Não saberia explicar o que sinto por esses dias.
São dias nebulosos em meio a notícias ruins, tanto sofrimento e desesperança que não para de atingir a toda essa gente, nossa gente do sul. E a impotência diante de lutas inglórias, diante das forças reunidas da natureza em um só lugar, sobre um só povo é algo assim como um pesadelo do que se pode esperar, ou não pode, que a natureza prepara. É como se houvesse um presságio de coisas maiores por chegar.
E as forças destruidoras estão por todo esse vasto mundo. Se espalham, até no deserto. Na Indonésia, nos EUA, no Canadá e essa do nosso Rio Grande do Sul que parece não ter mais fim, gente!
E o coração?
Tenho estado carente demais em minha solidão.
A sensação de abandono virou certeza a medida que se esvai o tempo e aquela pequena esperança que insiste em não morrer... 💔
Em minhas horas, dias, meses e anos estou perdendo muito de mim.
Já não espero desse corpo, tenho até vergonha de mim, e, sei que deterioro aos poucos a caminho do fim.
Não importo para ninguém.
Não sou ouvido. Não tenho influência.
Só existo. Talvez um peso, um impedimento de vidas melhores, quem sabe.
Quem sabe seja motivo de sorriso feliz para alguém saber que não mais estou aqui... Quem sabe?
Esse é o caminho que trilho.
Lá na frente, apesar de todo meu temor, é inevitável a chegada.
Sozinho, penso que vou.
Sozinho como estou em meus pensamentos agora, ou em abrir meus olhos pela manhã.
Meus sonhos são confusos. Misto de medo e incerteza, com uma pitada gostosa de passado que amarga quando a realidade volta.
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