O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

sexta-feira, novembro 29, 2024

Gênio Perdido

 E eu que estou com essa música do Chico na cabeça há dias...

As Vitrines

Chico Buarque

Eu te vejo sumir por aí

Te avisei que a cidade era um vão

- Dá tua mão

- Olha pra mim

- Não faz assim

- Não vai lá não

Os letreiros a te colorir

Embaraçam a minha visão

Eu te vi suspirar de aflição

E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser

Tua sombra a se multiplicar

Nos teus olhos também posso ver

As vitrines te vendo passar

Na galeria, cada clarão

É como um dia depois de outro dia

Abrindo um salão

Passas em exposição

Passas sem ver teu vigia

Catando a poesia

Que entornas no chão


Então resolvi escrever sobre um pequeno delírio de saber do autor o que ele quer passar de mensagem ou sentiu para escrever esses versos... Delírio meu.

Encontrei no site da letra...

Reflexões em 'As Vitrines': A Poesia Urbana de Chico Buarque

A canção 'As Vitrines', composta por Chico Buarque, é uma obra que reflete sobre a solidão e o distanciamento nas relações humanas em meio ao cenário urbano. A letra apresenta um eu lírico que observa alguém especial se perder na imensidão da cidade, uma metáfora para o afastamento emocional e físico entre as pessoas. O pedido para que a pessoa não se vá e a menção aos letreiros que 'colorir' e 'embaraçam' a visão sugerem uma crítica à forma como o ambiente urbano pode ser alienante e confuso, afetando a percepção e as relações interpessoais.

E vai por aí a análise feita sobre essa obra do Chico Buarque.

Uma vez, um amigo me contou que esteve no mesmo ambiente que ele, o Chico, que tímido, parecia se manter afastado das pessoas.

Depois, explicaram para esse meu amigo que ele se sentia ignorado por não participar das conversas normais, triviais que rolavam ali. Sua inteligência o afligia e o impedia de falar assuntos que não caberiam ou não seriam alcançados pelos meros "mortais" ali no grupo.

Chega a ser nojento de inteligente.

Pena que deu para vermelho.

quinta-feira, novembro 28, 2024

Olhos De Vida

 E então, boa noite!!!

Tenho realizado ideias para escrever mas não tenho tido conformidade de pensamentos para fazer.

Hoje fez um dia atípico dos dias que estamos vivendo, diferente de setembro a novembro do ano passado. Tivemos muito sol e temperaturas altas com sensação térmica de mais de 43 graus e aquela ameaça de tempestades no fim da tarde. Isso me basta para desanimar de tudo. Da vida insegura que vivemos nos dias atuais em questões de clima onde tudo pode mudar e muitos fenômenos surgirem do nada.

Quero estar enganado mas serão dias e noites em que só a proteção divina será a esperança.


Mas eu vim aqui para escrever sobre o que vi.
Não o que simplesmente vi ou vejo agora mas no sentido de vida. Tempo de vida.

Estava em oração hoje pela manhã e pensei sobre isso. 
Se eu me fosse da vida agora, neste instante, neste dia, eu deveria me orgulhar, dar graças e seguir (se é que se segue para alguma coisa que morre) por ter vivido.

Eu vi muitas coisas ao longo desses anos vividos na dádiva divina e sob sua proteção.
Vi minha mãe, meu pai, irmãos, família. Vi meus filhos e netos. Amores... Ah, amores!!!!

Amigos que se foram tão cedo e que levaram uma parte de mim em histórias contadas juntos.
Vi tanta e vivi tantas coisas.

Então, com o tempo correndo ligeiro, eu vi segredos que nunca revelei e vi presentes que nem sonhava ter ao meu alcance.
Eu vivi anos dourados, juventude transviada, discotecas, grandes artistas até chegar a essa decadência moral e de mal gosto atual que são obras de um desvirtuamento total da sociedade sem seus conceitos e valores que aprendi a contar.

O mundo a minha volta só me entristece e causa falta de esperança.
O Deus que cultuo e aprendi a respeitar, contar com Ele, talvez não mais tenha como tolerar... A homilia falava na volta do Senhor e na destruição anunciada. "Levantem-se e olhem para cima", disse o padre, porque é o juízo final onde "Ele julgará vivos e mortos".




É de cada Ser humano não querer deixar essa vida. É natural.
Eu, já não tenho sonhos como antes. Eu já não sou o que fui e isso mostra que vivi para ver.
Provei do mais gostoso néctar da vida, mesmo sendo pecador.

Se fechasse meus olhos para sempre, deveria ser grato a vida, a quem me fez e me deu tudo que tive, aos amores, mistérios, alcovas, vitórias e derrotas (que foram muitas) e as lembranças que tenho agora.

Se fechasse meus olhos e não mais visse a vida, já não faria falta porque o mundo não é o mesmo que vi.

Gratidão, meu Deus!



Esse pecador muito tem a agradecer...



terça-feira, novembro 12, 2024

Mil Mais Perto

 É, meu blog... Chegando a quase 1000.

E confesso que não decidi se vou querer outro cantinho ou parar de escrever.


Deus permitindo que aos 1000 eu chegue resolvo então.

Natal de 2006 e resolvi começar a escrever, desabafar, sofrer, chorar... E o Ser me aguentando.

Histórias algumas, tristezas muitas que se somaram por esses anos acompanhando mudanças e seguindo a trilha de vida que escrevi.

Meu amigo "Ser Somente Ser"! 


Corri muitas vezes para ele, seu ombro, minhas razões, súplicas. Quantas vezes me viu rosto lavado em lágrimas enquanto decifrava o coração mutilado, magoado, dolorido.

E quantos se foram nesse tempo de convívio nosso!

Muitos. Queridos ou não. Locados aqui em palavras. Registro.

O desafio de nascer o Ser foi me consultado por uma madrinha a quem eu seguia em suas publicações. E topei. Saí do zero e tive o incentivo de uma pessoinha de tão longe que fui lembrar agora ao consultar minhas primeiras postagens: Márcia Pedrich era de Rondônia e seguia a madrinha Vivi como eu.

Seus comentários me ajudaram a escrever lá no início. Foi de grande valor a sua presença nesse blog.

Nunca mais soube dela, a madrinha me pediu para não mais fazer contato e assim foram. Se foram.

Creio que elas não gostariam de ver seu pupilo que hoje é outro também. A vida passa. E passa tão rápido as vezes...

MAKTUB

segunda-feira, novembro 11, 2024

Um Dia, As Escolhas...

 Esses dias tem sido meio turbulentos em matéria de ideias para escrever por aqui.

São muitas coisas que se misturaram e que, até mesmo, não devo contar. Assim como entrar em APP de relacionamentos, onde, a meu ver, senhoras que não mais deveriam ou teriam condições para tal, ainda esperam por casamentos, príncipes ou um homem bom para viverem para sempre.

Ter atenção de alguém e depois enxergar a realidade. Cair do sonho um dia vivido, foi o que aconteceu comigo.

Mas a vida, (ah a vida...) "não é um morango", como falou meu neto Pedro para o irmão mais velho. E ele só tem sete anos.

Conturbada a mente, a tristeza chega de mansinho, a condição e tudo mais que somam a lembranças, dores, sentimentos, figuras, pessoas, corações e paixões.

As escolhas de vida.


É uma verdade as escolhas.

Lá atrás, eu era feliz mas sabia que haveriam escolhas para seguir a tal vida.

Eu era feliz até não me ocupar com as tais escolhas... 



Eu vi uma postagem sobre um grandioso homem esses dias que me tocaram e fizeram questionar um direito que um dia me disseram que a gente não tem.

Jô Soares em seus últimos momentos de vida, ao lado de pessoas que confiava e lhe eram muito caras, fez sua última escolha de vida para morrer em casa, em paz e da forma que ele queria.


Dr. Dráuzio era um dos que lhe fazia companhia naqueles momentos.

Grandioso Jô, sem naipe, um orgulho para um cara simples como eu que vivi para ver.
Ele não pode ser atendido em todos os seus desejos, como contaram, mas o direito de não querer prolongar seus momentos de vida como não fazer diálises, não querer ir para CTI e ser entubado foram atendidos. Num quarto isolado, creio, ele falou que queria morrer em casa, vendo filmes antigos que ele gostava, naturalmente e em paz. Disseram que ele foi em paz, sereno e sem dor.

É um de meus desejos também. Deixem-me seguir em paz, naturalmente.

Minha querida mãe, se pudesse mover um dedo depois do segundo e fatídico AVC, teria tirado a própria vida. Ficar presa em seu corpo, oito meses, sentindo tudo, vendo e ouvindo tudo e só mexer os olhos é o maior castigo que já vi alguém sofrer.


Me arrependo até mesmo de leva-la para o hospital as pressas para depois ela passar por isso. 
Escolha errada...


E repensar todos os meus dias passados, eu consigo ver bons momentos. Muito poucos diante de tantas escolhas erradas, desistências, até mesmo vergonhas. Muitas derrotas. Incontáveis e presentes em minha memória. Eu sinto o sabor amargo dessas escolhas também.
Foram erros que hoje velho eu sinto muito ter acontecido😌.

Minha rotina me mostra a atual vida que levo e me dói não mais ter força para superar. É como se aqui findassem os meus dias. Espero a minha hora e peço perdão a Deus... Nada mais.
A esperança é somente um fio finíssimo de sorte onde eu só quero ajudar a todos ou a muitos dos que me são caros, me foram caros... Devo muito a tanta gente!

Tenho sido um chato, creio, por meus pensamentos e modo de ver a vida. As pessoas a minha volta queriam eu fosse otimista, alegre, feliz. Estivesse em festas, bebesse, acho que até fizesse merdas por aí afora como foi no passado. Talvez não me criticassem tanto, nem brigassem comigo como se fora uma criança adolescente.
Acho que era melhor quando de minhas escolhas que acabaram por me trazerem até aqui.
E admito que sinto muita falta de mim...

… Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, asso, asso...
… Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos, calmos
… E lá se vai mais um dia, ooh

Eu não fiz a escolha do tempo passar.
Eu não fiz a escolha de ficar mais velho.
Eu fiz a escolha por me guardar de um mundo que tanto me deu e tirou por errar na hora de escolher.
Eu ESCOLHI ter PAZ.

Seria a escolha do Jô Soares atendida por ser ele quem foi? 
Eu quero ter minhas escolhas finais. Será?

Tenho me sentido cansado,, sem utilidade.
Sou passado esquecido para as paixões que escolhi.
Sou pessimista pelo futuro e me pergunto se vale a pena estar por aqui em meio a neve no deserto, cidades destruídas em horas pela água que caiu do céu, vírus cada dia mais forte e diferente, guerras que nunca acabam. 

… E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio, rio...
… E lá se vai mais um dia, ooh
… E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente, gente, gente, gente...
… E lá se vai mais um dia, ooh

Eu vejo o futuro que previam lá em meus anos de glória na juventude se fazendo presente diante de meus olhos.

Tem sido difícil cada um deles, mas... 



 
 

É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...