O Encontro Das Estrelas

O Encontro Das Estrelas
A lenda milenar onde Altair e Vega se encontram uma vez por ano

Sem Nação

Cidadão há 67 anos, brasileiro com orgulho de ser, fui humilhado perante o mundo todo quando uma corja de togados podres a sua revelia, passando por cima da Carta Magna do país, colocou no poder um molusco ladrão, descondenado e impôs a mais descarada fraude em sua eleição, sem que houvesse nada para parar esse poder. A esperança eu vi em decepção, quando as gloriosas forças armadas lavaram as mãos e ainda prenderam cidadãos que dela se orgulhavam. Humilhado e decepcionado, esse cidadão é não mais brasileiro. O que eu tinha orgulho transformaram em vergonha. E sem direito a luta, numa verdadeira e sórdida ditadura, afirmo que meu país deixou de existir. AQUI JAZ BRASIL.

domingo, outubro 27, 2024

Do Rádio Memórias

 Estava assistindo a um jogo da série B do Brasileirão essa semana (como se eu fizesse alguma coisa diferente) e, num passeio das câmeras pelos torcedores, focalizaram dois senhores até bem parecidos na torcida do Sport que me chamaram atenção.

Como nos velhos e bons tempos, radinho no ouvido e assistindo no estádio a seu time jogar.


Com certeza, a geração de ferro, da qual vi muito em minha juventude fazer isso no Maracanã, foi a mesma que herdei bons costumes e valores. Meu pai mesmo era um desses que não deixava o radinho em casa quando ia ver seu Vasco jogar.

Eu era apegado a programas de esportivos no rádio até bem pouco tempo. Vi e ouvi, no convívio diário de minha casa as vozes de grandes nomes da nossa história. Washington Rodrigues, Gilson Ricardo, Doalcei Bueno de Camargo, Ruy Porto, João Saldanha, Kléber Leite, Luiz Mendes, Jorge Cury e tantos outros.

Eu não levei para o Maracanã um radinho mas sentia a falta de informação que a gente estava acostumado em qualquer jogo. Faltava alguma coisa e eram aqueles caras falando, descrevendo, narrando, informando que eu tinha em casa. 

Esse era o Maraca de meu tempo. Arquibaldos e geraldinos lotavam mais de cem mil cabeças em qualquer clássico aí.

Era um tempo onde todos os presentes aplaudiam uma jogada de classe, como se num espetáculo em um palco de grama, um jogador virar uma bola de uma lateral a outra e encontrar o peito do colega de camisa que dominava e colocava na grama como se fosse algo simples de fazer. Aplausos e orgulho, indiferente de camisa ou rivalidade porque éramos o país do futebol arte.

Havia respeito apesar de torcidas diferentes, camisas diferentes.
Haviam Garrincha, Pelé e tantos outros... 


Havia um fosso que separava os geraldinos do gramado. Esse era meu Maraca!

Eu tive o privilégio de pisar naquele palco do mundo do futebol. E joguei cinco vezes vestindo a camisa do Botafogo de Futebol e Regatas, num torneio fazendo a preliminar de jogos do Roberto Gomes Pedrosa, que deu origem ao brasileirão de hoje.
Bem verdade só vencemos um dos jogos e foi contra o Vasco, que, como o Botafogo de seu Néca (ex jogador Manoel Vitorino) era rígido no controle das documentações falsas, os famosos "gatos". Os outros clubes não disfarçavam nada e até mesmo "menino" que servia ao exército entrava em campo para vencer da gente. Eu só tinha doze anos, como a maioria de meus colegas do "dente-de-leite" que era a nossa categoria até quinze anos.

Esse dia foi a despedida de Pelé e nós fizemos um corredor em volta do campo para sua volta olímpica

Próximo ao "seu Néca", meias arriadas, Luizinho Rangel



O rádio sempre esteve presente em minha vida.
Meu avô materno, aos sábados, chegava de sua jornada de mascate e, depois de comer alguma coisa, no calor, deitava em uma esteira num pequeno espaço de quintal cimentado onde corria um vento. Junto dele seu rádio a pilhas e, logicamente, eu e meus primos.
Ele deitava e ligava seu rádio num programa que contava histórias que os ouvintes enviavam para a rádio Tupi, num programa chamado Incrível, Fantástico, Extraordinário que ia ao ar sempre aos sábados as 14 horas.
Eram histórias macabras, de fantasmas, terror que o programa fazia ir ao ar como uma radionovela.

Nós meninos ficávamos apavorados com as histórias e prestando atenção em silêncio naquelas narrativas que davam arrepios no meio da tarde calorenta e assustava qualquer barulho naquele instante.

Antes desse programa tinha a Patrulha da Cidade - que dava as notícias criminosas com bom humor - e depois, creio eu, programas de futebol.

Foi uma época gostosa...

Meu primeiro rádio foi como esse mas na cor branca.
Ali comecei a ouvir as Rádios Tamoio e Mundial com seus programas de músicas sucessos no mundo inteiro. Beatles, Rita Pavonne, Roberto e Erasmo, a Jovem Guarda. 
Meu time quando jogava nas Rádios Globo, Tupi e Nacional.
Foi um companheiro de longa jornada. Até 2016 eu ainda mantive o hábito, ouvindo rádio durante o expediente de meu trabalho noturno. 

Quando veio a demissão, em casa, os hábitos mudaram junto com a evolução que relegou as rádios em um plano inferior, subjugado a internet e seus recursos.

Eu gostaria de relembrar muitas coisas de que vivi ouvindo rádio em minha vida. São histórias incontáveis e personagens também que fizeram parte de mim durante anos. Há pouco tempo foi embora o Gilson Ricardo e seu coração bondoso, sua simplicidade e riso solto. Depois foi o Apolinho.
A gente sente como se fosse um parente próximo mesmo sem nunca ter chegado perto deles.

No tempo de meu Maraca, o Apolinho e Denis Meneses eram repórteres de campo na Globo. Assim como eles, na concorrente Tupi, Kléber Leite e Ronaldo Castro não deixavam a peteca cair. 
Eram muito bons no que faziam!

Saudosismo demais.
Tantas histórias.
Minha vida.
Memórias vão longe...




segunda-feira, outubro 21, 2024

Desabafar Eu Posso?

 

Acho que não estou pronto para morrer. Creio que ninguém está.

Mas quando suas opiniões e modo de ver as coisas ou viver incomodam, quando suas esperanças parecem pessimismo puro para quem te cerca, então, se não se consegue o sonho de eremita, melhor ir embora.

Sim. Meu modo de ver a minha vida atual é ser um eremita ou quase. Não conviver com ninguém a não ser aquelas que te sirvam vez ou outra com pouco contato e nenhuma conversa ou muito menos opinião.

Estar num canto seguro e ver o seu tempo se ir passando entre um descanso e outro da mente. O meu tempo em isolamento porque não mais tenho quem me queira por perto. Afinal, as minhas opiniões são sinceras e, eu creio assim, puras, mesmo em debates que serei vencido. Não sei ser politicamente correto e não dizer o que sinto, o que penso se acho estar certo. Mas não pode. "Você fere as pessoas!"

Daí então, porra, eu não sirvo mais para nada? 

Porque não gosto mais de sair de casa, me preocupo com os meus próximos mais que devia, temo as assustadoras devastações climáticas e me faço recluso, não mais sou porra nenhuma a não ser um velho "doente" que ninguém mais quer por perto.

Sou repreendido como criança para não falar ou fazer alguma coisa antes que possa estar com alguém ou naquela situação.

Sou um nada até para meus netos, pequenos, influenciados ou não. 

Tento ainda sonhar mas sei que é mais frustração do que esperança.

Eu nada tenho para me segurar mais... Devo ser visto como uma aberração, uma doença.

Preciso ficar longe de quem eu acho que não me quer por perto e, descubro que não posso estar perto de outras pessoas a não ser que eu nada fale, ou ouça. 



Desde que as boas lembranças me abandonaram por sentir que não sou lembrança de ninguém, a minha mente trabalha diferente. Eu ninava para dormir lembrando das paixões, dos bons momentos e alimentava esperanças... Deixei que se fossem de mim. Lembranças e esperanças também.



Qualquer ligação que passa em meu bloqueador me acelera o coração e mexe com minhas deduções.

Qualquer palavra de carinho ou elogio me deixa cheio de vida.

Não passo de um merda que vive trancado dentro de casa, que tem crédito de ninguém, que reza dia e noite para que a família esteja em paz, que realizem seus sonhos, que nunca mais dependam de mim para nada e que tem medo do futuro e das tempestades.

Eu não sou nada e por isso queria estar sozinho, bem longe de todos. Esses que são os mesmos que deveriam estar a meu lado, me apoiando. 

E ontem sonhei com alguém me dando prazer e me fazendo de novo homem. Há muito tempo não sentia esse tão gostoso presente.

Depois sonhei com uma pessoa que não vejo há anos e ela estava tão jovem, alegre e radiante. Trazia consigo um companheiro, também novinho e bem calado. Ela festejava uma vitória de haver conseguido alguma coisa grande que alguém que estava comigo comentava.

Estive calado mas feliz por vê-la ou por seu sorriso ou por sua presença em meu sonho. Estive calado. Paralisado.

Uma dor enjoada sobre meus olhos indicam que a sinusite está de volta.



Uma dor em meu ser que me fez começar a escrever persiste em ficar. E mastiga meus pensamentos em ações que devo seguir daqui em diante, mesmo sem saber como, pois não serei eu mesmo.

Uma verdadeira vontade de me ir embora dessa vida... Coragem se faz necessário para abreviar você mesmo aquilo que já não se tem.


Eu penso em descer desse trem da vida sem esperar a minha estação.

Nada mais tenho.

Nada mais sou.

Nada importa.

Sou pessimista, só falo merda, maluco, doente... Para que ficar aqui? Posso estar atrapalhando a vida deles.


Coragem!

Quem sabe uma hora dessas...

quinta-feira, outubro 17, 2024

Que Resta

 De que forma tratar com a vida nossa aos tempos que restam?

Em mim, o futuro é mais sinistro que eu possa imaginar no momento atual. E vejo gente fazendo planos de futuro, viagens para 2025, eventos e festas, como se ignorassem aos fenômenos naturais que se apresentam cada vez mais ameaçadores e devastadores.

O deserto do Saara alagado

Secas imensas, queimadas, tempestades nunca vistas, deserto alagado? Furacões onde, pela força hoje, querem aumentar a classificação para mais que 5 em destruição.


Milton visto por satélite

Mas quero escrever sobre meu momento.

Olhando e conversando sobre mim, me vejo sem motivos e perdendo cada vez mais forças de vida, de estar por aqui.

Esses dias tentei conversar com alguém pela internet usando app's de relacionamentos, conhecer pessoas... Muito mal consegui foram pessoas que precisavam de muita ajuda ou outras que aplicam golpes. Decepção.

A minha vida diária, minha rotina, começa ao me sentar na cama e orar por volta das oito horas da manhã e as gotas de Rivotril que tomo ao tentar dormir por volta das duas horas da madrugada seguinte... Muitas vezes esse é o momento que mais gosto e as vezes reluto em parar. Entre esse espaço, uma rotina de incertezas, temores, tristezas, impotência diante do implacável tempo que passa rápido demais, até. A depressão toma conta através de guerras, catástrofes e de ver minhas esperanças em números de apostas não serem contemplados. Minha única esperança de um pouco de paz.

Num programa ontem de TV onde se mostravam os estragos dos furacões Helene e Milton, também a tempestade com números recordes em São Paulo, uma cientista, com cara de assustada e sem esperanças, dizia "Não há lugar no mundo onde não vai haver efeito de mudança climática".

Bill Gates, em outra reportagem que li na net, falou em "Ou outra pandemia ou a Terceira Guerra para resolver um problema grave que está aí". Lembrei-me do milionário personagem do livro Inferno, de Dan Brown... 


"O mundo só tem dois caminhos nos próximos anos: uma grande guerra ou uma nova pandemia."  ( Bill Gates, setembro de 24 - Fortune )


Mas esse que escreve pressionado pela depressão eminente, sabe que seu tempo é curto nessa vida/viagem e, olhando em volta, persegue a PAZ que ele sonha. Não mais sonho como antes...

Não tenho mais amores e minhas paixões se foram de mim faz tempo. Eu mereci, creio.😔

Não tenho mais prazer porque o tempo e as condições atuais não mais ajudam ou permitem.

Eu tinha uma amiga lá do Goiás, de anos na net, linda e corajosa em sua trajetória de vida, nascida em berço de ouro e que perdeu tudo em tão pouco tempo... Um irmão, o marido, o pai, sua saúde em um câncer que lutou muito em sofrimentos para vencer junto com sua mãe - que era o que restou - levada pelo COVID. Quanto sofreu aquela criança! 

E Júlia Gabrielle me deixou sozinho ao sair do site onde a gente se encontrava em mensagens, vez em quando.😔

Eu a chamo de fadinha e não posso postar suas fotos porque não gosta.

Só ela me chamava de Velhinho e me dava carinho e puxões de orelha. E era assim por causa dessa figura do Pernalonga que adotei como minha imagem na net.



E fiz meu "inventário" somando o que tenho além dessa rotina e espera em Deus.

Um irmão com Alzheimer cuidado por atual cunhada que não goza de saúde perfeita e precisa de ajuda.

Filhos endividados, cada um a seu modo, que discordam em tudo desse velho pai por erros passados e outras coisas mais. Não aceitam meu modo de viver, por exemplo. Mas fazer o que e aonde? 

A esposa que trabalha para um pouco mais de conforto, sacrifício grande em sua atual condição de saúde e em parte pelo que faz pelos outros num hospital. Ela tem a benção de Deus e por isso leva em frente, encara desafios por um bem maior de humanidade. 

Família onde todos precisam de certa urgência ajuda. Sogra, cunhados, sobrinhos, amigos mais chegados.

Minha amiga que perdeu seu único filho homem tragicamente, transformou seu coração, seu interior e a sua vida... Dói em mim seu sofrer.

Então, se esqueci de alguma coisa, não me faz diferença... Meu sonho é de PAZ. Uma paz que só chegaria se eu pudesse ajudar aos meus e mais alguém. Uma paz que sonho e persigo a tanto tempo em prêmios de valores, em loterias. Não desejo mais riquezas ou vinganças, ou prazeres e orgias. Quero só ter um cantinho onde me sinta seguro, onde possa me esconder das tempestades e saber que todos os meus se encontrem bem, felizes e prósperos. Vivendo.


Queria, meu Deus, essa PAZ!


segunda-feira, outubro 07, 2024

Feliz Aniversário


 

O blog, desde sua criação, sempre lembrou esse dia...



Que Nossa Senhora do Rosário te abençoe e proteja sempre!!!


É Sobre... Perdoar & Esquecer

  "Perdoar"  significa libertar-se de ressentimentos e mágoas em relação a uma ofensa ou erro cometido por outra pessoa, ou por si...