Uma grande amiga que até fazendo caretinha fica bonita.Um grande ano, minha linda. Conte comigo na fila dos que te amam.
Ser... Somente ser o que se é. A vida... Ah, a vida! Se soubéssemos o que ela é, o que nos reserva. "Um ser apenas", foi meu título em outra hospedagem. O mundo gira e a vida acompanha esse girar. Hoje somos e estamos onde amanhã poderemos voltar... (Dez, 25 - 2006)


Ela se libertou de um sofrimento muito grande que só de imaginar me dói até os ossos.
Estava presa em seu próprio corpo, consciente, sem nenhum movimento, sem vontades ou desejos atendidos, só dor e sofrimento por ainda estar ali naquele leito o que restava do corpo, que com toda certeza lhe fazia padecer seus dias finais.
Já vi algumas coisas horríveis. Mas nada comparo ao que minha mãe padeceu naqueles 8 meses.
Ao me ver e ouvir a seu lado nas poucas visitas, manifestava com a pouca força da alma que lhe restava o único gesto que lhe era possível, franzindo os e os rosto maltratado como se fosse chorar.
Essa é uma lembrança que nunca vai me deixar.
Não sei o que somos, fomos, fizemos nessa hora. Minha mãe, por muito de ruim que por ventura possa ter sido para alguém, não merecia tal fim.
Mas quem sou para julgar.
Apresento os fatos que conheço como se advogado de defesa: nascida e criada na pobreza de pais agricultores de terras alheias, no interior do Estado, anos 20. Padeceu com impaludismo toda sua infância, casou-se sem saber o que era sexo, cresceu com o crescimento de meu pai, criou 3 filhos e adorava seus netos que a chamavam de Biia quase por imposição dela, em nome da vaidade que era grande. Entre outras coisas, depois de perder seu casamento, ela possuia um coração enorme que repartia o que tinha ou mesmo ficava sem para ajudar alguém. Devota de N.S. Aparecida e de crenças religiosas no sincretismo brasileiro, sobre tudo do povo cigano. Honestidade e coragem eram seus maiores ensinamentos e legados. A fé era sua defesa.
Se choro a falta que ela me faz, a sua dor em seus últimos dias me trazem o consolo.
As lembranças que guardamos era de uma Maria jovial, bonita, vaidosa e orgulhosa do pouco que tinha. Gostava do que era bom e não media esforços para conseguir, mesmo que lhe custasse caro ali na frente. Ela vivia o momento, o agora, e ficava feliz.
Essa com certeza, é a Maria que, esteja onde estiver, ela quer que viva em nossa memória.
UM BEIJO MINHA MÃE. SUA BÊNÇÃO.

Como explicar a beleza pura?
Se disser que sei pouco da linda mulher que aqui escrevo em meu tema?
Em uma das últimas cenas do filme "O Último Samurai" , o personagem de Tom Cruze ao ser indagado sobre como havia morrido Katsumo...