado, como sempre, e lá estava ela de novo.
Um pequeno diálogo sem saída e mais nada. Diferente de quando ela era presente.
Nem sonhar eu sei mais... A culpa, a falta que sinto, a paixão, a busca e as lembranças estão misturando a minha mente.

Mas voltei para casa como um garoto que foi ao parque.
Já em casa e nesse calor da cidade, abri uma latinha para não perder o embalo... Depois da ORIGINAL, deu vontade de jogar na pia aquela cervaja da lata. Mas era o que tinha e foi assim mesmo com careta e tudo...Rsrsrsrrs

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...