É janeiro.
Esse mês marcado para mim em perdas e acontecimentos.
Minha mãe descansou, depois de uma luta inglória de anos, em 06 de janeiro, 1994.Por muito tempo eu pensei que a sua força de vida a fazia, mesmo não querendo, não aceitando o que a havia deixado daquele jeito, lutar por sua vida. Ela gostava da vida. Gostava de viver. Era forte em seus propósitos e tinha um coração grandioso.
Minha mãe... Ainda dói em mim a maneira que deixou a vida.
Foi muito sofrimento e castigo tão grande que não cabe explicação.
Em 09 de janeiro, 2015.
Saúde melhor que a dos filhos, aos 94 anos não aceitou sua dependência mínima que fosse, por não admitir que era normal daquela idade, mesmo forte, lúcido e alegre.
Ao contrário de minha mãe, eu creio que ele escolheu uma maneira de ir embora dessa vida, atingido pela depressão que escondia bem de todos nós.
Como passa rápido o tempo...
Um janeiro de 1996 eu vivi algo nunca por imaginado.
Num janeiro, 13, em 2016, sofri um infarto e tenho no peito quatro stent's.
Eu não sabia que pudesse estar escrevendo hoje, numa noite de verão onde dias que parecem sombrios de tão ameaçadores se vão.
São nove anos ainda concedidos pelo Pai Supremo em sua bondade.
Tantas coisas mudaram. Tantas coisas se foram... As vezes até a vontade de ficar por aqui e continuar assistindo as nuvens no céu que vem e vão até escurecer e clarear outra vez sem que nada mude para mim.
Saudades, lembranças, dores.
Eu, alegria, agonia, desprezo, desesperança... Eu comigo mesmo.
Nem era sobre isso que iria escrever.
Nem era sobre mim. Pecados e penitências.
E a vida? Como vai?
Nenhum comentário:
Postar um comentário