E eu que estou com essa música do Chico na cabeça há dias...
As Vitrines
Chico Buarque
Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir
Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão
Então resolvi escrever sobre um pequeno delírio de saber do autor o que ele quer passar de mensagem ou sentiu para escrever esses versos... Delírio meu.
Encontrei no site da letra...
Reflexões em 'As Vitrines': A Poesia Urbana de Chico Buarque
A canção 'As Vitrines', composta por Chico Buarque, é uma obra que reflete sobre a solidão e o distanciamento nas relações humanas em meio ao cenário urbano. A letra apresenta um eu lírico que observa alguém especial se perder na imensidão da cidade, uma metáfora para o afastamento emocional e físico entre as pessoas. O pedido para que a pessoa não se vá e a menção aos letreiros que 'colorir' e 'embaraçam' a visão sugerem uma crítica à forma como o ambiente urbano pode ser alienante e confuso, afetando a percepção e as relações interpessoais.
E vai por aí a análise feita sobre essa obra do Chico Buarque.
Uma vez, um amigo me contou que esteve no mesmo ambiente que ele, o Chico, que tímido, parecia se manter afastado das pessoas.
Depois, explicaram para esse meu amigo que ele se sentia ignorado por não participar das conversas normais, triviais que rolavam ali. Sua inteligência o afligia e o impedia de falar assuntos que não caberiam ou não seriam alcançados pelos meros "mortais" ali no grupo.
Chega a ser nojento de inteligente.
Pena que deu para vermelho.
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