"Um guerreiro senta-se ao redor da fogueira com seus amigos.
Passam horas acusando-se mutuamente, mas terminam a noite dormindo na mesma tenda, e esquecendo as ofensas que foram ditas. De vez em quando, aparece um recém-chegado no grupo. Porque ainda não tem história em comum, mostra apenas suas qualidades, e alguns o veem como um mestre.
Mas o guerreiro da luz jamais o compara com seus velhos companheiros de batalha. O estrangeiro é bem-vindo, mas só confiará nele quando souber também os seus defeitos.
Um guerreiro da luz não entra numa batalha sem conhecer os limites de seu aliado."
Paulo Coelho - Manual do Guerreiro da Luz, página 135
São dias de tormenta com sol a pino, queimando e intenso.
Juntando problemas pessoais de família, perda de amigo, os horrores de mais uma guerra tiram o sentido da vida. Esgotam o pensar e a ansiedade em Ser.
Muito pela impotência de não poder ajudar, fazer alguma coisa senão rezar e esperar...
Este velho coração anda batendo preocupado com a hora que vai parar. Muito mais quando vê a seu redor tanta coisa ruim, tanta perda e derrota.
Mas também porque é preciso agradecer a Deus por tudo, por tanta vida, tantas aventuras, histórias para contar. Amigos, família, amores... Prazeres de já um longo trajeto quando se vê o horror de uma criança em meio a uma guerra ou que nasceu com alguma doença que a impede de ser feliz como fui, como sou, se comparado a milhões.
Entenda-se como um privilegiado, menino!!! "Digo a mim mesmo."
Se você se for, ficarão memórias dos seus que o conheceram e dos amigos que fez. Os amores, nem tanto por circunstâncias da vida...
E, com certeza, isso vai durar uns poucos anos, até que sejamos totalmente apagados pelo dono do mundo, o tempo.
Preciso ser grato e corajoso. Tenho motivos mas, quão duro é deixar essa tão valiosa aventura de viver quando ainda sonhamos com a esperança.
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