Chegando da rua...
Um vazio encheu o meu peito ao me deparar no silêncio de onde moro, sozinho na rua com meus pensamentos.
E do que se vê por aí, por onde andei... De repente sem noção, sem crédito de esperança. Pessoas de todos os tipos, problemas e aflições do dia a dia. Não se vê um sorriso.
Decerto que ainda se tem solidariedade e medo. Muito medo.
Senhoras que ao verem o céu escuro em nuvens pesadas ainda que depois de tantas chuvas se dizem apressadas em voltar pra casa e agradecem por não estar no lugar de tantos que sofrem nestes dias de agonia... "Hoje nem liguei a televisão pela manhã. Já chorei muito vendo o sofrimento dessa gente" - Disse uma delas na fila do caixa eletrônico.
Já dentro de casa, me vi de repente em lágrimas e o vazio do peito se transformar em saudades, conversar com meu pai e dizer que sinto falta. De minha mãe também.
O choro órfão torna o vazio em tristeza por não conseguir fazer mais pelos meus filhos e por sentir a fraqueza que de mim toma conta.
O choro e a tristeza se transformam em tão natural ser a morte... O fim de tudo me parece tão simples.
E segue a vida.
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